domingo, 25 de agosto de 2024

TEMPO VALE DINHEIRO?

Estamos passando por um momento da vida complicado. A natureza está se rebelando: queimadas, furacões, terremotos, maremotos, invernos rigorosos, calor insuportável... Ou seja, estamos passando por um momento dificílimo e o ser humano não está conseguindo ver isso. Muitos falam que precisamos rever os problemas climáticos, precisamos fazer com que o ser humano tenha compaixão pelo próximo, mas só existem falas, falácias, mais nada. Agora, analisemos o tempo. Muitas pessoas alegam que o tempo vale dinheiro. É verdade, o tempo vale dinheiro para remunerar o trabalho, as horas extras, analisar custos. Para isso, o tempo é avaliado na forma monetária. Mas, da maneira que as pessoas pensam que o tempo vale dinheiro, elas estão enganadas. Porque, se o tempo tivesse algum valor monetário e pudesse ser comprado, esses multimilionários certamente não morreriam; conseguiriam comprar o tempo e fazer de suas vidas eternas aqui na terra. Mas isso não acontece. É a situação mais certa da vida: o tempo da vida na terra tem um fim para todo mundo, rico, pobre, bonito, feio, gordo, magro, para todas as pessoas aqui na terra tem um fim. Muitas pessoas acham que a vida é infinita para elas, porque pensam que podem explorar, escravizar, cobrar ações impossíveis de serem realizadas, muitas vezes até não cumprem com suas obrigações, porque, ao seu ver, a sua vida é infinita. Mas estão enganadas, para eles também esse tempo terá fim. Logo, o que precisamos é avaliar melhor nossos conceitos, nossos princípios, porque a vida aqui na terra é passageira. O que você planta, você colherá. Agora, o que existe do lado de lá, só Deus sabe, nós não sabemos nada o que é do outro lado dessa vida terrena. Portanto, faça o bem agora, reflita sobre o que você está fazendo agora, talvez amanhã seja muito tarde.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

TRABALHO? NEM PENSAR!

Era uma manhã tranquila, quando o telefone tocou insistentemente na casa de Seu João. Ele atendeu com um suspiro, esperando que fosse alguém da família. Mas não, era uma moça simpática, oferecendo uma oportunidade de emprego.

— Bom dia, Seu João! Eu sou da empresa Tal, e estamos com uma vaga excelente pra você! — disse a moça, cheia de entusiasmo.
Seu João coçou a cabeça, meio desconfiado.
— Moça, peraí... Serviço? Nem amanheceu direito o dia e já estão me ligando pra oferecer serviço? — perguntou ele, já sentindo que essa conversa ia ser longa.
A moça, sem perder o ânimo, continuou:
— Isso mesmo, Seu João! A empresa está oferecendo um salário de dois mil reais por mês!
Seu João quase deixou o telefone cair de tanto rir.
— Dois mil reais? Ô, moça, deixa eu te explicar uma coisa. Eu moro no Brasil, né? Aqui a gente tem uns esquemas que valem mais que ouro! Vou te dar uma ideia do que rola aqui em casa.
E começou a explicar, com um sorriso maroto no rosto:
— Olha, eu ganho 600 reais do governo, de graça! Minha mulher também ganha mais 600 reais. E como ela tem quatro filhos, cada um de um pai diferente, a gente recebe mais umas pensões aí. Sem contar que tem umas ONGs que ajudam a gente com comida. Sabe aquele negócio de cesta básica? Pois é, a gente ganha tudo, até produto de limpeza!
A moça do outro lado da linha estava perplexa, mas Seu João não parava de falar.
— E não é só isso, não! Luz, água, gás, tudo a gente não paga, porque faz parte de uns programas aí. Vou numa salinha, assino uns papéis, e pronto! Não tem conta pra pagar. Agora, me diz uma coisa, por que eu vou trabalhar?
Ele fez uma pausa dramática, como se estivesse esperando uma resposta que sabia que não viria. E continuou:
— Moça, eu não sou vagabundo, não. O que eu tenho é dignidade! Chego em casa limpinho, dou atenção pra minha mulher, não fico cansado. E se eu for trabalhar, o que acontece? Vou perder tudo isso! Chegar em casa cansado, bravo... E aí minha mulher larga de mim!
Seu João estava se divertindo com a situação, e a moça já não sabia se ria ou chorava.
— E com o dinheiro que sobra, a gente faz churrasco, compra bebida, faz festa! Tem até um dinheirinho que a gente guarda! Agora me diz, moça, se eu estivesse trabalhando, ia estar pagando conta e mais conta, e no final, o governo ia pegar meus impostos e dar pra quem não trabalha. Aí eu te pergunto: pra quê que eu vou trabalhar?
A moça, sem palavras, apenas escutava enquanto Seu João finalizava seu monólogo com um conselho:
— Olha, moça, chama outra pessoa pra esse trabalho. Eu tô vivendo bem, não preciso disso não! E se um dia o povo acordar e parar de pagar imposto, aí sim, vai ser um caos! Mas até lá, a gente vai levando... Rindo e vivendo bem!

E com isso, Seu João despediu-se com um sorriso satisfeito, voltando para a sua rotina tranquila, enquanto a moça do outro lado da linha ficou pensando que, naquele dia, ela tinha ouvido uma das histórias mais inacreditáveis e engraçadas da vida dela.