quinta-feira, 12 de setembro de 2024

A BELA MENINA

Boa noite, pessoal das minhas redes sociais!
Hoje quero compartilhar algo muito especial com vocês. Tenho estado um pouco afastado, mergulhado em um novo projeto literário que está me inspirando profundamente. Enquanto trabalho nesse novo livro, que será uma obra pensada para todos os públicos, me deparei com algumas das minhas criações antigas, escritas lá em 1999. Entre elas, estão "O poder da superação", "Administração do homem e de seu semelhante", e "O líder não acontece por acaso".
Reler essas obras tem sido uma jornada emocionante, principalmente ao reencontrar um conto que escrevi para o meu primeiro livro, O Poder da Superação. Na época, estava enfrentando um período muito difícil da minha vida, lutando contra a depressão, e a escrita foi um dos meios que me ajudou a superar essa fase. Voltar a esses textos agora me fez reviver muitas emoções, especialmente a gratidão por aquelas pessoas que, com muito carinho e apoio, me ajudaram a atravessar essa tempestade.
Quero aproveitar este momento para agradecer imensamente a todos que me deram forças naquela época. Vocês foram fundamentais para que eu pudesse me reerguer e enfrentar os desafios da vida. OBRIGADO de coração a cada um de vocês!
Agora, quero compartilhar com vocês o conto que me emocionou novamente ao reler. Tenho certeza de que ele também vai tocar o coração de muitos de vocês. Espero que gostem!
Deus abençoe a todos, e aqui vai o conto:
A BELA MENINA
Parte do Livro - O PODER DA SUPERAÇÃO – Autor: Wagner Luiz Marques
Leudiceia, uma jovem de 16 anos, era uma menina doce e meiga, com um espírito alegre e infantil. Na escola, era a melhor aluna da turma, admirada pelos colegas, que sempre buscavam sua ajuda para aprender e compartilhar conhecimentos. Sua família, composta pelos pais e duas irmãs mais novas, vivia em harmonia. Embora enfrentassem dificuldades financeiras, seus pais sempre fizeram de tudo para dar o melhor às filhas.
Infelizmente, a vida deles mudou drasticamente quando o pai de Leudiceia perdeu o emprego. Sua mãe, dona de casa, começou a trabalhar como diarista, enquanto o pai passou a ser vendedor ambulante. As filhas, que antes estudavam em escolas particulares, tiveram que se adaptar à realidade de estudar em colégios públicos. A luta pela sobrevivência havia começado, e todos precisavam colaborar.
Leudiceia, determinada, conseguiu um emprego e lá conheceu Marcos, o filho do dono do escritório. Seduzida por sua situação financeira, ela mudou completamente, tornando-se gananciosa e volúvel. Seus pais tentaram aconselhá-la, mas não conseguiram trazê-la de volta ao bom caminho. Envolvida em um relacionamento destrutivo, Leudiceia começou a frequentar lugares perigosos e se perdeu no mundo das drogas.
Um dia, seu pai, cansado e preocupado, tentou resgatá-la dessa vida, mas foi em vão. Pouco depois, ele sofreu um infarto fulminante e faleceu. O choque da morte de seu pai fez Leudiceia repensar sua vida. Ela decidiu deixar Marcos e mudar, mas seu companheiro não aceitou a decisão e a desafiou a escolher entre ele ou seu futuro. Leudiceia, presa a um amor destrutivo, seguiu com ele.
Logo, Leudiceia descobriu que estava grávida. Quando contou a Marcos, ele a rejeitou e a obrigou a escolher entre ele ou o bebê. Desamparada, ela procurou ajuda em um lar de gestantes, pois nunca cogitou a ideia de abortar seu filho. Sua mãe, em segredo, pediu à amiga Dona Carmélia que acolhesse Leudiceia, sem revelar que estava por trás da ajuda.
Leudiceia deu à luz um lindo menino, mas, sem forças para ser mãe, o deixou na maternidade. O bebê foi adotado por Maria, uma senhora viúva, que o nomeou Daniel. A infância de Daniel foi cheia de amor, e ele cresceu como um menino brilhante e cheio de talento. No entanto, a verdade sobre sua adoção foi mantida em segredo, gerando inquietação à medida que ele crescia e questionava sua identidade.
Quando Daniel atingiu a adolescência, sua inteligência e liderança o destacaram. Ele conseguiu ingressar em uma das melhores universidades da região e se formou com honras. No entanto, ainda sentia um vazio dentro de si, uma necessidade de descobrir quem realmente era.
Em uma de suas viagens, Daniel conheceu Ana, uma jovem que mexeu com seu coração. Mas o destino parecia cruel, e após uma série de desencontros e recusas por parte da família de Ana, Daniel voltou a questionar sua própria vida.
Ele encontrou consolo em sua mãe adotiva, Dona Maria, que o incentivou a seguir em frente, sem se deixar abalar pelas dificuldades. Com o tempo, Daniel entendeu que a verdadeira riqueza está no amor e no cuidado que recebeu ao longo da vida, e não na busca por respostas do passado.
A trajetória de Daniel nos mostra que, mesmo diante das adversidades, o amor e a determinação podem nos guiar para o caminho da superação. Às vezes, as respostas que tanto procuramos estão nas pessoas que sempre estiveram ao nosso lado.
“Espero que essa história inspire vocês tanto quanto me emocionou ao relê-la. A vida pode nos derrubar, mas a capacidade de se reerguer é o que realmente importa. Abraço a todos e até breve com mais novidades do meu novo projeto!”

domingo, 25 de agosto de 2024

TEMPO VALE DINHEIRO?

Estamos passando por um momento da vida complicado. A natureza está se rebelando: queimadas, furacões, terremotos, maremotos, invernos rigorosos, calor insuportável... Ou seja, estamos passando por um momento dificílimo e o ser humano não está conseguindo ver isso. Muitos falam que precisamos rever os problemas climáticos, precisamos fazer com que o ser humano tenha compaixão pelo próximo, mas só existem falas, falácias, mais nada. Agora, analisemos o tempo. Muitas pessoas alegam que o tempo vale dinheiro. É verdade, o tempo vale dinheiro para remunerar o trabalho, as horas extras, analisar custos. Para isso, o tempo é avaliado na forma monetária. Mas, da maneira que as pessoas pensam que o tempo vale dinheiro, elas estão enganadas. Porque, se o tempo tivesse algum valor monetário e pudesse ser comprado, esses multimilionários certamente não morreriam; conseguiriam comprar o tempo e fazer de suas vidas eternas aqui na terra. Mas isso não acontece. É a situação mais certa da vida: o tempo da vida na terra tem um fim para todo mundo, rico, pobre, bonito, feio, gordo, magro, para todas as pessoas aqui na terra tem um fim. Muitas pessoas acham que a vida é infinita para elas, porque pensam que podem explorar, escravizar, cobrar ações impossíveis de serem realizadas, muitas vezes até não cumprem com suas obrigações, porque, ao seu ver, a sua vida é infinita. Mas estão enganadas, para eles também esse tempo terá fim. Logo, o que precisamos é avaliar melhor nossos conceitos, nossos princípios, porque a vida aqui na terra é passageira. O que você planta, você colherá. Agora, o que existe do lado de lá, só Deus sabe, nós não sabemos nada o que é do outro lado dessa vida terrena. Portanto, faça o bem agora, reflita sobre o que você está fazendo agora, talvez amanhã seja muito tarde.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

TRABALHO? NEM PENSAR!

Era uma manhã tranquila, quando o telefone tocou insistentemente na casa de Seu João. Ele atendeu com um suspiro, esperando que fosse alguém da família. Mas não, era uma moça simpática, oferecendo uma oportunidade de emprego.

— Bom dia, Seu João! Eu sou da empresa Tal, e estamos com uma vaga excelente pra você! — disse a moça, cheia de entusiasmo.
Seu João coçou a cabeça, meio desconfiado.
— Moça, peraí... Serviço? Nem amanheceu direito o dia e já estão me ligando pra oferecer serviço? — perguntou ele, já sentindo que essa conversa ia ser longa.
A moça, sem perder o ânimo, continuou:
— Isso mesmo, Seu João! A empresa está oferecendo um salário de dois mil reais por mês!
Seu João quase deixou o telefone cair de tanto rir.
— Dois mil reais? Ô, moça, deixa eu te explicar uma coisa. Eu moro no Brasil, né? Aqui a gente tem uns esquemas que valem mais que ouro! Vou te dar uma ideia do que rola aqui em casa.
E começou a explicar, com um sorriso maroto no rosto:
— Olha, eu ganho 600 reais do governo, de graça! Minha mulher também ganha mais 600 reais. E como ela tem quatro filhos, cada um de um pai diferente, a gente recebe mais umas pensões aí. Sem contar que tem umas ONGs que ajudam a gente com comida. Sabe aquele negócio de cesta básica? Pois é, a gente ganha tudo, até produto de limpeza!
A moça do outro lado da linha estava perplexa, mas Seu João não parava de falar.
— E não é só isso, não! Luz, água, gás, tudo a gente não paga, porque faz parte de uns programas aí. Vou numa salinha, assino uns papéis, e pronto! Não tem conta pra pagar. Agora, me diz uma coisa, por que eu vou trabalhar?
Ele fez uma pausa dramática, como se estivesse esperando uma resposta que sabia que não viria. E continuou:
— Moça, eu não sou vagabundo, não. O que eu tenho é dignidade! Chego em casa limpinho, dou atenção pra minha mulher, não fico cansado. E se eu for trabalhar, o que acontece? Vou perder tudo isso! Chegar em casa cansado, bravo... E aí minha mulher larga de mim!
Seu João estava se divertindo com a situação, e a moça já não sabia se ria ou chorava.
— E com o dinheiro que sobra, a gente faz churrasco, compra bebida, faz festa! Tem até um dinheirinho que a gente guarda! Agora me diz, moça, se eu estivesse trabalhando, ia estar pagando conta e mais conta, e no final, o governo ia pegar meus impostos e dar pra quem não trabalha. Aí eu te pergunto: pra quê que eu vou trabalhar?
A moça, sem palavras, apenas escutava enquanto Seu João finalizava seu monólogo com um conselho:
— Olha, moça, chama outra pessoa pra esse trabalho. Eu tô vivendo bem, não preciso disso não! E se um dia o povo acordar e parar de pagar imposto, aí sim, vai ser um caos! Mas até lá, a gente vai levando... Rindo e vivendo bem!

E com isso, Seu João despediu-se com um sorriso satisfeito, voltando para a sua rotina tranquila, enquanto a moça do outro lado da linha ficou pensando que, naquele dia, ela tinha ouvido uma das histórias mais inacreditáveis e engraçadas da vida dela.