sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

ANÁLISE DOS CUSTOS

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE CUSTO NA EMPRESA:
O conhecimento de conceitos relativos a custos é de grande importância para que esse tipo de informação possa ser usado nas decisões empresariais.
As decisões utilizando informações de custo são fundamentais para a obtenção de um nível adequado de rentabilidade. À ausência de informação de custo ameaça a estabilidade econômica - financeira e o crescimento da empresa, conforme mostra o quadro a seguir. Mesmo nas empresas com informações de custos a nível de produtos e atividades, a mesma ameaça existe na medida que não se sabe analisar e tomar decisões com base nestes dados.
Portanto, as decisões de produto, preço e redução de custos importantes em qualquer empresa - dependem da existência de um controle de custos que permita analisar o comportamento destes em todas as atividades da empresa.
POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS DA AUSÊNCIA DE INFORMAÇÕES DE CUSTOS:
- Desconhecimento do lucro por produto.
- Preços fixados sem base, de acordo com a concorrência ou com tabelamento.
- Desconhecimento de custos das atividades da empresa.
- Venda de produtos que não dão lucro suficiente.
- Esforço de venda não orientada para produto mais lucratividade.
- Preços muito alto.
- Preços muito baixo.
- Dificuldades para identificar ou fixar ações para rendimento de custo.
- Capital de giro mal aplicado: estoque de matéria-prima, produtos em estoques, produtos acabados pouco rentáveis.
- Uso da capacidade de venda produção de produtos pouco rentáveis em detrimento de outros mais lucrativos.
- Capital de giro aplicado a crédito para clientes de produção pouco rentável.
- Perda de vendas.
- Diminuição de lucratividade.
- A empresa provavelmente opera com custos mais altos que deveria.
- Menor lucro menor rentabilidade.
- Ameaças:
a) Estabilidade econômico-financeiro da empresa.
b) Crescimento da empresa.
CONCEITO DE CUSTOS:
É o valor expresso em valores monetários de atividades, serviços ou produtos efetivamente consumidos e aplicados na sua realização com fabricação, ou;
É a remuneração dos recursos financeiros, humanos e materiais aplicados na fabricação dos produtos, ou ainda;
É uma somatória de remunerações aos funcionários/salários mais empresários/lucro mais emprestadores mais governo/impostos mais fornecedores/compras/consumo, ou também;
São os preços pelo qual se obtém um bem ou serviço.
O custo somente ocorre quando existe “consumo” ou “aplicação”.
Exemplos:
O valor da matéria-prima comprada por uma empresa, e estocada, não é custo, porque não existiu consumo ou aplicação. Quando esta matéria-prima for utilizada na fabricação, somente o valor aplicado se transformará em custo dos produtos.
O dinheiro gasto na compra de uma máquina não é um custo, mas um investimento; o desgaste da máquina em função do uso é um custo, porque existe o “consumo”, a “deterioração” da máquina.
Em resumo, Custos é um gasto que avalia o que a empresa despende na sua produção.
Despesa é um gatos que avalia o que a empresa despende num todo para auxiliar a produção.
Partindo desta ótica o administrador deve fazer um sistema de analise de custo que demonstra os parâmetros básicos nas tomadas de decisões perante a concorrência ou mesmo perante apresentação para os sócios ou acionistas.
Para se fazer uma boa analise de custo, o administrador deve conhecer e realizar estes métodos básicos:
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS:
Quanto à unidade de medida
-Custos totais;
-Custos unitários.
Em relação aos volumes de produção e vendas
-Custos Fixos;
-Custos Variáveis.
Quanto ao modo de apropriação dos produtos
-Custos diretos;
-Custos indiretos.
Quanto ao momento do cálculo
-Custos históricos;
-Custos pré-determinados.
De conformidade com sua natureza, os custos classificam-se em CUSTOS FIXOS e CUSTOS VARIÁVEIS.
CUSTOS VARIÁVEIS:
São aqueles que variam proporcionalmente ao volume de produção e vendas da empresa, isto é, quando o volume de produção ou venda aumenta, estes aumentam na mesma proporção, e vice-versa.
Exemplos:
Matéria-Prima: quanto maior a produção, maior o consumo de materiais;
Impostos: quanto maior a quantidade produzida e vendida, maior é o volume pago de impostos;
Fretes de matéria-prima e produtos acabados: aumentam com o crescimento da produção e vendas;
Se na fabricação de uma calça (CUSTO UNITÁRIO) são gastos 1,50 metros de tecidos, para se fabricarem 10 calças serão precisos 15 metros de tecidos (CUSTO TOTAL). Quanto maior for a quantidade fabricada, maior será o consumo de matéria-prima, energia elétrica, impostos, mão-de-obra, frete da matéria prima e etc.
Os custos variáveis tem relação direta com os custos diretos de fabricação.
Também classifica-se como CUSTO UNITÁRIO o valor identificado por uma unidade produzida, já o CUSTO TOTAL considera-se o número geral da produção do determinado lote.
CUSTOS FIXOS:
São aqueles que não variam proporcionalmente ao volume de produção e vendas da empresa.
Exemplos:
O salário e encargos dos funcionários e supervisores da fabrica, desde que não tenha comissão de produção;
O pró-labore dos sócios da produção;
Aluguel da fábrica;
Depreciação das máquinas e etc.
Os custos fixos tem relação direta com os custos indiretos de fabricação, por não guardarem proporção com as quantidades dos produtos fabricados.
Toda empresa tem custos fixos e custos variáveis. A sua soma resulta nos custos totais da empresa.
CUSTOS DIRETOS:
São os que podem ser imediatamente apropriados a um só produto ou a um só serviço, ou seja, porque seus valores e quantidades em relação ao produto são de fácil identificação, são os gastos que recaem diretamente na fabricação do produto.
Exemplos:
Se pegarmos como exemplo a fabricação de uma calça, teríamos:
Matéria-prima: tecidos;
Materiais secundários: linha, botão, zíper, forro, etiqueta e etc.
Mão-de-obra: salário e encargos do pessoal que trabalha diretamente na produção.
embalagens, etc.
CUSTOS INDIRETOS:
São os que dependem de cálculos, rateios e estimativas para serem divididos e apropriados, em diferentes produtos ou diferentes serviços.
Esses gastos são assim denominados por ser impossível uma segura identificação de seus valores e quantidades em relação ao produto, pois se utiliza estes devidos gastos em vários produtos ao mesmo tempo.
Exemplos:
Energia elétrica: quando não há medidor em cada máquina, com isso impossibilita a medir o consumo da energia elétrica exata na fabricação do produto fabricado, assim o valor consumido por toda a fabrica num determinado período deverá ser rateado entre todos os produtos fabricados no referido período.
Aluguel da fábrica: esse gasto é impossível de ser identificado em relação a cada produto.
Salário e encargos dos chefes de seção e dos supervisores da fábrica: esse pessoal trabalha dando assistência e supervisão a vários setores da fábrica, sendo, portanto, impossível identificar a percentagem dos salários e encargos em relação a cada produto.
CUSTO HISTÓRICO:
O mesmo que custo real, ou efetivo. É representado pelos registros contábeis das despesas e gastos reais.
O custo histórico também chamado custo a posteriori, pois é apurado no fim do ciclo da produção, quando já são conhecidos os gastos gerais e as aplicações diretas. Ele se presta também para retificar o custo padrão ou estimado, que serviu de base para o planejamento à priori da produção.
CUSTO PADRÃO:
Representa um custo determinado por antecipação no inicio de um ciclo de operação na produção.
Para elaboração do custo padrão, torna-se necessário uma série de elementos informativos, como por exemplo:
Dados estatísticos de produção anteriores;
Pesquisa do mercado de trabalho da oferta de matéria prima, de consumo de capitais, etc.;
Estudos de produção planificados;
Rentabilidades das imobilizações técnicas;
Padrões de gastos diretos e indiretos;
Porcentagem de quebras;
Racionalização dos trabalhos, cronometrando o tempo necessário para produzir uma unidade, margem de perca hora, etc.;
Instabilidade da moeda;
Planificação contábil, por meio de contas sintéticas e analíticas;
Determinação do centro de carga ideal para os gastos indiretos;
Por outro lado deve-se decompor teoricamente a unidade que será produzida, em todos os seus elementos constitutivos, tais como:
Matéria prima;
Matéria secundária;
Matéria de acabamentos;
Material de embalagem;
Mão de obra especializada;
Mão de obra indireta;
Gastos gerais variáveis;
Depreciação de imobilização técnicas;
Amortização de valores imateriais;
Ônus tributários;
Ônus financeiros;
Remuneração de capitais próprios.
O custo padrão deverá conter uma reserva para variações naturais, decorrentes do próprio sistema de estimativas.
Diante dessas ponderações, aconselha-se também manter elementos estatísticos para análises comparativas constantes, com a finalidade de apontar os desvios, tendo tempo suficiente para serem tomadas as medidas saneadoras, prevenindo-se contra danos maiores e irremediáveis.
Na parte contábil, registra-se os gastos e despesas pelo que foi realmente pago, e a produção pelo custo padrão, reajustado sempre por intermédios da conta variações de custo.
CUSTO ESTIMADO:
O mesmo que custo a priori ou padrão e consiste nos cálculos estimativos dos componentes que integrarão uma unidade de produção, mais as despesas indiretas estimadas, quer seja fixas ou variadas.
O custo estimativo é calculado com base nos elementos estatísticos de produção anteriores, ou confeccionados na base de medidas, contagem ou pesagem de materiais a serem aplicados, mais a mão de obra unitária e uma porcentagem de gastos indiretos.
O custo estimativo serve como norma orientadora de controles empresariais e também para contabilizar a produção até o seu reajuste pelo custo real.
As diferenças verificadas no confronto com o custo real são retificadas por meio da conta variações de custos.
CUSTO REAL:
O mesmo que custo histórico representa a apuração real e efetiva dos gastos e despesas no final de um ciclo de produção.
É um custo quase que impossível, pois somente se determina no final de um período, quando os produtos já foram negociados.
CUSTOS PRÉ-DETERMINADOS:
Consiste na apuração dos gastos estimados antes da existência do gasto propriamente dito, ou seja, o gasto que ocorrerá futuramente, mas por determinação estatística, de outras produções, há possibilidade de apresentar o possível gasto do produto, antes de realizar a produção do mesmo.
Exemplo, quando a administração precisa apurar o custo de determinado produto, mas não tem produzido, e nem calculado e precisa apresentar o valor de custos para negociar uma venda ou prestação de serviço. Neste momento entre o custo pré-determinado, onde apresenta o valor aproximado do custo e com isso administração trabalha em cima dos valores apresentado para fechar a devida negociação.
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DO CUSTO
Departamento é a unidade mínima administrativa para a contabilidade de custos, representada por homens e máquinas (na maioria dos casos) desenvolve atividades homogêneas. Diz se unidade mínima administrativa porque sempre há um responsável para cada departamento ou pelo menos deve haver. Desta forma propicia uma forma de uso da contabilidade de custos como forma de controle.
Na maioria das vezes um departamento é um centro de custos, ou seja, nele são acumulados os custos indiretos para posterior alocação aos produtos (departamento de produção - tem seus custos jogados sobre os produtos, já que estes passam inclusive fisicamente por eles); ou outros departamentos (departamentos de serviços - também chamados às vezes de não-produtivos ou auxiliares, não podem apropriar seus custos diretamente aos produtos, pois não passam por eles). Por viverem em departamentos para a prestação de serviços a outros departamentos, têm seus custos transferidos para os que deles se beneficiam.
Departamentalizamos nossos custos para facilitar a apropriação dos gastos referente partes de fabricação que ocorre a produção.
Para facilitar este trabalho leva-nos a dividir as partes de produção e automaticamente os gastos.
DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS DOS DEPARTAMENTOS DE SERVIÇOS
Neste momento iremos analisar a apuração do custo feito de forma que teremos que distribuir os custos por departamentos de produção, aquele que o produto passa fisicamente pelo setor e os custo dos departamentos de serviços, aquele que o produto não passa fisicamente pelo setor, mas devem-se apropriar os custos, pois eles prestam serviços para os departamentos de produção. E iremos chegar ao resultado do CIF (Custo Indireto de Fabricação).
Para a atribuição aos produtos, é necessário que sejam distribuídos pelos diversos departamentos para que uma melhor alocação seja realizada.
Faz-se então uma investigação sobre a ligação entre cada custo e departamento onde foi incorrido e verifica-se:
a) Aluguel - é um custo comum à fabrica toda, e há necessidade da adoção de algum critério para sua distribuição aos diversos departamentos. Trata-se de um custo comum que englobaremos no departamento administração geral.
b) Energia Elétrica - à empresa pode manter medidores para consumo de força em alguns departamentos e um outro para o resto da empresa, ou também pode manter apenas um medidor para toda a empresa, desta forma necessita de um critério de base para rateios.
c) Materiais indiretos - por meio das requisições são localizados os departamentos a serem alocados os gastos deste sistema.
d) Mão-de-Obra indireta - o apontamento de horas demonstra o gasto feito para cada departamento.
e) Depreciação das máquinas – as máquinas localizadas nos departamentos demonstram o gasto realizado no departamento.
Temos que apropriar esses custos indiretos aos produtos, mas há um problema, pelo fato de alguns departamentos não receberem fisicamente os produtos; sua função é a de prestar serviços aos outros departamentos, quer de produção quer de serviços.
Neste caso analisado temos a administração geral, almoxarifado, controle de qualidade e manutenção. Fazendo uma analise das características desses departamentos de serviços, poderemos verificar de que um critério apropriado fará a distribuição dos seus custos aos departamentos beneficiados. Distribuindo desta forma seus custos, alguns departamentos de serviços poderão, logo na primeira distribuição, ficar sem custo por serem alocados. Outros, entretanto, talvez venham a ter uma carga maior do que antes, já que, além dos que já são seus talvez recebam um volume daquele departamento de serviços que primeiro fizer a distribuição. Por exemplo, distribuindo os custos de manutenção, provavelmente uma parte será jogada sobre o almoxarifado se este se beneficiar daquele.
Poderá ocorrer nesse sistema de rateio um processo de alocação reflexiva (um departamento que distribui custos para vários outros e também para si mesmo ou, o que é mais comum, haver um retorno de custos a um departamento de serviços que já tenha distribuído seus custos indireto de fabricação (CIF)). Nessa ultima alternativa, há um verdadeiro pingue-pongue, só possível de se levar o bom termo normalmente com recursos eletrônicos de processamento de dados devido ao grande volume de cálculos a efetuar. Por exemplo, poderíamos ter nesse caso que estamos verificando uma situação em que a administração geral deve ter parte de seus custos indireto de fabricação (CIF) rateada a manutenção, mas depois esta fará a alocação dos seus próprios custos e uma parte será de novo jogada sobre a administração geral, já que esta também se utiliza dos trabalhos daquela. Teríamos novamente que ratear a administração geral e mais uma vez haveria uma parte recaindo sobre a manutenção etc. O processo só terminaria quando o custo a ser rateado assumisse um valor pequeno e a empresa resolvesse então parar o sistema e alocar essa última importância a qualquer outro departamento que não aqueles dos quais a receberia de volta.
O critério mais utilizado na prática é o de se hierarquizar os departamentos de serviços de forma que aquele que tiver seus custos distribuídos não receba rateio de nenhum outro. É uma forma também relativamente arbitrária, mas normalmente impossível de se evitar.
RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS PARA OS DEPARTAMENTOS DE SERVIÇOS.
Os sistemas de rateios são feitos de acordo com o que se enquadra no departamento de serviço, não há um tipo de rateios, pois para cada departamento se analisa um fato, ou seja, são diversos critérios de rateios para que se possam dividir os custos da maneira mais racional possível.
Neste momento será feito rateios de acordo com as proximidades de sistemas que se adequar à realidade do gasto.
Com isso será rateado por centros de custo, parte à parte, até ficar todos gastos alocados nos departamentos de produção.
O rateio de custo é feito desta maneira:
1- Departamento de administração geral da fabrica;
2- Departamento de manutenção;
3- Departamento de almoxarifado;
4- Departamento de controle de qualidade.
No momento do término dos rateios os custos estarão alocados dentro dos departamentos de produção, e a partir dai aloca-se os custos para cada produto fabricado e automaticamente temos os valores gastos realmente para com cada produto.
QUADRO DA ESPÉCIE DE CUSTO COM A BASE DE RATEIO
Espécie de custos: Depreciação de instalações
Base de rateio: área
Espécie de custos: Combustíveis e lubrificantes
Base de rateio: hora x máquina
Espécie de custos: Seguros
Base de rateio: valor da máquina e equipamento
Espécie de custos: Material de expediente
Base de rateio: número de empregados
Quadro de identificação do custo total correspondente a estas espécies de custo.
O custo dos centros auxiliares é rateado aos centros produtivos, conforme as seguintes bases de rateio:
QUADRO DO CENTRO AUXILIAR COM A BASE DE RATEIO
Centro Auxiliar: Administração
Base de Rateio: número de empregados
Centro Auxiliar: Almoxarifado
Base de Rateio: número de requisição
Centro Auxiliar: PCP
Base de Rateio: nº de ordens de produção
Centro Auxiliar: Manutenção
Base de Rateio: hora de manutenção
Sabendo-se que a medida de capacidade de cada centro produtivo é:
QUADRO DO CENTRO PRODUTIVO COM A BASE DE RATEIO
Centro produtivo: Fundição (metalúrgica)
Base de Rateio: homem x hora
Centro produtivo: Usinagens (metalúrgica)
Base de Rateio: máquina x hora
Centro produtivo: Estamparia (metalúrgica/confecção)
Base de Rateio: máquina x hora
Centro produtivo: Montagem (metalúrgica/confecção)
Base de Rateio: homem x hora
Centro produtivo: Corte (confecção)
Base de Rateio: homem x hora
Centro produtivo: Acabamento (metalúrgica/confecção)
Base de Rateio: homem x hora
QUADRO DE BASE DE RATEIO
Espécie: Água
Critério de distribuição: Consumo por centro de custos.
Espécie: Ar condicionado
Critério de distribuição: Área ocupada por centro de custos.
Espécie: Conserto de máquinas
Critério de distribuição: Horas mensais ou trimestrais por centro
Espécie: Depreciação das máquinas e equipamentos.
Critério de distribuição: Valor atual do mercado; Valor do seguro; Valor contábil ou correção.
Espécie: Depreciação do prédio
Critério de distribuição: Área do centro; Investimento por m2.
Espécie: Despesas comerciais e salário do centro de custos
Critério de distribuição: Despesas de produção; Direto ao produto.
Espécie: Energia Elétrica
Critério de distribuição: Máquina Horas x Horas Produção
Espécie: Imposto Predial e Territorial
Critério de distribuição: Área ocupada por centro de custos.
Espécie: Laboratório e Pesquisa
Critério de distribuição: % de horas trabalhadas por centro de custos; Unidade produzida por centro de custos.
Espécie: Leasing (aluguel)
Critério de distribuição: Centros afetados.
Espécie: Luz
Critério de distribuição: Watts instalados/centro; Área ocupada; Número de lâmpadas; Consumo por centro de custos;
Espécie: Mão-de-obra indireta
Critério de distribuição: Horas mensais ou trimestrais por centro de custo (total); Mão-de-obra direta por centro de custos; Unidade produzida por centro de custo; Número de operários por centro de custos
Espécie: Mão-de-obra indireta
Critério de distribuição: Horas mensais ou trimestrais por centro de custo (total); Mão-de-obra direta por centro de custo; Número de operários por centro de custo.
Espécie: Manutenção geral e preventiva
Critério de distribuição: Área por centro de custo; Valor atual imobilizado no centro de custo; Valor da folha ou horas trabalhadas; Horas mensais ou trimestrais do centro de custo; Horas mensais ou trimestrais do centro de custo; Relação entre o valor real e horas de funcionamento; Horas de manutenção por centro de custo; Unidade produzida por centro de custo.
Espécie:
Critério de distribuição:
Espécie: Manutenção de prédio
Critério de distribuição: Área ocupada pelo centro de custo; Valor atual do m2; Volume ocupado.
Espécie: Seguro coletivo
Critério de distribuição: Horas/homens diretas por centro de custo; Folha de pagamento.
Espécie: Seguro das máquinas
Critério de distribuição: Valor atual no mercado; Investimento total do centro de custo.
Espécie: Seguro do prédio
Critério de distribuição: Área ocupada pelo centro de custo; Investimento total do centro de custo.
Espécie: Seguro sobre estoque de mercadoria
Critério de distribuição: Valor do Balanço; Valor do produto por centro de custo.
Espécie: Seguro dos valores mobiliários
Critério de distribuição: Valor do balanço e área ocupada.
Espécie: Serviço de comodidades
Critério de distribuição: Número de operários por centro de custo (Restaurante, Serviços médicos).
Espécie: Transportes (espécies de custo e não centro)ou outra unidade por centro
Critério de distribuição: Horas consumidas X toneladas.
FORMAÇÃO DOS GASTOS
A formação dos gastos de uma empresa é a somatória dos custos ocorrida na produção adicionada às despesas ocorrida no exercício juntamente com a produção.
FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDAS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS
Tudo o que desenvolvemos são tomadas de decisões, mas são formas que antecedem esta parte, a partir de agora tendo as apurações dos fatos, o custo feito, o controle de estoque realizado, partimos para desenvolver formas de preços de venda, que possa ajustar no mercado econômico e financeiro.
A partir deste momento faremos as comparações e analise de como esta a empresa, se os preços de vendas colocados estão de acordo com as analise apresentadas, se as demonstrações financeiras estão apresentando uma expectativa boa para suas realizações comerciais.
Em síntese este momento é a parte crucial nas tomadas de decisões, é o momento de sabermos se nossas decisões estão corretas, ou precisam ser revista.
FÓRMULAS E ANÁLISES PARA FORMAÇÃO DE PREÇOS E CONCORRÊNCIA NO MERCADO
Venda
Os objetivos orientados para vendas visam aumentar ou manter uma dada participação no mercado. Uma forma comum de crescimento das vendas para aumentar a participação no mercado, é a adoção de preços menores que os da concorrência. Neste caso, o pensamento é que os crescimentos das vendas aumentam os lucros, embora a lucratividade seja pequena. Estes lucros maiores decorrem de dois fatores:
a) Diminuição dos custos unitários dos produtos devido a diluição dos custos fixos em um número maior de produtos.
b) Aumento no giro das vendas, ou seja, um número maior de unidades vendidas com lucro unitário menor faz crescer o volume global.
A manutenção de uma dada participação no mercado, em detrimento de uma maior participação ou crescimento na participação, visa evitar atritos com a legislação existente ou manter uma posição mais cômoda, evitando os riscos do surgimento de competidores fortes e de maiores vendas sempre que a situação exigir.
Minimização dos Riscos de uma Competição em Preços
Os objetivos orientados para minimizar os riscos de uma competição em preços visam o seguimento de uma linha de ação compatível, com segura certeza de lucro. Mantendo-se estável os preços diminuem-se sensivelmente os riscos de competição e a necessidade de decisões difíceis. Entretanto estes objetivos podem fazer parte de uma atuação extremamente agressiva envolvendo outros fatores como produto, promoção ou canal de distribuição.
Os custos da Empresa
Os custos devem ser considerados no cálculo dos preços, para que os preços calculados sejam maiores que os custos esperados, se algum lucro for desejado.
Produtividade e demanda
A produtividade e a demanda, considerados em termos do volume de produção e vendas, afeta os preços. Quanto maior o volume de produção e vendas, menores poderão ser os preços para se manter o mesmo nível de lucro. Para que isto ocorra é necessário a existência de redução nos custos indiretos unitários dos produtos decorrentes do aumento das vendas.
Sempre que uma empresa decide basear seus preços nos custos, há a necessidade de se fazer estimativas de quantidade a ser vendidas no período de vigência dos novos preços. Quanto mais alta for esta estimativa menor poderão ser os preços. Este fato vem de encontro às necessidade do mercado. Normalmente, a demanda de mercado cresce com a diminuição dos preços.
Portanto, o volume de vendas constitui um fator determinante do nível de preços a ser praticado para a obtenção de determinado volume de lucro.
Cálculo dos Preços
Os cálculos dos preços são baseados nos custos, produtividade e lucro desejado. O problema de cálculo dos preços é determinar os preços dos produtos que para uma dada quantidade vendida permita o volume desejado de lucro.
A equação básica que representa este problema é:
Preço = P
Custos Variáveis unitários = CVu
Custos Fixos Unitários = CFu
Resultado do Lucro unitário = RLu
P - CVu + CFu = RLu
Os custos fixos unitários diminuem à medida que a quantidade vendida aumenta.
Com isso, preços melhores podem ser praticados.
Onde se conclui que a variável quantidade ou volume de vendas é importante para o cálculo de preço.
Como normalmente a empresa já possui uma linha de produtos definidas, vende determinadas quantidades e sabe o quanto deseja ganhar em termos de lucro, resta uma primeira etapa e não poderia ser diferente, levantarmos os custos da empresa e de cada produto.
Fator Limitado
É uma restrição de natureza financeira, de mercado ou interna da empresa que limita a capacidade de geração de lucro da mercadoria.
Os principais fatores normalmente encontrados são:
- Disponibilidade de materiais para produção;
- Disponibilidade de Capital de Giro;
- Tamanho do Mercado (potencial de produção e vendas da empresa para cada produto).
- Capacidade máxima de produção.
O capital de giro constitui um fator limitado que dentro de certa faixa de variação pode ser manuseado. Um eficiente sistema de planejamento e controle das vendas/compras permite reduzir e manter abaixo de determinado limite as necessidades de giro derivadas dos estoques de produtos para venda. Alterações na política de crédito podem reduzir as necessidades de giro aplicado a crédito ao cliente. Entretanto, para qualquer atividade empresarial é sempre necessário um determinado volume de capital de giro para a compra e venda e produção dos produtos.
O tamanho do mercado definido como o potencial de venda de cada artigo para a empresa como fator limitativo deve ser entendido corretamente. Evidentemente, o quociente margem de contribuição (ou lucro) / potencial de venda não é a aplicação correta da regra. para as situações já descritas, a mercadoria de maior capacidade de geração de lucro é aquela que:
a) Gera o maior lucro com a capacidade de produção disponível;
b) Gera o maior lucro com a disponibilidade de matéria-prima;
c) Gera o maior lucro com o capital de giro disponível.
Da mesma forma, o produto que gera o maior volume de lucro com o mercado existente tem maior potencial de geração de lucros.
Veremos com um posto especifico sobre margem de contribuição e capital de giro.
FÓRMULA PARA CÁLCULO DE FORMAÇÃO PREÇO DE VENDA
FÓRMULA PARA CÁLCULO DE FORMAÇÃO PREÇO DE VENDA A VISTA
PVv= (Custos + Despesas) / 1 – [taxas + Lucro/ 1 – (IRPJ+CSSL)]
Todas estas taxas devem ser convertidas em índices percentuais
Taxas = ICMS e demais taxas que compõem a base de cálculo
Impostos diretamente com a mercadoria
IRPJ = Imposto de Renda Pessoa Jurídica
CSSL = Contribuição sobre o Lucro
FÓRMULA PARA CÁLCULO DE FORMAÇÃO PREÇO DE VENDA A PRAZO COM PAGAMENTO DIRETO (PAGAMENTO ÚNICO)
PVp = PVv x ( 1 + i ) n (este “n” é capitalizado)
PVp = Preço de Venda a Prazo
PVv = Preço de Venda a Vista
i = Taxas Financeiras
n = Período de prazo para pagamento
FÓRMULA PARA CÁLCULO DE FORMAÇÃO PREÇO DE VENDA A PRAZO SEM ENTRADA
Prestação = PVv x (1 + i) x i (este “n” é capitalizado) / ( 1 + i ) (este “n” é capitalizado) – 1
PVv = Preço de Venda a Vista
i = Taxas Financeiras
n = Período de prazo para pagamento
FÓRMULA PARA CÁLCULO DE FORMAÇÃO PREÇO DE VENDA A PRAZO COM ENTRADA
Prestação = PVv x (1 + i) x i (este “n - 1” é capitalizado) / ( 1 + i ) (este “n” é capitalizado) – 1
Prestação =
PVv = Preço de Venda a Vista
i = Taxas Financeiras
n = Período de prazo para pagamento
EXEMPLO PARA A FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
COMPONENTE DO PREÇO
Numa situação de normalidade, o preço de venda deve ser em montante suficiente para cobrir os seguintes itens:
a) custo de produção ou de aquisição, fixos e variáveis;
b) despesas comerciais e administrativas, também fixam e variáveis;
c) tributos incidentes sobre as vendas, que são variáveis;
d) tributos incidentes sobre o lucro, que acabam por ter componentes fixos e variáveis, pois s~”ao os custos e as despesas totais que afetam o resultado tributável; e
e) margem de lucro.
MARGEM DE LUCRO FIXA
A fixação de uma margem de lucro em relação à receita bruta é bastante comum para se calcular o preço de venda. Vejamos como poderíamos fixar essa margem a partir dos dados a seguir:
FORMAÇÃO DOS CUSTOS FACILITADORA
A empresa para chegar nos gastos fixos o “calcanhar de Aquiles” para as empresa pode ser realizado através de um divisor que servirá como taxas de vendas na formação do preço de venda a vista. A maneira facilitadora é desenvolver uma média dos gastos fixos da empresa em um prazo de doze meses em relação as receitas médias de doze meses, dessa forma chega-se ao divisor médio que servirá para agregar estes gastos diretamente ao produto a ser avaliado.
XII – ESTRUTURA GERENCIAL DE RESULTADO
Qual a melhor decisão?
Os preços deveriam ser calculados apenas com base nos custos. Para formarem uma carteira de clientes fiéis, eles deveriam adotar uma política de promoções e uma assistência pós-venda. Funcionários habilitados aumentam o capital humano da empresa. Fornecedores com bons preços também é um ponto a favor para minimizar a saída de recursos da empresa. Certo tipo de economia proporciona problemas como: fornecedores com preço baixo no produto, mas de má qualidade, dessa forma pode contribuir para a perda de clientes, ao usar matéria-prima de pior qualidade, comprometendo assim o produto final.
Modelo da Estrutura Gerencial de Resultado:
(+) Receita
(- ) Custos e Despesas Variáveis totais
(=) Margem de Contribuição ou Lucro Bruto
(- ) Custos e Despesas Fixas
(=) Resultado Operacional (Lucro ou Prejuízo)
O que é estrutura gerencial de resultados?
Uma ferramenta que permite a apuração dos resultados operacionais de uma atividade, com base em avaliações de desempenho obtidas durante o mês ou período de análise, por meio da estrutura gerencial de resultados, identificando cada um dos pontos importantes a serem analisados.
1 – Receitas – São as vendas da empresa.
2 – Custos - É o valor expresso em valores monetários de atividades, serviços ou produtos efetivamente consumidos e aplicados na sua realização com fabricação, ou: custo é a remuneração dos recursos financeiros, humanos e materiais aplicados na fabricação dos produtos, ou ainda: custo é uma somatória de remunerações aos funcionários/salários mais empresários/lucro mais emprestadores mais governo/impostos mais fornecedores/compras/consumo, ou: custo são os preços pelo qual se obtém um bem ou serviço. O custo somente ocorre quando existe “consumo” ou “aplicação”. Exemplos: O valor da matéria-prima comprada por uma empresa, e estocada, não é custo, porque não existiu consumo ou aplicação. Quando esta matéria-prima for utilizada na fabricação, somente o valor aplicado se transformará em custo dos produtos. O dinheiro gasto na compra de uma máquina não é um custo, mas um investimento; o desgaste da máquina em função do uso é um custo, porque existe o “consumo”, a “deterioração” da máquina. Em resumo, Custos é um gasto que avalia o que a empresa despende na sua produção.
3 – Despesas - Despesa é um gatos que avalia o que a empresa despende num todo para auxiliar a produção. Partindo desta ótica o contador deve fazer um sistema de analise de custo que demonstra os parâmetros básicos nas tomadas de decisões perante a concorrência ou mesmo perante apresentação para os sócios ou acionistas.
Conhecido os dados anteriores, vamos refletir alguns questionamentos:
1 - Quais são os custos de sua empresa?
2 – Quais são as suas despesas?
Para interpretar adequadamente estes questionamentos devemos identificar:
Custos ou despesas variáveis são os que variam de acordo com as vendas ou a produção. São aqueles que variam proporcionalmente ao volume de produção ou vendas da empresa.
Custos ou despesas fixas são os que não varia com a produção ou vendas, ocorrem periodicamente e são necessários para o funcionamento da empresa. São gastos regulares que ocorrem periodicamente em uma empresa e que são necessários para o seu funcionamento administrativo e operacional.
Margem de Contribuição é a diferença entre as receitas (vendas da empresa) e os custos variáveis. Margem de contribuição é o que sobre do preço de venda para cobrir os custos fixos.
Análise de sensibilidade é uma análise feita com base em simulação de resultados, com objetivo de avaliar aumento de receitas e ou redução de custos. Essa ferramenta auxilia o empresário a fazer uma comparação dos números da empresa, comparando a situação atual, com um aumento de receitas ou mesmo diminuição dos custos.
Ponto de Equilíbrio avalia qual a necessidade de faturamento necessária para se cobrir os gastos do negócio sem obter lucro e nem prejuízo. A finalidade de se calcular o ponto de equilíbrio é verificar o volume de vendas necessário para que a empresa possa cobrir seus custos fixos.
Resultado Operacional é a margem de contribuição menos os custos ou despesas fixas. É o lucro ou prejuízo que a empresa alcança no final do resultado.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO EM RELAÇÃO A TAXA DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTO
A melhor maneira de se avaliar o grau de sucesso de um empreendimento é calcularmos o seu retorno sobre o investimento realizado.
Definimos como a forma ideal de se avaliar a taxa de retorno a divisão do lucro obtido antes do imposto de renda e antes das despesas financeiras pelo ativo total utilizado para a obtenção do produto.
Formula:
Taxa de Retorno = Lucro Antes do Imp.Renda e Antes da Desp.Financeira / Ativo Total
No retorno não devem ser incluídas as Despesas Financeiras, já que estas são derivadas do passivo (Financiamento), e não do Ativo (Investimento). Do retorno dado pelo investimento, parte será utilizado para remunerar o capital de terceiros (Despesas Financeiras), e parte para remunerar o capital próprio (Lucro liquido do proprietário). O retorno total, soma dos dois, é o que melhor define o desempenho global.
O problema da utilização dessa idéia consiste não só na apuração do lucro, mas também na separação de que investimento pertence a cada produto. É muito comum (mas não correto) proceder-se da seguinte forma: rateia-se a Despesa de vendas e a de administração também aos produtos, com base em critério os mais variados (proporcionalmente a preço de venda, lucro bruto, tempo de fabricação etc.), como se fizessem parte do custo propriamente dito, chegando assim ao “lucro liquido” antes das Despesas Financeiras e imposto de Renda de cada produto. Rateia-se também o investimento (ativo) total pelos produtos, com base em critérios igualmente pré-estabelecidos, atribuindo-se parte dele a cada produto. Faz-se assim o cálculo da taxa de retorno. isso também pode ser feito não só por produto, mas por departamento, divisão etc.