quinta-feira, 6 de agosto de 2009

2- ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA: DECISÃO LÓGICA PARA O EMPREENDEDOR


Fundação Biblioteca Nacional. Certificado de Registro de Averbação.
WAGNER LUIZ MARQUES
REGISTRO DA OBRA DIÁRIO DE UM EMPREENDEDOR A REAL INFORMAÇÃO PARA OS GESTORES DE SUCESSO
Nº do Registro: 454.039 Livro: 853 Folha: 199

A FUNÇÃO FINANCEIRA NA EMPRESA

O que são finanças?

A ciência de gerenciar fundos de investimentos; virtualmente todos os indivíduos ou organizações ganham com a capitação de recursos oriundos de dinheiro ou outro bem da mesma espécie.

O objetivo principal da Administração financeira é:
Reconhecer a estrutura econômica – financeira empresarial da gestão dos investimentos e da prática de financiamento a curto e longo prazo.
Analisar a característica dos diferentes fundos de investimentos.
Esclarecer as mudanças no sistema de pagamento brasileiro.
Proporcionar uma visão crítica sobre o processo decisório, diante da alta turbulência dos mercados.

Em resumo: estuda e analisa a estrutura econômico-financeira dos critérios e dos meios utilizados na gestão financeira das práticas de financiamento de curto e longo prazo, da gestão orçamentária dos investimentos, dos recursos financeiros e dos meios de controle disponíveis. Estudo da dinâmica do mercado financeiro de capitais. Tudo isso, para alcançar resultados favoráveis financeiramente ou, mesmo, conseguir minimizar os problemas existenciais no período avaliado.

Os conflitos da área financeira só são existenciais porque o setor financeiro administra um negócio e, esse, pode ser um modesto empreendimento ou, até, uma grande empresa que envolve ações de investimento em bolsas de valores interna ou externa do país de origem.

As finanças que faz com que tudo isso aconteça, é o que dirige todo mercado financeiro de um país. É aquela que transforma um capital para atender as necessidades de uma empresa, de um departamento, enfim, de vários recursos existenciais no mercado.

O papel do administrador financeiro é assegurar que esse capital esteja disponível nos montantes adequados, no momento certo e ao menor custo. Isso não ocorrendo, a empresa não sobreviverá.

A área financeira está muito mais complexa e avança a passos mais rápidos atualmente. Os mercados financeiros estão flexíveis, as taxas de juros podem subir ou cair acentuadamente em um período de tempo muito curto. Essas mudanças afetam totalmente as decisões financeiras. Sendo que, hoje, existem muitas estratégicas financeiras possíveis, e novos produtos financeiros surgem a todo instante.

Portanto, se conseguirmos obter fundos a um menor custo do que nossos concorrentes, estaremos em condições de colocarmos no mercado os nossos produtos de forma mais competitiva, melhorando, assim, nossa lucratividade. Entretanto, as decisões financeiras não devem ser tomadas isoladamente, o pessoal de finanças deve trabalhar em conjunto com todos os departamentos, só assim, conseguiremos alcançar resultados favoráveis e um orçamento adequado na montagem das decisões para o determinado planejamento para atingir a lucratividade. Sendo que, a verdadeira força da empresa, o que realmente importa aos acionistas, baseia-se no fluxo de caixa.

A gestão de disponibilidade é identificar que o administrador financeiro controla adequadamente as entradas e saídas de numerários, avaliando os fluxos de caixa e, identificando exatamente todos os relatórios financeiros, para poder analisar e identificar a administração financeira com uma análise precisa e bem formulada nas decisões futuras.

A gestão de disponibilidade controla e administra as devidas sistemáticas:


CAIXA

Esse instrumento é de fácil aplicação e gera importantes informações para o dirigente acompanhar as entradas e saídas de recursos da empresa, sendo que, as entradas devem ser registradas por contas específicas, contas essas que podem receber o título que se enquadre pelo tipo de entrada (venda à vista, salários, imposto etc.).

Essas contas que estão contidas no registro de caixa, normalmente utilizadas nas Empresas, servem aqui, apenas como exemplo, portanto, podem ser alteradas conforme a necessidade de cada empresa.

A utilização desse controle não dispensa o uso do movimento de caixa contábil padrão, descritivo - que você poderá encontrar em qualquer papelaria - portanto, após os registros, os documentos devem ser enviados para a contabilização.

CONTROLE DE CONTAS A RECEBER

Para o funcionamento ideal do controle de contas a receber, há a necessidade que as vendas à prazo do dia e os recebimentos sejam informados aos responsáveis pelo preenchimento, sendo que os lançamentos das vendas a prazo devem ser realizados no controle conforme o mês de vencimento e, as baixas, de acordo com os recebimentos.

Entretanto, ressaltamos que deve haver uma separação entre os tipos de carteiras nas operações com bancos: as mais comuns, são descontos de duplicatas e cobranças simples. Nesses casos, os lançamentos devem ser realizados de forma individual, por tipo de carteira, sendo as duplicatas lançadas em um controle e, se possível, separadas por banco, caso a empresa trabalhe com mais de um.

O mesmo procedimento deve ser dado para a cobrança simples.

É evidente que, além das operações com bancos, existe cobrança em carteira, que são os documentos mantidos na empresa e, neste caso, deve haver um controle somente para esse tipo de carteira.

CONTROLE DE CONTAS A PAGAR

Avaliar o volume de recursos obtidos através de compras a prazo. (verificar qual é o valor que a empresa deve no total).
Verificar a distribuição dos prazos de vencimentos.
Aumentar a segurança quanto aos pagamentos procedentes. (tentar diminuir ou evitar pagar as duplicatas em duplicidade).
Avaliar o volume de recursos que foram solicitados aos fornecedores através de pedido de mercadoria. (controlar, através dos pedidos, quanto comprou, pois, quando chegarem as mercadorias, pode-se verificar se as quantidades e a qualidade especificada no pedido conferem com a mercadoria que está chegando na empresa).

Quais são as áreas importantes para desenvolver oportunos trabalhos financeiros?

Serviços financeiros – desenvolvem a função de prestar assessoria e produtos financeiros, os quais envolvem uma variedade de oportunidades de carreira em bancos, planejamento financeiro pessoal, investimentos, bens imóveis e seguros.

Administração financeira – desenvolve a função de administrador financeiro, avaliando os direitos e as obrigações das empresas.

Os administradores financeiros gerenciam atividades de questões do tipo: contas a receber, contas a pagar, análise de fluxo de caixa, análise das demonstrações financeiras (balanço patrimonial, demonstração dos resultados do exercício, demonstrações dos lucros ou prejuízos acumulados, Demonstrações do patrimônio líquido, Demonstrações das origens e aplicações de recursos, desenvolvimento de notas explicativas.) Avaliação dos investimentos realizados a curto e longo prazo, sendo: aplicações em poupanças, fundos de valores de investimentos, ações e demais fundos inerentes para fins de capitação de recursos.

Este profissional atua em empresa privadas públicas, grandes, pequenas, com fins ou sem fins lucrativos (Ongs, associações e demais organizações que necessitam de análise de investimentos).

A função sistêmica desse profissional é trabalhar em tarefas financeiras como planejamento, concessão de crédito para clientes, avaliação de investimentos para obtenção de recursos para a operacionalidade da empresa. Outro fator importante para este profissional foi o aumento das atividades empresariais de negociações ocorridas graças à globalização, empresas importantes exportando seus produtos, exigindo, assim, um comprometimento do profissional em realizar um controle rígido no gerenciamento do fluxo de caixa nas diferentes moedas para, assim, proteger os riscos que surgem naturalmente na transação internacional.

Para existir uma administração sadia, completa, planejada e não correrem riscos, todos os profissionais que atuam nas diversas áreas da empresa, necessitam ter conhecimento e responsabilidade com o setor financeiro da empresa no que tange a recursos para investimentos, aplicações ou, mesmo, resgate para pagamentos. Isso recai nas mãos do departamento administrativo geral, processo e produtos, controle de qualidade, expedição etc.

Todos os administradores em uma empresa são responsáveis pelo setor financeiro e estão ligados constantemente com o pessoal de finanças, pois, justificam as necessidades de serem sanados em suas áreas para negociar orçamentos operacionais, lidar com avaliações financeiras, comprar e vender equipamento do setor. Claramente, o administrador que entende o processo de tomada de decisões financeiras, estará capacitado a lidar com questões de conflitos para o bom gerenciamento da empresa e, assim, buscar recursos que disponibilizam ações para melhoria do departamento empresarial e, assim, poder aumentar os recursos reais para cumprimento das metas exigidos pela diretoria da empresa.

Identifique as oportunidades profissionais na administração financeira:

Analista financeiro – responsável pelo preparo dos planos financeiros e orçamentários, desenvolvimento de previsão financeira, análise financeira em conjunto com o contador.

Gerenciamento de orçamento de capital - responsável pela avaliação e recomendação de propostas de investimentos de ativos. Este profissional desenvolve a função de levantar boletins, relatórios e previsão para ampliação de empresa ou mesmo, criação de empresa e, também, criação de unidades chamadas de filiais.

Gerenciamento de projetos de financiamento - este profissional busca recursos para investimento em ativo, coordenam consultoria, banqueiros de investimentos e assessoria jurídica para não ter problemas futuros na parada das obras de instalações da empresa.

Gerente de caixa - responsável por manter e controlar os saldos diários de caixa da empresa, freqüentemente gerencial, as atividades de cobranças e desembolso de caixa e investimento a curto prazo, assim como coordena empréstimos a curto prazo e relações com bancos.

Analista/ gerente de crédito - administra a política de crédito da empresa através da avaliação de solicitação de crédito, extensão de crédito, assim como, monitoramento e cobranças de contas a receber.

Gerente de fundos de pensão - este profissional é responsável pela supervisão geral e administração de ativos e passivos do fundo de pensão dos colaboradores.

Qual a relação da administração financeira com a economia?

Os relacionamentos financeiros e econômicos são estreitos. O administrador financeiro deve estar atento constantemente às mudanças econômicas do seu país e, também, com as do mundo, pois, tudo influencia o comportamento produtivo da empresa. O mais importante sistema de gerenciamento financeiro ligado à economia é a análise marginal, ou seja, as decisões financeiras devem ser tomadas e executadas somente quando os benefícios adicionais excederem os custos somados. Toda decisão financeira chega a uma avaliação dos benefícios marginais e dos custos marginais.

CONTROLES FINANCEIROS

CICLO DO CAPITAL DE GIRO

Compra de Mercadorias – Estoque de Mercadorias (Matéria-Prima)
Produção – Gasto com produção - Estoque de Produtos Acabados
Compra de Mercadorias – Pagamento à Vista
Compra de Mercadorias – Pagamento à Prazo - (Fornecedores)
Vendas à Vista – Caixa – Contas à Receber
Vendas à Prazo – Contas à Receber
Venda – Pagamento de Tributos
Pagamento das Contas à Prazo - Fornecedores
Recebimento das contas à receber
Compra de Imobilizado ou reinvestimento
Pagamento do Imobilizado ou reinvestimento

CADEIA DE RELACIONAMENTO

Controles Básicos:
Caixa e Bancos
Estoque
Contas a Receber
Contas a Pagar
Folha de Pagamento

Controles Gerenciais

Apuração do Resultado
Custos e Preços
Orçamento de Caixa

PLANILHA DE APURAÇÃO DE RESULTADO

Discriminação
1-RECEITAS OPERACIONAIS BRUTA
2-IPI
3-RECEITAS OPERACIONAIS LÍQUIDA (1-2)
3.1-Vendas à vista
3.2-Vendas à prazo
4-CUSTO TOTAL
5-CUSTOS VARIÁVEIS TOTAIS (6+7)
6-CUSTOS VARIÁVEIS DE PRODUÇÃO
6.1-Matéria-prima
6.2-Materiais secundários
6.3-Mão-de-obra direta
6.4-Encargos s/ mão-de-obra direta
6.5-Energia elétrica
6.6-Serviços de terceiros
6.7-Combustíveis / lubrificantes
7-CUSTOS VARIÁVEIS DE VENDA
7.1-ICM
7.2-PIS/ Contribuição social
7.3-Comissões
8-CUSTOS FIXOS
8.1-Salários
8.2-Encargos sobre salários
8.3-Energia elétrica
8.4-depreciação
8.5-Segurados
8.6-Material de expedição
8.7-Combustíveis / lubrificantes
8.8-Serviços de terceiros
9-RECEITA FINANCEIRA
10-DESPESAS FINANCEIRAS
11-LUCRO OPERACIONAL (7-8)

Esta planilha de apuração de resultado serve para demonstrar qual o resultado operacional que uma empresa obtém num determinado período. Nela são registradas as receitas, os custos variáveis e fixos, chegando ao custo total, e a apuração do lucro operacional e quais as participações relativas de cada conta em relação ao resultado que lhe convier. Constitui um excelente instrumento de apoio gerencial, por proporcionar condições para que se possa avaliar o comportamento das diversas contas, agindo sobre elas, se necessário. Essa planilha ajuda a conhecer as despesas e custos e permite ao empresário visualizar cada conta e propor reduções.

ORÇAMENTO DE CAIXA - Período de ___/____/____ à ____/____/____
Discriminação
1-ENTRADAS:
. Saldo Anterior
. Vendas à vista
. Cobrança de Contas
. Empréstimos
. Outras
TOTAL ENTRADA
2-SAÍDAS:
. Compra a Vista
. Fornecedores
. Funcionários
. Água/luz/telefone
. Impostos
. Retiradas
. Combustíveis
. Manutenção
. Outras
TOTAL SAÍDA
SALDO ATUAL

O orçamento de caixa serve para demonstrar como será o provável movimento de entradas e saídas de numerários num determinado período. Visa orientar o empresário, para tomar decisões no caso de sobras ou falta de caixa, criando condições para uma melhor administração do capital de giro, no que se refere a busca de empréstimos ou nas aplicações do excesso. Constitui um excelente elemento de apoio gerencial financeiro. Sem os controles básicos, a empresa vai ter muita dificuldade para fazer seu orçamento de caixa.

Em resumo, tanto a planilha de apuração de resultado como o orçamento de caixa, para entender como fazer este controle gerencial, deve-se, primeiramente, conhecer os controles básicos e, depois, aprofundar-se nos relatórios de apoio à gerência.

Como se pode observar nesta planilha, o seu preenchimento precisa ser alcançado pelos valores de vendas à vista. Dessa forma, faz-se uma apuração dos possíveis recebimentos de contas à prazo e empréstimos realizados, e talvez outros recebimentos, para, com isso, apurar, no período desejado, a possível entrada.
A partir de então, será possível fazer uma previsão dos pagamentos, que são: as compras à vista, pagamento de fornecedores, colaboradores, água, luz, telefone, impostos, pró-labore, combustíveis, manutenção que ocorre eventualmente e, talvez, outras despesas que podem ocorrer (deve-se prever uma despesa extra). Feito isto, terá o resultado dos pagamentos em um determinado período. Realizados estes diversos valores, será possível fazer uma previsão do saldo e, com isso, planejar melhores resultados da empresa no final do período.

REGISTRO DE CAIXA/BANCOS

Possibilitar a avaliação da disponibilidade de dinheiro para fazer frente aos pagamentos.
Possibilitar registro e programação de pagamento face ao dinheiro disponível da empresa.
Propiciar ao empresário maior segurança e controle do dinheiro da empresa.

PROCEDIMENTO PARA IMPLANTAÇÃO DE CONTAS-CORRENTE

Para facilitar a implantação, sugere-se que as entradas e saídas de recursos sejam centralizadas, ou seja, todos os documentos devem passar por uma única pessoa, tanto das compras à vista e a prazo, quanto vendas à vista e a prazo, para que, ao final do dia, a mesma faça o registro de todas as operações ocorridas nas empresas.

Este controle é de fácil aplicação e proporciona aos dirigentes condições de acompanhar e efetuar conciliações das contas bancárias, verificando se as entradas e saídas são pertencentes à empresa, lembrando que os depósitos devem ser registrados como entradas de dinheiro no banco e somando-se com o saldo anterior o qual terá um saldo atualizado. Quanto às saídas, faz-se necessário efetuar uma descrição do que foi efetivamente pago. Esta descrição, denomina-se histórico.

O empresário deve controlar as contas individualmente, ou seja, se houver duas ou mais contas correntes, deverá usar o controle para cada conta. Salienta que todos os cheques devem ser emitidos com cópias, visando segurança e controle às saídas de recursos. Após os registros, os documentos devem ser enviados para a contabilização.

CONTROLE DE CONTA-CORRENTE

EMPRESA:
CONTROLE DE CONTA CORRENTE
BANCO:
MÊS / ANO / FOLHA:
DIA







HISTÓRICO







DÉBITO(-)







CRÉDITO(+)







SALDO








PROCEDIMENTO PARA IMPLANTAÇÃO - CAIXA

Esse instrumento é de fácil aplicação e gera importantes informações para o dirigente acompanhar as entradas e saídas de recursos da empresa, sendo que as entradas devem ser registradas por contas específicas, contas essas que podem receber o título que se enquadre pelo tipo de entrada (venda à vista, salários, impostos etc.).

Essas contas, que estão contidas no registro de caixa, são as normalmente utilizadas nas Empresas e, servem aqui, apenas como exemplo; portanto, podem ser alteradas conforme a necessidade de cada empresa.

A utilização desse controle não dispensa o uso do movimento de caixa contábil padrão, descritivo, portanto, após os registros, os documentos devem ser enviados para a contabilização.

REGISTRO DE CAIXA

EMPRESA:
REGISTRO DE CAIXA
DISCRIMINAÇÃO / DATA

A. SALDO DO DIA ANTERIOR

B. ENTRADA DO DIA

B1. Vendas a vista

B2. Recebimentos diversos

B3. Juros recebidos

B4. Desconto de duplicata

B5. Empréstimos

B6. Outras entradas

B.7.

C. SAÍDAS DO DIA

C1. Compra a vista

C2. Pagamento de Fornecedor

C3. Pagamento de Empréstimos

C.4 Retirada dos sócios

C.5 Juros / Despesas Bancárias

C6. Correios

C7. Água, energia elétrica, telefone

C8. Mat. de expediente e consumo

C.9. Salários

C.10 Comissões

C.11 Encargos sociais(FGTS / INSS)

C.12. Impostos (ICMS)

C.13. Pis e Contribuição social

C.14. Combustíveis / lubrificantes

C.15. Imposto de renda (IR)

C.16. Seguros

C.17. Ônibus e táxi

C.18. Despesas de Viagem

C.19. Despesas com veículos

C.20. Honorários contábeis

C.21. Propaganda

C.22. Aluguel

C.23. Fretes

C.24.

D. Saldo do dia (A+B) - (C)

D.1. Banco 1

D.2. Banco 2

D.3. Dinheiro / cheques no caixa

D.4.


TIPOS DE CHEQUE

EM BRANCO:

É o cheque onde não consta o nome do favorecido / portador. Há definições do Banco central, regulamentadas periodicamente, até qual valor é permitido para que o cheque seja em branco. Neste caso, não há nenhuma segurança para o seu portador, pois qualquer pessoa poderá descontá-lo.

AO PORTADOR:

Expressão que é utilizada, quando não consta o nome a quem será destinado o cheque. A sua regulamentação segue as mesmas características do cheque em branco. Da mesma forma, quem possuir o cheque, terá o direito de descontá-lo.

NOMINAL:

Recebe esta denominação, aquele cheque que cita o nome do seu destinatário. Somente ele, ou através de um endosso seu, é que poderá ser sacado.

CRUZADO:

Denomina-se cheque cruzado, aquele que contém dois traços, paralelos no sentido vertical, que cruzam o cheque de baixo para cima. Neste caso, só é permitido para depósito, não sendo possível sacá-lo. Quando contiver o nome do favorecido entre os dois traços, somente neste nome é que poderá ser depositado.

ADMINISTRATIVO:

Chama-se administrativo, todo e qualquer cheque emitido por uma agência bancária. Neste caso, o banco emite o cheque, a pedido do proprietário da conta, em favor de um terceiro. O benefício para quem o receberá, é a garantia de que o cheque tem fundos.

ENDOSSADO:

É o ato pelo qual o portador, descrito na face do cheque, assina no verso, transferindo a sua posse para outro. Pode ser feito o endosso nominativo, onde o portador, dá o nome do novo favorecido.

TIPOS DE DOCUMENTOS

NOTA FISCAL:

Documento que oferece caráter legal à uma transação comercial. Só poderá ser emitida por uma pessoa jurídica. Pessoa jurídica são as empresas em geral.

FATURA:
Documento que resume a nota fiscal, citando seus principais dados: data de emissão, valor e data do vencimento, além dos dados do comprador e do vendedor.

DUPLICATAS:

Documento que se origina da fatura. Pode uma fatura originar dois vencimentos, surgindo então, a necessidade de se emitir uma duplicata para cada vencimento.

RECIBO:

Documento que dá a quitação a uma transação de negócio.

VALES:

Documento que identifica uma cessão de valores, sendo um comprovante para prestação de contas, não tendo, contudo, valor contábil.

NOTA PROMISSÓRIA:

Documento pelo qual o emitente, ao assinar, indica que está assumindo uma promessa de pagamento ao indicado, no prazo estipulado.

AVAL:

Ato pelo qual alguém (uma ou mais pessoas), assina(m) ao lado do emitente ou sacado, num documento de crédito responsabilizando-se, conjuntamente, pelo seu pagamento.

FIANÇA:

Ato pelo qual, alguém assume o compromisso ou responsabilidade por valores ou atos praticados por outra(s) pessoa(s).

IMPORTANTE:

Certificar-se sobre a validade legal de um documento. Para conseguir isto, procure o seu contador. Um documento contábil para fins fiscais, necessita de CNPJ. Logo, um recibo, um vale, um comando, um pedido, não terá validade fiscal. Mas o recibo, se constar o CNPJ ou CPF, tem valor como registro contábil para apuração de despesas / receitas, porque este documento preenche os requisitos do principio da realização da receita em confrontação com as despesas e também atende às normas do princípio do custo original com base no valor.

CONTAS A RECEBER

Avaliar a distribuição dos prazos de vencimento.
Estabelecer ações de agilização da cobrança
Avaliar a concentração no crédito a clientes.
Possibilidade de avaliar o volume de dinheiro existente em poder dos clientes.

PROCEDIMENTO PARA IMPLANTAÇÃO – CONTAS A RECEBER:

Para que o dirigente possa ter informações em relações aos recursos aplicados em contas a receber, é necessário que sejam implantados uma ficha de cadastro de cliente e um controle de contas a receber.

Para facilitar essa implantação, sugere-se que haja uma centralização quanto à elaboração e manutenção das informações nos formulários propostos. Dessa forma, quando ocorrer a primeira venda a prazo a um cliente, tanto pessoa jurídica como pessoa física, deve-se, numa primeira fase, elaborar a ficha cadastral e as respectivas avaliações. Se o cadastro for aprovado, efetua-se a venda.

Caso seja um cliente que já tenha cadastro na empresa, basta verificar como o mesmo se comportou quanto às vendas anteriores. É, a partir desse momento, que passa a exercer um controle dos valores individuais efetuados a cada cliente.
FICHA DE CADASTRO:
Esta ficha é de fácil implantação e, em uma primeira fase, gera informações para o dirigente avaliar o risco em conceder o crédito ao possível cliente. Em uma fase posterior, permite um acompanhamento e controle quanto aos valores das vendas a prazo realizadas com ele. A presente ficha propicia aos dirigentes condições de acompanhar todas as vendas a prazo realizadas individualmente e avaliar a pontualidade dos recebimentos dessas vendas.

FICHA DE CADASTRO DE PESSOA JURÍDICA

CADASTRO DE PESSOA JURÍDICA (1)
DATA (2) ____/____/____
CÓDIGO
Razão Social: (3)
Denominação: (4)
Endereço: (5)
Fone: (6)
Bairro: (7)
Cidade: (8)
Estado: (9)
CEP: (10)
CNPJ.: (11)
Insc.Estadual: (12)
Ramo do Negócio: (13)
Prédio Próprio: (14)
Está em nome de quem? (15)
Quanto paga de aluguel? (16)
Nome completo dos sócios ou titular (17)
CPF (18)
Capital% (19)
Bancos que trabalha (20)
Agencia (21)
Fornecedores (citar endereços / telefones) (22)
Bens da empresa (23)
Fontes consultadas: (24)
SPC (25) sim ( ) não ( )
Local: (26)
Motivo: (27)
Assinatura: (28)


FICHA DE CADASTRO DE PESSOA FÍSICA

CADASTRO DE PESSOA FÍSICA (1)
DATA (2) ____/____/____
CÓDIGO
Nome: (3)
Endereço: (4)
nº (5)
Fone:(6)
Cidade: (7)
Bairro (8)
Estado (9)
CEP: (10)
Data de Nascimento: (11) ____/____/____
CPF: (12)
RG: (13)
Trabalho (Empresa) : (14)
Fone: (15)
Cargo/Função: (16)
Salário:(17)
Admissão/ano: (18)
Cônjuge: (19)
Data de Nascimento: (20) ____/____/____
Cargo/Função: (21)
Salário:(22)
Admissão/ano: (23)
Bens: (24)
Referências Bancárias: (25)
1.
2.
3.
Referências Comerciais: (26)
1.
2.
3.
4.
(27) SPC sim ( ) não ( )
Local: (28)
Motivo (29)
Aval: (30) sim ( ) não ( )
Nome: (31)
Assinatura: (32)

CONTROLE DE CONTAS A RECEBER

Para o funcionamento ideal do controle de contas a receber, há necessidade de que, as vendas à prazo do dia e os recebimentos, sejam informados aos responsáveis pelo preenchimento sendo que os lançamentos das vendas à prazo devem ser realizados no controle conforme o mês de vencimento e as baixas de acordo com os recebimentos.

Entretanto, ressalta que deve haver uma separação entre os tipos de carteiras nas operações com bancos; as mais comuns são descontos de duplicatas e cobranças simples. Nesses casos, os lançamentos devem ser realizados de forma individual por tipo de carteira, sendo as duplicatas lançadas em um controle e, se possível, separadas por banco, caso a empresa trabalhe com mais de um. O mesmo procedimento deve ser dado para a cobrança simples. É evidente que, além das operações com bancos, existe cobrança em carteira, que são os documentos mantidos na empresa e, neste caso, deve haver um controle somente para esse tipo de carteira.

CONTAS A RECEBER - INDIVIDUAL

CLIENTE:
CÓDIGO:
Autorizado por
Emissão
N. Fiscal nº
Valor Total
Duplicata nº
Venctº Data
Valor Prestação
Data Pagamento

CONTAS A RECEBER COLETIVO

CONTROLE DE CONTAS A RECEBER

EMPRESA:
MÊS/ANO:
FL.:
Código
Cliente
Data
Tipo nº
Portador
Vencimento
Vlr.Nominal
Acumul.
Receb.
Data
Valor
Saldo Acumul.
Juro Desc.

CONTAS A PAGAR

Avaliar o volume de recursos obtidos através de compras à prazo. (verificar qual é o valor que a empresa deve no total).
Verificar a distribuição dos prazos de vencimentos.
Aumentar a segurança quanto aos pagamentos procedentes. (tentar diminuir ou evitar pagar as duplicatas em duplicidade).
Avaliar o volume de recursos que foram solicitados aos fornecedores através de pedido de mercadoria. (controlar, através dos pedidos, quanto comprou para, quando chegarem as mercadorias, verificar se as quantidades e a qualidade especificada no pedido correspondem à mercadoria que está chegando na empresa).

PROCEDIMENTO PARA IMPLANTAÇÃO

Para que o dirigente possa ter informações seguras quanto aos recursos de terceiros aplicados na empresa e melhor gerência, é necessário que o mesmo implante um controle de pedido, ficha de compromissos assumidos, controle de contas a pagar por fornecedor e global.

Para facilitar essa implantação, sugerimos que haja uma centralização quanto à elaboração e manutenção das informações nos formulários propostos. Dessa forma, quando ocorrer uma compra deve-se efetuar o lançamento no controle de pedidos e esperar até que haja a entrega desses produtos; no momento da entrega, confere-se com os dados do pedido e verifica se está dentro do que foi combinado. Se estiver tudo certo, procede-se da seguinte forma: compra à vista efetua-se o pagamento de imediato, se for a prazo efetuam-se os devidos registros, ou seja, dá-se baixa no controle de pedidos, e se lança na ficha de compromissos assumidos e no controle de pagamento por fornecedor e global.

CONTROLE DE PEDIDOS

Esta ficha é de fácil implantação: basta efetuar o registro dos pedidos feitos, tanto verbalmente quanto por escrito, conferir no momento da entrega e dar baixa no controle.

Em uma primeira fase, gera informações para o dirigente avaliar o valor que a empresa possui de pedidos que estejam para chegar e o volume já efetuado e assegurar quais os pedidos que realmente foram solicitados, evitando assim, possíveis faltas. Numa segunda fase, dá segurança ao dirigente quanto às condições combinadas no pedido em questão.

CONTROLE DE PEDIDOS

EMPRESA:
MÊS/ANO:
FL.:
Código
Fornec.
Condições de Pgt.
Previ. de Entrega
Valor Compra Previsão de Pagamento:
Dia
Parcela
Data do Recebimento

FICHAS DE COMPROMISSOS ASSUMIDOS

Esta ficha é de fácil implantação: após efetuar a conferência dos pedidos e verificar os produtos que chegaram, dar baixa no controle de pedidos e registrar nesta ficha, com a devida assinatura do responsável pelo setor. Com esta ficha, o dirigente, no momento do pagamento, dispensa conferência quanto ao débito, pois, no momento da entrega do produto, já ocorreram as devidas verificações. Quando houver uma compra em 02 (duas) parcelas, deve ser preenchida uma ficha para cada pagamento. Se for em 03 (três) parcelas, 03 (três) fichas e, assim, sucessivamente.

FICHA DE COMPROMISSOS ASSUMIDOS

Empresa:
Vencimento:
Fornecedor:
Emissão:
Valor:
Tipo de Pagamento:
Observação:
Visto do Responsável
Data

CONTROLE DE CONTAS A PAGAR POR FORNECEDOR

Para o funcionamento ideal deste controle, há a necessidade de que todas as compras sejam registradas, pois, o mesmo, propicia informações ao dirigente quanto às compras efetuadas por fornecedor. Além disso, serve como base para futuras negociações com o mesmo e, também, permite uma visualização dos pagamentos a serem efetuados para cada fornecedor.

CONTROLE DE CONTAS A PAGAR POR FORNECEDOR


EMPRESA:
FL.:
NOME DO FORNECEDOR:
Data
Nota
Valor Total
Vencimento
Duplicata nº
Valor da Parcela
Data Pagamento
Observação

CONTROLE DE CONTAS A PAGAR - GLOBAL

Este controle proporciona ao dirigente uma visualização global dos compromissos assumidos, permitindo acompanhar, de forma fácil, o total de pagamentos a serem efetuados no período, servindo de base para futuras compras no sentido de administrar prazos, procurando não centralizar muitos pagamentos em determinadas datas.

O controle deve ser preenchido de acordo com o vencimento, sendo que, o ideal é separar por mês, isto é, compras com vencimentos em janeiro devem ser registradas em um controle, compras em fevereiro, em outro controle e, assim, sucessivamente.

CONTROLE DE CONTAS A PAGAR

EMPRESA:
MÊS/ANO:
FL.:
Código
Fornecedor
Data
Tipo nº
Portador
Vencimento
Valor Nominal
Acum.
Pgt.
Data
Valor
Saldo Acum.
Juros Desc.

CONTROLE DE ESTOQUES

Possibilidade de avaliar o volume de recursos aplicados em estoque.
Condições de avaliar o volume de recursos aplicados em grupo de estoque.
Verificar e acompanhar a rotação dos estoques.
Calcular o custo da mercadoria vendida (CMV).

Este controle de estoques visa, ao dirigente da empresa, utilizar instrumentos que facilitem o controle dos estoques, de maneira rápida e eficiente, a fim de que possa obter informações importantes que lhe possibilitem, entre outros:

Avaliar o volume de dinheiro aplicado em estoques;
Avaliar o volume de dinheiro aplicado em cada grupo de estoques;
Verificar e acompanhar a rotação de giro dos estoques;
Calcular o custo da mercadoria vendida (CMV) ou custo do material consumido;
Conhecer a quantidade existente e a média das vendas/compras num determinado período.

Com essas informações poderão decidir e administrar melhor o que deve ser comprado, em que quantidade e o quê é mais importante para reforçar a venda.

PROCEDIMENTO PARA IMPLANTAÇÃO

Para que o controle seja eficazmente implantado, deverá ser considerado:

A definição de códigos para as mercadorias, separadas por grupo de produtos classificados de acordo com o ramo da empresa.
Toda a movimentação de mercadorias/materiais deverá ser registrada através de uma nota/controle e centralizada numa única pessoa para os devidos registros, evitando assim, duplicidade de lançamentos.

O formulário que em questão, foi desenvolvido, especialmente testado e implantado em muitas empresas. Veja a seguir como proceder em relação aos estoques.

ILUSTRAÇÃO DE UMA CLASSIFICAÇÃO ABC EM ESTOQUES:

Produto

A Material Estoque 10%
Dinheiro Aplicado 70%
B Material Estoque 30%
Dinheiro Aplicado 25%
C Material Estoque 25%
Dinheiro Aplicado 05%

O produto “A” é aquele que se mantém em pouca quantidade no estoque, mas, o valor monetário, é grandemente aplicado. Exemplo: Uma empresa que vende motores, concessionárias etc.

O produto “B” é aquele que se mantém na média: tanto o produto em estoque, como também o valor monetário são praticamente iguais. Exemplo: Uma empresa que comercializa roupas.

O produto “C” é aquele que se mantém uma enorme quantidade de produto em estoque, mas, o valor monetário aplicado é pouco. Exemplo: Uma empresa que comercializa parafusos, arruelas etc.

A IMPORTÂNCIA DOS ESTOQUES

Normalmente, os estoques representam um dos investimentos mais elevados nas contas que compõem a estrutura de capital de giro nas empresas simplificadas. Essas contas são representadas pelas aplicações em caixa, contas a receber e estoques. Em função desse alto investimento, o item estoque tem grande importância no contexto da empresa. Portanto, quando o empresário for realizar compras para suprir as necessidades de sua empresa, deve analisar, para evitar que o entusiasmo do presente se transforme em problemas para o futuro.

Pensando assim, o empresário deve procurar trabalhar com estoques que se enquadrem em padrões mínimos e máximos, ditados pela segurança e pelo bom senso. A classificação básica que as empresas fazem, quanto aos estoques, geralmente é a seguinte: Empresas Comerciais: Mercadorias e Empresas Industriais: Matéria-prima, Produtos em processo e Produtos Acabados.

NÍVEL DE ESTOQUES

Em função da importância dos estoques e, para garantir a rentabilidade do capital aplicado, é ideal que o empresário estabeleça níveis de estoques para cada item, visando, principalmente, reduzir o investimento desnecessário e possibilitar o fluxo normal de produção/vendas de forma contínua e uniforme evitando possíveis interrupções.

ESTOQUES MÍNIMOS

É a quantidade mínima de uma mercadoria e/ou matéria-prima que a empresa deve manter em estoque para atender às suas necessidades por determinado período.

CONTROLE DE ESTOQUE

EMPRESA:
Produto:
Unidade:
Código:
Fornecedor:
Venda Média Mensal:
Periodicidade:
Est.Mínimo:
Est.Máximo:
Ano
Mês
Jan
Fev
Mar
Abr
Maio
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Preço atual de Vendas:
Vendas
Compras
Data
Doc.nº
Quant. Entrada
Quant.
Saída
Quant.
Saldo
P.Custo Entrada
P.Custo
Saída
P.Custo
Saldo
Custo Médio Unit.
Custo Médio Atual

ANÁLISE FINANCEIRA

A Análise Financeira refere-se à avaliação ou estudo da viabilidade, estabilidade e lucratividade de um negócio ou projeto.

Administrar as finanças de uma empresa é bem parecido com administrar as contas pessoais, necessita drasticamente tomar decisões estratégicas. O objetivo é sempre promover o crescimento e construir a solidez de uma empresa. Para atingir essa meta, é necessário conhecer o que realmente compõe a área financeira. Para isso, deve-se conhecer as três partes principais de uma empresa:

Caixa – são os controles financeiros básicos;
Lucro – é a apuração dos resultados. Receita menos despesas operacionais.
Patrimônio – contagem de bens, direitos e obrigações da empresa.

Também devemos interpretar as necessidades reais de se conhecer uma organização e a busca de melhora no mercado operacional.

Negócio é referido como um comércio ou empresa, que é administrado por pessoa(s) para captar recursos financeiros para gerar bens e serviços e, por conseqüência, proporcionar a circulação de capital giro entre os diversos setores.

Plano de negócios (do inglês Business Plan), também chamado "plano empresarial", é um documento que especifica, em linguagem escrita, um negócio que se quer iniciar ou que já está iniciado.

Geralmente é escrito por empreendedores, quando há intenção de se iniciar um negócio, mas também pode ser utilizado como ferramenta de marketing interno e gestão. Pode ser uma representação do modelo de negócios a ser seguido. Reúne informações tabulares e escritas de como o negócio é ou deverá ser.

De acordo com o pensamento moderno, o plano de negócio é um documento vivo, no sentido de que deve ser constantemente atualizado para que seja útil na consecução dos objetivos dos empreendedores e de seus sócios.

O plano de negócios também é utilizado para comunicar o conteúdo a investidores de risco, que podem se decidir a aplicar recursos no empreendimento. Para E. Bolson, plano de negócio "é uma obra de planejamento dinâmico que descreve um empreendimento, projeta estratégias operacionais e de inserção no mercado e prevê os resultados financeiros". Segundo o mesmo autor, a estratégia de inserção no mercado talvez seja a tarefa mais importante e crucial do planejamento de novos negócios.

Índice

1 Contexto e objetivos
2 Convenções mais utilizadas
3 Estrutura de um plano de negócios
3.1 Capa e sumário
3.2 Sumário executivo
3.3 Planejamento estratégico do negócio
3.4 Descrição da empresa/empreendimento
3.5 Produtos e serviços
3.6 Análise de mercado
3.7 Plano de marketing
3.8 Plano financeiro
3.9 Anexos
4 Referências
5 Ligações externas


Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Os projetos e as operações diferem, principalmente, no fato de que os projetos são temporários e exclusivos, enquanto as operações são contínuas e repetitivas.

Os projetos são normalmente autorizados como resultado de uma ou mais considerações estratégicas. Estas podem ser uma demanda de mercado, necessidade organizacional, solicitação de um cliente, avanço tecnológico ou requisito legal. As principais características dos projetos são que eles são (1) temporários, possuindo um início e um fim definidos, (2) planejados, executado e controlado, (3) entregam produtos, serviços ou resultados exclusivos, (4) desenvolvidos em etapas e continuam por incremento com uma elaboração progressiva, (5) realizados por pessoas e (6) com recursos limitados.

A administração financeira da empresa necessita estar atenta sempre com a administração das entradas e saídas de recursos, para poder realizar as devidas análises, conforme identifica no método de análise da administração financeira. Estes recursos influenciam diretamente a lucratividade e a análise da necessidade do capital de giro para aumento ou diminuição de recursos administrativos financeiros.
Para esse controle e análise detalhada do sistema financeiro empresarial a empresa necessita identificar:

Fluxo de caixa: este pode controlar o orçamento e os momentos diários da situação financeira da empresa.

Para a realização deste controle, é necessário, primeiro fazer um levantamento de contas a pagar e receber; segundo, levantar todos os custos e fazer uma previsão das vendas; terceiro, desenvolver um controle bancário; quarto, acompanhar os estoques.

Feito isso, criar uma ferramenta chamada estrutura gerencial de estratégia empresarial, ou seja, tomada de decisão.

Perguntas:

Você sabe fazer uma análise financeira do seu negócio?
Você planeja seu investimento?
Você costuma definir estratégia para controlar as finanças do seu empreendimento?
Você tem consciência da saúde financeira da sua empresa?
Você percebeu como é importante que todas as pessoas que tomam decisões nas empresas tenham noções básicas de finanças?
A administração empresarial financeira é idêntica às finanças pessoais. Há empresários que pensam que controlar as entradas e saídas de numerários é suficiente para empresa. Esta é apenas uma das partes que se devem analisar na administração.

A importância de saber administrar as finanças é chegar ao objetivo desejado do administrador. É necessário responder alguns requisitos para poder entender melhor a importância da análise financeira da empresa:

Você já parou para pensar quais são os objetivos principais para o administrador empresarial?
Como saber que sua empresa está obtendo lucro?
Onde está esse lucro?

Para responder essas perguntas é necessário conhecer o tripé da estrutura financeira.

Caixa – patrimônio – lucro.

O que significa Caixa?

São os controles financeiros básicos, tais como: o registro de caixa das entradas e saídas de numerários; cotas a pagar e contas a receber; controle bancário (conciliação bancária), controle de estoque e fluxo de caixa.

O que significa Lucro?

É a apuração do resultado; a relação entre receita e custos mais despesas; Margem de Contribuição: a relação entre despesas e custos fixos e variáveis. A partir desses dados, é feita a avaliação do lucro ou do prejuízo, são definidas as estratégias para aumentar o lucro e, enfim, as decisões são tomadas.

O que significa Patrimônio?

É a estrutura patrimonial, os bens da empresa, a relação entre enriquecimento e empobrecimento, o capital de giro, as tendências de crescimento, endividamento e rentabilidade.

INVESTIMENTO

Para realizar esta análise financeira o administrador financeiro necessita analisar:

Ampliação do Patrimônio;
Analisar as vendas e sua capacidade de ampliação;
Analisar os custos;
Buscar recursos para investimento. Para buscar esses recursos, deve avaliar como conseguir o capital, as taxas de juros do mercado e escolher alternativas que pesem menos no orçamento.
Avaliar adequadamente qual a instituição financeira adequada para tomar o empréstimo necessário.

Fontes para buscar empréstimos:
a) Alguns fornecedores (parcerias);
b) Grandes clientes (parcerias);
c) Parceiros novos;
d) Parentes.

Depois que analisou adequadamente as fontes de busca do capital a ser investido na empresa, refletir a linha de crédito que seja convidativa, principalmente baixas taxas de juros e subsídios no prazo de pagamento. Para que consiga recursos, o investidor necessita fazer bem um plano de investimento, apresentando os recursos disponíveis que a empresa possui. Para que se torne bem e um bom empreendedor e que o negócio cresça com segurança, são necessárias decisões estratégias, para que transcorra bem, deve-se avaliar as devidas perguntas:

Você já começou a investir? De que forma?
Será que seus investimentos são seguros?
Você já programou algum investimento para o seu negócio?
Você costuma fazer uma análise minuciosa das possibilidades de investimento que o mercado financeiro oferece?

Pois bem, até agora, avaliou-se o objetivo da administração financeira:

a) Auxiliar na melhor utilização dos recursos disponíveis em investimentos financeiros, aplicações de lucro líquido;
b) Selecionar as melhores fontes de obtenção de recursos financeiros e analisar qual é o melhor recurso a ser utilizado.

Para se tratar do assunto finanças e investimento, o empresário deve ser cauteloso, planejar muito bem cada passo a ser tomado.

Para planejar corretamente os investimentos, o empreendedor necessita fazer um plano de investimento.

O que é plano de investimento?

É um documento destinado a estudar a situação atual e futura da empresa. Isso será feito para destinar o investimento em determinadas aplicações na empresa:

Aquisição de máquinas novas;
Substituição de um equipamento por outro;
Campanha publicitária;
Instalação de sistema de controle de produção e sistemas gerais de administração;
Compra de patente sobre processo de produção ou direito de uso de marcas comerciais;
Construção de uma nova fábrica;
Abertura de uma nova linha de produtos e serviços;
Lançamento de um novo produto;
Decisões entre alugar e comprar.

O que é, afinal, investimento?

Quando o empresário deseja ampliar seus negócios e não tem o dinheiro para comprar ou reinvestir na empresa, tomar emprestado é o nome dado a este empréstimo de financiamento.

Portanto, financiamento é a quantia de dinheiro destinado para suprir uma determinada necessidade da empresa com base nos objetivos do investimento. Muito comum, o financiamento pode ser usado nas pequenas empresas para iniciar suas atividades, pois nem sempre possuem capital inicial. Toda vez que for ampliar os negócios ou iniciar uma empresa deve-se analisar os riscos do financiamento e a capacidade de liquidar as prestações.

Para o empréstimo realizado para a reestruturação da empresa, deve-se avaliar sua distribuição de lucros, pois esse é o objetivo principal do empreendedor, buscar a maior lucratividade que puder. Para isso avalie essas perguntas:

Quando se monta uma empresa o que se espera dela?
Qual a principal expectativa desse empreendedor?
Além de realização pessoal, do prazer de estar trabalhando em seu próprio negócio, é claro que todo empresário espera obter lucro. Como fazer isso?
Quando esses lucros são obtidos, como utilizá-los?
O objetivo principal de qualquer empresa, depois de geradas as receitas, aplicados todos os recursos e pagos todos os gastos, é a geração do resultado dos lucros e, em geral, é feita a distribuição desse lucro aos sócios em um período, usualmente, no final do exercício. Mas, do lucro, também pode ser feito reservas alternativas para se tornar uma fonte de recursos para um possível investimento. Portanto, os sócios optam por deixar o valor reinvestido na empresa, para melhoria da organização empresarial.

PROJETAR O FLUXO DE CAIXA

Fluxo de caixa é uma ferramenta gerencial para ser usada em todas as atividades empresariais. O fluxo é o documento onde se organizam as informações da empresa. O fluxo de caixa ajuda a controlar o capital de giro, identifica os problemas que poderemos enfrentar e, ainda, faz parte de um planejamento.

O capital de giro é o montante de dinheiro necessário para cobrir o ciclo de dias que a empresa possui desde a compra da mercadoria ou matéria-prima até o seu recebimento. É também uma reserva para manter as atividades operacionais da empresa por um período determinado, até que haja receitas.

Outra função importante do fluxo de caixa é o ciclo operacional da empresa: são todas as atividades de compra e venda de mercadorias e serviços da empresa a curto prazo. Isso antecipa a decisão de reposição de estoques.

Exemplo: analisar o prazo de compra de estoque em relação ao prazo de venda da mercadoria. Isto identifica o ciclo operacional da empresa. Compra, então, seus estoques por 30 ou 45 dias? E, se o seu estoque é vendido por 60, 90 e 120 dias? Esta análise proporciona a verificação do ciclo operacional médio de retorno.

Para realizar adequadamente está análise, é necessário fazer a avaliação dos índices de atividade ou eficiência operacional, os quais indicam a eficiência ou intensidade com que a empresa tem usado seus recursos.

Estes índices envolvem comparações entre a receita auferida e o valor de diversas contas do balanço. No caso das contas de Ativo, o valor do investimento em tais contas constitui uma decisão gerencial e, a questão de interesse, é saber se estes investimentos estão sendo racionalmente feitos. Em particular, é de interesse saber quantos dias a empresa demora a receber suas vendas, a rotação de diversos ativos e, também, a rotação do capital dos acionistas.

Rotação dos Estoques

Este quociente demonstra quantas vezes ocorreu renovação dos estoques de mercadorias ou de produtos, em função das vendas.

Avalie estes questionamentos sobre a análise geral sobre a informação de fluxo de caixa:

Você costuma analisar todas as opções de fontes de recursos ou de prazos a negociar antes de tomar uma decisão financeira?
Você já precisou prever entradas e saídas de capital na sua organização?
Você sabe realmente a sua capacidade de assumir compromissos financeiros?
Quais são os limites de pagamento que seu negócio pode assumir atualmente?

Caixa da empresa – é o capital de liquidação imediata. É algo que você deve dispor para cumprir suas obrigações. A administração do caixa não só compreende os lançamentos de entradas, como também, as saídas do controle dos recursos disponíveis. Com isso, pode prever quanto e quando poderá investir em um novo investimento para a empresa.

Administração dos recursos em caixa:

Contas a pagar – contas a receber – fluxo de caixa (previsão do registro diário de entrada e saída de numerários) – controle de estoque.

O fluxo de caixa utiliza informações de médio e longo prazo como ferramenta para tomada de decisões e esta ferramenta serve como análise de previsão para analisar as possíveis entradas, juntamente com as saídas e, assim, projetar o possível investimento ou, mesmo, a possibilidade de negociação tanto na compra como na venda.

Benefícios gerados para a empresa na elaboração do fluxo de caixa:

Planejamento do fluxo de caixa com dados futuros e também um valioso instrumento que auxilia na tomada de decisões.

FLUXO DE CAIXA

Para se montar o fluxo de caixa, deve-se avaliar:

Prazo de Compra;
Prazo de Venda;
Saldo de caixa e Bancos – Saldo inicial do fluxo de caixa;
Valor mensal das vendas;
Valor mensal das compras;
Percentual de impostos;
Percentual de comissão;
Valor mensal dos gastos fixos;
Necessidade de estoques;
Investimento inicial.

Observação importante: os prazos de compra e os prazos de vendas são indispensáveis para uma análise da capacidade de capital. O fluxo de caixa projetado servirá de base depois de calculadas as entradas menos as saídas. Identificam, assim, a necessidade real do caixa ou as possíveis sobras de numerários.

Modelo de Fluxo de Caixa

Discriminação
1 – Saldo Inicial
- Entradas
- Vendas
- Outras entradas
2 – Total de Entradas
- Saídas
- Fornecedor
- Impostos
- Comissões
- Custos Fixos
3 – Total de Saídas
4 – Entrada ( - ) Saídas
5 – Saldo Final

Deve-se ater que no fluxo de caixa, a análise acontece com o resultado: entradas e saídas do mês; para o saldo anterior não pode ser considerado, porque a receita deve cobrir as despesas.

ANÁLISE DOS RESULTADOS DO FLUXO DE CAIXA

Depois de montar o fluxo de caixa, o que se analisa sobre estas informações? Vamos avaliar os questionamentos a seguir:

Sobrar dinheiro é uma situação?
Quais são os motivos da sobra de dinheiro?
Na falta, como saber exatamente o motivo que está afetando a empresa?

A sobra acontece muitas vezes porque esquecemos de agendar algumas contas. Já, a falta de fluxo de caixa, pode ser prazo de recebimento versus pagamento (entrada e saídas), atraso nos recebimentos, queda nas vendas, custo mal dimensionado. Não se programar corretamente proporciona sobra ou falta no fluxo de caixa.

Para solucionar os problemas financeiros e adequar o fluxo de caixa, a empresa necessita traçar uma estratégia:

Avaliar os custos, para adequar o preço de venda ao mercado;
Analisar detalhadamente o estoque, trabalhar com o mínimo, a sistemática Just in time, ou seja, adequar o estoque para com as vendas;
Portanto, analisar detalhadamente cada custo e estabelecer o nível mínimo de estoque compõem uma estratégia de resultado.
Algumas ações emergentes para revestir o saldo negativo do fluxo de caixa:

Antecipação das vendas;
Antecipação de recebimento de títulos a vencer;
Prorrogação dos compromissos;
Análise dos estoques;
Análise da estrutura dos gastos fixos;
Outras medidas (empréstimo bancário, desconto de duplicatas, empréstimo dos sócios).

Análise da reflexão da falta de um fluxo de caixa:

Porque o pagamento das obrigações se atrasa?
Porque não se consegue pagar as contas a prazo?
Quais as causas dessa situação?

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO

A importância do planejamento é saber exatamente o que pagar e o que receber para poder liquidar os gastos e, assim, sobrar os lucros desejados do empreendimento. Para analisar adequadamente esta parte, vamos analisar os devidos questionamentos:

Já parou para pensar o quanto é importante fazer planejamento?

Para exemplificar isso, é quando se vai ao supermercado sem a lista de compras programada, compra-se bastante, gasta-se bastante e não se compra o necessário. Isto é igual para a empresa. O planejamento proporciona redução de tempo e dinheiro. O planejamento otimiza a chance de sucesso e garante o sucesso e, também, colabora para a diminuição de risco.

O desenvolvimento adequado do planejamento mostra ao empresário o aproveitamento de uma grande oportunidade e mostra também como otimizar os recursos disponíveis; quando se planeja, pode-se visualizar cada parte da empresa. Isto permite ajudar no desenvolvimento de métodos estratégicos para o crescimento da mesma.

Como elaborar adequadamente um planejamento?

a) Seja objetivo e tenha clareza ao descrever as informações, tomando cuidado para não omitir detalhes importantes;
b) Tenha um foco claro de atuação. Analise o que for fazer. Será benéfico para a empresa, ou seja, o custo e beneficio para o investimento etc.;
c) Não utilize termos excessivamente técnicos. Explique claramente o que deseja fazer para que todos se utilizem deste planejamento e consigam entendê-lo;
d) Projete suas vendas com base no mercado e não na produção;
e) Não “chute” os números ao elaborar o plano: projete os custos e as receitas com base no histórico da empresa e ou nos dados levantados em pesquisas;
f) Avalie os riscos percebidos, as estratégias para corrigir no mercado competitivo.

O segredo para uma análise financeira é sempre subestimar as receitas e superestimar os custos.

Subestimar as receitas é planejar-se para receber menores recursos e superestimar os custos é planejar para gastar mais dinheiro, isto é o princípio do conservadorismo: avalia mais os gastos e diminui os recebimentos para que, com isso, na prática, consiga atingir os resultados positivos desejados na empresa.

Planejamento é o processo de decisão dos objetivos da empresa, das mudanças necessárias para reestruturação da administração financeira, dos recursos utilizados para atender o resultado desejado e das políticas que deverão governar as aquisições, utilização e disposição de recursos.

Para entender como realizar adequadamente um planejamento empresarial, deve-se entender dois conceitos básicos da administração:

Estratégia – é a mobilização de todos os recursos da empresa visando atingir os objetivos desejados. A empresa deve direcionar sua visão para um público alvo e explorar para conquistá-lo.

Tática – é a subdivisão da estratégia, é um esquema especifico de emprego de alguns recursos dentro de uma estratégia geral. Portanto, tática, seria pesquisar as particularidades do público alvo e oferecer o que atrairá estes clientes para o empreendimento organizacional.
Feito isto, direcionar este trabalho para o departamento de Marketing desenvolver um planejamento adequado de fidelização da clientela.

Observa-se que, para administrar adequadamente uma empresa, necessitamos: Planejar, organizar, dirigir e controlar, ou seja, desenvolver estratégia adequada com meios táticos através de um marketing perfeito; atribuir responsabilidade e autoridade; exercer a autoridade e avaliar os resultados das atividades pretendidas, ou seja, o resultado positivo para a empresa.

ANÁLISE DOS FATORES EXTERNOS

O que são fatores externos?

São todos os acontecimentos que envolvem o mercado geral. A concorrência, os fornecedores, os clientes em si, todo o envolvimento do negócio externo que proporciona o andamento do mercado. Para análise das questões dos fatores externos, vamos avaliar estas interrogativas:

Já precisou decidir entre aceitar ou não uma proposta de serviço fora de sua programação?
O que decidiu?
Quais fatores foram analisados para chegar a essa decisão?

Para refletir o fator externo da organização deve-se entender bem:

Mercado – é a relação entre a oferta e a procura. Também a composição de pessoas ou empresas que querem comprar bens ou serviços.

O mercado é composto por: consumidor, concorrente e fornecedor.

O empresário deve direcionar muito bem o seu público alvo, pois, é a partir deste momento que cria a imagem da empresa.

Direcionado a missão da empresa, deve-se conhecer o cliente, saber o que pensam, o que querem e planejar o bom atendimento do cliente. Para que a empresa defina bem as atitudes a serem tomadas e facilite o planejamento, deve avaliar algumas ações para a conquista do cliente (consumidor):

Defina quem são as pessoas ou empresas que compram os bens ou serviços de sua empresa;
Defina o perfil do cliente: se for pessoa física, qual é o sexo, faixa etária, renda, profissão. Se for pessoa jurídica, defina o tamanho da empresa, ramo de atividade, volume de compra.
Defina a região em que vai atuar, “para não ficar atirando para todos os lados”.
Saiba exatamente o que é importante para seu cliente na hora da compra.
Analise os fatores: como preço, prazo, desconto, quantidade, marca, embalagem, local da compra, garantia etc.

A empresa não pode deixar de avaliar a concorrência quando desenvolver o planejamento. Concorrentes são aqueles que oferecem bens e serviços iguais ou semelhantes aos seus para o mesmo mercado consumidor.

Deve-se desmistificar que um concorrente significa necessariamente uma ameaça à organização. Muitas vezes, estimula o mercado e, assim, proporciona o crescimento de consumidor para a compra aumentando os consumidores.

Para que a empresa defina bem as atitudes a serem tomadas e facilite o planejamento, deve avaliar algumas ações do concorrente:

Defina quem são os concorrentes, como atuam no mercado, quais os pontos fortes e fracos dos seus concorrentes em relação a você.
Compare como está sua posição com relação aos concorrentes.

Também a empresa deve analisar o mercado fornecedor. É preciso fazer uma análise detalhada antes de eleger os seus fornecedores, pois, se deixar para comprar a matéria-prima da sua produção na última hora, sem ter tempo de pesquisar, com certeza pagará mais caro pelo mesmo produto.

Para que a empresa defina bem as atitudes a serem tomadas e facilite o planejamento, deve avaliar algumas ações do fornecedor:

Determine quais os principais produtos ou serviços que você precisa utilizar. Busque informações de fornecedores.
Faça uma lista do que realmente é importante analisar nesses fornecedores: prazo de entrega, prazo de pagamento, condições de preço, qualidade, localização entre outros fatores importantes e particulares para cada empresa.
Tenha sempre em mãos uma lista de outros fornecedores que possam lhe atender em caso de necessidade.
Quando se trata de um grande investimento faça varias cotações. O ideal é ter, no mínimo, três orçamentos para comparar e decidir a compra.

Para montar adequadamente um plano de investimento oriente-se:

Defina com clareza o negócio de sua empresa.
O tempo de atuação de existência da empresa.
O produto ou serviço que oferece.
Qual o diferencial competitivo.
Qual a missão (a razão de ser) da empresa.
Listar os benefícios que o produto ou serviço oferecem para o cliente.
Calcule os custos do produto ou serviço. Compare o preço de venda da organização com a concorrência.
Defina o perfil do público alvo à real necessidade dos mesmos.
Identifique os pontos fracos do produto ou serviço da concorrência.
Liste os principais concorrentes.
Liste os principais fornecedores.
Descreva as vantagens que o fornecedor possa proporcionar.

FATORES INTERNOS DA EMPRESA

Os fatores internos são os colaboradores; capacidade produtiva; maquinários; produção em geral etc.

Os fatores internos de uma empresa são importantes para planejar diversos fatores como:

Controle de pedido;
Necessidade de contratação ou demissão;
Analisar terceirização;
Controle salarial e remuneração;
Delegar ações.

As reflexões deste fator são muito importantes para avaliar estas interrogações:

Basta competência técnica, saber fabricar seus produtos para encarar o mercado?
Conhece algum empreendedor que passa pelas situações de crise?

Através desta reflexão, avaliamos a dificuldade de administrar uma empresa, quando não há uma avaliação cuidadosa das potencialidades e deficiências internas. Às vezes temos tudo: talento, criatividade, bom humor, vontade, porém um simples detalhe pode atrapalhar o sucesso. Esse detalhe é exatamente, a falta de planejamento.

Para começar, avalie com muito cuidado o coração da empresa, ou seja, a produção.
Avalie o processo produtivo;
Busque a racionalização e a otimização;
Estude a reciclagem do processo de produção;
Gaste menos e ganhe mais.

Reflita a situação empresarial:

Como está o processo produtivo das empresas.
Há desperdício de material?
As pessoas que trabalham dominam bem o processo produtivo?

Sempre há o que aperfeiçoar: uma mesma tarefa pode ser feita gastando-se menos e rendendo mais.

Há quem acredite que, para melhorar o processo produtivo, é preciso mais investimento em dinheiro. No entanto, às vezes as mudanças na arrumação de uma sala, uma melhor organização no horário dos colaboradores ou uma campanha de racionamento já faz maravilhas.

Pequenas medidas podem fazer a diferença na melhoria da produtividade e, para isso, não é preciso necessariamente, investir dinheiro. O ideal é que consiga cada vez mais diminuir gastos e, ainda, melhorar a produção ou o faturamento.

Outro fator que deve ser observado na análise dos fatores internos são os recursos humanos.

Como estão os colaboradores que trabalham na empresa?
São motivados e eficientes?
Acomodaram-se e não produzem como inicialmente à admissão?
Precisam aperfeiçoar a técnica, fazer cursos para melhorar a habilidade?

Alguns procedimentos que devem ser praticados na área de recursos humanos:

Verifique se os colaboradores passam por aperfeiçoamento constante.
Questione se a contratação dos profissionais foi por competência ou pelo menor valor de mercado.
Avalie a experiência anterior.
Avalie se o colaborador é prestativo, simpático, de boa apresentação pessoal e como se porta diante do cliente.

Realizada a análise do setor interno de recursos humanos, deve-se analisar a área de vendas:

Procure saber como está a comunicação interna e externa, ou seja, se as informações que são passadas pelos clientes, chegam às outras áreas da empresa.
Avalie se as vendas estão sendo supervisionadas.
Analise se os clientes estão com suas expectativas satisfeitas.
Supervisione se existem “sazonalidade” nas vendas.
Se existir “sazonalidade”, verifique estratégias para combater as épocas difíceis, quando as vendas naturalmente caem.

Depois de analisar as vendas, agora é a vez do marketing.

Marketing é o processo de planejamento, execução, comunicação e distribuição de idéias, bens e serviços, de modo a criar trocas que satisfaçam objetivos individuais e organizacionais. Marketing é excelente para a empresa desde que ações sejam definidas corretamente.

Definir o público alvo.
Elaborar plano de marketing.
Definir o veículo de propaganda.
Avaliar a relação custo/benefício.

Resumo dos fatores internos e externos na empresa:

Produção, vendas, marketing e Recursos humanos. É interessante fazer o levantamento dos aspectos internos e externos.
Mercado consumidor, concorrente e fornecedores.

Para desenvolver adequadamente o plano financeiro, avalie estas interrogações e faça as análises, pois estes fatores influenciam diretamente nas finanças da empresa:

Como está a produção?
Há desperdício de material?
Quanto tempo é necessário para o produto estar pronto?
Há desperdício de tempo?
Como está o setor de Recursos Humanos?
As pessoas que trabalham estão motivadas?
O trabalho na empresa é reconhecido?
Os colaboradores maximizam os recursos, ou seja, procuram evitar desperdícios?
Como estão as áreas de vendas e marketing?
Os vendedores ou representantes trabalham bem? São consultores? Conhecem o produto? Possuem estimulo para vender?
De que forma divulga a empresa? As ações de divulgação atendem o público alvo?
Preocupa-se com a opinião do cliente?

ANÁLISE DOS CUSTOS

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE CUSTO NA EMPRESA:

O conhecimento de conceitos relativos a custos é de grande importância para que esse tipo de informação possa ser usado nas decisões empresariais.

As decisões, utilizando informações de custo, são fundamentais para a obtenção de um nível adequado de rentabilidade. A ausência de informação de custo ameaça a estabilidade econômica - financeira e o crescimento da empresa, conforme mostra o quadro a seguir. Mesmo nas empresas com informações de custos a nível de produtos e atividades, a mesma ameaça existe, na medida que, não se sabe analisar e tomar decisões com base nestes dados.

Portanto, as decisões de produto, preço e redução de custos, importantes em qualquer empresa, dependem da existência de um controle de custos que permita analisar o comportamento destes, em todas as atividades da empresa.

POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS DA AUSÊNCIA DE INFORMAÇÕES DE CUSTOS:

Desconhecimento do lucro por produto.
Preços fixados sem base, de acordo com a concorrência ou com tabelamento.
Desconhecimento de custos das atividades da empresa.
Venda de produtos que não dão lucro suficiente.
Esforço de venda não orientada para produto mais lucratividade.
Preços muito altos.
Preços muito baixos.
Dificuldades para identificar ou fixar ações para rendimento de custo.
Capital de giro mal aplicado: estoque de matéria-prima, produtos em estoques, produtos acabados pouco rentáveis.
Uso da capacidade de venda produção de produtos pouco rentáveis em detrimento de outros mais lucrativos.
Capital de giro aplicado a crédito para clientes de produção pouco rentável.
Perda de vendas.
Diminuição de lucratividade.
A empresa provavelmente opera com custos mais altos que deveria.
Menor lucro, menor rentabilidade.
Ameaças:
a) Estabilidade econômico-financeiro da empresa.
b) Crescimento da empresa.

CONCEITO DE CUSTOS

É o valor expresso em valores monetários de atividades, serviços ou produtos efetivamente consumidos e aplicados na sua realização com fabricação, ou;

É a remuneração dos recursos financeiros, humanos e materiais aplicados na fabricação dos produtos, ou ainda;

É uma somatória de remunerações aos funcionários/salários mais empresários/lucro mais emprestadores mais governo/impostos mais fornecedores/compras/consumo, ou também;

São os preços pelo qual se obtém um bem ou serviço.

O custo somente ocorre quando existe “consumo” ou “aplicação”.

Exemplos:

O valor da matéria-prima comprada por uma empresa e estocada, não é custo, porque não existiu consumo ou aplicação. Quando esta matéria-prima for utilizada na fabricação, somente o valor aplicado se transformará em custo dos produtos.

O dinheiro gasto na compra de uma máquina não é um custo, mas um investimento; o desgaste da máquina em função do uso é um custo, porque existe o “consumo”, a “deterioração” da máquina.
Em resumo, Custos são os gastos que avaliam o que a empresa despende na sua produção.

Despesa é um gasto que avalia o que a empresa despende num todo para auxiliar a produção.
Partindo desta ótica, o administrador deve fazer um sistema de análise de custo que demonstre os parâmetros básicos nas tomadas de decisões perante a concorrência ou, mesmo, perante apresentação para os sócios ou acionistas.

Para se fazer uma boa análise de custo, o administrador deve conhecer e realizar estes métodos básicos:

CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS

Quanto à unidade de medida
Custos totais;
Custos unitários.
Em relação aos volumes de produção e vendas
Custos Fixos;
Custos Variáveis.
Quanto ao modo de apropriação dos produtos
Custos diretos;
Custos indiretos.
Quanto ao momento do cálculo
Custos históricos;
Custos pré-determinados.

De conformidade com a unidade de medida, os custos se classificam em: CUSTO UNITÁRIO e CUSTO TOTAL.

CUSTO UNITÁRIO

É a medida única na apuração do custo, pois, é a partir dela que se sabe quanto custará a transformação unitária de um produto.

Exemplo:

Ao produzir um lote de calças com um total de 1.000 unidades, para cada unidade utiliza-se um metro de tecido. Sabe-se que se consumirmos um total de 1.500 metros de tecidos, cada unidade de calça consome 1,5 (um metro e cinqüenta centímetros) de tecido. Sendo assim, o custo unitário corresponde à quantidade gasta por unidade.

CUSTO TOTAL

Ë a medida total na apuração do custo, pois, é a partir deste valor que se sabe a totalidade gasta na transformação de um lote de produtos.

Exemplo:

Ao produzir uma calça gasta-se 1,5 (um metro e cinqüenta centímetros) de tecido, para produzir um lote de 1.000 unidades, sabe-se que gastará um total de 1.500 metros de tecidos, sendo assim, custo total corresponde à quantidade total gasta na produção de um lote completo.

De conformidade com sua natureza, os custos classificam-se em CUSTOS FIXOS e CUSTOS VARIÁVEIS.

CUSTOS VARIÁVEIS

São aqueles que variam proporcionalmente ao volume de produção e vendas da empresa, isto é, quando o volume de produção ou venda aumenta, estes aumentam nas mesmas proporções, e vice-versa.

Exemplos:

Matéria-Prima: quanto maior a produção, maior o consumo de materiais;
Impostos: quanto maior a quantidade produzida e vendida, maior é o volume pago de impostos;
Fretes de matéria-prima e produtos acabados: aumentam com o crescimento da produção e vendas;
Se na fabricação de uma calça (CUSTO UNITÁRIO) são gastos 1,50 metros de tecidos, para se fabricar 10 calças serão precisos 15 metros de tecidos (CUSTO TOTAL). Quanto maior for a quantidade fabricada, maior será o consumo de matéria-prima, energia elétrica, impostos, mão-de-obra, frete da matéria prima etc.
Os custos variáveis têm relação direta com os custos diretos de fabricação.
Também classifica-se como CUSTO UNITÁRIO o valor identificado por uma unidade produzida. Já para o CUSTO TOTAL considera-se o número geral da produção do determinado lote.

CUSTOS FIXOS

São aqueles que não variam proporcionalmente ao volume de produção e vendas da empresa.

Exemplos:

O salário e encargos dos funcionários e supervisores da fábrica, desde que não tenha comissão de produção;
O pró-labore dos sócios da produção;
Aluguel da fábrica;
Depreciação das máquinas etc.
Os custos fixos têm relação direta com os custos indiretos de fabricação, por não guardarem proporção com as quantidades dos produtos fabricados.
Toda empresa tem custos fixos e custos variáveis. A sua soma resulta nos custos totais da empresa.

CUSTOS DIRETOS

São os que podem ser imediatamente apropriados a um só produto ou a um só serviço, ou seja, porque seus valores e quantidades, em relação ao produto, são de fácil identificação, são os gastos que recaem diretamente na fabricação do produto.

Exemplos:

Se pegarmos como exemplo a fabricação de uma calça, teríamos:
Matéria-prima: tecidos;
Materiais secundários: linha, botão, zíper, forro, etiqueta etc.
Mão-de-obra: salário e encargos do pessoal que trabalha diretamente na produção.
Embalagens etc.


CUSTOS INDIRETOS

São os que dependem de cálculos, rateios e estimativas para serem divididos e apropriados, em diferentes produtos ou diferentes serviços.

Esses gastos são assim denominados por ser impossível uma segura identificação de seus valores e quantidades em relação ao produto, pois, se utilizam estes devidos gastos em vários produtos ao mesmo tempo.

Exemplos:

Energia elétrica: quando não há medidor em cada máquina, isso impossibilita medir o consumo da energia elétrica exata na fabricação do produto fabricado, assim, o valor consumido por toda a fábrica, num determinado período, deverá ser rateado entre todos os produtos fabricados no referido período.
Aluguel da fábrica: esse gasto é impossível de ser identificado em relação a cada produto.
Salário e encargos dos chefes de seção e dos supervisores da fábrica: esse pessoal trabalha dando assistência e supervisão a vários setores da fábrica, sendo, portanto, impossível identificar a percentagem dos salários e encargos em relação a cada produto.

CUSTO HISTÓRICO

O mesmo que custo real, ou efetivo. É representado pelos registros contábeis das despesas e gastos reais.

O custo histórico é também chamado custo a posteriori, pois é apurado no fim do ciclo da produção, quando já são conhecidos os gastos gerais e as aplicações diretas. Ele se presta também para retificar o custo padrão ou estimado, que serviu de base para o planejamento à priori da produção.

CUSTOS PRÉ-DETERMINADOS

Consiste na apuração dos gastos estimados antes da existência do gasto propriamente dito, ou seja, o gasto que ocorrerá futuramente, mas por determinação estatística, de outras produções, há a possibilidade de apresentar o possível gasto do produto, antes de realizar a produção do mesmo.

Exemplo, quando a administração precisa apurar o custo de determinado produto, mas não tem produzido, e nem calculado e precisa apresentar o valor de custos para negociar uma venda ou prestação de serviço. Neste momento, entra o custo pré-determinado, onde apresenta o valor aproximado do custo e, com isto, a administração trabalha em cima dos valores apresentados para fechar a devida negociação.

DEMAIS FORMAS PARA CLASSIFICAÇÃO DO CUSTO

CUSTO PADRÃO

Representa um custo determinado por antecipação no inicio de um ciclo de operação na produção.

Para elaboração do custo padrão, torna-se necessário uma série de elementos informativos, como por exemplo:

Dados estatísticos de produção anteriores;
Pesquisa do mercado de trabalho da oferta de matéria prima, de consumo de capitais etc.;
Estudos de produção planificados;
Rentabilidades das imobilizações técnicas;
Padrões de gastos diretos e indiretos;
Porcentagem de quebras;
Racionalização dos trabalhos, cronometrando o tempo necessário para produzir uma unidade, margem de perca hora, etc.;
Instabilidade da moeda;
Planificação contábil, por meio de contas sintéticas e analíticas;
Determinação do centro de carga ideal para os gastos indiretos;

Por outro lado, deve-se decompor teoricamente a unidade que será produzida, em todos os seus elementos constitutivos, tais como:

Matéria prima;
Matéria secundária;
Matéria de acabamentos;
Material de embalagem;
Mão de obra especializada;
Mão de obra indireta;
Gastos gerais variáveis;
Depreciação de imobilização técnica;
Amortização de valores imateriais;
Ônus tributários;
Ônus financeiros;
Remuneração de capitais próprios.

O custo padrão deverá conter uma reserva para variações naturais, decorrentes do próprio sistema de estimativas.

Diante dessas ponderações, aconselham-se também, manter elementos estatísticos para análises comparativas constantes, com a finalidade de apontar os desvios, tendo tempo suficiente para serem tomadas as medidas saneadoras, prevenindo-se contra danos maiores e irremediáveis.
Na parte contábil, registram-se os gastos e despesas pelos quais foram realmente pagos, e a produção pelo custo padrão, reajustado sempre por intermédio da conta variações de custo.

CUSTO ESTIMADO

O mesmo que custo a priori ou padrão, consiste nos cálculos estimativos dos componentes que integrarão uma unidade de produção, mais as despesas indiretas estimadas, quer sejam fixas ou variadas.

O custo estimativo é calculado com base nos elementos estatísticos de produção anteriores, ou confeccionados na base de medidas, contagem ou pesagem de materiais a serem aplicados, mais a mão de obra unitária e uma porcentagem de gastos indiretos.

O custo estimativo serve como norma orientadora de controles empresariais e, também, para contabilizar a produção até o seu reajuste pelo custo real.

As diferenças verificadas no confronto com o custo real são retificadas por meio da conta variações de custos.

CUSTO REAL

O mesmo que custo histórico, representa a apuração real e efetiva dos gastos e despesas no final de um ciclo de produção.

É um custo quase que impossível, pois, somente se determina no final de um período, quando os produtos já foram negociados.

DEPARTAMENTALIZAÇÃO DO CUSTO

Departamento é a unidade mínima administrativa para a contabilidade de custos, representada por homens e máquinas (na maioria dos casos), desenvolve atividades homogêneas. Diz- se unidade mínima administrativa porque sempre há um responsável para cada departamento ou, pelo menos, deve haver. Desta forma, propicia uma maneira de uso da contabilidade de custos como forma de controle.

Na maioria das vezes, um departamento é um centro de custos, ou seja, nele são acumulados os custos indiretos para posterior alocação aos produtos (departamento de produção - tem seus custos jogados sobre os produtos, já que estes passam, inclusive, fisicamente, por eles); ou outros departamentos (departamentos de serviços - também chamados, às vezes, de não-produtivos ou auxiliares, não podem apropriar seus custos diretamente aos produtos, pois não passam por eles). Por viverem em departamentos para a prestação de serviços a outros departamentos, têm seus custos transferidos para os que deles se beneficiam.

“Departamentalizamos” nossos custos para facilitar a apropriação dos gastos referentes a partes de fabricação que ocorrem na produção.

Para facilitar este trabalho, leva-nos a dividir as partes de produção e, automaticamente, os gastos.

DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS DOS DEPARTAMENTOS DE SERVIÇOS

Neste momento, iremos analisar a apuração do custo feito, de forma que, teremos que distribuir os custos por departamentos de produção, aquele onde o produto passa fisicamente pelo setor e os custos dos departamentos de serviços, aqueles onde o produto não passa fisicamente pelo setor, mas devem-se apropriar os custos, pois eles prestam serviços para os departamentos de produção. E iremos chegar ao resultado do CIF (Custo Indireto de Fabricação).

Para a atribuição aos produtos, é necessário que sejam distribuídos pelos diversos departamentos, para que uma melhor alocação seja realizada.

Faz-se então uma investigação sobre a ligação entre cada custo e departamento onde foi incorrido e verifica-se:

a) Aluguel - é um custo comum à fabrica toda, e há a necessidade da adoção de algum critério para sua distribuição aos diversos departamentos. Trata-se de um custo comum que englobaremos no departamento administração geral.
b) Energia Elétrica - a empresa pode manter medidores para o consumo de força em alguns departamentos e um outro para o resto da empresa, ou também, pode manter apenas um medidor para toda a empresa, desta forma, necessita de um critério de base para rateios.
c) Materiais indiretos - por meio das requisições são localizados os departamentos a serem alocados os gastos deste sistema.
d) Mão-de-Obra indireta - o apontamento de horas demonstra o gasto feito para cada departamento.
e) Depreciação das máquinas – as máquinas localizadas nos departamentos demonstram o gasto realizado no departamento.

Temos que apropriar esses custos indiretos aos produtos, mas, há um problema: pelo fato de alguns departamentos não receberem fisicamente os produtos; sua função é a de prestar serviços aos outros departamentos, quer de produção, quer de serviços.

Neste caso analisado, temos a administração geral, almoxarifado, controle de qualidade e manutenção. Fazendo uma análise das características desses departamentos de serviços, poderemos verificar que um critério apropriado fará a distribuição dos seus custos aos departamentos beneficiados. Distribuindo, desta forma seus custos, alguns departamentos de serviços poderão, logo na primeira distribuição, ficar sem custo por serem alocados. Outros, entretanto, talvez venham a ter uma carga maior do que antes, já que, além dos que já são seus, talvez recebam um volume daquele departamento de serviços que primeiro fizer a distribuição. Por exemplo, distribuindo os custos de manutenção, provavelmente uma parte será jogada sobre o almoxarifado, se este se beneficiar daquele.

Poderá ocorrer nesse sistema de rateio, um processo de alocação reflexiva (um departamento que distribui custos para vários outros e, também, para si mesmo ou, o que é mais comum, haver um retorno de custos a um departamento de serviços que já tenha distribuído seus custos indiretos de fabricação (CIF)). Nessa ultima alternativa, há um verdadeiro pingue-pongue, só possível de se levar o bom termo normalmente com recursos eletrônicos de processamento de dados, devido ao grande volume de cálculos a efetuar. Por exemplo, poderíamos Ter, nesse caso, que estamos verificando uma situação em que a administração geral deve ter parte de seu custo indireto de fabricação (CIF) rateada à manutenção, mas, depois, esta fará a alocação dos seus próprios custos e, uma parte será de novo, jogada sobre a administração geral, já que esta também se utiliza dos trabalhos daquela. Teríamos, novamente, que ratear a administração geral e, mais uma vez, haveria uma parte recaindo sobre a manutenção etc. O processo só terminaria quando o custo a ser rateado assumisse um valor pequeno e a empresa resolvesse então parar o sistema e alocar essa última importância a qualquer outro departamento que não aqueles dos quais a receberia de volta.

O critério mais utilizado, na prática, é o de se hierarquizar os departamentos de serviços, de forma que, aquele que tiver seus custos distribuídos, não receba rateio de nenhum outro. É uma forma também relativamente arbitrária, mas, normalmente, impossível de se evitar.

RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS PARA OS DEPARTAMENTOS DE SERVIÇOS

Os sistemas de rateios são feitos de acordo com o que se enquadra no departamento de serviço, não há um tipo de rateio, pois, para cada departamento, se analisa um fato, ou seja, são diversos critérios de rateios para que se possam dividir os custos da maneira mais racional possível.

Neste momento, serão feitos rateios de acordo com as proximidades de sistemas que se adequarem à realidade do gasto.

Com isso, será rateado por centros de custo, parte à parte, até ficarem todos gastos alocados nos departamentos de produção.

O rateio de custo é feito desta maneira:

Departamento de administração geral da fábrica;
Departamento de manutenção;
Departamento de almoxarifado;
Departamento de controle de qualidade.

No momento do término dos rateios, os custos estarão alocados dentro dos departamentos de produção e, a partir daí, alocam-se os custos para cada produto fabricado e, automaticamente, teremos os valores gastos realmente com cada produto.

QUADRO DA ESPÉCIE DE CUSTO COM A BASE DE RATEIO

Espécie de custos: Depreciação de instalações
Base de rateio: área
Espécie de custos: Combustíveis e lubrificantes
Base de rateio: hora x máquina
Espécie de custos: Seguros
Base de rateio: valor da máquina e equipamento
Espécie de custos: Material de expediente
Base de rateio: número de empregados
Quadro de identificação do custo total correspondente a estas espécies de custo.
O custo dos centros auxiliares é rateado aos centros produtivos, conforme as seguintes bases de rateio:

QUADRO DO CENTRO AUXILIAR COM A BASE DE RATEIO

Centro Auxiliar: Administração
Base de Rateio: número de empregados
Centro Auxiliar: Almoxarifado
Base de Rateio: número de requisição
Centro Auxiliar: PCP
Base de Rateio: nº de ordens de produção
Centro Auxiliar: Manutenção
Base de Rateio: hora de manutenção
Sabendo-se que a medida de capacidade de cada centro produtivo é:

QUADRO DO CENTRO PRODUTIVO COM A BASE DE RATEIO

Centro produtivo: Fundição (metalúrgica)
Base de Rateio: homem x hora
Centro produtivo: Usinagem (metalúrgica)
Base de Rateio: máquina x hora
Centro produtivo: Estamparia (metalúrgica/confecção)
Base de Rateio: máquina x hora
Centro produtivo: Montagem (metalúrgica/confecção)
Base de Rateio: homem x hora
Centro produtivo: Corte (confecção)
Base de Rateio: homem x hora
Centro produtivo: Acabamento (metalúrgica/confecção)
Base de Rateio: homem x hora

QUADRO DE BASE DE RATEIO

Espécie: Água
Critério de distribuição: Consumo por centro de custos.
Espécie: Ar condicionado
Critério de distribuição: Área ocupada por centro de custos.
Espécie: Conserto de máquinas
Critério de distribuição: Horas mensais ou trimestrais por centro
Espécie: Depreciação das máquinas e equipamentos.
Critério de distribuição: Valor atual do mercado; Valor do seguro; Valor contábil ou correção.
Espécie: Depreciação do prédio
Critério de distribuição: Área do centro; Investimento por m².
Espécie: Despesas comerciais e salário do centro de custos
Critério de distribuição: Despesas de produção; Direto ao produto.
Espécie: Energia Elétrica
Critério de distribuição: Máquina Horas x Horas Produção
Espécie: Imposto Predial e Territorial
Critério de distribuição: Área ocupada por centro de custos.
Espécie: Laboratório e Pesquisa
Critério de distribuição: % de horas trabalhadas por centro de custos; Unidade produzida por centro de custos.
Espécie: Leasing (aluguel)
Critério de distribuição: Centros afetados.
Espécie: Luz
Critério de distribuição: Watts instalados/centro; Área ocupada; Número de lâmpadas; Consumo por centro de custos;
Espécie: Mão-de-obra indireta
Critério de distribuição: Horas mensais ou trimestrais por centro de custo (total); Mão-de-obra direta por centro de custos; Unidade produzida por centro de custo; Número de operários por centro de custos
Espécie: Mão-de-obra indireta
Critério de distribuição: Horas mensais ou trimestrais por centro de custo (total); Mão-de-obra direta por centro de custo; Número de operários por centro de custo.
Espécie: Manutenção geral e preventiva
Critério de distribuição: Área por centro de custo; Valor atual imobilizado no centro de custo; Valor da folha ou horas trabalhadas; Horas mensais ou trimestrais do centro de custo; Horas mensais ou trimestrais do centro de custo; Relação entre o valor real e horas de funcionamento; Horas de manutenção por centro de custo; Unidade produzida por centro de custo.
Espécie:
Critério de distribuição:
Espécie: Manutenção de prédio
Critério de distribuição: Área ocupada pelo centro de custo; Valor atual do m²; Volume ocupado.
Espécie: Seguro coletivo
Critério de distribuição: Horas/homens diretas por centro de custo; Folha de pagamento.
Espécie: Seguro das máquinas
Critério de distribuição: Valor atual no mercado; Investimento total do centro de custo.
Espécie: Seguro do prédio
Critério de distribuição: Área ocupada pelo centro de custo; Investimento total do centro de custo.
Espécie: Seguro sobre estoque de mercadoria
Critério de distribuição: Valor do Balanço; Valor do produto por centro de custo.
Espécie: Seguro dos valores mobiliários
Critério de distribuição: Valor do balanço e área ocupada.
Espécie: Serviço de comodidades
Critério de distribuição: Número de operários por centro de custo (Restaurante, Serviços Médicos).
Espécie: Transportes (espécies de custo e não centro) ou outra unidade por centro
Critério de distribuição: Horas consumidas X toneladas.

FORMAÇÃO DOS GASTOS

A formação dos gastos de uma empresa é a somatória dos custos ocorridos na produção adicionada às despesas ocorridas no exercício, juntamente com a produção.

FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDAS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS

Tudo o que desenvolvemos são tomadas de decisões, mas, são formas que antecedem esta parte; a partir de agora, tendo as apurações dos fatos, o custo feito, o controle de estoque realizado, partimos para desenvolver formas de preços de venda, que possam ajustar no mercado econômico e financeiro.

A partir deste momento, faremos as comparações e analise de como está a empresa, se os preços de vendas colocados estão de acordo com as análises apresentadas, se as demonstrações financeiras estão apresentando uma expectativa boa para suas realizações comerciais.

Em síntese, este momento é a parte crucial nas tomadas de decisões, é o momento de sabermos se nossas decisões estão corretas, ou precisam ser revistas.

FÓRMULAS E ANÁLISES PARA FORMAÇÃO DE PREÇOS E CONCORRÊNCIA NO MERCADO

Venda

Os objetivos orientados para vendas visam aumentar ou manter uma dada participação no mercado. Uma forma comum de crescimento das vendas para aumentar a participação no mercado, é a adoção de preços menores que os da concorrência. Neste caso, o pensamento é que os crescimentos das vendas aumentam os lucros, embora a lucratividade seja pequena. Estes lucros maiores decorrem de dois fatores:

a) Diminuição dos custos unitários dos produtos devido à diluição dos custos fixos em um número maior de produtos.
b) Aumento no giro das vendas, ou seja, um número maior de unidades vendidas com lucro unitário menor faz crescer o volume global.

A manutenção de uma dada participação no mercado, em detrimento de uma maior participação ou crescimento na participação, visa evitar atritos com a legislação existente, ou manter uma posição mais cômoda, evitando os riscos do surgimento de competidores fortes e de maiores vendas sempre que a situação exigir.

Minimização dos Riscos de uma Competição em Preços

Os objetivos orientados para minimizar os riscos de uma competição em preços, visam o seguimento de uma linha de ação compatível, com segura certeza de lucro. Mantendo-se estáveis os preços, diminuem-se sensivelmente os riscos de competição e a necessidade de decisões difíceis. Entretanto, estes objetivos podem fazer parte de uma atuação extremamente agressiva, envolvendo outros fatores como produto, promoção ou canal de distribuição.

Os custos da Empresa

Os custos devem ser considerados no cálculo dos preços, para que os preços calculados sejam maiores que os custos esperados, se algum lucro for desejado.

Produtividade e demanda

A produtividade e a demanda, considerados em termos do volume de produção e vendas, afeta os preços. Quanto maior o volume de produção e vendas, menores poderão ser os preços para se manter o mesmo nível de lucro. Para que isto ocorra, é necessário a existência de redução nos custos indiretos unitários dos produtos decorrentes do aumento das vendas.

Sempre que uma empresa decide basear seus preços nos custos, há a necessidade de se fazer estimativas de quantidade a serem vendidas no período de vigência dos novos preços. Quanto mais alta for esta estimativa, menores poderão ser os preços. Este fato vem de encontro às necessidades do mercado. Normalmente, a demanda de mercado cresce com a diminuição dos preços.

Portanto, o volume de vendas constitui um fator determinante do nível de preços a serem praticados para a obtenção de determinado volume de lucro.

Cálculo dos Preços

Os cálculos dos preços são baseados nos custos, produtividade e lucro desejado. O problema de cálculo dos preços é determinar os preços dos produtos que, para uma dada quantidade vendida, permita o volume desejado de lucro.

A equação básica que representa este problema é:

Preço = P
Custos Variáveis unitários = CVu
Custos Fixos Unitários = CFu
Resultado do Lucro unitário = RLu

P - CVu + CFu = RLu

Os custos fixos unitários diminuem à medida que a quantidade vendida aumenta.
Com isso, preços melhores podem ser praticados.
Onde se conclui que a variável quantidade ou volume de vendas é importante para o cálculo de preço.
Como normalmente a empresa já possui uma linha de produtos definida, vende determinadas quantidades e sabe o quanto deseja ganhar em termos de lucro, resta uma primeira etapa e não poderia ser diferente, levantarmos os custos da empresa e de cada produto.

Fator Limitado

É uma restrição de natureza financeira, de mercado ou interna da empresa que limita a capacidade de geração de lucro da mercadoria.

Os principais fatores normalmente encontrados são:

Disponibilidade de materiais para produção;
Disponibilidade de Capital de Giro;
Tamanho do Mercado (potencial de produção e vendas da empresa para cada produto).
Capacidade máxima de produção.

O capital de giro constitui um fator limitado que, dentro de certa faixa de variação, pode ser manuseado. Um eficiente sistema de planejamento e controle das vendas/compras permite reduzir e, manter abaixo de determinado limite, as necessidades de giro derivadas dos estoques de produtos para venda. Alterações na política de crédito podem reduzir as necessidades de giro aplicado a crédito ao cliente. Entretanto, para qualquer atividade empresarial, é sempre necessário um determinado volume de capital de giro para a compra e venda e produção dos produtos.

O tamanho do mercado, definido como o potencial de venda de cada artigo para a empresa, como fator limitativo, deve ser entendido corretamente. Evidentemente, o quociente margem de contribuição (ou lucro) / potencial de venda não é a aplicação correta da regra. Para as situações já descritas, a mercadoria de maior capacidade de geração de lucro é aquela que:

a) Gera o maior lucro com a capacidade de produção disponível;
b) Gera o maior lucro com a disponibilidade de matéria-prima;
c) Gera o maior lucro com o capital de giro disponível.

Da mesma forma, o produto que gera o maior volume de lucro com o mercado existente tem maior potencial de geração de lucros.

Veremos com um posto especifico sobre margem de contribuição e capital de giro.

FÓRMULA PARA CÁLCULO DE FORMAÇÃO PREÇO DE VENDA
FÓRMULA PARA CÁLCULO DE FORMAÇÃO PREÇO DE VENDA A VISTA

PVv= (Custos + Despesas) / 1 – {Taxa s/Vendas + [(Margem de Lucro) / 1 – (IRPJ + CSSL)]}

Todas estas taxas devem ser convertidas em índices percentuais
Taxas = ICMS e demais taxas que compõem a base de cálculo
Impostos diretamente com a mercadoria
IRPJ = Imposto de Renda Pessoa Jurídica
CSSL = Contribuição sobre o Lucro
FÓRMULA PARA CÁLCULO DE FORMAÇÃO PREÇO DE VENDA A PRAZO COM PAGAMENTO DIRETO (PAGAMENTO ÚNICO)

PVp = PVv (x) ( 1 + i ) n (potenciação sobre (1+i)
PVp = Preço de Venda a Prazo
PVv = Preço de Venda a Vista
i = Taxas Financeiras
n = Período de prazo para pagamento

FÓRMULA PARA CÁLCULO DE FORMAÇÃO PREÇO DE VENDA A PRAZO SEM ENTRADA

Prestação = PVv x [(1 + i) x i / (1 + i) – 1 n(s) (potenciação sobre (1+i)

PVv = Preço de Venda a Vista
i = Taxas Financeiras
n = Período de prazo para pagamento

FÓRMULA PARA CÁLCULO DE FORMAÇÃO PREÇO DE VENDA A PRAZO COM ENTRADA

Prestação = PVv x [(1 + i) x i / (1 + i) – 1] (n – 1) no 1º (potenciação sobre (1+i); n (potenciação sobre (1+i)

PVv = Preço de Venda a Vista
i = Taxas Financeiras
n = Período de prazo para pagamento

COMPONENTE DO PREÇO

Numa situação de normalidade, o preço de venda deve ser, em montante, suficiente para cobrir os seguintes itens:

g) Custo de produção ou de aquisição, fixos e variáveis;
h) Despesas comerciais e administrativas, também fixam e variáveis;
i) Tributos incidentes sobre as vendas, que são variáveis;
j) Tributos incidentes sobre o lucro, que acabam por ter componentes fixos e variáveis, pois s~”ao os custos e as despesas totais que afetam o resultado tributável; e
k) Margem de lucro.

MARGEM DE LUCRO FIXA

A fixação de uma margem de lucro em relação à receita bruta é bastante comum para se calcular o preço de venda. Vejamos como poderíamos fixar essa margem a partir dos dados a seguir:

FORMAÇÃO DOS CUSTOS FACILITADORA

A empresa para chegar nos gastos fixos, o “calcanhar de Aquiles” , pode ser realizado através de um divisor que servirá como taxas de vendas na formação do preço de venda a vista. A maneira facilitadora é desenvolver uma média dos gastos fixos da empresa em um prazo de doze meses em relação às receitas médias de doze meses. Desta forma, chega-se ao divisor médio, que servirá para agregar estes gastos diretamente ao produto a ser avaliado.

ESTRUTURA GERENCIAL DE RESULTADO

Qual a melhor decisão?

Os preços deveriam ser calculados apenas com base nos custos. Para formarem uma carteira de clientes fiéis, eles deveriam adotar uma política de promoções e uma assistência pós-venda. Funcionários habilitados aumentam o capital humano da empresa. Fornecedores com bons preços também é um ponto a favor para minimizar a saída de recursos da empresa. Certo tipo de economia proporciona problemas como: fornecedores com preço baixo no produto, mas de má qualidade; dessa forma pode, contribuir para a perda de clientes, ao usar matéria-prima de pior qualidade, comprometendo, assim, o produto final.

Modelo da Estrutura Gerencial de Resultado:

Discriminação
(+) Receita
(- ) Custos e Despesas Variáveis totais
(=) Margem de Contribuição ou Lucro Bruto
(- ) Custos e Despesas Fixas
(=) Resultado Operacional (Lucro ou Prejuízo)

O que é estrutura gerencial de resultados?

Uma ferramenta que permite a apuração dos resultados operacionais de uma atividade, com base em avaliações de desempenho obtidas durante o mês ou período de análise, por meio da estrutura gerencial de resultados, identificando cada um dos pontos importantes a serem analisados.

Receitas – São as vendas da empresa.
Custos - É o valor expresso em valores monetários de atividades, serviços ou produtos efetivamente consumidos e aplicados na sua realização com fabricação, ou: custo é a remuneração dos recursos financeiros, humanos e materiais aplicados na fabricação dos produtos, ou ainda: custo é uma somatória de remunerações aos funcionários/salários mais empresários/lucro mais emprestadores mais governo/impostos mais fornecedores/compras/consumo, ou: custo são os preços pelo qual se obtém um bem ou serviço. O custo somente ocorre quando existe “consumo” ou “aplicação”. Exemplos: O valor da matéria-prima comprada por uma empresa e estocada, não é custo, porque não existiu consumo ou aplicação. Quando esta matéria-prima for utilizada na fabricação, somente o valor aplicado se transformará em custo dos produtos. O dinheiro gasto na compra de uma máquina não é um custo, mas um investimento. O desgaste da máquina em função do uso é um custo, porque existe o “consumo”, a “deterioração” da máquina. Em resumo, Custo é um gasto que avalia o que a empresa despende na sua produção.
Despesas - Despesa é um gasto que avalia o que a empresa despende num todo para auxiliar a produção. Partindo desta óptica o contador deve fazer um sistema de análise de custo que demonstra os parâmetros básicos nas tomadas de decisões perante a concorrência ou, mesmo, perante apresentação para os sócios ou acionistas.

Conhecidos os dados anteriores, vamos refletir alguns questionamentos:

Quais são os custos de sua empresa?
Quais são as suas despesas?

Para interpretar adequadamente estes questionamentos devemos identificar:

Custos ou despesas variáveis são os que variam de acordo com as vendas ou a produção. São aqueles que variam proporcionalmente ao volume de produção ou vendas da empresa.

Custos ou despesas fixas são os que não variam com a produção ou vendas, ocorrem periodicamente e são necessários para o funcionamento da empresa. São gastos regulares que ocorrem periodicamente em uma empresa e que são necessários para o seu funcionamento administrativo e operacional.

Margem de Contribuição é a diferença entre as receitas (vendas da empresa) e os custos variáveis. Margem de contribuição é o que sobra do preço de venda para cobrir os custos fixos.

Análise de sensibilidade é uma análise feita com base em simulação de resultados, com objetivo de avaliar aumento de receitas e ou redução de custos. Essa ferramenta auxilia o empresário a fazer uma comparação dos números da empresa, comparando a situação atual, com um aumento de receitas ou mesmo diminuição dos custos.

Ponto de Equilíbrio: avalia qual a necessidade de faturamento necessária para se cobrir os gastos do negócio sem obter lucro e nem prejuízo. A finalidade de se calcular o ponto de equilíbrio é verificar o volume de vendas necessário para que a empresa possa cobrir seus custos fixos.

Resultado Operacional é a margem de contribuição menos os custos ou despesas fixas. É o lucro ou prejuízo que a empresa alcança no final do resultado.

ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

Análise é um estudo minucioso, detalhado. É a distinção e separação das partes de um todo, até chegar aos seus princípios, elementos etc.

Sensibilidade está relacionada a projeção dos resultados.

Análise de sensibilidade é uma simulação que se faz com base nos resultados obtidos na estrutura gerencial de resultados, projetando-se aumentos na receita ou redução nos custos, a fim de obter melhores resultados líquidos, ou seja, lucro.

Podem-se simular a reversão de resultados negativos, ou seja, prejuízos. Pode-se também simular o incremento de resultados, ou seja, aumento dos lucros.

A análise de sensibilidade está diretamente relacionada com as projeções. E a sensibilidade é a forma como a empresa se apresentará se forem certas mudanças em sua estrutura gerencial de resultados, ou, genericamente, nas entradas e saídas de recursos.

A análise de sensibilidade, na prática, é comparar duas projeções com a situação atual, verificando os resultados disso para a empresa. Ao final, fica bem evidenciada a opção mais vantajosa. Aumentar a receita e também diminuir os custos fixos, conforme as análises.

A análise de sensibilidade também pode ser definida como uma simulação de novos resultados, com base em hipóteses de aumento de receitas ou redução de custos, a partir de uma apuração de resultados de um mês ou de uma média histórica. Ou seja, é possível fazer varias simulações, antes de decidir qual a melhor opção para negócio.

INDICADORES DE AVALIAÇÃO E DESEMPENHO

Os indicadores de desempenho permitem que seja feita uma análise mais completa da situação da empresa. Como o próprio nome diz, indicam como a empresa está desenvolvendo suas atividades em relação a outras empresas. Através dessa ferramenta, é possível ter informações importantes, que lhe darão idéia de como sua empresa está em relação aos seus concorrentes ou a todas as demais do mesmo nicho de atuação.
Modelo Completo da Estrutura Gerencial de Resultado

Contas

Discriminação
1 – Faturamento (= receita total)
2 – Custos Variáveis
Compras
Impostos
Comissões
3 – Margem de Contribuição
4 – Custos Fixos
5 – Resultado (Lucro ou Prejuízo)

O cálculo e o estudo dos indicadores de desempenho empresarial têm a finalidade de indicar a saúde financeira da organização empresarial e, a partir de sua análise, oferecer uma resposta clara sobre as possibilidades de sucesso do sistema financeiro empresarial.

LUCRATIVIDADE

É um indicador de eficiência operacional.

Fórmula:

Lucratividade = {[(Lucro Líquido) / (Receita Total)] x 100}

RENTABILIDADE

Trata-se de um indicador de atratividade do negócio, pois mostra ao empreendedor a velocidade de retorno do capital investido.

Fórmula:

Rentabilidade = {[(Lucro Líquido) / (Investimento Total no Período)] x 100}

Ou também conhecido como:

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Taxa Interna de Retorno é a taxa de retorno que iguala o fluxo de caixa das saídas ao das entradas.

Sua lógica é de que, se o projeto está oferecendo um retorno igual ou superior ao custo de capital da empresa, estará gerando caixa suficiente para pagar os juros e para remunerar os acionistas de acordo com suas exigências.

Se a TIR for maior que o custo de capital da empresa, a mesma estará aumentando sua riqueza ao aceitá-lo.

Regra da TIR - Um projeto de investimento é aceitável se sua TIR for igual ou superior ao custo de capital da empresas, caso contrário, deve ser rejeitado.

Custo de Capital da empresa é a taxa de retorno por ela exigida em seus projetos de investimentos. Padrão financeiro para a tomada de decisão.

Fórmula:

TIR = {[( Lucro do Exercício) / (Investimento da Empresa)] x 100}

PRAZO DO RETORNO DO INVESTIMENTO (PRI)

Mostra o tempo necessário para que o empreendedor recupere tudo o que investiu no seu patrimônio.

Fórmula:


PRI = {[(Investimento Total no Período) / (Lucro Líquido)] x 100}

TAXA DE RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO (TRI)

A melhor maneira de se avaliar o grau de sucesso de um empreendimento é calcularmos o seu retorno sobre o investimento realizado.

Definimos como a forma ideal de se avaliar a taxa de retorno, a divisão do lucro obtido antes do imposto de renda e antes das despesas financeiras, pelo ativo total utilizado para a obtenção do produto.

Fórmula:

TRI = {[( Lucro Antes do IRPJ e Antes Despesa Financeira) / (Ativo Total)] x 100}

No retorno não devem ser incluídas as Despesas Financeiras, já que estas são derivadas do passivo (Financiamento) e, não, do Ativo (Investimento). Do retorno dado pelo investimento, parte será utilizada para remunerar o capital de terceiros (Despesas Financeiras) e, parte, para remunerar o capital próprio (Lucro líquido do proprietário). O retorno total, soma dos dois, é o que melhor define o desempenho global.

O problema da utilização dessa idéia consiste não só na apuração do lucro mas, também, na separação de que investimento pertence a cada produto. É muito comum (mas não correto) proceder-se da seguinte forma: rateia-se a Despesa de vendas e a de administração também aos produtos, com base em critério, os mais variados (proporcionalmente a preço de venda, lucro bruto, tempo de fabricação etc.), como se fizessem parte do custo propriamente dito, chegando, assim, ao “lucro líquido” antes das Despesas Financeiras e impostos de Renda de cada produto. Rateia-se também o investimento (ativo) total pelos produtos, com base em critérios igualmente pré-estabelecidos, atribuindo-se parte dele a cada produto. Faz-se, assim, o cálculo da taxa de retorno. Isso também pode ser feito não só por produto, mas por departamento, divisão etc.

PONTO DE EQUILÍBRIO

O ponto de equilíbrio é o indicador de segurança para as empresas. Ele indica em que momento, a partir das projeções de vendas do empreendedor, a empresa estará igualando suas receitas e seus custos. Com isso, é eliminada a possibilidade de prejuízo em sua operação.

Análise do ponto de equilíbrio, algumas vezes chamada de análise de custo-volume-lucro, é usada pela empresa para determinar o nível de operação necessário para cobrir todos os custos operacionais aos vários níveis de vendas. O ponto de equilíbrio operacional da empresa é o nível de vendas necessárias para cobrir todos os custos operacionais.

Muitas vezes, o ponto de equilíbrio é calculado de forma que ele represente o ponto nos quais todos os custos financeiros e operacionais são cobertos.

O ponto de equilíbrio operacional da empresa é o ponto no qual seu custo operacional total, a soma dos seus custos operacionais, se iguala à receita de vendas.

Fórmulas:
Ponto de Equilíbrio em percentual:

PE = {[( Gastos Fixos) / (Receita – Gastos Variáveis)] x 100}

Margem de Contribuição

MC = Receita – Gastos Variáveis






Ponto de Equilíbrio de produção em valores

PE = {Gastos fixos / [1 – (Gastos Variáveis / Receita Total) ]}

Ponto de Equilíbrio financeiro em valores

PE = {(Gastos fixos + Juros Financeiro) / [1 – (Gastos / Receita Total) ]}

Ponto de Equilíbrio de produção em quantidade:

PE = (Gastos Fixos Total / Margem de contribuição unitário)

Ponto de Equilíbrio financeiro em quantidade:

PE = [(Gastos Fixos Total + Juro Financeiro) / Margem de contribuição unitário]

VALOR PRESENTE LÍQUIDO

Para se definir o valor presente de um investimento, é necessário transportar os valores do fluxo de caixa para o ponto zero. Esses valores serão alcançados, utilizando-se uma fórmula onde: (Gitman, 1997).

VFn = valor futuro no final do período n
VP = valor presente
k = taxa anual de juros
n = número de períodos (geralmente anos)

VP = [VFn / (1+K)] n (potenciação sobre (1+k)

Calculo do valor presente líquido – VPL

VPL é a diferença entre os fluxos de entrada e saída de dinheiro de um investimento trazido a preços de uma mesma data pelo custo de oportunidade.

O VPL é calculado basicamente com a diferença entre o valor presente e o custo de desenvolvimento:

VPL = VP (valor presente) - CD (custo de desenvolvimento)

O VPL é um a informação prestada em reais. É mais clara do que a TIR, prestada em termos percentuais. Devem ser aceitos projetos com VPL maior que zero, como é o caso do presente investimento. O VPL, quando positivo, aponta o quanto se cria de valor para um investimento. Mostra que o investimento oferece uma taxa de retorno superior ao custo do capital.

O VPL é, na essência, a diferença entre os fluxos de entrada e de saída do dinheiro a preços no momento presente.

O VPL é considerado o melhor método para avaliação de projetos de investimento.

VALOR FUTURO

O cálculo do valor futuro utiliza um processo basicamente inverso ao do valor presente representado pela fórmula:

VFn = VP x (1 + k) n (potenciação sobre (1+k)

PERÍODO PAYBACK

O período Payback é quando exatamente obtivermos nosso dinheiro de volta, quando nosso projeto equilibrou.

Payback é o período de tempo necessário para que as entradas líquidas de caixa superem o investimento inicial do projeto.

Payback descontado é o período necessário para recuperar o investimento inicial, considerando os fluxos de caixa descontados.

Fórmula:

Payback = (Valor do investimento da Empresa + Juro Financeira / Lucro do Exercício)

CUSTO DE CAPITAL

Custo de Capital é o valor do dinheiro desvalorizado no mercado conforme política econômica. É a taxa de retorno que uma empresa precisa obter sobre seus investimentos para manter inalterado o valor de mercado de suas ações.

Custo de Capital é igual a participação % vezes o custo de participação %, ou seja,
Capital Total vezes Custo de Capital % é igual ao Custo de Capital em valores.

Fórmula Básica

Custo de capital = [Capital do período / (1+i)] n (potenciação sobre (1+i)

i – Taxa financeira
n – Tempo
k - Capital

MARK-UP

Mark-up é um termo usado em marketing para indicar quanto do preço do produto está acima do seu custo de produção e distribuição. Pode ser expressado como uma quantidade fixada ou como percentual. O valor representa a quantia efetivamente cobrada sobre o produto a fim de obter o preço de venda.

O preço de venda é o valor que deverá cobrir o custo direto da mercadoria/produto/serviço, as despesas variáveis, como impostos, comissões etc., as despesas fixas proporcionais, ou seja, aluguel, água, luz, telefone, salário, pró-labore etc. e, ainda, sobrar um lucro líquido desejado.

O cálculo do preço de venda ideal é feito da seguinte forma:

Custos Diretos variáveis / Mark-up divisor (fator de formação do preço de venda)

O mark-up divisor é calculado da seguinte forma:

[Custo direto variável ($) / (100% - % despesas variáveis - % lucro líquido)]

Entretanto, deve-se comprar com o preço praticado pelo mercado. Caso o preço de mercado seja menor do que o preço calculado, a empresa deverá desenvolver alguma ação para diminuir os seus custos, ou despesas, ou então, aceitar um lucro líquido menor.

Fórmula do Mark-up Global:

Mark-up = (Lucro Bruto /CMV)

MÉTODOS DE ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Estes métodos são os mais utilizados na análise financeira de empresas pequena, média e de grande porte.

Os analistas financeiros geralmente comparam índices financeiros de solvência, lucratividade, crescimento entre outros. Estes índices são obtidos através da divisão de grupos de contas contábeis do balanço patrimonial e / ou da demonstração de resultados, conforme segue:

Solvência em economia é o estado do devedor que possui seu ativo maior do que o passivo. Capacidade de cumprir os compromissos com os recursos que constituem seu patrimônio ou seu ativo.

Quocientes de Estruturas de Capitais, também conhecidos como quocientes de endividamento, obtém resultados mediante a confrontação dos elementos que representam os capitais de terceiros com o Patrimônio Líquido e com o Ativo Permanente e servem para interpretar o grau de endividamento da empresa.

Participação dos capitais de terceiros em relação aos recursos totais:

PCTRRT= [Exigível Total / (Exigível Total + Patrimônio Líquido)]

Este quociente torna possível sabermos qual é a proporção da participação dos capitais de terceiros em relação aos recursos totais. Demonstra quanto a empresa tomou de capital de terceiros para cada valor monetário de recursos totais (Exigível + Patrimônio Líquido)

Exigível total, corresponde Passivo Circulante mais Passivo Exigível a Longo Prazo.

Este quociente evidencia a participação dos recursos tomados de terceiros em relação aos Recursos Totais que a entidade tem à sua disposição.

A importância deste quociente deve-se ao fato de que, em princípio, não é aconselhável que pessoas estranhas à entidade invistam importâncias maiores do que aquelas que os proprietários investem.

O ideal é que este quociente não seja superior a 0,50. Caso contrário, estará indicando que os Capitais de Terceiros superaram os Capitais Próprios na composição dos Recursos Totais da entidade.

Observação:

Multiplicando-se o quociente por 100, obteremos a resposta em porcentagem. Assim, se o Quociente de Capitais de Terceiros em relação aos Recursos Totais for 0,49, para obtermos a relação percentual faremos:

0,49 X 100 = 49%

Desta forma, podemos afirmar que, para cada valor monetário de Recursos Totais, existem $ 0,49 de Capitais de Terceiros. Ou, podemos dizer, que os Capitais de Terceiros correspondem a 49% dos Recursos Totais.

Participação dos Capitais de Terceiros em relação aos Capitais Próprios:

PCTRCP = (Exigível Total / Patrimônio Líquido)

Este quociente demonstra a proporção que existe entre os Capitais de Terceiros e os Capitais Próprios. Mostra quanto a entidade deve para terceiros, a curto e a longo prazo, para cada valor monetário de Patrimônio Líquido ou Capital Próprio.

Este quociente mostra qual é a proporção da participação dos Capitais de Ter­ceiros em relação aos Capitais Próprios.

O ideal é que ele seja inferior a 1 (um), pois estará indicando a existência de ex­cesso de Capitais Próprios sobre Capitais de Terceiros, evidenciando que a empresa possui liberdade para tomadas de decisões.

Quando este quociente for superior a 1 (um), indicará dependência financeira da empresa em relação aos Capitais de Terceiros. Neste caso, a empresa não terá liberdade financeira para tomadas de decisões e permanecerá sujeita às regras impostas pêlos seus credores (juros, prazos etc.).

As empresas devem canalizar esforços visando reduzir ao máximo este quociente pois, quanto menor, melhor será para a situação financeira da empresa. Enquanto o quociente anterior demonstra a proporção dos Capitais de Terceiros sobre os Recursos Totais da empresa, este quociente permite conhecermos a mesma proporção, porém em relação aos Capitais Próprios.

Quanto maior este quociente, menor será a liberdade da empresa para tomadas de decisões e maior será o seu grau de endividamento.

Quanto menor este quociente, maior será a liberdade financeira para tomadas de decisões por parte da empresa e menor será o seu grau de endividamento.

A liberdade financeira da empresa, portanto, varia em função da participação dos Capitais Próprios sobre os Capitais de Terceiros.

Sendo pequena a margem de liberdade para tomadas de decisões financeiras, a empresa não poderá lançar mão de novos empréstimos, pois, são poucas as garantias disponíveis para oferecer às instituições financeiras em troca de recursos, sejam destinados a expandir o negócio ou mesmo a cobrir compromissos imediatos e inesperados.

Há casos em que é vantajoso para a empresa trabalhar com importâncias elevadas de Capitais de Terceiros. É o que acontece quando os lucros obtidos pela aplicação desses Capitais são suficientes para remunerar os compromissos assumidos com a captação desses recursos.

Outro aspecto importante que este quociente revela, é a existência ou não de probabilidade de falência. A existência de alto grau de endividamento em vários períodos, demonstra a ausência de recursos financeiros para saldar compromissos assumidos, situação que pode levar a empresa à falência.

Endividamento Total:

ET = [(Passivo Circulante + Passivo Exigível Longo Prazo) / Patrimônio Líquido]

Indica o montante das obrigações a curto e longo prazo em relação ao Patrimônio Líquido

Endividamento a Curto Prazo:

ECP = (Passivo Circulante / Patrimônio Líquido)

Endividamento a Longo Prazo:

ELP = (Passivo Exigível Longo Prazo / Patrimônio Líquido)

Composição do endividamento:

CE = (Passivo Circulante / Exigível Total)

Este quociente demonstra quanto a empresa deve a curto prazo para cada valor monetário de obrigações totais.

Este quociente indica a proporção existente entre as Obrigações de Curto Prazo e as Obrigações Totais, revelando a necessidade ou não de a empresa gerar recursos para cobrir os compromissos de curto prazo, ou poderá revelar, ainda, a existência ou não de tempo suficiente para gerar recursos, visando cobrir os compromissos de longo prazo.

É evidente que, quanto maior o tempo de que as empresas dispõem para pagar as suas obrigações, melhor será a sua situação financeira atual, pois, não precisará preocupar-se em gerar recursos imediatos. Por este motivo, podemos afirmar que, quanto menor este quociente, melhor será para a empresa.

Quando necessitar gerar recursos de curto prazo, visando cobrir os compromissos do Passivo Circulante, a empresa poderá efetuar vários tipos de operações, como: empréstimos a longo prazo, promoção de vendas com descontos especiais, incentivo ao recebimento antecipado de duplicatas etc.
Os compromissos assumidos a longo prazo, por sua vez, poderão ser cobertos com recursos oriundos do desenvolvimento normal das atividades, sem a necessidade de se recorrer às operações que gerem recursos imediatos, as quais, nem sempre, são suficientes para a saúde financeira da empresa, pois, podem acarretar custos elevados.

Endividamento Geral - Mede o montante da dívida em relação ao patrimônio líquido da empresa: quanto menor, melhor.

Considera-se Endividamento total o Exigível total, correspondendo Passivo Circulante mais Passivo Exigível a Longo Prazo.

Índices:

Grau de Endividamento:

GE = (Passivo Exigível a Longo Prazo / Ativo Total)

Este índice demonstra como está a participação de terceiros a longo prazo nas aplicações totais do ativo da empresa.

Imobilização do Patrimônio Líquido:

IPL = (Ativo Permanente / Patrimônio Líquido)

Este quociente demonstra quanto a empresa investiu no Ativo Permanente para cada valor monetário de Patrimônio Líquido.

Este quociente demonstra qual a proporção das imobilizações efetuadas pela empresa no Ativo Permanente, em relação ao Patrimônio Líquido.

Outro aspecto importante demonstrado, é a existência, ou não, de dependência de Capitais de Terceiros para financiar o Ativo Circulante. Se todo o Patrimônio Líquido da empresa for utilizado para financiar o Ativo Permanente, significará que o Ativo Circulante e o Realizável a Longo Prazo foram financiados somente com recursos de terceiros, fato que, em princípio, não corresponde à situação favorável.

Para melhores conclusões, há necessidade de analisarmos mais profundamente outros quocientes, tais como aqueles que relacionam as Obrigações de Curto Prazo com as Obrigações Totais.

É sempre conveniente que este quociente seja inferior a 1 (um), caso em que indicará que o Patrimônio Líquido é suficiente para cobrir as imobilizações efetuadas pela empresa. Em outros termos, a empresa não imobilizou todo o Capital Próprio.

Quando a empresa não imobiliza todo o Capital Próprio, a diferença será acarretada para o Ativo Circulante e para o Ativo Realizável a Longo Prazo.

Quanto maior a parcela do Patrimônio Líquido aplicada no Ativo Permanente, menor será a participação dos Capitais Próprios para financiar o Ativo Circulante e o Ativo Realizável a Longo Prazo, maior será a dependência da empresa em relação aos Capitais de Terceiros.

O excesso do Patrimônio Líquido sobre o Ativo Permanente denomina-se Capital Circulante Próprio, pois, corresponde à parcela dos Capitais Próprios que é investida para financiar o Capital de trabalho.
Sempre que houver Capital Circulante Próprio, o Quociente de Imobilização do Patrimônio Líquido demonstrará esta ocorrência, sendo inferior a 1 (um).

Quando a empresa utiliza Capitais Próprios para financiar parte ou o total do Capital Circulante, ela tem maior liberdade financeira para movimentar os seus negócios, podendo efetuar operações de compra e de venda livremente, sem a necessidade de recorrer a terceiros para obtenção de recursos.

É perfeitamente aceitável que as empresas invistam maior parte do Patrimônio Líquido no Ativo Permanente e uma menor parte no Ativo Circulante. Isso ocorre porque conseguir os recursos necessários para financiar o Ativo Permanente é mais:

Capital de Trabalho corresponde ao Ativo Circulante mais o Ativo Realizável a Longo Prazo.

Difícil, além do que não é aconselhável utilizar Capitais de Terceiros de curto prazo para financiar o Ativo Permanente, pois o retorno do investimento no Permanente normalmente se dá a longo prazo. Quando houver necessidade de utilizar recursos de terceiros para financiar o Ativo Permanente, como ocorre principalmente em ocasiões de expansão, esses recursos deverão ser vencíveis a longo prazo, de modo que possam ser remunerados com os lucros obtidos pela própria movimentação dessas imobilizações.

Remunerar Capitais de Terceiros investidos no Ativo Permanente com recursos gerados por outras fontes que não sejam os Lucros, colocará a empresa em situação de insolvência, obrigando-a a trabalhar mais rapidamente para gerar recursos a curto prazo.

Já os financiamentos para aplicação no Ativo Circulante são mais fáceis de serem obtidos, pois, geralmente, correspondem a obrigações a fornecedores, a empregados, ao governo (impostos) etc.

Quando este quociente for superior a 1 (um), indicará que a empresa aplicou no Ativo Permanente todo o Capital Próprio mais uma parcela dos Capitais de Terceiros. Neste caso, a análise do Quociente de Imobilização dos Recursos Não-Correntes revelará se a empresa está utilizando recursos de terceiros tomados a curto ou a longo prazo.

Sempre que o Patrimônio Líquido for insuficiente para financiar o Ativo Permanente, poderemos concluir que todo o Ativo Circulante mais o Ativo realizável a Longo Prazo são financiados por Capitais de Terceiros, os quais financiam, ainda, uma parte do Ativo Permanente.

Neste caso, é possível afirmar que a empresa encontra-se em mãos de terceiros, os quais investiram mais do que os seus proprietários. Quando a empresa depende dos Capitais de Terceiros em maior proporção que de Capitais Próprios, há indícios de que sua situação econômica e financeira não seja boa, embora, em certos casos, trabalhar com Capitais de Terceiros em maior proporção possa ser mais vantajoso para a empresa, conforme já dissemos.

Sempre que o Ativo Permanente superar o Patrimônio Liquido, é conveniente que o excesso seja financiado por Capitais de Terceiros tomados para pagamento a longo prazo. Esta conclusão pode ser obtida através da análise do próximo quociente.

Imobilização dos Recursos não correntes:

IRñC= [Ativo Permanente / (Patrimônio Líquido + Passivo Exigível a Longo Prazo)]

Este quociente demonstra quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente, para cada valor monetário de Passivo Exigível a Longo Prazo mais o Patrimônio Líquido.

Este quociente indica qual o percentual dos Recursos Não-Correntes (Patrimônio Líquido + Resultados de Exercícios Futuros + Passivo Exigível a Longo Prazo) que a empresa aplicou no Ativo Permanente.

O ideal é que este quociente seja inferior a 1 (um), caso contrário indicará que os Recursos Não-Correntes não foram suficientes para financiar o Ativo Permanente, revelando que parte do Passivo Circulante também foi aplicada no Ativo Permanente.

É sempre conveniente que exista excesso de Recursos Não-Correntes para financiar parte do Capital Circulante.

A existência de Capital Circulante Negativo (quando o Ativo Permanente supera o Patrimônio Líquido) pode ser compensada com a longo prazo. A entidade que possui Capital Circulante Próprio certamente terá boa situação financeira. Por sua vez, a inexistência de Capital Circulante Próprio pode indicar situação de insolvência. Essas indagações serão esclarecidas através da análise dos Quocientes de Liquidez.

Os Quocientes de Estrutura de Capitais demonstra a relação que existe entre a origem e a aplicação dos Capitais.

No Balanço Patrimonial, o lado do Passivo mostra a origem dos Capitais que estão à disposição da entidade e o lado do Ativo mostra onde eles foram aplicados. Os Capitais originados conforme demonstra o lado do Passivo, podem ser:

Próprios - compreendendo o Patrimônio Líquido e o grupo Resultado de Exercícios Futuros;
De Terceiros - compreendendo o Passivo Circulante e o Passivo Exigível a Longo Prazo.

São esses Capitais Totais (Próprios e de Terceiros) que financiam os investimentos realizados pela entidade, devidamente demonstrados no Ativo.

Quando os investimentos da entidade são financiados pelos Capitais Próprios em proporção maior que os Capitais de Terceiros, podemos afirmar, em princípio, que a situação econômica e financeira da entidade é boa. Quando os investimentos da entidade são financiados pelos Capitais de Terceiros em proporção maior que os Capitais Próprios, podemos dizer, em princípio, que a entidade está endividada e que a maior parte de seus lucros será utilizada para remunerar Capitais de Terceiros.

Entretanto, convém salientar que, se a taxa de juros dos Capitais de Terceiros for menor do que a taxa de lucratividade da entidade, a utilização de Capitais de Terceiros será benéfica para a entidade.

Através dos Quocientes de Estrutura de Capitais nós conheceremos as proporções exatas dos Capitais de Terceiros sobre os Recursos Totais, dos Capitais de Terceiros sobre os Capitais Próprios e das Obrigações de Curto Prazo sobre as Obrigações de Longo Prazo, bem como o reflexo que os Capitais Próprios e os Capitais de Terceiros exercem sobre o financiamento do Ativo Circulante e do Ativo Permanente.

Verificando as observações obtidas pela análise individualizada dos cinco Quocientes de Estrutura de Capitais, nós termos condições de formular opinião a respeito do grau de endividamento da entidade para, depois, partir para o conhecimento do grau de solvência, por meio dos Quocientes de Liquidez.

Quociente de Liquidez, se obtém pelo confronto dos elementos do Ativo Circulante e do Ativo Realizável a Longo Prazo com elementos do Passivo Circulante e do Passivo exigível a Longo Prazo e serve para determinar o grau de liquidez das empresas, ou seja, a capacidade financeira para saldar os compromissos de curto e de longo prazo.

A análise dos Quocientes de Liquidez revela o grau de solvência da entidade, isto é, mostra a existência, ou não, de recursos financeiros necessários para cobrir os compromissos assumidos com terceiros.

Geralmente, quando a análise dos Quocientes de Estrutura de Capitais indicarem a existência de um grau de endividamento aceitável, da mesma forma, a análise dos Quocientes de Liquidez revelará grau de solvência também satisfatório. A empresa muito endividada, quase sempre, convive com péssima situação de liquidez.

Entretanto, outros aspectos precisam ser analisados, pois, apesar de não ter um bom grau de solvência a curto prazo, uma entidade poderá tê-lo a longo prazo, ou vice-versa. Há situações em que a empresa poderá ter um grau de solvência altamente satisfatório e não dispor de dinheiro para pagar compromissos imediatos.

A análise minuciosa dos quocientes, isolada e conjuntamente, apresentará respostas para estas e para outras perguntas nossas.

Liquidez é um conceito econômico que considera a facilidade com que um ativo pode ser convertido no meio de troca da economia. O grau de agilidade de conversão de um investimento, sem perda significativa de seu valor, mede sua liquidez. Um ativo é tanto mais líquido quanto mais fácil for de transformar-se em dinheiro vivo. A moeda é considerada como o ativo mais líquido, mas, é uma reserva de valor imperfeita; quando os preços sobem, o valor da moeda cai.

Liquidez Geral - Esse índice mostra se a empresa tem a capacidade de honrar os seus compromissos em curto e longo prazo.

Índice:

ILG = [(Ativo Circulante + Ativo realizável a Longo Prazo)/(Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo)]

Este quociente demonstra os recursos existentes no ativo circulante e ativo realizável a longo prazo, para cada valor monetário de dívida constantes do passivo circulante e do passivo exigível a longo prazo.

Liquidez Corrente - Simples divisão entre ativo circulante e Passivo Circulante, produz o Índice de Liquidez Corrente, que reflete a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo. O crescimento exagerado das contas a receber, principalmente quando ocasionado por aumento de inadimplência, ou ainda, o aumento dos estoques, devido a falhas em linhas de produção ou obsolescência, devem ser expurgados do cálculo desse índice.

Índice:

ILC = (Ativo Circulante / Passivo Circulante)

Este quociente demonstra os recursos existentes no ativo circulante, para cada valor monetário de dívida constantes do passivo circulante.

Liquidez Seca - Buscando se obter uma melhor indicação de liquidez, alguns analistas preferem utilizar o índice de liquidez seca, que retira do numerador (dos Ativos Circulantes) o ativo menos líquido que são estoques (especialmente na indústria, menos assim para o comércio). Sobrariam, portanto, apenas o caixa e o contas a receber, ou seja, dinheiro e haveres de mercadorias ou serviços que já foram vendidos e só faltam ser recebidos. A liquidez seca tem por objetivo apresentar a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo, sem levar em conta os estoques, que são considerados como elementos menos líquidos do ativo circulante. Após retirarmos os estoques do cálculo, a liquidez da empresa passa a não depender de elementos não-monetários, suprimindo a necessidade do esforço de “venda” para quitação das obrigações de curto prazo.
Índice:

ILS = [(Ativo Circulante – Estoque)/Passivo Circulante]

Este quociente demonstra os recursos líquidos a curto prazo (ativo circulante – Estoques) existentes na empresa, para cada valor monetário de dívida constantes do passivo circulante.

Liquidez Imediata - Na liquidez imediata se elimina, também, a necessidade do esforço de cobrança para honrar as obrigações. Com o desenvolvimento do mercado de crédito, esse índice passou a ter pouca relevância na maior parte das empresas. Nos dias atuais, não é aconselhável manter disponibilidades muito elevadas, deixando de investir na própria atividade.

Índice:

ILI = (Disponível/Passivo Circulante)

Este quociente demonstra quanto a empresa possui de disponibilidade imediata para cada valor monetário de dívidas a curto prazo.

Índices de Solvência
Do ponto de vista econômico, uma empresa é solvente quando está em condições de fazer frente a suas obrigações correntes e, ainda, apresenta uma situação patrimonial e uma expectativa de lucros que garantam a sobrevivência desta no futuro.

Solvência Geral - A solvência geral mostra a base da situação financeira da empresa, ou seja, a capacidade da mesma em satisfazer suas obrigações de curto prazo, na data do vencimento. Quanto maior, melhor.

Índice:

SG = (Ativo Total / Exigível Total)
Na estrutura econômico-financeira da empresa deve haver uma certa coerência entre a natureza dos investimentos e a origem dos recursos financeiros. A prudência e a lógica aconselham que os investimentos de longo prazo sejam financiados por capitais permanentes (capital + reservas + obrigações de médio e longo prazo). Nunca uma dívida de curto prazo deve financiar um bem imobilizado.

Os capitais permanentes não só devem financiar o Ativo fixo, mas, também, uma parte do circulante. A parte do Ativo Circulante financiada com capitais permanentes constitui o chamado Capital de Giro. O excesso de capital permanente sobre o Ativo Fixo, que é o capital de giro, constitui uma margem de garantia ou de segurança (solvência) financeira que permite compensar os desajustes entre os fluxos financeiros de entrada e saída provocados pelo ciclo operacional.

Grau de cobertura do Ativo real sobre o Passivo exigível = (Ativo Total /Total de Recursos de Terceiros)

Quanto maior seja este índice, maior será a solvência da empresa, o qual em todo caso, deverá ser superior a 1. Se o valor deste índice for inferior a 1, significa que a empresa está em uma situação de quebra técnica, o que não supõe que a entidade tenha que suspender os pagamentos, já que uma ótima gestão financeira pode atrasar o aparecimento de tal insolvência e, inclusive, pode até chegar a recuperar um patrimônio líquido positivo.

Índice de cobertura do capital próprio sobre o imobilizado = [(Capital + Reservas)/Imobilizado]

Um índice de 1 significa que o imobilizado está financiado totalmente por recursos próprios e, isto, eleva a solidez financeira da empresa.

Índice de cobertura do capital permanente sobre o ativo permanente =(Capital Permanente/Ativo Permanente Líquido)

Quanto maior for o excesso do valor deste índice sobre 1, ou seja, quanto maior for o valor do capital de giro positivo, mais solvente será a empresa.

Taxa anual de depreciação = (Depreciação Anual / Ativo Permanente Bruto)

Grau de depreciação = (Depreciação Acumulada / Ativo Permanente Bruto)

Lucratividade

É igual ao lucro. É o retorno positivo de um investimento feito por um individuo ou uma pessoa nos negócios. É a recompensa pelo risco que o investidor assume ao iniciar um empreendimento.

Rotação do Ativo - O giro do ativo busca informar quanto foi vendido com o valor investido no ativo. Esse índice pode ser utilizado para o ativo contabilizado no final do ano, ou o ativo médio entre o valor do início e final de ano, ou utilizando apenas o ativo circulante, ou apenas o Ativo Permanente etc. Esse índice procura mostrar o quanto a empresa vendeu para cada R$ 1,00 (um real) do investimento total. Quanto maior, melhor.

Índice:

RA = (Lucro Líquido / Ativo Total)

Este quociente demonstra quantas vezes o ativo girou, isto é, quantas vezes ele se renova pelas vendas.

Margem Líquida - A margem líquida serve para medir a eficiência e viabilidade do negócio. As rentabilidades líquidas de alguns setores são superiores a de outros. Porém, a rentabilidade líquida em cada setor, pode ser medida em intervalos maiores ou menores, quando um concorrente do setor dificilmente apresentaria rentabilidade líquida fora desse intervalo.

Índice:

ML = (Lucro Líquido após imposto/ Receita Anual)

Este quociente indica a margem de lucratividade obtida pela entidade em função do seu faturamento

Margem Operacional - A margem operacional serve para medir a eficiência das operações da atividade fim da empresa, incluindo tanto a eficiência fabril como a administrativa. Permite avaliar-se a viabilidade do negócio. Portanto, essa margem mede a porcentagem de lucro obtido em cada unidade monetária de venda, antes dos juros e imposto de renda. Quanto maior, melhor.

Índice:

MO = (Lucro Operacional / Receita Anual)

Este quociente demonstra quanto a empresa consegue pagar às despesas não operacionais.

Margem Bruta - A margem bruta serve para medir a eficiência com que a empresa coloca o seu produto ou serviço à venda. Portanto, essa margem mede a porcentagem de cada unidade monetária de venda que restou após a empresa ter pago seus produtos. Quanto maior, melhor.

Índice:

MB = (Lucro Bruto / Receita Anual)

Este quociente demonstra quanto a empresa consegue pagar às despesas operacionais.

Rentabilidade do Ativo - Esse índice é útil para comparação com outras empresas do setor ou na evolução ao longo do tempo. Essa rentabilidade indica quão eficientemente estão aplicados os ativos, ou seja, quanto lucro eles estão gerando. Esse índice mede, em porcentagem, a eficiência da administração na geração de lucros com seus ativos totais. Quanto maior, melhor.

Índice:

RA = (Lucro Líquido/ Ativo Total)

A rentabilidade do ativo é calculada quando se deseja ter uma idéia da lucratividade, como um todo, do empreendimento, venham de onde vierem os recursos, admitindo-se as aplicações realizadas.

Rentabilidade do Patrimônio Líquido - A rentabilidade do P.L. busca indicar a parcela do lucro que sobraria para os acionistas após o pagamento do capital de terceiros. Portanto, mede o retorno obtido sobre o capital próprio investido. Quanto maior, melhor.

Índice:

RPL = (Lucro Líquido / Patrimônio Líquido Médio)

De início, é preciso dizer que o Patrimônio Líquido Médio consiste na soma do Patrimônio Líquido Inicial com o Patrimônio Líquido Final, dividida por 2. Quando se precisa demonstrar o que ele representa para o acionista, em termos de $ adicionais ao seu investimento inicial, o índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido é o mais indicado. De outra forma: retrata quanto vai para o acionista do lucro gerado pelo uso do ativo, quaisquer que tenham sido as fontes de recursos, próprias ou de terceiros. Por esta razão, este quociente é de interesse tanto dos acionistas como da gerência.

É importante observar que o cálculo da Rentabilidade do Patrimônio Líquido permite saber quanto a administração, através do uso dos ativos, obteve de rendimento com a respectiva estrutura de despesas financeiras, considerando-se o nível de relacionamento percentual entre o capital próprio e o de terceiros. Em última instância: evidencia qual a taxa de rendimento do Capital Próprio.

Risco Financeiro – Este índice demonstra o quanto a empresa está passando de divida de terceiros em relação ao capital próprio. É idêntico ao índice da composição do endividamento: demonstra quanto a empresa deve a curto prazo para cada valor monetário.

RF = [(Passivo Total – Patrimônio Líquido) / Passivo Total
Capital de Giro - O capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela empresa. Solução definitiva para o problema do capital de giro consiste na recuperação da lucratividade da empresa e a conseqüente recomposição de seu fluxo de caixa. Esta solução exige a adoção de medidas estratégicas de grande alcance que vão desde o lançamento de novos produtos ou serviços e a eliminação de outros, adoção de novos canais de venda ou até mesmo a reconfiguração do negócio como um todo. Desse modo, a solução dos problemas de capital de giro de uma empresa requer muito mais do que medidas financeiras. Estratégias, operações e práticas gerenciais, entre outras, precisarão ser repensadas para que o capital de giro volte ao estado de normalidade.

O capital de giro é o conjunto de valores necessários para a empresa fazer seus negócios acontecerem (girar). Existe a expressão "Capital em Giro", que seriam os bens efetivamente em uso. Em geral, de 50 a 60% do total dos ativos de uma empresa representam a fatia correspondente a este capital. Além de sua participação sobre o total dos ativos da empresa, o capital de giro exige um esforço para ser gerido pelo administrador financeiro maior do que aquele requerido pelo capital fixo. O capital de giro precisa ser acompanhado e monitorado permanentemente, pois está sofrendo o impacto das diversas mudanças no panorama econômico enfrentado pela empresa de forma contínua. As dificuldades relativas ao capital de giro numa empresa são devidas, principalmente, à ocorrência dos seguintes fatores:

Redução de vendas
Crescimento da inadimplência
Aumento das despesas financeiras
Aumento de custos

Denominando-se de "aplicação permanente" as contas não circulantes do ativo e de "fonte permanente" as contas não circulantes do passivo, define-se como Capital de Giro (C.D.G.) a diferença entre as fontes permanentes e aplicações permanentes.

RF = (Passivo Permanente (Patrimônio Líquido) / Ativo Permanente

O Capital de Giro também é um conceito econômico - financeiro e não uma definição legal, constituindo uma fonte de fundos permanente utilizada para financiar a Necessidade de Capital de Giro.

O Capital de Giro apresenta-se razoavelmente estável ao longo do tempo. O Capital de Giro diminui quando a empresa realiza novos investimentos em bens do ativo permanente (aumento dos imobilizados).

Todavia, esses investimentos são, em geral, realizados através de "Autofinanciamento" (empréstimos a longo prazo, aumento do capital em dinheiro e lucros líquidos) que por sua vez, aumentam o Capital de Giro (aumento das fontes permanentes) compensando, aproximadamente, a diminuição provocada pelos novos investimentos.

O Capital de Giro pode ser negativo. Neste caso, as aplicações permanentes são maiores do que as fontes permanentes, significando que a empresa financia parte de seu ativo permanente com fundos de curto prazo. Embora esta condição aumente o risco de insolvência, a empresa poderá se desenvolver, desde que sua Necessidade de Capital de Giro seja, também negativa.

Em Contabilidade, existe o Capital de Giro Circulante, que seria a diferença do Ativo Circulante e do Passivo Circulante, grupos de contas do Balanço Patrimonial.

Esse índice é decomposto na Demonstração conhecida legalmente como Demonstração de Origens e Aplicação, fonte de valiosas informações econômicas da Entidade Contábil. Essa Demonstração (que antes da lei das S/A também já foi chamada de Demonstração de Fundos), pode ser combinada com a Demonstração de Fluxo de Caixa, acrescentado-se informações financeiras de uso gerencial.

Os conceitos financeiros e contábeis provieram de pontos clássicos da Economia. O Capital Circulante, sob essa abordagem, é um conceito criado como o oposto do Capital Fixo.Adam Smith e, principalmente, David Ricardo, foram os primeiros a estudar essa matéria de uma forma científica, própria da Ciência Econômica.

Em Finanças, o fluxo de caixa (designado em inglês por "cash flow"), refere-se ao montante de caixa recebido e gasto por uma empresa durante um período de tempo definido, algumas vezes, ligado a um projeto específico.

Na Contabilidade, uma projeção de fluxo de caixa demonstra todos os pagamentos e recebimentos esperados em um determinado período de tempo. O controlador de fluxo de caixa necessita de uma visão geral sobre todas as funções da empresa, como: pagamentos, recebimentos, compras de matéria-prima, compras de materiais secundários, salários e outros, por que é necessário prever o que se poderá gastar no futuro, dependendo do que se consome hoje.

Também para administrar adequadamente o capital de giro utiliza-se a fórmula:

Capital de Giro Líquido = [(PL + PELP) / (AP + ARLP)]

PL- Patrimônio Líquido
PELP – Passivo Exigível a Longo Prazo
AP – Ativo Permanente
ARLP – Ativo Realizável a Longo Prazo
A fórmula do Capital Circulante Líquido é:

Capital Circulante Líquido = Ativo Circulante – Passivo Circulante

Necessidade de Capital de Giro - A necessidade de capital de giro é função do ciclo de caixa da empresa. Quando o ciclo de caixa é longo, a necessidade de capital de giro é maior e vice-versa. Assim, a redução do ciclo de caixa, em resumo, significa receber mais cedo e pagar mais tarde - deve ser uma meta da administração financeira. Entretanto, a redução do ciclo de caixa requer a adoção de medidas de natureza operacional, envolvendo o encurtamento dos prazos de estocagem, produção, operação e vendas. O cálculo através do ciclo financeiro possibilita, mais facilmente, prever a necessidade de capital de giro em função de uma alteração nas políticas de prazos médios ou no volume de vendas.

Demonstração do entendimento:

NCG = (Contas a Receber + Estoque) – Contas a Pagar

Indicadores de Atividades ou Eficiência

Período Médio de Cobrança:

PMC = [(Duplicata a Receber (média) / Venda a Prazo) x 360]

Período Médio de Pagamento:

PMC = [(Fornecedor a Pagar (média) / Compras a Prazo) x 360]

Giro do Estoque:

GE = (Custo da Mercadoria Vendida / Estoque Médio)

Idade Média do Estoque:

IME = (360 / Giro de Estoque)

Giro do Ativo Total:

GAT = (Receita Liquida / Ativo Total Médio)

Giro do Patrimônio Líquido:

GPL= (Receita Líquida / Patrimônio Líquido)



ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL PARA AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

A Análise Vertical e a Análise Horizontal devem ser utilizadas conjuntamente. Servem para complementar as observações efetuadas através da Análise por Quocientes.

A Análise por Quocientes apresenta dados resultantes da comparação entre itens ou grupos da Demonstração do Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial.

As Análises Vertical e Horizontal são mais detalhadas, envolvendo todos os itens das demonstrações e, revelam as falhas responsáveis pelas situações de anomalia da empresa.

ANÁLISE VERTICAL

No Balanço Patrimonial, a Análise Vertical abrange cálculos de percentuais de todas as contas, podendo relacioná-las tanto com os grupos a que pertencem como com o total do Ativo do Passivo, conforme o caso.

O cálculo do percentual que cada elemento ocupa, em relação ao conjunto, é feito por meio de regra de três, em que o valor-base é igualado a 100, sendo os demais, calculados em relação a ele.

O principal objetivo da Análise Vertical é mostrar a importância de cada conta na demonstração financeira a que pertence.

A Análise Vertical pode ser feita em qualquer demonstração financeira. Entretanto, ela alcança sua plenitude quando efetuada na Demonstração do Resultado do Exercício.

A Demonstração do Resultado do Exercício inicia-se com o valor da Receita Operacional Bruta ou Receita Bruta de Vendas. A este valor são somadas outras Receitas e subtraídos Custos e Despesas, chegando-se, finalmente, ao Lucro Líquido do Exercício.

Assim, a porcentagem de participação de cada conta de Receita, Custos e Despesas tem influência direta sobre a porcentagem do Lucro Líquido.

A redução do Lucro Líquido de um período para outro pode resultar do aumento indesejado de algum item de Despesas, problemas irregulares que é facilmente observada através da Análise Vertical.

Há empresas que acompanham fielmente o percentual de participação de cada Despesa em relação ao Valor Bruto das Vendas, para evitar que esse percentual, ­que tem influência direta no Resultado do Exercício, ultrapasse os limites orçados.

ANÁLISE HORIZONTAL

Por meio deste tipo de análise, é possível acompanhar o desempenho de todas as contas que compõem a demonstração analisada, verificando as tendências evidenciadas em cada uma delas, seja de evolução ou de retração.

Através da Analise Horizontal, o analista poderá verificar a evolução normal das contas e compará-la com a evolução das demais contas da demonstração, para concluir se o Lucro Líquido do Exercício também alcançou a mesma evolução no período e períodos anteriores. Caso isto não tenha ocorrido, a análise das demais contas permitirá, ao analista, verificar os pontos que impediram o crescimento e, ainda, avaliar as tendências de aumento ou de diminuição de Custos, Despesas e de outras Receitas. O analista não po­derá desprezar, evidentemente, em sua análise, a influência da inflação, que pode concorrer para um crescimento aparente ou para a redução dos valores em análise.

Enquanto a Análise Vertical é feita pela comparação de cada elemento do conjunto em relação ao total, em um mesmo período, a Análise Horizontal compara a evolução dos valores de cada conta das demonstrações em análise, ao longo de vários períodos.

O mecanismo consiste em escolher um exercício, geralmente o mais antigo (corrigir inflacionariamente para se tornar a mesma base do período de comparativo), como base, atribuindo aos seus valores o percentual de 100 e, a partir desse exercício, calcular os demais valores dos outros exercícios por meio de regra de três, sempre em relação ao primeiro.

A Análise Horizontal é feita por meio de Números Índices.

ALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRA

Alavancagem resulta do uso de ativo de recursos de custos fixos para aumentar os retornos aos proprietários da empresa.

O grau de alavancagem operacional (GAO) é a medida numérica da alavancagem operacional da empresa, ou seja, avaliar a variação percentual do lucro operacional em relação às receitas operacionais ocorridas no exercício.

Alavancagem financeira se preocupa com o relacionamento entre o LAJIR (Lucro antes do Juro e do Imposto de Renda) da empresa e seus resultados por ações sobre ações ordinária ou preferencial LPA (Lucro por ações).

Apresentar o grau de alavancagem financeira (GAF) sabendo sempre que se o percentual de variação no LPA (Lucro por ações) resultante de uma variação percentual dada no LAJIR (Lucro antes do juro e do imposto de renda) for maior do que a percentagem de variação no LAJIR, a alavancagem financeira existe. Isso significa que sempre que o GAF é igual ou maior que 1, existe alavancagem financeira.

Para realizar o cálculo da Alavancagem financeira utiliza-se a devida fórmula:

LAJIR = Q x (P-V) – F

P= Preço de venda por unidade
Q= Quantidade de venda por unidades
F= Custo Operacional fixo por período
V= Custo operacional variável por unidade

GAO a nível das vendas = {[Q x (P – V)] / [Q x (P – V) ] - F}

GAF = (Variação no LPA / Variação no LAJIR)

GAO = (Variação do LAJIR / Variação das Vendas)

O Grau de Alavancagem Operacional é calculado pela seguinte fórmula:

GAO = (Variação Percentual no Resultado / Variação Percentual nas Vendas)

Quanto maior for o grau de alavancagem operacional, maiores serão os riscos, pois, o resultado operacional ficará muito sensível a qualquer variação na receita bruta, tanto para mais como para menos. Em época de dificuldade de vendas, o distribuidor sente fortemente os reflexos.

Tipos de alavancagem operacional

Grau de alavancagem negativa: ocorre quando um aumento na receita bruta provoca uma queda no resultado operacional. Isso acontece nas seguintes situações: a margem de contribuição é negativa ou o crescimento da receita bruta é acompanhado pelo aumento das despesas fixas.

Grau de alavancagem modesta: é registrado quando a empresa opera no prejuízo e quando os seus custos fixos estão acima do dobro da margem de contribuição. Nesse caso, um aumento na receita bruta de x% colabora para diminuir o prejuízo mas, em uma percentagem menor.

Grau de alavancagem em equilíbrio: ocorre quando a empresa opera no prejuízo e quando os seus custos fixos são exatamente o dobro da margem de contribuição. Nesses casos, um aumento na receita bruta de x% colabora para diminuir o prejuízo, na mesma proporção.

Grau de alavancagem operacional: é o que ocorre na maioria dos casos, ou seja, um aumento ou uma diminuição da receita bruta x% gera um aumento ou uma diminuição do resultado operacional num percentual sempre maior.

ORÇAMENTO

ORÇAMENTO DE OPERAÇÃO

Um orçamento de operação geralmente se constitui de duas artes: um orçamento “programa" e um orçamento de "responsabilidade". Representam dois modos de retratar o plano total de operações da empresa, dois métodos diferentes de "dividir o bolo"; portanto, ambos chegam à mesma cifra de lucro líquido projetado e do lucro sobre investimento.

O orçamento-programa descreve os principais "programas" que a empresa planeja empreender. Tal orçamento podia estar disposto, por exemplo, por linhas de produto e mostrar a receita prevista e os custos associados a cada produto. Este tipo de orçamento é útil a um executivo que examina o equilíbrio total entre os vários programas da empresa. Ajuda a responder perguntas tais como: Há satisfatória margem de lucro sobre cada linha de produto? Está a capacidade de produção em equilíbrio com o porte e a capacidade do departamento de vendas? Podemos permitir-nos gastar tanto em pesquisa? São adequados os fundos disponíveis? E assim por diante. Uma resposta negativa a qualquer dessas perguntas revelaria a necessidade de revisar o plano.

O orçamento de responsabilidade expõe os planos em termos das pessoas responsáveis pela sua execução. E, portanto, antes de tudo, um dispositivo de controle, visto como é uma declaração do desempenho esperado ou padrão, em face do qual, mais tarde, se comparará o desempenho real. Na fábrica, por exemplo, pode haver um orçamento de responsabilidade para cada departamento, evidenciando os custos controláveis pelo encarregado do departamento. Pode haver, também, um orçamento que mostre os custos de cada produto, incluindo os custos diretos e os custos atribuídos. Os dados de ambos os orçamentos se adicionam aos custos totais da fábrica, mas o orçamento custo-produto não seria útil para efeitos de controle, visto que os custos dele, constantes comumente, não poderiam relacionar-se à responsabilidade de indivíduos específicos.

Visto como é provável que o volume real durante um período seja diferente do volume esperado ou orçado e, visto como os custos variam significativamente com o volume, pode-se preparar um orçamento que mostre o comportamento previsto dos custos aos vários níveis de volume. A este, se denomina orçamento variável.

Princípios de elaboração de orçamento

Os princípios gerais pertinentes ao processo de controle gerencial aplicam-se ao processo orçamentário. Portanto, repetidos aqui, com referências especificas ao processo.
O orçamento deve ser apadrinhado pela administração. A organização deve considerá-lo, primariamente, como um instrumento da administração, e não, primariamente, como um dispositivo contábil.

O orçamento de responsabilidade deveria ser construído pelos centros de responsabilidade e deveria mostrar separadamente os custos controláveis em cada centro de responsabilidade.

Os supervisores responsáveis deveriam participar do processo de fixar os dados do orçamento, e deveriam concordar em que os alvos do orçamento são razoáveis. Se concordam, sua atitude durante o exercício do orçamento provavelmente seja : "Eu disse que poderia atingir esta meta, e farei o melhor que possa .para estar à altura desta promessa". Se não forem consultados, sua atitude para com o orçamento provavelmente seja de indiferença ou ressentimento.

Os supervisores responsáveis devem ter uma compreensão perfeita do processo do orçamento e, isto, exige um programa de educação contínua. Até certo ponto, isto se consegue por meio de manuais escritos ou memorandos, mas devemos confiar, principalmente, nas reuniões, tanto para discutir o preparo do orçamento, como para discutir os resultados reais alcançados.

O período de tempo coberto por um orçamento deveria relacionar-se com a necessidade e a possibilidade de ação administrativa eficiente.

As cifras planejadas no orçamento de responsabilidade devem equiparar-se, em definição, aos dados contábeis que relatam o desempenho real. Se a "mão-de-obra direta" no orçamento inclui pagamento de férias, custos da previdência social, dotação para aposentadoria e outros benefícios sociais, tal deve constar da "mão-de-obra direta" no sistema contábil de controle.

Os dados do orçamento devem representar metas razoavelmente atingíveis, não tão elevados que causem frustração, nem tão baixas que estimulem a complacência.

Numa comparação do desempenho real com o orçado, a atenção deveria concentrar-se nas exceções significativas - números que sejam significativamente diferentes daqueles previstos. Orçamento não deveria custar mais para operar do que ele vale. Visto como ninguém pode calcular exatamente o valor de um orçamento, esta declaração é necessariamente vaga. Implica, contudo, uma cautela contra adicionar refinamentos dispendiosos, a menos que seu valor os justifique claramente.

A função de assessoria que orienta o processo orçamentário não deve ser confundida com a função de produção que elabora os programas. A administração da produção toma as decisões; a assessoria orçamentária auxilia a assessoria de produção.

A revisão das estimativas do orçamento por níveis sucessivamente mais elevados da administração deveria ser completa. A revisão é sinal de que a administração não está realmente muito interessada no processo de orçamento.

A aprovação final do orçamento deve ser específica, e esta aprovação deve ser transmitida à organização. Uma tentativa de operar de acordo com a doutrina do "quem cala consente", inevitavelmente conduz a mal-entendidos.

Processo do Orçamento

O preparo de um orçamento, tanto pode ser estudado como um processo contábil, quanto como um processo de administração. Do ponto de vista da Contabilidade, os procedimentos são essencialmente///, e o resultado final de registrar e resumir as operações é um conjunto de demonstrações financeiras ­Balanço e Demonstração de Lucros e Perdas - iguais, em sua forma, àquelas resultantes do processo de registrar fatos históricos. A única diferença é que as cifras do orçamento são estimativas do que acontecerá no futuro, ao contrário dos dados históricos que representam o que aconteceu no passado.

Do ponto de vista da administração, o processo de orçar está tão intimamente associado com a operação da empresa que uma descrição completa dos fatores e das considerações envolvidas levar-nos-ia para além do alcance deste livro. Em vez de tentar tal descrição, indicaremos apenas, algumas das importantes considerações gerais no processo do orçamento.

Escolha dos Períodos de Tempo

Um intervalo útil de tempo para um orçamento é de um ano. Provavelmente, a maioria das empresas prepara orçamentos uma vez por ano, mas, algumas empresas, adotam a praxe de preparar um novo orçamento a cada trimestre. Ao início de cada trimestre, abandona-se o trimestre anterior e os dados dos três trimestres cobertos no orçamento anterior são revisados, se necessário, e um novo orçamento é preparado para o quarto trimestre. A este se denomina orçamento reajustável.

Dentro do ano, o orçamento pode dividir-se em meses; isto é, geralmente o mês constitui o período de tempo básico para comparação dos resultados reais com o orçamento. Em muitas empresas, somente os dados dos próximos três meses ou dos próximos seis meses aparecem em detalhe e, para o restante do ano, são dados totais trimestrais.

Com a finalidade de mostrar a orientação geral da evolução planejada da empresa e, as aplicações a longo prazo das políticas da administração, quanto à expansão, novos produtos, novas instalações e, assim por diante, um instrumento útil é um orçamento a longo prazo, que cobre um período de três, cinco ou mesmo mais anos pela frente. Este não é preparado tão detalhadamente como o orçamento anual e, em geral, é totalmente preparado na matriz sem a participação do pessoal de operação. Tal orçamento é especialmente útil no preparo de planos para obtenção de novos capitais permanentes.

Organização para Preparo dos Orçamentos

Uma comissão de orçamento, constituída de diversos membros do grupo da cúpula administrativa, pode supervisionar o trabalho de preparação do orçamento. Esta comissão fixará as diretrizes que a organização deverá seguir, coordenará os orçamentos preparados separadamente pelas várias unidades da organização e solucionará as diferenças entre eles, e submetera o orçamento final ao presidente e, também, à diretoria para aprovação. Numa empresa pequena, o próprio presidente executa este trabalho, ou o seu imediato subordinado de linha. As instruções descem através dos escalões, e voltam para sucessivas revisões e aprovações pelos mesmos canais. O ponto fundamental é que as decisões sobre o orçamento são tomadas pela assessoria de produção, e a aprovação final vem da chefia dessa assessoria, do presidente ou da diretoria.

Geralmente um grupo de assessores chefiado pelo diretor do orçamento auxilia a assessoria da produção na elaboração do orçamento, reportando, preferivelmente, ao controlador. Se ele reporta ao presidente, como às vezes ocorre, provavelmente estará executando as funções acima descritas para a comissão orçamentária e, portanto, agindo numa assessoria de produção.

Como assessor, suas funções são difundir instruções sobre a mecânica do preparo do orçamento (os formulários e como preenchê-los), proporcionar dado sabre o desempenho passado, úteis no preparo do orçamento, fazer cálculos baseados nas decisões a que a assessoria da produção chegou, reunir os dados do orçamento e ver que todos submetam seus dados em tempo. Assim, a assessoria orçamentária pode fazer uma grande parte do trabalho do orçamento. Não é, contudo, a parte decisiva, pois, as decisões importantes sempre são tomadas pela assessoria de produção. Uma vez, por exemplo, que a assessoria de produção tenha chegado a um acordo sobre a produtividade da mão-de-obra e taxas salariais, o encarregado do orçamento pode calcular todos os números pormenorizados do custo da mão-de-obra por produtos e por centros de responsabilidade; este é um considerável trabalho de cálculo, porém, se baseia inteiramente nos julgamentos dos supervisores da produção.

A assessoria orçamentária é como uma companhia telefônica que opera um importante sistema de comunicação; é responsável pela velocidade, precisão e clareza com que as mensagens fluem através do sistema, mas não pelo próprio conteúdo das mensagens.

Preparo das Estimativas

Em quase todas as empresas a estimativa mais difícil a fazer é da receita das vendas. Há, em geral, dois modos de proceder: fazer uma previsão estatística à base de uma análise das condições gerais da empresa, condições do mercado, curvas de crescimento do produto e, assim por diante; ou fazer uma previsão interna, coletando as opiniões dos diretores e vendedores. Em algumas empresas, solicita-se aos vendedores, que façam estimativa das vendas de cada produto que efetuarão a cada um de seus fregueses; em outras, estimam-se as vendas totais em seus territórios; e ainda em outras, os vendedores não participam do processo de estimativa. Há vantagens e desvantagens, tanto no método estatístico, como no método interno; muitas vezes se usam ambos, juntamente, mas não se pode garantir que qualquer deles produza mesmo uma estimativa razoavelmente aproximada em face das inevitáveis incertezas do futuro.

O orçamento de vendas é mais do que uma previsão de vendas. A previsão é meramente passiva, enquanto que o orçamento deve refletir as medidas ativas que a administração planeja tomar a fim de influenciar os eventos futuros. Por exemplo, esta pode ser a previsão de vendas: "Com o presente esforço de vendas, esperamos que estas sigam mais ou menos o mesmo nível atual". Ao contrário, o orçamento de vendas pode mostrar um substancial aumento planejado de vendas, que reflete os intentos da administração de aumentar o número de vendedores, aumentar a publicidade e a promoção de vendas; ou projetar um novo produto.
Sempre que possível, as estimativas de quantidades e de preços unitários devem constar separadamente, a fim de facilitar a análise posterior da execução. Se a estimativa de vendas aparece somente como uma soma total monetária, não se pode saber se a diferença entre as vendas reais e as previstas é resultado de uma diferença de volume ou diferença de preço de venda. Esta separação de quantidade e preço unitário, aplica-se a todo o sistema, preferivelmente, o custo do material aparece como um número de quilos vezes centavos por quilo, os custos da mão-de-obra, como horas vezes a taxa salarial horária e, assim, por diante. O motivo fundamental para fazer isto é que fatores diferentes e, muitas vezes, pessoas diferentes, são responsáveis por mudanças de quantidade e de preço, respectivamente. O gerente de compras é responsável pelo custo por quilo do material, mas o encarregado da fábrica é responsável pela quantidade empregada, por exemplo. Por motivos semelhantes, as estimativas se dividem por linhas de produto, por itens significativos de custo e por outros meios que facilitem análise posterior do desempenho real.

Cronograma do Orçamento

O orçamento de uma empresa manufatureira consiste, em diversas partes: o orçamento de vendas, o orçamento de despesa de vendas, o orçamento de estoques e compras, o orçamento da fábrica (o qual se pode constituir de partes separadas para materiais, mão de obra direta e despesa indireta de produção), o orçamento geral e administrativo, o orçamento de pesquisa e desenvolvimento, as demonstrações financeiras orçadas, e o orçamento de caixa. Alguns deles dependem dos outros. A estimativa de vendas afeta a todos; o orçamento da fábrica depende do volume estimado de vendas e níveis de estoques, o orçamento de compras depende do volume estimado de produção e níveis de estoques e, assim, por diante. Deste modo, deve haver um cronograma especificando a ordem em que os orçamentos devem ser preparados e a época em que cada um deverá se estar completando. Em geral, os passos do processo de orçamento, em ordem cronológica, são: fixar as diretrizes, preparo do orçamento de vendas, preparo dos demais orçamentos de operação, coordenação dos orçamentos separados, revisão geral e aprovação. Eles se acham descritos abaixo, com datas aproximadas, supondo que o orçamento se torna efetivo em 1º de janeiro.

Diretrizes. A partir de setembro, a administração mantém uma série de reuniões em que os participantes discutem e aceitam os principais objetivos que se pretende alcançar durante o ano vindouro e o esboço geral dos meios a serem utilizados para atingir esses objetivos. Eles constituem a base para as diretrizes do orçamento, que são enviadas aos executivos de operações a 15 de outubro. Essas diretrizes podem ser em forma de estimativas preliminares de vendas, ou relatórios mais gerais das expectativas. Também se incluem as mudanças de níveis de preço e as mudanças de política. Essas diretrizes são de grande interesse para os concorrentes, por isso elas circulam somente entre os que têm necessidade de conhecê-las: Se for especialmente importante que uma nova estratégia seja ocultada, pode ser omitida do relatório, fazendo-se posteriormente, os ajustamentos necessários em nível superior. Na ausência de diretrizes em contrário, habitualmente, a organização supõe que o próximo ano será semelhante ao atual.

Preparo das Estimativas. De 15 de outubro à 15 de novembro, cada supervisor responsável ao nível mais inferior da organização prepara estimativas dos itens pelos quais é responsável, baseado nessas diretrizes. Ele discute esses itens com seu superior imediato que os aprova, combina-os com estimativas semelhantes de outros supervisores e, depois, os encaminha para seus superiores. O pessoal da contabilidade dá assistência aos supervisores neste trabalho fazendo os cálculos pormenorizados, providenciando dados históricos e resumindo e registrando as estimativas; porém, os supervisores da produção, e não os contadores, tomam as decisões. Dentro deste período, fixam-se as datas limites subsidiárias de sorte que, aqueles cujas estimativas do orçamento dependem das estimativas de outros, recebam a informação necessária em tempo de atender a data-limite total de 15 de novembro.

Coordenação e Revisão. De 15 de novembro à 15 de dezembro, as estimativas do orçamento sobem o escalão administrativo. Em cada nível, são revistas e aprovadas ou alteradas, após discussão com os interessados. Neste instante, também, ocorre a coordenação dos orçamentos separada. A seção de orçamentos usa as estimativas dos orçamentos de responsabilidade para preparar os orçamentos-programa, examinando-se estes quanto ao equilíbrio, exeqüibilidade e desejabilidade totais. Este exame pode apontar a necessidade de revisão e, tais revisões, se fazem após discussão com as pessoas afetadas. Os problemas insolúveis são deferidos à comissão de orçamento para decisão. Diversos documentos em resumo, especialmente o Balanço Orçado e a Demonstração de Lucros e Perdas Orçada, se preparam nesta ocasião.

Aprovação Final. A 15 de dezembro, a cúpula administrativa (o presidente ou a diretoria) dá a aprovação final. O orçamento aprovado é, então, transmitido à organização. Este ato comunica à organização os objetivos agravados e os planos para atingir esses objetivos durante o ano vindouro.

A descrição acima de um cronograma e dos “procedimentos”, não pretende ser um modelo preciso mas, apenas como sugestão dos passos envolvidos. No governo federal, para tomar um exemplo extremo, o processo de preparar um orçamento anual prolonga-se por aproximadamente quinze meses, embora este longo espaço de tempo seja, em grande parte, resultado dos procedimentos antiquados usados e, não, das dificuldades inerentes. No outro extremo, uma pequena empresa pode aprovar todo o processo numa tarde”.
Usos do Orçamento

A utilidade do orçamento no processo de fazer e coordenar planos evidencia-se da descrição acima. Também, o orçamento é útil como dispositivo de comunicação e como um padrão com o qual comparar o desempenho real.

O Orçamento como um Dispositivo de Comunicação: Os planos da administração não serão levados a cabo (exceto por acidente) a menos que a organização entenda o que são os planos. A compreensão adequada inclui, não somente conhecimento dos programas e objetivos (ex., quantas unidades devem ser fabricadas, que métodos e máquinas devem ser usados, quanto material se deve comprar, quais devem ser os preços de venda) mas, também, conhecimento acerca das políticas e restrições às quais, se espera, a empresa dê sua adesão. Seguem-se exemplos desses tipos de informações: as quantias máximas que podem ser gastas com itens tais como publicidade, manutenção, gastos administrativos e, assim, por diante; taxas salariais e horas de trabalho; níveis de qualidade desejados e, assim, por diante. O dispositivo mais útil para transmitir informação quantitativa concernente a esses objetivos e limitações, é o orçamento aprovado.

O Conceito de Compromisso: Quando se prepara o orçamento, de acordo com os procedimentos esboçados acima, pode-se considerar o documento final como uma espécie de contrato ou compromisso recíproco entre a administração e o supervisor de operação. Aceitando as estimativas do orçamento, na realidade, o supervisor diz à administração: "Posso dirigir meu departamento de acordo com o plano descrito no orçamento e eu o farei". Aprovando as estimativas do orçamento, a administração realmente diz ao supervisor: "Se você dirigir seu departamento de acordo com este plano, fará o que consideramos um bom serviço". Ambas as declarações contêm a qualificação implícita de "ajustados às alterações do meio", visto que, ambas as partes, reconhecem que os fatos reais, tais como níveis de preço e condições gerais da empresa, podem corresponder, ou não, aos supostos quando do preparo do orçamento e que essas mudanças inevitavelmente afetarão os planos expostos no orçamento. Ao julgar se o compromisso está, na realidade, sendo executado à medida que o ano progride, a administração deve levar em conta essas mudanças.

Orçamento como um Padrão: Um orçamento cuidadosamente preparado é o melhor padrão possível em face do qual medir o desempenho real, e cada vez mais, se usa para este fim. Até recentemente, a prática geral era comparar os resultados correntes com os resultados do último mês ou com os resultados do mesmo período há um ano; e ainda este, é o meio básico de comparação em muitas empresas. Esse padrão histórico tem a desvantagem fundamental de não levar em consideração as forças subjacentes em operação que provocam mudanças, ou as mudanças do programa planejado para o ano corrente:

ORÇAMENTO E SUAS TÉCNICAS

Todo o processo de gerenciamento contábil tem seu ponto culminante, em termos de controle, no orçamento empresarial. O orçamento é ferramenta de controle, por excelência, de todo o processo operacional da empresa pois, envolve todos os setores da companhia.

DEFINIÇÃO

Orçamento "nada mais é do que colocar na frente aquilo que está acontecendo hoje".

Orçar significa processar todos os dados constantes do sistema de informação contábil de hoje, introduzindo os dados previstos para o próximo exercício.

O orçamento não deixa de ser uma pura repetição dos relatórios gerenciais atuais, só que, com os dados previstos. Portanto, não há basicamente nada de especial para se fazer orçamento, bastando, apenas, colocar no sistema de informação contábil gerencial os dados que deverão acontecer no futuro.

OBJETIVOS

O objetivo do plano orçamentário não é apenas prever o que vai acontecer e seu posterior controle. Ponto básico e, entendemos, fundamentais, são o processo de estabelecer e coordenar objetivos para todas as áreas da empresa, de forma tal que, todos trabalhem sinergicamente em busca dos planos de lucros.

O processo de estabelecer objetivos não é um processo de cima para baixo. Ao contrário, deve partir de baixo para cima, dentro da estrutura hierárquica da empresa.

No estabelecimento de objetivos, haverá o envolvimento de todos, numa gestão participativa, ao mesmo tempo em que se delegará responsabilidades. Com isso, será possível a etapa final, que é o controle orçamentário e a análise do desempenho e de suas variações.

PROCESSO DE ELABORAÇÃO

O orçamento normalmente é feito em três etapas, a saber:

previsão;
reprojeção;
controle.

A fase de previsão comporta todo o trabalho de cálculo propriamente dito, em que colocamos no papel aquilo que a empresa espera e prevê que aconteça para o próximo exercício. É a etapa de elaboração dos quadros orçamentários.

Esta primeira etapa deve ser iniciada ao redor de seis meses antes do exercício a ser orçado e, é onde se verificam as condições atuais da conjuntura econômica, das políticas de controle de preços, estimativas de inflação etc.

Na segunda etapa, os dados orçados são submetidos aos setores responsáveis e, após o retorno (feedback das peças orçamentárias e respectivas críticas), faremos o acerto das previsões iniciais. Esses dados deverão estar prontos entre 1 à 2 meses antes do início do exercício, de forma que os responsáveis por todas as áreas da empresa já se programem para o ano que se iniciará.

A etapa de controle é a última etapa, em que verificaremos se os objetivos previstos foram atingidos, através da análise das variações, em que se analisará o desempenho das áreas de responsabilidade e eventuais correções necessárias a serem feitas.

SEGMENTOS DO PLANO ORÇAMENTÁRIO

O plano orçamentário, que também é chamado orçamento global, comporta pelo menos três grandes áreas de orçamentos: o orçamento operacional, o orçamento financeiro e de investimentos e a projeção dos demonstrativos contábeis.

Orçamento operacional

O orçamento operacional é que contém a maior parte das peças orçamentárias, pois engloba todos os orçamentos específicos que atingem a estrutura administrativa, a estrutura de produção e a estrutura de vendas da empresa. O orçamento operacional remete-nos à demonstração de resultados, ou seja, às peças orçamentárias das vendas, custos e despesas.

O ponto-chave do orçamento operacional é o orçamento de vendas. É o ponto de partida de todo o processo orçamentário.

Faremos, a seguir, algumas observações básicas sobre o orçamento de vendas, bem como sobre os demais orçamentos operacionais. Procuraremos indicar, sumariamente, os itens que devem compor cada peça orçamentária.

ORÇAMENTOS PRINCIPAIS

Faremos uma apresentação de todos as principais peças orçamentárias, com base em nosso exemplo numérico integrado. Procuraremos ressaltar os critérios adotados na construção dos orçamentos, que, entendemos, apresentam uma visão prática de como devem ser feitas tais peças orçamentárias. É importante lembrar que existem outras técnicas e critérios de orçamento, que podem ser mais complexas ou mais simples, adaptadas à realidade de cada entidade, seja ela com ou sem fins lucrativos. A finalidade de apresentar os aspectos práticos do exemplo numérico integrado objetiva evidenciar as principais características de cada peça orçamentária.

Orçamento de vendas

A “orçamentação” do que se vai vender pode ser feita a partir de, pelo menos, três métodos:

a- métodos estatísticos - neste caso, utilizaremos modelos estatísticos de correlação e análise setorial, via recursos computacionais, ou mesmo, métodos estatísticos diretos de análise de tendências. Isso será possível quando o passado permite imaginar um comportamento futuro das vendas. É um método utilizado quando se tem muita dificuldade de se saber o que vai vender;
b- coleta de dados das fontes de origens das vendas - neste caso, o orçamento de vendas terá como base as informações vindas diretamente dos centros vendedores e, serão compiladas no setor de coordenação de orçamentos, formando então, o orçamento de vendas. É um método aparentemente interessante, porém, a diversidade das fontes de origens, bem como as possibilidades de inadequação de entendimento dos conceitos orçamentários poderão conduzir a resultados finais inconsistentes e até frágeis;
c- uso final do produto - esse método será utilizado quando, através do conhecimento do uso final do produto de nossos clientes, a empresa pode orçar suas próprias vendas. Sabendo o que seu cliente vai vender, através do conhecimento dos programas de produção desses clientes, será um meio seguro de orçamentar as vendas da empresa, como fornecedora certa para esses clientes.

· O orçamento de vendas dará também dois outros dados importantes:

b) previsão dos impostos sobre as vendas;
c) projeção da carteira de clientes (para o balanço a ser projetado).

Aspectos operacionais

O orçamento de vendas é calculado após a obtenção das informações quantitativas do que se vai vender. É necessária uma segmentação pelos mercados em que a empresa atua, caso as condições de preços, impostos, prazos médios de financiamentos, políticas de crédito e outros eventos devam ser considerados.

Buscando sempre tratar corretamente os aspectos inflacionários, elaboramos, primeiramente, o orçamento de vendas em dólares, para depois avaliarmos em moeda corrente, que é necessário também para as projeções do resultado e balanço patrimonial.

É importante que todas as receitas operacionais, além das de vendas dos principais produtos, sejam também orçadas. Receitas de produtos complementares (materiais de reposição, serviços, outras receitas operacionais etc.) devem ser incorporadas ao orçamento de vendas, de modo que o orçamento de vendas reflita a Receita Operacional Bruta e a Receita Operacional Líquida.

Etapas de construção do orçamento de vendas

a) cálculo das quantidades estimadas de vendas de cada produto em seus principais mercados, por seus preços unitários em dólares, sem os impostos e vendas, para cada mês do ano;
b) cálculo dos impostos sobre vendas;
c) valorização em moeda corrente das vendas de cada mês;
d) previsão dos valores a receber para os balanços mensais projetados.

· Impostos sobre Vendas

Devem ser considerados todos os impostos que levam ao conceito de Receita Operacional Bruta. Neste caso, devemos incluir também o IPI, pois ele fará parte dos valores a receber dos clientes, a serem considerados no fluxo de caixa de recebimentos de vendas e do pagamento dos impostos.

Contas a Receber de Clientes

O valor é obtido através dos dados de prazos médios de recebimento, detectados pelas técnicas de análise de balanço. É importante que os dados passados devam ser utilizados, porém, não devemos esquecer-nos que as políticas de crédito aos clientes podem ser alteradas a qualquer momento. Faz-se necessário, assim, verificar se os dados passados deverão ser considerados, ou deverão ser alterados em função de novas políticas creditais a serem adotadas.

Em nosso exemplo, consideramos que os dados passados, que evidenciaram um prazo médio de recebimento sobre a receita operacional bruta de 45 dias, devessem ser mantidos no orçamento.

Orçamento de estoques de produtos acabados e em processo

O orçamento dos estoques de produtos acabados e em Processo é decorrente de dois parâmetros básicos:

orçamento de vendas;
política de estoques.

A política de estoques da companhia indicará as metas e os volumes máximos ou mínimos que ela deseja manter em estoque para os produtos acabados. Esses dados normalmente são expressos em dias de venda, razão por que o orçamento de vendas é determinante para o volume de estoque a ser orçado para o final do exercício.

Esse item tem que ser integrado no sistema de informação contábil gerencial, como o prazo médio de estocagem, podendo ser medido pela análise de balanço através dos indicadores de atividades.

Da mesma forma, a empresa tem uma política de estoques para produção em processo, que será tratada basicamente da mesma forma que os estoques de produtos acabados.

Tendo em vista que haverá necessidade de projeção no balanço dos estoques de produtos acabados e em processo, a preços médios de fabricação, teremos que providenciar a valoração desses estoques nesse tipo de avaliação contábil, para atender às necessidades da legislação fiscal e societária.

Aspectos operacionais

Os dados para política de estocagem incorporados no orçamento de estoques de produtos acabados podem ser obtidos através das técnicas de análise do capital de giro, via prazo médio de estocagem, ou rotação dos estoques. Como qualquer outro evento a ser orçado, nada impede que as políticas e metas sejam definidas diferentemente do que está ocorrendo.

Nesse sentido, empresas que estão implementando o Just-in-Time, provavelmente incorporarão no orçamento de estoque final de produtos acabados e em processo, as metas desejadas para o ano a ser orçamentado.

Programa de produção

O programa de produção é decorrente dos dois orçamentos anteriores. Baseado nos estoques iniciais e finais de produtos acabados, e de posse das estimativas de vendas, teremos a mensuração do volume de produção a ser produzido no próximo exercício, que fundamentará o programa de produção. Fica claro, então, que o orçamento de produção não é o primeiro orçamento a ser preparado.

Orçamento de compras, consumo e estoques de materiais

Essas três peças são interligadas, tanto em seus aspectos quantitativos, como nos procedimentos de valoração. Para as peças orçamentárias de consumo e estoques de materiais, teremos que trabalhar no mínimo dois conceitos de valoração. Primeiramente, deveremos trabalhar os preços médios ponderados (ou PEPS/UEPS) históricos, objetivando as projeções orçamentárias em moeda corrente, para fins tributários e societários.

Posteriormente, para fins gerenciais, ou para fins de correção monetária integral e demonstrativos em moeda estrangeira, teremos que valorar os estoques a preços atualizados. Com relação ao consumo, temos duas opções de valoração. para fins gerenciais: a preços de reposição ou a preços de última compra corrigido. Temos optado pela segunda possibilidade, pois, se consubstancia mais operacional e sistematizável, além de que, em nosso país, é muito próxima ou igual ao preço de reposição.

Orçamento de Estoques de Materiais

A feitura dessa peça orçamentária está calcada numa política de estoques de materiais e administração de produção. A empresa possui toda uma filosofia de planejamento de produção e estoques, a qual delineia as metas e volumes de estoques por categorias de insumos, que deseja, em termos de volume máximo ou mínimo, ao final dos períodos. Independentemente de qual sistema a empresa utiliza para administração da produção (JIT, MRP), sempre haverá estoque de materiais.

Orçamento de Consumo de Materiais

Este orçamento é baseado na estrutura dos produtos, ou seja, é integrado com o sistema de informação de engenharia de produtos. Além da estrutura dos produtos, este orçamento integra-se com o sistema de informação de planejamento de produção, através dos conceitos de espera de materiais e requisição das fábricas, para determinar as quantidades de materiais (matérias-primas, componentes e materiais auxiliares) que serão necessários para a produção dos produtos.

Orçamento de Compras ou Fornecedores, Contas a Pagar e impostos Creditados das mercadorias adquiridas.
As compras de matérias-primas, componentes e materiais auxiliares à produção serão orçados com base nos orçamentos de consumo e de estoques de materiais. A diferença entre o consumo necessário e a política de estocagem de materiais dará as necessidades dos volumes a serem comprados.

Neste caso, não há necessidade da valoração a preços médios de aquisição, que não tem sentido, bastando, apenas, valoração a preços de compras.

Outra utilização deste orçamento é a projeção dos valores a pagar aos fornecedores. Adicionalmente, através deste orçamento é que faremos a projeção dos valores a pagar que constarão do balanço projetado, e determinaremos o prazo médio de pagamento futuro a fornecedores.

Além disso, dentro do orçamento de compras, extrairemos os dados dos impostos a serem creditados, incidentes sobre as mercadorias adquiridas.

Contas a Pagar a Fornecedores

A previsão das contas a pagar a fornecedores está ligada ao prazo médio de pagamento. Esse dado é obtido através de balanço e das necessidades de capital de giro. Normalmente, a empresa consegue um prazo médio para pagar suas compras aos fornecedores. Se os dados obtidos no passado serão conseguidos no futuro, devemos utilizá-lo. Se a empresa tem conhecimento, outrossim, de alterações nas políticas de créditos dos fornecedores, que irão alterar as condições de pagamento dos fornecimentos de materiais, esse dado deverá ser considerado no orçamento. Para nosso exemplo, consideramos o prazo médio de pagamento de 30 dias, sobre as compras brutas do período.

Orçamento de Impostos a recolher sobre mercadorias

Este orçamento é conseqüência dos impostos sobre mercadorias constantes nos orçamentos de vendas e de compras, de onde extrairemos as informações de impostos a serem recolhidos (ICMS, IPI, PIS, Cofins).

Também este orçamento já enviará informações para o balanço projetado, evidenciando o saldo da conta Imposto a Recolher sobre Mercadorias, ao final dos períodos.

Os valores a serem orçados são apenas em moeda corrente.

Orçamento de mão-de-obra e despesas gerais

Orçamento de Mão-de-obra

Este orçamento apresentará os gastos previstos com as despesas com o pessoal de toda a empresa. Os gastos com pessoal incluem todo o tipo de remuneração paga aos funcionários da empresa, bem como os encargos sociais incidentes sobre a mão-de-obra.

Parte do orçamento de mão-de-obra está atrelada aos orçamentos de produção e vendas. O orçamento de produção, juntamente com o sistema de informação do processo de produção, é que indicará a quantidade de mão-de-obra direta necessária para o programa de produção.

O orçamento de Vendas poderá ser determinante, dependendo da empresa, para estimativa de mão-de-obra de vendedores, caso um volume adicional de vendas exija necessidade adicional dessa mão-de-obra.

O orçamento de mão-de-obra comporta maior ou menor detalhamento, dependendo da empresa. Se ela quer tratar, por exemplo, as diversas remunerações dos funcionários em orçamentos detalhados, como, por exemplo, orçamento de salários, orçamento de horas extras, orçamento de prêmios de venda, orçamento de adicionais legais etc., o orçamento de mão-de-obra deverá ter sub-orçamentos. Da mesma forma, a empresa poderá detalhar os diversos encargos sociais decorrentes do quadro de funcionários, como: encargos legais, encargos de férias, encargos sociais espontâneos, tipo de transporte de funcionários, assistência médica, restaurantes etc.

De qualquer forma, é tradicional orçar, além dos gastos com a mão-de-obra, dois outros dados relativos à folha de pagamento:
a) número de funcionários, diretos e indiretos;
b) horas trabalhadas, diretas e indiretas.

Caso a empresa consiga ou queira desenvolver o conceito de orçamento por atividades, similarmente ao conceito de orçamento de centros de custos, deveremos prever a quantidade física de atividade que gera o consumo dos recursos (os direcionadores de custos).
Orçamento de Despesas

Tal orçamento também pode comportar inúmeras outras peças orçamentárias, dependendo das despesas mais comuns que a empresa tem e da relevância desses gastos no conjunto dos gastos totais.
Dependendo do comportamento das despesas, tipo variável, semi-variável ou fixa, elas podem ser orçadas, tendo como base, orçamentos anteriores. Exemplificando, se determinada despesa é considerada variável ou semi-variável em relação à produção, o fator determinante para fazer a orçamento dessa despesa será o volume de produção.

Da mesma forma, se uma despesa tem um comportamento tipo variável em relação à quantidade ou valor vendido, o orçamento de vendas será a base para o orçamento dessa despesa especifica.

Orçamento de Mão-de-obra e Despesas por Centros de Custos ou Atividades

Apesar de termos tratado os orçamentos de mão-de-obra e de despesas como se fossem peças orçamentárias próprias, é muito comum a utilização do conceito de orçamento por centros de custos, obedecendo a hierarquia e departamentali­zação da empresa. Caso a empresa adote o conceito de custo ABC, os orçamentos dos departamentos deverão ser especificados pelas principais atividades existentes dentro deles.

A opção de orçar as despesas via orçamento dos centros de custos propicia a condição de envolvimento e participação de cada responsável dos centros de custos no plano orçamentário global.

Além disso, como na terceira etapa haverá o controle orçamentário, este será direcionado aos responsáveis, que reportarão as variações ocorridas. Em função disso, é recomendável fazer o orçamento por centros de custos em substituição aos orçamentos de mão-de-obra e de despesas.

Dentro do orçamento dos centros de custos, deverá haver a orçamentação das despesas de depreciação de cada departamento.

Orçamento Financeiro e de Investimento

Essa parte do orçamento global comporta os aspectos não operacionais ligados aos novos investimentos, em ativos permanentes, bem como suas conseqüências, em termos de financiamentos. Acoplados às peças orçamentárias do orçamento operacional, temos o orçamento de caixa.

Orçamento de investimentos

Esta peça orçamentária não se liga apenas ao plano de curto prazo. Parte dos investimentos necessários para o próximo exercício é decorrente do planejamento estratégico de longo prazo. Exemplificando, os investimentos necessários para suportar os projetos de investimentos em novos produtos serão gastos efetuados no próximo exercício, mas, que provavelmente, serão para produtos a serem produzidos em exercícios futuros. Isso quer dizer que o pessoal ligado à área operacional não tem conhecimento dessas necessidades de investimento, sendo essa a razão por que tal peça orçamentária não está ligada ao orçamento operacional. O conhecimento dessas necessidades de investimento está com a alta administração da empresa, dentro do planejamento estratégico.

Análise das alternativas de investimentos

É condição intrínseca do orçamento de investimentos a aplicação das técnicas de análise das alternativas de investimentos e rentabilidade dos projetos. Cada investimento a ser feito será objeto de um estudo específico de sua rentabilidade e das alternativas possíveis.

Orçamento de financiamentos
Identificam-se as necessidades de recursos de terceiros para fazer face aos novos investimentos, ou à reformulação da estrutura de capital da companhia. Incorporam-se, a este orçamento, as necessidades de amortizações de financiamentos anteriores.

Orçamento de despesas financeiras

Este orçamento leva em consideração as despesas financeiras com os novos financiamentos, que serão necessários e fazem parte do orçamento de financiamentos, bem como, o serviço da dívida dos financiamentos já existentes na companhia.

Orçamento de caixa

É a peça orçamentária que junta todos os orçamentos particulares, traduzindo-se num resumo de todo o orçamento operacional e adicionando-se as peças orçamentárias do orçamento financeiro e de investimentos.

Dentro do orçamento de caixa, ou projeção do fluxo de caixa, obteremos o último dado necessário para a construção da projeção de resultados, que são as receitas financeiras.

A previsão das receitas financeiras é decorrente dos excessos de caixa que serão aplicados no mercado financeiro.

PROJEÇÃO DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS

O terceiro segmento do orçamento global compõe-se da projeção de todos os demonstrativos contábeis.

Como já vimos, cada peça orçamentária, quando é o caso, traz dentro dela, as informações necessárias para a elaboração dos demonstrativos contábeis projetados.

A projeção dos demonstrativos contábeis encerra todo o processo de orçamentação anual e, com eles, a alta administração da empresa pode fazer as análises financeiras e de retorno de investimentos que justificarão todo o plano orçamentário.

Além disso, são imprescindíveis tais projeções, tendo em vista que tanto o balanço patrimonial, como a demonstração de resultados, são os pontos-chaves para o encerramento fiscal e societário da empresa, onde se apurarão os impostos sobre o lucro, bem como as perspectivas de distribuição de resultados.

Demonstrativos contábeis a serem projetados

São eles:

a) Demonstração dos Resultados;
b) Balanço Patrimonial;
c) Demonstração do Fluxo de Caixa.

Dentro da projeção da demonstração de resultados, incorporaremos os dados adicionais faltantes, quais sejam:

a) Previsão do Saldo de Correção Monetária;
b) Previsão da Equivalência Patrimonial;
c) Previsão dos Resultados não Operacionais.

As demonstrações contábeis projetadas serão, primeiramente, em moeda corrente e, depois, transformadas na moeda forte que a empresa se utilize normalmente para seu gerenciamento global, setorial e específico.

Análise financeira das projeções

Tendo projetado os demonstrativos contábeis, poderemos agora fazer uma análise financeira desses demonstrativos para verificarmos todos os indicadores que poderão acontecer no futuro, decorrentes do orçamento global.

É o processo tradicional de análise de balanço ou, análise financeira, dentro dos padrões pelos quais a empresa faz mensalmente essa análise, com os dados passados e correntes. São as indicadoras de liquidez, atividades e rentabilidades, análises verticais e horizontais etc.

Ponto de equilíbrio projetado

Também com base nas projeções dos demonstrativos contábeis, a empresa passa a vislumbrar uma eventual nova posição de seu ponto de equilíbrio que, posteriormente, poderá forçar novas re-projeções do orçamento.

Retorno dos investimentos

Como conclusão da projeção dos demonstrativos contábeis, poderemos fazer uma pré-avaliação do retorno dos investimentos, atuais e projetados, e se todo o trabalho desenvolvido está de acordo com o planejamento estratégico da empresa.

ORÇAMENTO EMPRESARIAL

O orçamento tem uma visão perspectiva de futuro, é utilizado para projetar como estará a empresa em um determinado período de tempo. Permitindo antecipar os problemas, identificar solução, avaliar estas ações e ajudar como sanar os problemas.

1- Visão geral do orçamento;
2- Orçamento de resultado;
3- Orçamento de investimento;
4- Orçamento de Caixa;
5- Análise Orçamentária.

1- Visão geral do orçamento;

Verificamos o nível geral de informação constatado pelo:

DRE;
Balanço patrimonial

2- Orçamento de resultado;

Desdobrando-se o DRE e Balanço patrimonial, permite que possamos desenvolver o orçamento de resultado, que, com isso, podemos analisar o porquê do nosso balanço estar trabalhando com prejuízo ou lucro. Isto ocorre, devido ao alcance da análise feita pelo DRE, onde demonstra se realizamos muitas receitas ou efetuamos muitos gastos.

O orçamento de resultado, é uma projeção do resultado do exercício.
O orçamento de resultado, trabalha-se diretamente com a análise no DRE.

3- Orçamento de investimento;

É um trabalho feito de previsão no investimento em máquinas, veículos etc. É feita uma analise para investimentos futuros no ativo permanente da empresa.

O orçamento de Investimento, é uma projeção parcial do balanço patrimonial, com a conta do ativo permanente.

O orçamento de investimento, trabalha-se diretamente com uma parte do balanço patrimonial, ativo permanente.

O orçamento de investimento, faz-se a composição de quadros analíticos que possibilita projetar os possíveis investimentos na empresa em relação à maquinários, veículos etc.

4- Orçamento de Caixa;

É um trabalho feito de previsão no ativo e passivo circulante, pois, é daí, que possamos a fazer uma previsão no que tem a receber e pagar na empresa.

O orçamento de caixa é uma projeção parcial do balanço patrimonial, com a conta do ativo e passivo circulante.

O orçamento de caixa, trabalha-se diretamente com uma parte do balanço patrimonial, ativo e passivo circulante.

O orçamento de caixa é realizado com projeções efetivas da entrada de dinheiro no caixa através das vendas.

A projeção de saída de dinheiro do caixa é realizada através das compras de materiais para estoques, ativo fixo ou, mesmo, para consumo no decorrer do período.

Este orçamento trabalha em conjunto com todos os outros orçamentos empresariais, pois, tudo passa por este sistema.

Exemplo de Orçamento de Caixa:

Orçamento de Caixa

Discriminação
Saldo Inicial
Ingressos
Venda a Vista
Venda a Prazo
Desembolsos
Fornecedores
Salários e Ordenados
impostos
.
.
.
Saldo Final

No orçamento para o período deve ser avaliado:

As Vendas, que deverão ser projetadas de acordo com a proposta de venda que se prontifica a empresa.
Os custos de vendas, que deverão ser projetados em relação à projeção das vendas que se propõe a empresa.
Despesas Comerciais, utiliza-se a projeção em nível de pesquisa ou atribui-se percentual para realizar, de acordo com quadros analíticos comparativos com outros meses.

5- Análise Orçamentária.

A analise orçamentária nos possibilita fazer cortes em gastos, ou mesmo, investimentos em materiais.

Sendo assim, este trabalho é de suma importância para o bom andamento nas informações empresariais e andamento da empresa.

DEFINIÇÃO DE ORÇAMENTO

É colocar na frente aquilo que está acontecendo hoje na empresa avaliada.

OBJETIVO DO ORÇAMENTO

Estabelecer e coordenar objetivos para todas as áreas da empresa, de forma que todos trabalhem significativamente em busca dos planos de lucros.

PROCESSO DE ELABORAÇÃO

O orçamento normalmente é feito em três etapas:

1) previsão;
2) reprojeção;
3) controle

ORÇAMENTO OPERACIONAL

Contém a maior parte das peças orçamentárias, pois, engloba todos os orçamentos específicos que atingem a estrutura administrativa, a estrutura de produção e a estrutura de vendas da empresa. O orçamento operacional remete-se ä demonstração de resultados, ou seja, às peças orçamentárias das vendas, custos e despesas.

ETAPAS PARA MONTAGEM DO PLANO ORÇAMENTÁRIO

1 – Divisão de três grandes áreas de orçamentos operacionais.

1.1 – Orçamento Operacional
1.1.1 – Estrutura Administrativa
1.1.2 – Estrutura de Produção
1.1.3 – Estrutura de Vendas

O ponto de partida para montar o orçamento é montar as vendas (coleção, pesquisar tendência; analisar ponto de equilíbrio), levantar os custos e despesas.

Orçamento de vendas

1 – Métodos estatísticos – utilizar a estatística através de análise de tendências, que permite imaginar um comportamento futuro das vendas.

2 – Coleta de dados das fonte de origens das vendas. Neste caso, as informações virão, diretamente, dos centros vendedores.

3 – Uso final do produto – quando será realizada a quantidade e identificação exata de produtos, pois, já existem os pedidos feitos antecipadamente pelo consumidor final do produto.

Passo seguinte na confecção do orçamento de vendas:

1 – previsão dos impostos sobre as vendas.

2 – Projeção da carteira de cliente (projetar o balanço).

Etapas na construção do orçamento de vendas.

1 – Levantar os possíveis produtos a serem produzidos:

1.1 – ficha técnica – levantamento dos custos diretos.

1.2 – Levantamentos estatísticos dos gastos fixos nos doze meses anteriores em valores monetários.

1.3 – Levantamento estatístico dos gastos fixos em relação ao faturamento nos doze meses anteriores para compor o percentual (%) na taxa sobre vendas.

1.4 – Identificação dos tributos a serem indicados nas vendas.

1.5 – Identificação das comissões a serem indicadas sobre as vendas.

1.6 – Identificação da margem de lucro a ser atribuída nos produtos.

1.7 – Identificar os possíveis produtos a serem produzidos no exercício, na coleção etc.

1.8 – Levantar o ponto de equilíbrio de cada produto.

1.9 – Apresentar o sistema médio a ser praticado nas vendas a prazo.

Orçamento de contas a receber

1 – Desenvolver um fluxo de caixa no exercício, seguindo o prazo médio de recebimento sobre a receita operacional bruta, definido pela gerência (45 dias).

Orçamento de compras, consumo e estoques de materiais

Essas três peças são interligadas, tanto em seus aspectos quantitativos, como nos procedimentos de valoração. Para as peças orçamentárias de consumo e estuques de materiais, teremos que trabalhar no, mínimo, dois conceitos de valoração. Primeiramente, deveremos trabalhar os preços médios ponderados (ou PEPS/UEPS) históricos, objetivando as projeções orçamentárias em moeda corrente, para fins tributários e societários.

Orçamento de estoque de produtos acabados e em processo

Para montar este orçamento necessitamos saber dois parâmetros básicos:

1) Orçamento de Vendas;
2) Política de Estoque.

Este processo orçamentário realizar-se a partir do momento em que gerência estipular o número máximo de produção para cada referência, assim, possibilitará estipular a quantidade de negociação da matéria prima a ser orçado.

Orçamento de Compras ou Fornecedores, Contas a Pagar e impostos Creditados das mercadorias adquiridas.

As compras de matérias-primas, componentes e materiais auxiliares à produção serão orçados com base nos orçamentos de consumo e de estoques de materiais. A diferença entre o consumo necessário e a política de estocagem de materiais dará as necessidades dos volumes a serem comprados.

Contas a Pagar a Fornecedores

A previsão das contas a pagar a fornecedores está ligada ao prazo médio de pagamento. Esse dado é obtido através de balanço e das necessidades de capital de giro. Normalmente, a empresa consegue um prazo médio para pagar suas compras aos fornecedores.

Orçamento de Impostos a recolher sobre mercadorias

Este orçamento é conseqüência dos impostos sobre mercadorias constantes nos orçamentos de vendas e de compras, de onde extrairemos as informações de impostos a serem recolhidos (ICMS, IPI, PIS, Cofins).

Orçamento de Mão-de-obra

Este orçamento apresentará os gastos previstos com as despesas com o pessoal de toda a empresa. Os gastos com pessoal incluem todo o tipo de remuneração paga aos funcionários da empresa, bem como, os encargos sociais incidentes sobre a mão-de-obra.

De qualquer forma, é tradicional orçar, além dos gastos com a mão-de-obra, dois outros dados relativos à folha de pagamento:

a) número de funcionários, diretos e indiretos;
b) horas trabalhadas, diretas e indiretas.

Orçamento de Mão-de-obra e Despesas por Centros de Custos ou Atividades

Apesar de termos tratado os orçamentos de mão-de-obra e de despesas como se fossem peças orçamentárias próprias, é muito comum a utilização do conceito de orçamento por centros de custos, obedecendo a hierarquia e departamentali­zação da empresa. Caso a empresa adote o conceito de custo ABC, os orçamentos dos departamentos deverão ser especificados pelas principais atividades existentes dentro deles.

Orçamento Financeiro e de Investimento

Essa parte do orçamento global comporta os aspectos não operacionais ligados aos novos investimentos em ativos permanentes, bem como, suas conseqüências, em termos de financiamentos. Acoplados às peças orçamentárias do orçamento operacional, temos o orçamento de caixa.

Orçamento de investimentos

Esta peça orçamentária não se liga apenas ao plano de curto prazo. Uma parte dos investimentos necessários para o próximo exercício, é decorrente do planejamento estratégico de longo prazo. Exemplificando, os investimentos necessários para suportar os projetos de investimentos em novos produtos, serão gastos efetuados no próximo exercício, mas, que provavelmente, serão para produtos a serem produzidos em exercícios futuros. Isso quer dizer que o pessoal ligado à área operacional não tem conhecimento dessas necessidades de investimento, sendo essa, a razão por que essa peça orçamentária não está ligada ao orçamento operacional. O conhecimento dessas necessidades de investimento está com a alta administração da empresa, dentro do planejamento estratégico.

Orçamento de financiamentos

Identificam-se as necessidades de recursos de terceiros para fazer face aos novos investimentos, ou à reformulação da estrutura de capital da companhia. Incorporam-se a este orçamento, as necessidades de amortizações de financiamentos anteriores.

Orçamento de despesas financeiras

Este orçamento leva em consideração as despesas financeiras com os novos financiamentos, que serão necessários e fazem parte do orçamento de financiamentos, bem como o serviço da dívida dos financiamentos já existentes na companhia.

Orçamento de caixa

É a peça orçamentária que junta todos os orçamentos particulares, traduzindo-se num resumo de todo o orçamento operacional, adicionando-se as peças orçamentárias do orçamento financeiro e de investimentos.

Dentro do orçamento de caixa, ou projeção do fluxo de caixa, obteremos o último dado necessário para a construção da projeção de resultados, que são as receitas financeiras.

A previsão das receitas financeiras é decorrente dos excessos de caixa que serão aplicados no mercado financeiro.

Orçamento de Investimento ou de capital

É o processo orçamentário para que possa investir ou reestruturar todo o imobilizado, para melhoria da produção ou criação de outra empresa, para que haja um aumento do faturamento e, assim, aumentar a lucratividade existente na empresa.

Esta projeção se dá através da união do orçamento de vendas, juntamente com o orçamento de contas a pagar a fornecedores, identificando o sistema de curto e longo prazo, para conseguir verbas suficientes e, analisar a viabilidade de investir em uma estrutura ou reestrutura de capital do seu ativo fixo.

IDENTIFICAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

INVESTIMENTOS: HISTÓRICO E TEMAS

Para falar em investimento temos que conhecer os ativos financeiros os quais são importantes para o funcionamento de uma economia desenvolvida. Este sistema reflete a real situação da empresa através de seus bens. A riqueza material de uma sociedade é, basicamente, determinada pela capacidade produtiva de sua economia, isto é, os bens e os serviços que seus membros conseguem criar. Esta capacidade é uma função dos ativos reais da economia:a terra, os prédios, as máquinas e o conhecimento que pode ser usado por produzir bens e serviços.

Os ativos financeiros, como ações e obrigações, são, realmente, os direitos de papel em poder constituir o real ativo empresarial. Enquanto que, os ativos reais geram uma renda líquida para a economia, os ativos financeiros, simplesmente, definem a alocação de renda ou de riqueza entre os investidores. Os indivíduos podem escolher entre consumir a sua riqueza hoje ou investir para o futuro. Se escolherem investir, podem colocar a sua riqueza em ativos financeiros ao comprar vários títulos. Quando os investidores compram esses títulos de companhias, as empresas usam dinheiro, assim levantado, para pagar por ativos reais, como fábricas, equipamentos, tecnologia ou estoques. Portanto, os retornos dos investidores são, essencialmente, oriundos de renda produzida pelos ativos reais que foram financiados pela emissão daqueles títulos.

A real situação de uma empresa é definida através das análises realizadas entre ativos e passivos e verificação das reais situações que o mercado proporciona, exclusivamente, nos ativos empresariais e financeiros, Portanto, desenvolver um mercado, envolve consumo, alocação de riscos e separação entre propriedade e controle.

Neste momento de consumo que passa o mercado, alguns indivíduos gastam mais do que ganham. Para haver o equilíbrio dessa situação, todo do mercado financeiro e econômico de um país é envolvido.

Alocação de risco: todos os ativos reais se envolvem em riscos, na compra de uma mercadoria se essa não se possibilita ser vendida, estoque parado, custo de estocagem e venda abortada.

Separações entre propriedade e controle: muitas empresas têm a mesma pessoa como proprietária e administradora. Esta simples organização é bem-adequada para empresas pequenas, no entanto, atualmente, com mercados globais e produção em grande escala, necessita constituir empresas profissionais, onde possui o administrador da empresa, que controla os ativos reais e, uma outra administração, que controla os ativos financeiros. (BODIE et all, FUNDAMENTOS DE INVESTIMENTOS, Ed. Bookman, Porto alegre, 2000).

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

As autoridades monetárias:

O Conselho Monetário Nacional: o CMN acaba sendo o conselho de política econômica do país, visto que, o mesmo, é responsável pela fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambial. Atualmente, seu presidente é o próprio Ministro da Fazenda.

O Banco Central do Brasil: o BACEN é o órgão responsável pela execução das normas que regulam o SFN. São suas atribuições agir como: banco dos bancos, gestor do SFN, executor da política monetária, banco emissor e banqueiro do governo. É muito discutida a elevação do grau de independência do BACEN. Diversas discussões apresentam pontos positivos e negativos de tal alteração. www.bc.gov.br

Autoridades de apoio:

A Comissão de Valores Mobiliários: a CVM é um órgão normativo voltado ao mercado de ações e debêntures. Ela é vinculada ao Governo Federal e seus objetivos podem ser sintetizados em apenas um: o fortalecimento do mercado acionário. www.cvm.gov.br

O Banco do Brasil: até janeiro de 1986 o BB assemelhava-se a uma autoridade monetária mediante ajustamentos da conta movimento do BACEN e do Tesouro Nacional. Hoje, é um banco comercial comum, embora responsável pela Câmara de Confederação. www.bb.com.br

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social: contando com recursos de programas e fundos de fomento, o BNDES é responsável pela política de investimentos de LP do Governo e, a partir do Plano Collor, também pela gestão do processo de privatização. É a principal instituição financeira de fomento do Brasil por impulsionar o desenvolvimento econômico, atenuar desequilíbrios regionais, promover o crescimento das exportações, dentre outras funções. www.bndes.gov.br

A Caixa Econômica Federal: a CEF caracteriza-se por estar voltada ao financiamento habitacional e ao saneamento básico. É um instrumento governamental de financiamento social. www.cef.gov.br

Instituições financeiras:

Os Bancos Comerciais: os BC são intermediários financeiros que transferem recursos dos agentes superavitários para os deficitários, mecanismo esse que acaba por criar moeda através do efeito multiplicador. Os BC's podem descontar títulos, realizar operações de abertura de crédito simples ou em conta corrente, realizar operações especiais de crédito rural, de câmbio e comércio internacional, captar depósitos à vista e a prazo fixo, obter recursos junto às instituições oficiais para repasse aos clientes, etc.

Os Bancos de Desenvolvimento: o já citado BNDES é o principal agente de financiamento do governo federal. Destacam-se outros bancos regionais de desenvolvimento como, por exemplo, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), o Banco da Amazônia, dentre outros.

As Cooperativas de Crédito: Equiparando-se às instituições financeiras, as cooperativas, normalmente, atuam em setores primários da economia ou, são formadas entre os funcionários das empresas. No setor primário, permitem uma melhor comercialização dos produtos rurais e criam facilidades para o escoamento das safras agrícolas para os consumidores. No interior das empresas em geral, as cooperativas oferecem possibilidades de crédito aos funcionários, os quais, contribuem mensalmente para a sobrevivência e crescimento da mesma. Todas as operações facultadas às cooperativas são exclusivas aos cooperados.

Os Bancos de Investimentos: os BI captam recursos através de emissão de CDB e RDB, de capitação e repasse de recursos e de venda de cotas de fundos de investimentos. Esses recursos são direcionados a empréstimos e financiamentos específicos à aquisição de bens de capital pelas empresas ou subscrição de ações e debêntures. Os BI não podem destinar recursos a empreendimentos mobiliários e têm limites para investimentos no setor estatal.

Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimentos: as "financeiras" captam recursos através de letras de câmbio e, sua função, é financiar bens de consumo duráveis aos consumidores finais (crediário). Tratando-se de uma atividade de alto risco, seu passivo é limitado a 12 vezes seu capital mais reservas.

Sociedades Corretoras: essas sociedades operam com títulos e valores mobiliários por conta de terceiros. São instituições que dependem do BACEN para constituírem-se e da CVM para o exercício de suas atividades. As "corretoras" podem efetuar lançamentos de ações, administrar carteiras e fundos de investimentos, intermediar operações de câmbio, dentre outras funções.

Sociedades Distribuidoras: tais instituições não têm acesso às bolsas, como as Sociedades Corretoras. Suas principais funções são a subscrição de emissão de títulos e ações, intermediação e operações no mercado aberto. Elas estão sujeitas a aprovação pelo BACEN.

Sociedade de Arrendamento Mercantil: operam com operações de "leasing" que, tratam-se de locação de bens, de forma que, no final do contrato, o locatário pode renovar o contrato, adquirir o bem por um valor residencial ou devolver o bem locado à sociedade. Atualmente, tem sido comum operações de leasing em que o valor residual é pago de forma diluída ao longo do período contratual ou, de forma antecipada, no início do período. As Sociedades de Arrendamento Mercantil captam recursos através da emissão de debêntures, com características de longo prazo.

Associações de Poupança e Empréstimo: são sociedades civis onde os associados têm direito à participação nos resultados. A captação de recursos ocorre através de caderneta de poupança e seu objetivo é, principalmente, financiamento imobiliário.

Sociedades de Crédito Imobiliário: ao contrário das Caixas Econômicas, essas sociedades são voltadas ao público de maior renda. A captação ocorre através de Letras Imobiliárias depósitos de poupança e repasses de CEF. Esses recursos são destinados, principalmente, ao financiamento imobiliário diretos ou indiretos.

Investidores Institucionais: os principais investidores institucionais são: Fundos Mútuos de Investimentos: são condomínios abertos que aplicam seus recursos em títulos e valores mobiliários objetivando oferecer aos condomínios maiores retornos e menores riscos. Entidades Fechadas de Previdência Privada: são instituições mantidas por contribuições de um grupo de trabalhadores e da mantenedora. Por determinação legal, parte de seus recursos deve ser destinada ao mercado acionário. Seguradoras: são enquadradas “coo” instituições financeiras segundo determinação legal. O BACEN orienta o percentual limite a ser destinado aos mercados de renda fixa e variável.

Companhias Hipotecárias: dependendo de autorização do BACEN para funcionarem, tem objetivos de financiamento imobiliário, administração de crédito hipotecário e de fundos de investimento imobiliário, entre outros.

Agências de Fomento: sob supervisão do BACEN, as agências de fomento captam recursos através dos Orçamentos públicos e de linhas de créditos de LP de bancos de desenvolvimento, destinando-os a financiamentos privados de capital fixo e de giro.

Bancos Múltiplos: como o próprio nome diz, tais bancos possuem, pelo menos, duas das seguintes carteiras: comercial, de investimento, de crédito imobiliário, de aceite, de desenvolvimento e de leasing. A vantagem é o ganho de escala que tais bancos alcançam.

Bancos Cooperativos: são verdadeiros bancos comerciais surgidos a partir de cooperativas de crédito. Sua principal restrição é limitar suas operações em apenas uma UF, o que garante a permanência dos recursos onde são gerados, impulsionando o desenvolvimento local . www.econ.puc-rio.br

MERCADO BANCÁRIO

PRODUTOS E SERVIÇOS DO MERCADO DE CRÉDITO

1-Principais instituições que operam nesse mercado
Conforme identifica o SFN (Sistema Financeiro Nacional) as instituições principais são:
1.1-Bolsas de Valores;
1.2-O Banco do Brasil;
1.3-O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;
1.4-A Caixa Econômica Federal;
1.5-Os Bancos Comerciais;
1.6-Os Bancos de Desenvolvimento;
1.7-Os Bancos de Investimentos
1.8-Sociedade Corretoras;
1.9-Sociedades Distribuidoras;
1.10-Sociedade de Arrendamento Mercantil;
1.11-Associações de Poupança e Empréstimo;
1.12-Sociedades de Crédito Imobiliário;
1.13-Investidores Institucionais;
1.14-Companhias Hipotecárias;
1.15-Agências de Fomento;
1.16-Bancos Múltiplos;
1.17-Bancos Cooperativos. www.econ.puc-rio.br

2-Produtos de Serviços
2.1-Depósitos a vista - conta corrente
2.2-Compensação de cheques e outros papéis
2.3-Cobrança de títulos
2.4-Pagamento de títulos e carnês
2.5-Cofre de aluguel
2.6-Carta Circular nº 5 (CC-5) e 2677/96
2.7-Home banking e remote banking (Operação Bancária e Operação Bancária Remota)

3-Produtos de Captação (operações passivas)
3.1-Certificado/Recibo de depósito bancário – CDB/RDB
3.2-Certificado de Depósito Interfinanceiro – CDI
3.3-Cédulas de debêntures
3.4-Letras de câmbio
3.5-Letras hipotecárias
3.6-Letras imobiliárias
3.7-Certificado de depósito cambial
3.8-Bônus, Eurobônus e empréstimos diretos
3.9-Mútuo de ativos financeiros

4-Produtos de Empréstimos (operações ativas)
4.1-Contas garantidas e cheques especiais
4.2-Desconto de títulos e cheques pré datados
4.3-Empréstimo para capital de giro
4.4-Operações de vendedor
4.5-Operações de comprador
4.6-Nota Promissória Comercial (Commercial Paper)

5-Financiamento para Investimentos - Sistema BNDES e Oficiais
5.1-Micros e pequenas empresas
5.1.1-Estatuto da microempresa
5.1.2-Sistema BNDES
5.2-Condições financeiras: TJLP, UMBNDES, dólar
5.3-Linhas de financiamento
5.3.1-FINEM - financiamento a empreendimentos: aquisição de máquinas e equipamentos nacionais, superior a 7 milhões
5.3.2-BNDES automático: aquisição de máquinas e equipamentos nacionais e importados, até 7 milhões
5.3.3-FINAME: aquisição de máquinas e equipamentos nacionais e leasing, sem limite de valor
5.3.4-BNDES Exim: financiamento a exportação de bens e serviços
5.3.5-Programas de Financiamento Setoriais: para infra-estrutura (petróleo, energia, comunicações); agropecuária; informática, turismo; cultura.
5.3.6-BNDESPar: capitalização de empresas brasileiras através da aquisição de ações e debêntures conversíveis
5.3.7-Fundos constitucionais: FNE / FND / FCO e sues agentes de financiamento, BNB e BASA, dispõem de recursos para atividades rurais, empresariais, associativas e cooperativas
5.3.8-Programa Brasil Empreendedor: recursos para a micro e pequenas empresas, através de parceria com bancos oficiais com o SEBRAE
5.3.9-Programa de Geração de Renda - PROGER: utiliza recursos do FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador, para financiar projetos de pessoas físicas, micro e pequenas empresas, com encargos da TJLP.
5.3.10-Fundo de Investimento do Nordeste – FINOR - FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro - Produtos e Serviços. Qualitymark Editora, Rio de Janeiro, 15ª Edição, 2002. Capítulo 6 (até pg. 227). E ASSAF NETO, Alexandre.Mercado Financeiro. Editora Atlas S/A, São Paulo, 5ª Edição, 2003. Capítulo 6.

DEBÊNTURES

Debêntures são valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazos. A captação no mercado de capitais pode ser feita por sociedades anônimas de capital fechado ou aberto. Já, para efetuar emissões públicas de debêntures, é necessário ter registro como companhia aberta na CVM — Comissão de Valores Mobiliários.

Por suas características flexíveis se ajustam às necessidades de captação das empresas e, por isso, se transformaram no mais importante instrumento para obtenção de recursos das companhias brasileiras. A emissora pode determinar o fluxo de amortizações e as formas de remuneração dos títulos, o que permite que essas condições se adaptem ao fluxo de caixa da companhia, ao projeto que a emissão está financiando, ou às condições de mercado no momento da emissão.

FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Fundo de investimento? É uma carteira de ativos, que reúne recursos de diversos investidores que buscam rentabilizar e multiplicar seu patrimônio.

O fundo de investimento funciona como o condomínio de um prédio. Os condôminos - no caso, os cotistas - se juntam para dividir os custos e ter acesso às oportunidades de investimento disponíveis apenas para grandes investidores.
O patrimônio é administrado por especialistas, que cobram uma taxa pela gestão dos investimentos. É uma boa opção para quem não tem tempo ou disposição para gerir seus investimentos.
Os gestores acompanham o mercado diariamente em busca de boas oportunidades de investimento.
O dinheiro depositado nos fundos é convertido em cotas, que são atualizadas diariamente.

Tipos de Fundos:
Os fundos variam segundo os perfis de risco -agressivo, moderado ou conservador-- e a natureza e objetivo de investimento: renda fixa ou variável, cambial, de ações etc.
FUNDO DE RENDA FIXA

Muitas vezes, usado como sinônimo de Fundo de Investimento Financeiro (FIF). Um fundo de renda fixa pode ter até 49% de sua carteira composta por ações mas, basicamente, aplicam em títulos públicos federais, títulos privados (debêntures) e CDBs. Dependendo do enquadramento do fundo, podem usar derivativos para proteção ou para alavancar rentabilidade.
Os fundos de renda fixa aplicam em títulos de renda fixa pré ou pós-fixados. Existem vários tipos de fundos de renda fixa:
FIF (Fundos de Investimento Financeiro): investem diretamente em títulos do mercado, como papéis da dívida federal, CDBs e debêntures. O investimento em ações e em cotas de fundos de ações não pode ultrapassar 49% do patrimônio. Também não podem ter mais de 10% de papéis de uma mesma empresa e até 20%, de um mesmo banco.
FAC (Fundos de Aplicação em Cotas): são fundos que têm cotas de outros fundos de investimento.
Fundos DI: são fundos atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Têm o objetivo de acompanhar os juros de mercado. É um bom investimento, de baixo risco, especialmente, quando há uma expectativa de que os juros subam. Investem no mínimo 95% em papéis pós-fixados de renda fixa, com rendimento próximo ao CDI e aplica, pelo menos, 80% em papéis da dívida federal ou papéis de empresas com baixo risco.
Fundos Cambiais: são fundos que buscam acompanhar a variação do dólar, por meio de títulos públicos cambiais e papéis que financiam as exportações. É indicado para quem tem dívidas em dólar, família no exterior, e quer se proteger de variações da moeda norte-americana.
Fiex (Fundo de Investimento no Exterior): são fundos de investimento no exterior. Também acompanham a variação cambial, pois investem, no mínimo, 80% em papéis da dívida externa brasileira negociados em dólar.
É uma alternativa aos fundos cambiais tradicionais, pois sofrem menor pressão da variação do dólar no Brasil. Quando o dólar cai no país, os papéis da dívida externa, geralmente, sobem no exterior. Por outro lado, costumam render menos que os fundos cambiais, já que, quando o dólar dispara no Brasil, a cotação dos papéis da dívida despencam no exterior.
Fundos de Derivativos: aplicam em papéis de renda fixa e em contratos no mercado futuro. São, geralmente, de médio a alto risco, e podem, inclusive, ter perdas de patrimônio. Têm gestão altamente especializada e costumam cobrar taxas mais altas pela administração. Em longo prazo, no entanto, geralmente têm rendimentos superiores ao CDI.
Fundos Multiportfólio: são fundos que têm carteira diversificada. Investem em papéis de renda fixa, variável e derivativos. Como não têm de seguir um único benchmark, costumam cobrar taxas de administração maiores devido à complexidade de gestão da carteira.
Fundo Imobiliário: São fundos que aplicam em imóveis e têm sua rentabilidade baseada no recebimento de aluguéis, além da valorização dos bens.
FUNDOS DE RENDA VARIÁVEL
Os fundos de renda variável devem Ter, no mínimo, 51% de seu patrimônio em ações. Também podem atuar no mercado futuro.
Podem sofrer fortes oscilações, tanto positivas, quanto negativas. Costumam investir no mercado de derivativos para travar as perdas de patrimônio, quando as ações despencam mais que o limite suportável pelos cotistas.
É uma excelente oportunidade quando os preços das ações estão baixos e há perspectivas reais de crescimento das empresas e do país. Podem não compensar o risco, quando os juros pagos pelo governo são maiores que a rentabilidade das empresas.
São referenciados em um índice, como o brasileiro Ibovespa. Os fundos passivos vão tentar se espelhar no Ibovespa e prometem o mesmo rendimento do fundo. Outros fundos, os ativos, podem prometer superar o rendimento do Ibovespa.
Também há os fundos setoriais, que dirigem os investimentos em papéis de determinados setores, como telecomunicações, energia e bancos.

Outros fundos
As instituições financeiras oferecem, ainda, fundos combinados com outros produtos financeiros, como, por exemplo, seguros, gerenciamento de empresa etc:
FUNDO DE CAPITAL GARANTIDO

Assegura o valor integral do depósito mesmo que o rendimento seja negativo e tenha perda de patrimônio.
Fundos Off Shore: têm sede no exterior e aplicam recursos em ativos brasileiros fora do país.
Fundos de Private Equity: são fundos fechados, de longo prazo, que compram participações minoritárias em empresas de capital aberto. São empresas que têm potencial, mas passam por dificuldades financeiras ou precisam de recursos para se desenvolver, como as do setor de tecnologia.
O objetivo é capitalizar a empresa, “arrumar” a administração e, depois, vender a participação por um valor substancialmente superior ao comprado.

Custos e Taxa de administração: É a remuneração do gestor do fundo de investimento. É recolhida diariamente, segundo um percentual do valor aplicado - não do rendimento. Incide mesmo se o fundo tiver tido desempenho negativo e perdido patrimônio.

É um dos principais itens a ser analisado antes de aderir a um fundo. Uma taxa de administração alta pode não ser sinônimo de um bom gerenciamento. Pode, inclusive, corroer todo o rendimento dado pelo fundo.
Por outro lado, pagar uma pequena taxa pode não compensar se o fundo tiver um rendimento medíocre. Taxa de Performance: Além da taxa de administração, muitos fundos cobram, ainda, uma taxa sobre o que exceder uma determinada performance, como a variação do CDI, o Ibovespa, o dólar comercial. Alguns fundos cobram uma taxa de administração pequena mas, por outro lado, pedem uma porcentagem alta de performance sobre o que exceder o rendimento prometido.

Resgate

Os fundos têm liquidez diária e podem ser resgatados sem aviso prévio. Mas, o dinheiro cai na conta, geralmente, de um à três dias após o pedido de resgate.

Impostos

Imposto de Renda: Todos os fundos pagam imposto de renda sobre o rendimento. A alíquota é de 10% para aplicações em renda variável e de 20% para as aplicações em renda fixa.
Para os fundos que misturam ações e títulos, a Receita Federal aceita alíquota de 10% para aqueles que têm, no mínimo, 67% de seu patrimônio aplicado em ações. Os demais, são considerados fundos em renda fixa e pagam 20% de imposto de renda sobre o rendimento.
IOF Apenas os fundos de renda fixa pagam o IOF. O imposto incide apenas se os saques forem feitos com prazo inferior a 30 dias, de acordo com o número de dias da aplicação.

Fundo referenciado em câmbio - No mínimo, 95% da sua carteira está vinculada à variação do dólar. É indicado para quem deseja se proteger contra eventuais desvalorizações do Real.
Fundos de pensão - Conjunto de recursos, provenientes de contribuições de empregados e da própria empresa, administrados por uma entidade a ela vinculada, cujo destino, é a aplicação em uma carteira diversificada de ações, outros títulos mobiliários, fundos e imóveis, entre outros ativos.
FUSÃO ( MERGER ) - Operação de absorção de duas ou mais empresas ou sociedades por organização de maior porte que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. BODIE et all, FUNDAMENTOS DE INVESTIMENTOS, Ed. Bookman, Porto alegre, 2000.

MERCADO DE VALORES – CVM (CONSELHO DE VALORES MONETÁRIOS)

MERCADO DE AÇÕES

Segmento do mercado de capitais, que compreende a colocação primária em mercado de ações novas emitidas pelas empresas e a negociação secundária (em bolsas de valores e no mercado de balcão) das ações já colocadas em circulação.

PREGÃO

Sessão durante a qual se efetuam negócios com papéis registrados em uma bolsa de valores, diretamente na sala de negociações e/ou pelo sistema de negociação eletrônica da BOVESPA.

MERCADO À VISTA
Mercado no qual a liquidação física (entrega dos títulos pelo vendedor) processa-se no 2º dia útil após a realização do negócio em pregão e, a liquidação financeira (pagamento dos títulos pelo comprador) se dá no 3º dia útil posterior à negociação, somente mediante a efetiva liquidação física.

MERCADO À TERMO

O QUE É UMA OPERAÇÃO A TERMO?

É a compra ou a venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado, a contar da data da operação em pregão, resultando em um contrato entre as partes.

Os Preços no Mercado a Termo:

O preço a termo de uma ação, resulta da adição, ao valor cotado no mercado à vista, de uma parcela correspondente aos juros - que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato.

Negociação no Termo:

A realização de um negócio à termo é semelhante à de um negócio à vista, necessitando, a intermediação, de uma sociedade corretora, que executará a operação, em pregão, por um de seus representantes. É possível o acompanhamento das operações do mercado à termo, durante todo o pregão, pela rede de terminais da BOVESPA e , pouco tempo depois do encerramento das negociações, todas as informações importantes sobre os negócios à termo poderão ser encontradas no site da BOVESPA e nas páginas do BDI - as quais são reproduzidas nos principais jornais diários.

MARCADO FUTURO DE AÇÕES

Uma operação no Mercado Futuro de Ações compreende a compra ou a venda de ações listadas em Bolsa, a um preço acordado entre as partes, para liquidação em uma data futura específica, previamente autorizada. Normalmente, o esperado é que, o preço do contrato futuro de uma determinada ação, seja equivalente ao preço à vista, acrescido de uma fração correspondente à expectativa de taxas de juros entre o momento da negociação do contrato futuro de ações e a respectiva data de liquidação do contrato.

O Mercado Futuro de Ações amplia as oportunidades de maximização da performance (situação em que se estabelece um parâmetro como objetivo) dos investimentos, propiciando, em muitos casos, negociação com custos, facilidade e eficiência bastante atrativos quando comparado a outros mercados.

MERCADO DE OPÇÕES

Mercado no qual são negociados direitos de compra ou venda de um lote de valores mobiliários, com preços e prazos de exercício preestabelecidos contratualmente. Por esses direitos, o titular de uma opção de compra paga um prêmio, podendo exercê-los até a data de vencimento desta ou revendê-los no mercado. O titular de uma opção de venda paga um prêmio e pode exercer sua opção apenas na data do vencimento, ou pode revendê-la no mercado, durante o período de validade da opção.

ÍNDICE DA BOLSA

O que é uma ação?

Uma ação representa um "pedaço" de uma determinada empresa. Quando um investidor compra uma ação na Bolsa de Valores, ele se torna um sócio da companhia, mesmo que, em proporção pequena em relação ao controlador, que é chamado de sócio majoritário. As ações costumam acompanhar o valor da empresa. Se ela tiver bom desempenho, o valor da ação tende a subir. Se for mal, o valor cai.

Todas as ações são iguais?

Existem diferentes ações, que designam direitos e poderes diferentes a seus detentores. Nas ações preferenciais (PN), por exemplo, o detentor tem preferência no recebimento de dividendos (percentual sobre o lucro da companhia), embora não tenha direito a votar nas decisões do Conselho Administrativo. Já, as ações ordinárias (ON), dão o direito a voto nas decisões da empresa, mas não têm preferência na distribuição de resultados. Existem também as "units", que são recibos representativos de uma pequena cesta de ações da mesma empresa.

O que eu preciso fazer para comprar ação de uma empresa? Há investimento mínimo?

Em tese, não há um investimento mínimo, mas as ações (ou seus lotes) têm valores diferentes. É como ir ao supermercado: não há um limite mínimo a ser gasto, mas alguns produtos são bem mais caros que outros.

Eu só vou ganhar quando vender essa ação ou posso ter algum ganho extra?

Sim, você pode ter ganho extra se a empresa pagar dividendos, que são nada mais do que uma parcela do lucro da empresa dividida entre os acionistas. Pela lei, a empresa deve pagar, no mínimo, 25% do lucro a título de dividendo. Porém, em assembléia de acionistas, as empresas podem optar por não pagar dividendos e reinvestir o lucro.

É arriscado investir em ações?

O valor das ações oscila e, por isso, elas são chamadas de 'ativos de renda variável' e consideradas investimento de risco. O que determina se o valor da ação vai subir ou cair é o desempenho dela no mercado, que pode também, receber interferência da economia como um todo, da política econômica do governo e de fatores externos, como queda de preços no mercado internacional.
Por isso, quem investe em bolsa, deve buscar ações de empresas sólidas ou orientação de um profissional de confiança. Também deve ter em mente que este é um investimento de longo prazo. O valor da ação pode cair hoje e se recuperar dentro de alguns meses.

É possível investir pequenos valores em ações?

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está em plena campanha para atrair o pequeno investidor. O site da bolsa ( www.bovespa.com.br ) oferece grande quantidade de informações, com destaque para um guia eletrônico no qual o iniciante pode tirar dúvidas sobre o funcionamento do mercado. Outra opção, é ingressar nos clubes de investimento, nos quais, os aplicadores se associam em grupos e fazem depósitos regulares, sempre assessorados por uma corretora de valores.

Se a empresa sair da Bolsa ou falir eu tenho alguma proteção?

A saída de uma companhia da Bolsa, geralmente, acontece com a recompra das ações que estão nas mãos de investidores. Essa recompra, em geral, é feita pelo valor médio de mercado dos papéis em um determinado período. Os casos de falência são mais sérios, porque o investidor minoritário também é um sócio da empresa. Portanto, ele está sujeito aos prejuízos gerados pela falência, assim como os sócios majoritários.

Para comprar ação de uma empresa eu preciso ser cliente de uma corretora?

À exceção dos fundos de ações, que podem ser adquiridos em seu banco, você deve procurar uma corretora de valores se quiser comprar ações. As corretoras são intermediárias do negócio e mantêm analistas para fornecer informações a respeito das ações, empresas e setores econômicos. Assim, ajudam a escolher o momento certo de comprar ou vender ações. Para isso, cobram taxas de administração.

Nos fundos de ações oferecidos pelos bancos, não há necessidade de associação a uma corretora. No entanto, a composição das carteiras e a decisão sobre o momento certo de comprar ou vender ações são decisões tomadas pelos gestores do fundo. Mesmo nos clubes de investimento, onde um grupo de pessoas se reúne para investir, é necessário que uma corretora seja contratada.

O que é exigido para ser cliente de uma corretora?

É necessário abrir uma conta na corretora escolhida, semelhante a uma conta bancária. Serão exigidos alguns documentos, como CPF, RG, comprovante de residência e comprovante de conta bancária (cópia de folha de cheque).

O que é o Ibovespa? Posso investir direto nele?

O Índice Bovespa (Ibovespa) reflete o desempenho das principais ações da Bovespa. Representa uma carteira de ações, que tem pesos diferentes dentro dessa cesta. Assim, o índice serve como um termômetro do comportamento do mercado de ações e serve como referência para fundos e como "medida" do desempenho da bolsa. As ações do Ibovespa respondem por mais de 80% dos negócios do mercado à vista.

Não é possível investir "direto" no Ibovespa, porque ele é um índice teórico, hipotético. A forma mais fácil de acompanhar seu desempenho é ingressando em um fundo que reproduza a carteira do índice, com as mesmas ações e suas proporções.

Vale a pena colocar dinheiro em fundo de ações?

Se o aplicador quiser uma aplicação de curto prazo, é melhor procurar investimentos corrigidos por taxas de juros, onde não há volatilidade. A bolsa passa a ser mais vantajosa e segura em investimentos de longo prazo, superiores a um ano. Mesmo que o investidor esteja pensando em um investimento mais longo, ele não deve colocar na bolsa todos os recursos de que dispõe para aplicar.

Quais as empresas que são melhor negócio na bolsa?

As melhores empresas para se aplicar são as que têm maior potencial de ganhos no futuro. Para isso, é preciso saber sobre as perspectivas de desempenho da companhia e do setor no qual ela atua. O investidor não pode se deixar iludir por altas ou baixas expressivas em um período recente. O que vale é a perspectiva para a ação. Por isso, uma das máximas da bolsa diz que "rendimento passado não é garantia de rendimento futuro".

O que faz a ação de uma empresa cair ou subir?

A variação de uma ação acontece de acordo com a relação entre oferta e procura. Ela sobe quando a procura supera a oferta e cai quando a oferta supera a procura. Esse movimento ocorre de acordo com o desempenho da empresa e as expectativas que os investidores têm para o futuro dela. Por isso é importante saber sobre a saúde financeira da companhia. As projeções podem ser alteradas a qualquer momento, também, por questões externas ao desempenho da empresa e que tenham influência sobre ele.

O que significa dizer: "A bolsa de valores fechou em baixa/alta de X%"?

Os índices da bolsa refletem o desempenho das ações nela negociadas, levando em conta os volumes negociados em cada papel. Quando um índice da bolsa sobe, significa que o desempenho médio de um determinado grupo de ações teve valorização. Na queda, significa que aquele grupo de ações sofreu uma perda de valor.

Se eu investir em ações, corro o risco de perder todo o meu dinheiro?

Somente nos casos de falência da empresa é que é possível perder todo o dinheiro. Mesmo em casos de crises que geram maior volatilidade, a perda total é impossível, porque significaria que a empresa perdeu todo o seu valor.

Quantas pessoas físicas aplicam na bolsa hoje?

A Bovespa não informa o número de investidores pessoa física, mas informa que eles representam cerca de 25% do total de investidores, que inclui instituições financeiras, empresas, fundos de pensão e investidores estrangeiros.

Quais são os primeiros passos para quem quer aprender a investir na bolsa?

É possível, por exemplo, escolher a ação de uma determinada empresa para comprar. Mas, os analistas costumam sugerir ao investidor iniciante ingressar num fundo de investimento, para se acostumar à volatilidade do mercado de ações. É preciso escolher uma corretora de banco ou do mercado. De preferência, escolha uma que dê a oportunidade de conversar com seus analistas. Com isso, poderá conhecer os mecanismos do mercado. Também pode ser útil começar a "freqüentar" os sites de empresas nas quais está interessado em investir. Informações sobre balanços e perspectivas podem ser úteis na hora de tomar decisões.

O que é o PIBB?

É um fundo de investimento constituído por 50 ações das empresas mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (compõem o Índice Brasil 50). Essas ações estavam em poder do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A vantagem é que o investidor obterá todo o ganho das ações, mas tem a opção de revender ao BNDES em prazo de um ano, pelo mesmo preço da compra. Essa proteção vale para investimentos de até R$ 25 mil.

O que acontece quando os jornalistas dizem: "O mau humor do mercado financeiro..."?

Esse "mau humor" é sempre um processo de venda de ações ou outros papéis, desencadeado por alguma notícia ou circunstância ruim. Se, muitos decidem vender, o preço das ações cai, já que haverá muita oferta de papéis no mercado. Mas, nem sempre essa decisão de vender é causada por notícias negativas. Há dias em que grandes investidores decidem vender, simplesmente, para embolsarem o lucro que já obteve, até aquele momento, com a valorização de ações de uma ou de mais empresas.

Como é calculado o índice da bolsa de valores?

O índice Bovespa usa como base ações que representam mais de 80% do volume negociado na Bolsa de São Paulo. O conjunto dessas ações, chamado carteira teórica, é revisto a cada quatro meses. Cada ação recebe um peso conforme a facilidade de negociá-la no mercado.

MERCADO DE DERIVATIVOS

DERIVATIVOS

OS DERIVATIVOS E SUAS FUNÇÕES
São operações financeiras que "derivam"(indica a origem) de ativos negociados no mercado à vista

Derivativos é um nome esquisito para operações muito complexas. Para o investidor comum, a realização dessas operações requer uma sofisticação que ele só consegue, em geral, por meio de fundos de investimentos chamados "fundos derivativos". O mercado de derivativos abrange um amplo leque de operações que estão sempre inseridas nos mercados a termo, de futuros, de opções ou de swaps. Em qualquer um deles, o investidor pode negociar tanto commodities, quanto ativos financeiros, como taxas de juro, índices de mercado etc. Quando um investidor procura uma operação com derivativos, ou ele está especulando, ou buscando proteção, e neste caso é chamado de hedger.

Os hedgers tentam proteger seus negócios limitando ou transferindo seus riscos para os especuladores. Estes, por sua vez, assumem riscos a fim de alavancar suas aplicações no mercado à vista. Ou seja, utilizam os mercados futuros e de opções para aumentar seu patrimônio e, quando os ventos do mercado sopram a seu favor, costumam ganhar muito dinheiro. Isso porque, com os, derivativos eles conseguem assumir posições sem precisar desembolsar a mesma quantidade de dinheiro necessária para aplicações no mercado à vista.
OS RISCOS DO MERCADO DE DERIVATIVOS

Eles refletem sempre os riscos do mercado à vista, que podem ser potencializados de acordo com a operação realizada. Para os hedgers, os mercados de derivativos oferecem proteção e pouco risco. Funcionam como uma espécie de apólice de seguro, em que o comprador paga um prêmio para limitar suas perdas. Se o investidor não precisar utilizar sua "apólice" de seguro, perderá apenas o prêmio pago para a contratação desse "serviço". Caso ocorra algum "incidente", estará protegido. No mercado de derivativos, a forma de limitar perdas é travando um preço para o ativo. Assim, seja qual for o andamento dos preços dos ativos no mercado à vista, o investidor tem a garantia de determinado preço para esse mesmo ativo em certa data futura.

Para os especuladores, o risco dependerá basicamente do tamanho da alavancagem de suas operações. Quanto mais alavancadas, maior o risco - e maior o potencial de ganho também. Isso porque, se você "alavanca" duas vezes o seu patrimônio, você investiu o equivalente ao dobro do dinheiro que tem. Se o seu patrimônio é de $1.000 com a alavancagem, o efeito da aplicação será o mesmo de um investimento de $2.000.

Quando a aplicação valoriza 10%, o seu ganho é de $200 e não apenas de $100, como seria numa aplicação normal. Então seu patrimônio passa para $1.200 e o ganho total de seu investimento é, na prática, de 20%. Da mesma forma, se você perder 10%, terá de amargar uma perda de $200. Seu patrimônio, nesse caso, ficaria em $800, ou 20% menos do que a aplicação inicial. Além da alavancagem, o mercado de derivativos reflete os riscos do mercado à vista. Assim, quando você tem opções de ações, corre o risco do mercado de ações; quando investe em contratos futuros de dólar, corre o risco da variação cambial.

MERCADO DE SWAPS

Swap é um contrato de troca de indexadores, que funciona como hedge (proteção), permitindo, conseqüentemente, aos participantes do mercado se protegerem dos riscos inerentes aos ativos (moedas, taxas de juro etc.) que operam.

Esses contratos de swap são bastante flexíveis. As partes envolvidas no processo poderão acertar entre si quais os indicadores, o prazo e as características acordadas. O mercado financeiro, na prática, acabou por eleger algumas combinações preferidas.

Um exemplo comum é o do exportador conservador que não gostaria de correr os riscos de uma oscilação cambial. Isso ocorre porque suas receitas são em dólares e as despesas em reais, não interessando a ele, portanto, correr o risco da variação do câmbio. Em virtude dessa situação ele pode fazer um swap com um contrato de DI contra dólar. Nesse caso o banco assume o risco em dólar e, em troca, o exportador conta com os juros do DI - que é um ativo corrigido pela taxa diária dos juros. Outra operação muito comum é a de quem tem uma dívida pós-fixada e quer evitar o risco de uma alta nos juros. Nessa situação, o devedor procura um banco que aceite a troca da taxa pós-fixada por uma taxa prefixada e assuma o risco.

É claro que existe um prêmio de risco embutido. No exemplo do devedor acima, o banco cobrará uma taxa de juros um pouco mais alta do que a de mercado, para neutralizar o risco que está correndo.Após acertados os termos do negócio, o contrato deverá ser registrado ou na CETIP ou na Bolsa de Mercadorias & Futuros(BM&F). No caso da CETIP, os contratos são todos feitos sem garantia. Já a BM&F oferece a alternativa dos contratos terem garantias, que incluem depósito de garantias na própria Bolsa por parte dos envolvidos na operação.
De acordo com a legislação do Banco Central, podem ser usadas taxas de juros, índices de preços, taxas de câmbio (moedas estrangeiras) e ouro. Portanto, o leque de combinações entre as partes é grande.
Os índices mais utilizados atualmente são o DI, dólar comercial e flutuante, IGP-M, IGP-DI, ouro, taxa prefixada, taxa SELIC, TR, TBF, TJLP e Ufir.

GESTÃO ATIVA DE INVESTIMENTOS

Gestão ativa de um fundo de investimento busca obter rentabilidade superior ao de um determinado índice de referência. Isso significa que o gestor procura, no mercado, as melhores alternativas de investimento visando atingir o objetivo deste fundo, sempre de acordo com a sua política de investimento.

Qual a diferença entre gestão ativa e gestão passiva de investimento?

Há uma grande diferença entre a gestão passiva e ativa. Este é um ponto muito importante da estratégia estabelecida para a gestão da carteira de um fundo de investimento.
Gestão Passiva: O gestor de um fundo que possui uma estratégia de investimento passiva, investe em ativos buscando "replicar" um índice de referência (benchmark), visando manter a desempenho do fundo próximo à sua variação.

O que é o Benchmark?

O Benchmark é um processo sistemático e contínuo de avaliação dos produtos, serviços e processos de trabalho de organizações que são reconhecidas como representantes das melhores práticas, com a finalidade de introduzir melhorias na organização. Ou seja, ser o melhor entre os melhores.

Um exemplo de fundo com gestão passiva são os Fundos de Ações Ibovespa Indexado. Nestes fundos, o trabalho do gestor é fazer com que o desempenho da carteira acompanhe a variação do Índice da Bolsa de Valores de São Paulo. O gestor compra para a carteira do fundo as mesmas ações que compõe o índice, a fim de que o desempenho do fundo seja bem aderente à variação do Índice Bovespa. Neste caso, o fundo pode comprar todas as ações do Ibovespa nos mesmos percentuais do índice ou o gestor pode optar por comprar apenas uma parte das ações, desde que o desempenho deste grupo de ações acompanhe o desempenho do Ibovespa como um todo.

Gestão Ativa: A estratégia de gestão ativa de um fundo de investimento busca obter rentabilidade superior ao de um determinado índice de referência. Isso significa que o gestor procura, no mercado, as melhores alternativas de investimento visando atingir o objetivo deste fundo, sempre de acordo com a sua política de investimento.

Os Fundos Multimercados, por exemplo, são fundos que, normalmente, possuem gestão ativa, pois, combinam investimentos em ativos de diversos mercados (juros, câmbio, ações, derivativos etc.) em função de uma estratégia de investimento adotada pelo Gestor e sem se preocupar com o desempenho de um índice de referencia específico. Desta forma, podem assumir mais riscos, visando maior rentabilidade.

SPB – SISTEMA DE PAGAMENTO BRASILEIRO

É o conjunto de procedimentos, regras, instrumentos e sistemas operacionais integrados usados para transferir recursos de pagador para o recebedor e, com isso, encerrar uma obrigação. Exemplo deste sistema são os clientes dos bancos que podem utilizar a transferência eletrônica disponível para transferir recursos para uma conta corrente em outro banco, como alternativa às atuais formas de transferência, tais como, os cheques e outras transações financeiras. Este sistema oferece segurança e agilidade em relação às transações financeiras executadas no mercado comercial bancário.

Visão geral do sistema de pagamentos brasileiro

O Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB apresenta alto grau de automação, com crescente utilização de meios eletrônicos para transferência de fundos e liquidação de obrigações, em substituição aos instrumentos baseados em papel. A maior eficiência e, em especial, a redução dos prazos de transferência de recursos sempre se colocaram como pontos centrais no processo de evolução do SPB até meados da década de 90, face ao ambiente de inflação crônica até então existente no país. Na reforma conduzida pelo Banco Central do Brasil em 2001 e 2002, o foco foi redirecionado para a questão do gerenciamento de riscos no âmbito dos sistemas de compensação e de liquidação.

De um lado, a base legal relacionada com os sistemas de liquidação, foi fortalecida por intermédio da Lei 10.214, de 2001, que, entre outras disposições, reconhece a compensação multilateral e possibilita a efetiva realização de garantias no âmbito desses sistemas, mesmo no caso de insolvência civil de participante, além de obrigar as entidades operadoras de sistemas consideradas sistemicamente importantes a atuarem como contraparte central e, ressalvado o risco de emissor, assegurarem a liquidação de todas as operações. De outro lado, entraram em operação, em abril de 2002, um sistema de liquidação bruta em tempo real, o Sistema de Transferência de Reservas - STR, operado pelo Banco Central do Brasil, e um sistema especial para liquidação de operações interbancárias de câmbio, a Câmara de Câmbio da BM&F, bem como, foi alterado o modus operandi do Sistema Especial de Liquidação e Custódia – Selic, também operado pelo Banco Central do Brasil, o qual, a partir do citado mês, passou a liquidar operações com títulos públicos federais em tempo real.

As entidades que atuam como contraparte central adotam adequados mecanismos de proteção, tais como, dependendo do tipo de sistema e da natureza das operações cursadas, limites operacionais, chamadas de margem, depósitos de garantias e fundos de garantia de liquidação. O princípio da entrega contra pagamento é observado em todos os sistemas de compensação e de liquidação de títulos e valores mobiliários. No caso de operação envolvendo moeda estrangeira, o princípio correspondente à situação, de pagamento contra pagamento, também é observado se a liquidação ocorrer por intermédio da Câmara de Câmbio da BM&F.

O STR (Sistema de Transferência de Reservas) é, por assim dizer, o centro de liquidação das operações interbancárias em decorrência da conjugação dos seguintes fatos: primeiro, por disposição legal (Lei 4.595), todas as instituições bancárias (instituições que captam depósitos à vista) têm de manter suas disponibilidades de recursos no Banco Central do Brasil; segundo, por determinação regulamentar (Circular 3.057), os resultados líquidos apurados nos sistemas de liquidação considerados sistemicamente importantes, devem ter sua liquidação final no Banco Central do Brasil, em contas de reservas bancárias; e, finalmente, também por disposição regulamentar (Circular 3.101), todas as transferências de fundos entre contas de reservas bancárias têm de ser feitas por intermédio do STR.

Transferências interbancárias de fundos são também liquidadas por intermédio da Câmara Interbancária de Pagamentos – CIP, da Centralizadora da Compensação de Cheques e Outros Papéis – Compe e da Câmara TecBan. O Sitraf, um dos sistemas operados pela CIP, utiliza modelo híbrido de liquidação, o qual combina características dos sistemas de liquidação diferida (LDL) e dos sistemas de liquidação bruta (LBTR). O Siloc, que também é operado pela CIP, a Compe e a Câmara TecBan são sistemas LDL com compensação multilateral de obrigações. No caso do Siloc e da Compe, a liquidação é em D+1 e, no da Câmara TecBan, D ou D+1 dependendo do horário em que originada a transferência de fundos.

Para o suave funcionamento do sistema de pagamentos no ambiente de liquidação em tempo real , três aspectos são especialmente importantes: primeiro, o Banco Central do Brasil concede, aos participantes do STR, titulares de conta de reservas bancárias, crédito intradia na forma de operações compromissadas com títulos públicos federais, sem custos financeiros, isto é, o preço da operação de volta é igual ao preço da operação de ida; segundo, a verificação de cumprimento dos recolhimentos compulsórios é feita com base em saldos de final do dia, valendo dizer que esses recursos podem ser livremente utilizados ao longo do dia para fins de liquidação de obrigações; por último, o Banco Central do Brasil, se e quando julgar necessário, pode acionar rotina para otimizar o processo de liquidação das ordens de transferência de fundos mantidas em filas de espera no âmbito do STR.

Na liquidação de operações com títulos e valores mobiliários, o SPB apresenta certa segmentação. O Selic, conforme já mencionado, liquida operações com títulos públicos federais em tempo real. A Câmara de Ativos da BM&F também liquida operações com esses títulos, segundo sistemática diferenciada. A Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia - CBLC liquida, principalmente, operações com ações realizadas na Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa e na Sociedade Operadora do Mercado de Ativos - Soma. Os títulos de dívida corporativa são liquidados, principalmente, por intermédio da Câmara de Custódia e Liquidação - Cetip. A BM&F, além da Câmara de Ativos e da Câmara de Câmbio, opera sistema de liquidação de operações com derivativos (Câmara de Derivativos). Quase todos os títulos são desmaterializados, existindo, apenas, sob a forma de registros eletrônicos. Os sistemas de negociação, de compensação e de liquidação são altamente automatizados e o STP (straight-through processing) é amplamente utilizado.

O Banco Central do Brasil tem procurado atuar de forma mais intensiva, também, no sentido de promover o desenvolvimento dos sistemas de pagamentos de varejo, visando, sobretudo, ganhos de eficiência relacionada, por exemplo, com o maior uso de instrumentos eletrônicos de pagamento, com a melhor utilização das redes de máquinas de atendimento automático (ATM) e de transferências de crédito a partir do ponto de venda (PDV), bem como, com a maior integração entre os pertinentes sistemas de compensação e de liquidação.

A utilização de recursos mantidos em contas de reservas bancárias, cujo saldo é considerado para fins de verificação do recolhimento compulsório e encaixe obrigatório relacionados com recursos à vista, independe de qualquer providência especial. Para utilização de outros recursos, registrados em outras contas de recolhimento compulsório/encaixe obrigatório, o participante precisa encaminhar ao STR, ordem específica determinando a transferência dos recursos, da conta em que se encontravam registrada, para sua conta de reservas bancárias. www.bovespa.com.br; www.bc.gov.br; www.cvm.gov.br; www.bb.com.br; www.bndes.gov.br; www.cef.gov.br; www.econ.puc-rio.br.

ANÁLISES GERAIS DO MERCADO FINANCEIRO BRASILEIRO EM INVESTIMENTO

COMPLEMENTO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

ANBID – Associação Nacional dos Bancos de Investimentos – é uma entidade de representação do segmento das instituições financeiras que operam no mercado de capitais. Seus associados são, basicamente, os bancos de investimento e os bancos múltiplos com carteira de investimento. A ANBID procura criar procedimentos que permitam a auto-regulação do mercado, os quais, depois de aprovados, devem ser seguidos por todos os associados.

PRINCIPAIS INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS

BANCOS MÚLTIPLOS

São instituições financeiras que realizam operações ativas (crédito), passivas (captação) e serviços, por intermédio das seguintes carteiras:

Comercial; Investimento; desenvolvimento (exclusivo para bancos públicos); crédito imobiliário; crédito, financiamento e investimento; arrecadação mercantil (leasing).

O banco múltiplo deve ser constituído por, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento. Essa modalidade de banco pode captar depósito à vista.

BANCOS COMERCIAIS

Têm, como objetivo principal, proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazo, o comércio, a industria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas e terceiros em geral. A captação de depósito à vista (conta corrente) é atividade típica do banco comercial. Também pode captar depósito a prazo (CDB, Letra Hipotecária, etc.).

BANCOS DE INVESTIMENTO

São instituições financeiras especializadas em: Financiamento de capital fixo e capital de giro, a médio e longo prazo; Administração de recursos de terceiros (Administração de fundos de investimento); Aquisição de títulos e valores mobiliários. Não possui contas correntes e captam recursos via depósito a prazo (CDB e RDB), repasse de recursos internos e externos.

EFEITO MULTIPLICADOR DA MOEDA

Dizemos que os bancos que detêm depósito à vista de clientes criam moeda, ou seja, toda moeda que entra para o sistema financeiro e é contabilizada como depósito de um banco, será emprestada várias vezes, possivelmente, através de diversas transações bancárias consecutivas, dá-se o nome de efeito multiplicador da moeda.

Dona Maria trabalhou como diarista e recebeu no mês $ 200,00 , foi no Banco WLM e efetuou o depósito em sua conta corrente (Banco múltiplo ou comercial).
O Banco WLM empresta os $ 200,00 para o Sr. João, cliente do banco múltiplo ou comercial para comprar um equipamento eletrônico.
O Sr. João vai à Loja ACCM e compra o aparelho eletrônico e paga pelo mesmo $ 200,00.
A Loja ACCM deposita os $ 200,00 no Banco MLCM, o qual tem sua conta corrente (Banco múltiplo ou comercial).

Portanto, os $ 200,00 de Dona Maria viraram depósitos em dois bancos (múltiplo ou comercial), proporcionando o efeito multiplicador. O total agregado de depósito bancário neste Sistema Financeiro é de $ 400,00.

SOCIEDADE CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

São instituições cuja área de atuação é, basicamente, o mercado acionista. Dentre seus objetivos estão: Operar em bolsa de valores; comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros; Administração de carteiras e custódia de títulos e valores mobiliários; Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimentos; realizar operações compromissadas; operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de terceiros. São supervisionados pelo Banco Central do Brasil.

BOLSAS DE VALORES

São associações privadas civis, sem finalidade lucrativa, com objetivo de manter ambiente adequado ao encontro de seus membros e à realização, entre eles, de transação de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizados por seus membros e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

BOVESPA – BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

É uma entidade auto-reguladora que opera sob a supervisão da CVM. O quadro social da BOVESPA é integrado por sociedades corretoras que podem operar no sistema eletrônico de negociação – Mega-bolsa.

Na BOVESPA são regularmente negociadas: Ações de Companhia aberta; Opções sobre ações; direito de recibos de subscrição, bônus de subscrição; cotas de fundo de investimento fechados; debêntures e notas promissórias.

BM&F – BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

São associações provadas civis, sem finalidade lucrativa, com objetivo de efetuar o registro, a compensação e a liquidação, física e financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico. Esta bolsa deve desenvolver, organizar e operacionalizar um mercado de derivativos livre e transparente que proporcione aos agentes econômicos a oportunidade de efetuarem operações de proteção ante flutuações de preço de índice, taxa de juros, moedas, metais, bem como, de tudo e qualquer instrumento ou variável macroeconômico, cuja incerteza de preço no futuro, possa influenciar negativamente suas atividades. Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa e são fiscalizadas pela CVM.

SISTEMAS E CÂMARAS DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA (lugar seguro onde se guarda alguma coisa, vigilância, proteção)

SELIC – SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA

É um sistema eletrônico que processa o registro, a custódia e a liquidação financeira das operações realizadas com títulos públicos federais, garantindo segurança, agilidade e transparência nos negócios. O objetivo deste sistema é controlar e liquidar, financeiramente, as operações de compra e venda de títulos públicos federais e manter sua custódia física e escritural. Este sistema é o depósito central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, o pagamento dos juros e a custódia dos financiamentos.

CETIP – CÂMARA DE CUSTÓDIA E LIQUIDAÇÃO

Um sistema criado em conjunto pelas instituições financeiras e o Banco Central do Brasil, sem fins lucrativos, com o objetivo de garantir mais segurança e agilidade às operações do mercado financeiro brasileiro. Oferece o suporte necessário a toda a cadeia de operações, prestando serviços integrados de custódia, negociação eletrônica, registro de negócio e liquidação financeira.

CBLC – CIA BRASILEIRA DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA

Os principais títulos custodiados na CBLC são: ações de companhias abertas; debêntures; cotas de fundos imobiliários e fundos de direito creditórios; outros títulos de renda fixa provada.

SPB – SISTEMA DE PAGAMENTO BRASILEIRO

É o conjunto de procedimentos, regras, instrumentos e sistemas operacionais integrados usados para transferir recursos de pagador para o recebedor e, com isso, encerrar uma obrigação. Exemplo deste sistema são os clientes dos bancos que podem utilizar a transferência eletrônica disponível para transferir recursos para uma conta corrente em outro banco, como alternativa às atuais formas de transferência tais como os cheques e outras transações financeiras. Este sistema oferece segurança e agilidade em relação as transações financeiras executadas no mercado comercial bancário.

IDENTIFICAÇÃO FINANCEIRA

AÇÃO - Título negociável, que representa a menor parcela em que se divide o capital de uma sociedade anônima.
AÇÃO CHEIA - Ação cujos direitos (dividendos, bonificação, subscrição) ainda não foram exercidos.
AÇÃO COM VALOR NOMINAL - Ação que tem um valor impresso, estabelecido pelo estatuto da companhia que a emitiu.
AÇÃO ESCRITURAL - Ação nominativa sem a emissão de certificados, mantida em conta de depósito de seu titular, na instituição depositária que for designada.
AÇÃO LISTADA EM BOLSA - Ação negociada no pregão de uma bolsa de valores.
AÇÃO NOMINATIVA - Ação que identifica o nome de seu proprietário, que é registrado no Livro de Registro de Ações Nominativas da empresa.
AÇÃO OBJETO - Valor mobiliário a que se refere uma opção.
AÇÃO ORDINÁRIA - Ação que proporciona participação nos resultados econômicos de uma empresa: confere a seu titular o direito de voto em assembléia.
AÇÃO PREFERENCIAL - Ação que oferece a seu detentor prioridade no recebimento de dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa, no reembolso de capital. Em geral, não concede direito a voto em assembléia.
AÇÃO SEM VALOR NOMINAL - Ação para a qual não se convenciona valor emissão, prevalecendo o preço de mercado por ocasião do lançamento.
AÇÃO VAZIA - Ação cujos direitos (dividendo, bonificação, subscrição) já foram exercidos.
ACIONISTA - Aquele que possui ações de uma sociedade anônima.
ACIONISTA MAJORITÁRIO - Aquele que detém uma quantidade tal de ações com direito a voto que lhe permite manter o controle acionário de uma empresa.
ACIONISTA MINORITÁRIO - Aquele que é detentor de uma quantidade não-expressiva (em termos de controle acionário) de ações com direito a voto.
ÁGIO - Diferença, a maior, entre o valor pago e o valor nominal do título.
ALAVANCAGEM – Nível de utilização de recursos de terceiros para aumentar as possibilidades de lucro de uma empresa e, consequentemente, o grau de risco da operação.
ALÍQUOTA – Percentual de incidência de tributos sobre a base de cálculo de evento a tributar.
ANDAR DE LADO - Mercado fraco, sem tendência definida, estagnado.
APLICAÇÃO - Emprego da poupança na aquisição de títulos, com o objetivo de auferir rendimentos.
APREGOAÇÃO - Ato de apregoar a compra ou venda de ações, mencionando-se o papel, o tipo, a quantidade de títulos e o preço pelo qual se pretende fechar o negócio, executado por um operador, representante de sociedade corretora, na sala de negociações (pregão).
ARBITRAGEM - 1. Operação na qual um investidor aufere um lucro sem risco, realizando transações simultâneas em dois ou mais mercados. 2. Sistemática que possibilita a liquidação física e financeira das operações interpraças, por meio da qual a mesma pessoa, física ou jurídica, atuando no mercado à vista, poderá comprar em uma bolsa e vender em outra, a mesma ação, em iguais quantidades, desde que haja convênio firmado entre as duas bolsas.
ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA - Reunião dos acionistas, convocada e instalada na forma da lei e dos estatutos, a fim de deliberar sobre qualquer matéria de interesse social. Sua convocação não é obrigatória, dependendo das necessidades específicas da empresa.
ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA - Convocada obrigatoriamente pela diretoria de uma sociedade anônima para verificação dos resultados, leitura, discussão e votação dos relatórios de diretoria e eleição do conselho fiscal da diretoria. Deve ser realizada até quatro meses após o encerramento do exercício social.
ATIVO FINANCEIRO - Todo e qualquer título representativo de parte patrimonial ou dívida.
AUMENTO DE CAPITAL - Incorporação de reservas e/ou novos recursos ao capital da empresa. Realizado, em geral, mediante bonificação, elevação do valor nominal das ações e/ou direitos de subscrição pelos acionistas, ou também, pela incorporação de outras empresas.
AUMENTO DO VALOR NOMINAL - Alteração do valor nominal da ação em conseqüência de reservas ao capital de uma empresa sem emissão de novas ações.
BALANÇA COMERCIAL – É o resultado da soma do total das exportações deduzido o valor total das importações. Se o valor das exportações superar o das importações, a balança comercial apresentará um superavt, se acontecer o contrário, termos um déficit.
BALANÇO DE PAGAMENTO – É o resumo, expresso em dólar americano, das transações ocorridas entre o país e o resto do mundo. Ele apresenta duas grandes contas: o saldo em transação corrente, que se refere às transações de bens e serviços realizadas pelos brasileiros com o exterior e, o saldo de capitais, que reflete o fluxo de moedas entre o país e o resto do mundo.
BANCO CENTRAL DO BRASIL - Órgão federal que executa a política monetária do governo, administra as reservas internacionais do País e fiscaliza o Sistema Financeiro Nacional.
BENEFÍCIOS - Dividendos, bonificações e/ou direitos de subscrição distribuídos, por uma empresa, a seus acionistas.
BLOCK-TRADE - Leilão de grande lote de ações nas bolsas de valores.
BLOQUEIO DE POSIÇÃO - Operação pela qual um aplicador impede o exercício de sua posição mediante a compra, em pregão, de uma opção da mesma série da anteriormente lançada.
BLUE CHIP - Em geral, ações de empresas tradicionais de grande porte, com grande liquidez e procura no mercado de ações.
BOLSA DE VALORES - Associação civil sem fins lucrativos, cujos objetivos básicos são, entre outros: manter local ou sistema de negociação eletrônico, adequados à realização, entre seus membros, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários; preservar elevados padrões éticos de negociação; e divulgar as operações executadas com rapidez, amplitude e detalhes.
BOLSA EM ALTA - Quando o índice de fechamento de determinado pregão é superior ao índice de fechamento anterior.
BOLSA EM BAIXA - Quando o índice de fechamento de determinado pregão é inferior ao índice de fechamento anterior.
BOLSA ESTÁVEL - Quando o índice de fechamento de determinado pregão está no mesmo nível do índice de fechamento anterior.
BONIFICAÇÃO EM AÇÕES - Ações emitidas por uma empresa em decorrência de aumento de capital, realizado por incorporação de reservas e/ou de outros recursos e distribuídas gratuitamente aos acionistas, na proporção da quantidade de ações que já possuem.
BONIFICAÇÃO EM DINHEIRO - Distribuição aos acionistas, além dos dividendos, de valor em dinheiro referente a reservas até então não incorporadas.
BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO - Título negociável que dá direito à subscrição de novas ações, emitido por uma empresa, dentro do limite de aumento de capital autorizado em seu estatuto.
BOOM - Fase no mercado de ações em que o volume de transações ultrapassa, acentuadamente, os níveis médios em determinado período, com expressivo aumento das cotações.
CADASTRO DE CLIENTES - Conjunto de dados e informações gerais sobre a qualificação dos clientes das sociedades corretoras.
CADERNETA DE POUPANÇA - Depósito de poupança, em dinheiro, que acumula juros e correção monetária, cujos recursos são destinados ao financiamento da construção e da compra de imóveis.
CAIXA DE REGISTRO E LIQUIDAÇÃO - Empresa responsável pela liquidação e compensação das negociações a vista, a termo e de opções, realizadas em bolsa.
CALISPA - Empresa controlada pela Bolsa de Valores de São Paulo. Sua função é compensar e liquidar financeiramente as operações realizadas na Bovespa.
CALL - Opção de Compra de Ações.
CAPITAL - É a soma de todos os recursos, bens e valores, mobilizados para a constituição de uma empresa.
CAPITAL ABERTO - Empresa que tem suas ações registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) distribuídas entre um determinado número de acionistas, que podem ser negociadas em bolsas de valores ou no mercado de balcão.
CAPITAL AUTORIZADO - Limite estatutário, de competência de assembléia geral ou do conselho de administração, para aumentar o capital social de uma empresa.
CAPITAL FECHADO - Empresa com capital de propriedade restrita, cujas ações não podem ser negociadas em bolsas de valores ou no mercado de balcão.
CAPITAL SOCIAL - Montante de capital de uma sociedade anônima que os acionistas vinculam a seu patrimônio como recursos próprios, destinados ao cumprimento dos objetivos desta.
CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO A INTEGRALIZAR - Parcela de subscrição que o acionista deverá pagar, de acordo com determinação do órgão que autorizou o aumento de capital de uma sociedade.
CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO E REALIZADO - Montante de capital social acrescido da parcela de subscrição paga pelo acionista.
CAPITALIZAÇÃO - Ampliação do patrimônio via reinversão de resultados ou captação de recursos, pela emissão de ações.
CAPTAÇÃO - Obtenção de recursos para aplicação a curto, médio e/ou longo prazos.
CARTEIRA DE AÇÕES - Conjunto de ações de diferentes empresas, de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas.
CARTEIRA - No mercado financeiro, dá-se o nome de carteira, ou portfólio, ao conjunto de títulos e/ou aplicações financeiras pertencentes a uma Pessoa Física, Pessoa Jurídica, Fundos de Investimento etc.
CARTEIRA DE TÍTULOS - Conjunto de títulos de rendas fixa e variável, de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas.
CAUÇÃO - Depósito de títulos ou valores efetuados para o credor, visando garantir o cumprimento de obrigação assumida.
CAUTELA - Certificado que materializa a existência de determinado número de ações; também chamada título múltiplo.
CDB - Certificado de Depósito Bancário
CERTIFICADO - Documento que comprova a existência e a posse de determinada quantidade de ações.
CERTIFICADO DE DEPÓSITO - Título representativo das ações depositadas em uma instituição financeira. Algumas empresas do Mercosul são negociadas nas bolsas de valores brasileiras por meio desse mecanismo.
CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO - CDB - Título emitido por bancos de investimento e comerciais, representativo de depósitos a prazo.
CERTIFICADO DE DESDOBRO - Comprovante do desdobramento de um certificado de ações em vários outros.
CHAMADA DE BÔNUS - Resgate de bônus pelo emitente, mediante o pagamento antes do vencimento.
CHAMADA DE CAPITAL - Subscrição de ações novas, com ou sem ágio, para aumentar o capital de uma empresa.
CISÃO - É o processo de transferência, por uma empresa, de parcelas de seu patrimônio a uma ou mais sociedades, existentes ou constituídas para esse fim, extinguindo-se a empresa cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio.
CLUBE DE INVESTIMENTOS - Grupo de pessoa física (máximo de cento e cinqüenta), que aplica recursos de uma carteira diversificada de ações, administrada por uma instituição financeira autorizada.
COLOCAÇÃO DIRETA - Aumento de capital realizado pela subscrição de ações, pelos atuais acionistas, diretamente em uma empresa.
COLOCAÇÃO INDIRETA - Aumento de capital realizado mediante subscrição, no qual a totalidade das ações é adquirida por uma instituição financeira, ou por um grupo reunido em consórcio, para posterior colocação no mercado secundário.
COMBINAÇÃO DE OPÇÕES - Compra ou venda de duas ou mais séries de opções sobre a mesma ação-objeto, porém, com preços de exercício e/ou datas de vencimentos diferentes.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM - Órgão federal que disciplina e fiscaliza o mercado de valores mobiliários.
COMISSÃO NACIONAL DE BOLSAS DE VALORES - CNBV- Associação civil sem fins lucrativos, que tem a função de representar os interesses das bolsas de valores do País perante as autoridades monetárias e reguladoras do mercado.
COMITENTE - Pessoa que encarrega uma outra de comprar, vender ou praticar qualquer ato, sob suas ordens e por sua conta, mediante certa remuneração a qual se dá o nome de comissão.
COMPRA EM MARGEM - Aquisição de ações à vista, com recursos obtidos pelo investidor, por meio de um financiamento com uma sociedade corretora que opere em Bolsa. É uma modalidade de operação da Conta Margem.
CONFIRMAÇÃO - Aviso que o corretor dá ao cliente da efetivação de uma negociação com ações.
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL – CMN - Órgão federal responsável pela formulação da política da moeda e do crédito, e pela orientação, regulamentação e controle de todas as atividades financeiras desenvolvidas no País.
CONTA MARGEM - Forma de negociação de ações que possibilita ao investidor obter, em uma sociedade corretora, financiamento para compra dos títulos e/ou empréstimo dos papéis para venda. Essas operações são feitas no mercado à vista de bolsa. O custo e liquidação do financiamento, bem como, a remuneração do empréstimo dos títulos e sua devolução, são pactuados diretamente entre o investidor e a corretora.
CONTROLE ACIONÁRIO - Posse, por um acionista ou grupo de acionistas, da maior parcela de ações, com direito a voto, de uma empresa, garantindo o poder de decisão sobre ela.
CONVERSÃO - Mudança das características de um título. No caso de ações, pode ser sua transformação, quanto à forma (de nominativa para escritural) ou à espécie (de ordinárias em preferenciais ou vice-versa), dependendo de deliberação de assembléia geral extraordinária e do disposto no estatuto social de uma sociedade anônima.
CORRETAGEM - Taxa de remuneração de um intermediário financeiro na compra ou venda de títulos.
CORRETOR - Intermediário na compra e venda de títulos.
COTAÇÃO - Preço registrado quando da negociação com títulos em bolsa de valores.
COTAÇÃO DE ABERTURA - Cotação de um título na primeira operação realizada em um dia de negociação.
COTAÇÃO DE FECHAMENTO - Última cotação de um título em uma dia de negociação.
COTAÇÃO MÁXIMA - A maior cotação atingida por um título no decorrer de um dia de negociação.
COTAÇÃO MÉDIA - Cotação média de um título, constatada no decorrer de um dia de negociação.
COTAÇÃO MÍNIMA - A menor cotação de um título, constatada no decorrer de um dia de negociação.
CRACK - Ocorre quando as cotações das ações declinam velozmente para níveis extremamente baixos.
CUPOM – Fração destacável de um título, impresso com valor a pagar periodicamente, utilizado por alguns tipos de títulos de investimento, para pagamento de rendimentos, exercício de direito etc.
CUSTO DE OPORTUNIDADE – Comparação entre a lucratividade oferecida por determinada operação de investimento e outras operações oferecidas no mercado. Diferença de preço ou de taxa de retorno quando se analisa o uso alternativo de recursos produtivos.
CUSTÓDIA DE TÍTULOS - Serviço de guarda de títulos e de exercício de direitos, prestado aos investidores.
CUSTÓDIA FUNGÍVEL - Serviço de custódia no qual os valores mobiliários retirados podem não ser os mesmos depositados, embora sejam das mesmas espécie, qualidade e quantidade. Deixa de existir a necessidade de se retirar exatamente o mesmo certificado depositado.
CUSTÓDIA INFUNGÍVEL - Serviço de custódia no qual os valores mobiliários depositados são mantidos discriminadamente pelo depositante.
DATA DE EXERCÍCIO DA OPÇÃO - Data de registro em pregão da operação de compra ou de venda a vista das ações-objeto da opção.
DATA DE VENCIMENTO DA OPÇÃO - O dia em que se extingue o direito de uma opção.
DATA EX-DIREITO - Data em que uma ação começará a ser negociada ex-direito (dividendo, bonificação, subscrição), na bolsa de valores.
DAY-TRADE - Conjugação de operações de compra e de venda realizadas em um mesmo dia, dos mesmos títulos, para um mesmo comitente, por uma mesma sociedade corretora, cuja liquidação é exclusivamente financeira.
DEBÊNTURE - Título emitido por uma sociedade anônima para captar recursos, visando investimento ou o financiamento de capital de giro. Pode ou não ser conversível em ações.
DEBÊNTURES CONVERSÍVEIS EM AÇÕES - Aquelas que, por opção de seu portador, podem ser convertidas em ações, em épocas e condições predeterminadas.
DEDUÇÕES ESTATUTÁRIAS - Parte dos lucros de uma empresa que, conforme determinação de seu estatuto social, não é distribuída aos acionistas.
DEFAULT – Inadimplência.
DÉFICIT PÚBLICO – Desequilíbrio nas contas públicas, resultando em despesa maior do que a arrecadação.
DEMOCRATIZAÇÃO DO CAPITAL – Processo, pelo qual, a propriedade de uma empresa fechada se transfere, total ou parcialmente, para um grande número de pessoas que desejam dela participar e que não mantém, necessariamente, relações entre si, com o grupo controlador ou com a própria companhia.
DERIVATIVOS - São os valores mobiliários cujos valores e cujas características de negociação estão amarrados aos ativos que lhes servem de referência.
DESÁGIO - Diferença, para menos, entre o valor nominal e o preço de compra de um título de crédito.
DESDOBRAMENTO DE CAUTELAS - Sistema de desdobramento de ações, efetuado pelas bolsas de valores, de modo a adequar a quantidade de ações ao lote-padrão.
DIFERENCIAL - Combinação de possíveis compras e vendas de opções sobre a mesma ação-objeto, porém, de séries diferentes.
DIREITO DE RETIRADA - Direito de um acionista de se retirar de uma empresa, mediante o reembolso do valor de suas ações, quando for dissidente de deliberação de assembléia que aprovar determinadas matérias definidas na legislação pertinente.
DIREITO DE SUBSCRIÇÃO - Direito de um acionista de subscrever, preferencialmente, novas ações de uma sociedade anônima quando do aumento de seu capital.
DIREITOS - Benefícios.
DISCLOSURE - Divulgação de informação por parte de uma empresa, possibilitando uma tomada de decisão consciente pelo investidor e aumentando sua proteção.
DISTRIBUIDORA - Sociedade distribuidora.
DIVIDENDO - Valor distribuído aos acionistas, em dinheiro, na proporção da quantidade de ações possuídas. Normalmente, é resultado dos lucros obtidos por uma empresa, no exercício corrente ou em exercícios passados.
DIVIDENDO CUMULATIVO - Dividendo que, caso não seja pago em um exercício, se transfere para outro.
DIVIDENDO “PRO RATA” - Dividendo distribuído às ações emitidas dentro do exercício social proporcionalmente ao tempo transcorrido até o seu encerramento.
EMISSÃO - Colocação de dinheiro ou títulos em circulação.
ENDOSSO - Transferência da propriedade de um título mediante declaração escrita, geralmente, feita em seu próprio verso.
ESPECULAÇÃO - Negociação em mercado com o objetivo de ganho, em geral, a curto prazo.
EXCLUSÃO DO DIREITO DE PREFERÊNCIA - O estatuto da empresa aberta que contiver autorização para aumento do capital pode prever a emissão, sem direito de preferência, para antigos possuidores de ações, de debêntures ou partes beneficiárias conversíveis em ações.
EX-DIREITOS - Denominação dada a uma ação que teve exercidos os direitos concedidos por uma empresa.
EXECUÇÃO DE ORDEM - Efetiva realização de uma ordem de compra ou venda de valores mobiliários.
EXERCÍCIO DE OPÇÕES - Operação pela qual o titular de uma operação exerce seu direito de comprar ou de vender o lote de ações-objeto, ao preço de exercício.
FECHAMENTO DE POSIÇÃO - Operação pela qual o lançador de uma opção, pela compra em pregão de uma outra da mesma série, ou o titular, pela venda de opções adquiridas, encerram suas posições ou parte delas. A expressão também é utilizada quando da realização de operações inversas no mercado futuro.
FECHAMENTO EM ALTA - Quando o índice de fechamento for superior ao índice de fechamento do pregão anterior.
FECHAMENTO EM BAIXA - Quando o índice de fechamento for inferior ao índice de fechamento do pregão anterior.
FI (FUNDO DE INVESTIMENTO) E FIA (FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES) - São fundos que possuem carteira própria de títulos, lastreando, diretamente, todas as aplicações de seus investidores. Podem vender cotas para Pessoas Físicas e Jurídicas e também para outros fundos (FICs).
FIC (FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DOS FIS) E FIC FIA (FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FIAS) - São Fundos de Investimento que possuem em sua carteira cotas de outros fundos (FIs). Podem ser vendidos para Pessoas Físicas e Jurídicas.
FUNDOS DE INVESTIMENTO - É uma concentração de recursos financeiros captados de Pessoas Físicas e Jurídicas, fracionados em cotas e destinados às aplicações financeiras, em títulos públicos e privados, nos mercados de renda fixa, renda variável e derivativo, de acordo com o regulamento e a política de investimento do fundo. Apesar de possuir CGC, um fundo não tem personalidade jurídica própria. Quando sua empresa investe em Fundos de Investimento, significa que está confiando seus recursos à administração de terceiros, isto é, está contratando um serviço.
FUNDO DE PENSÃO - Conjunto de recursos provenientes de contribuições de empregados e da própria empresa, administrados por uma entidade a ela vinculada, cuja destinação é a aplicação em uma carteira diversificada de ações, outros títulos mobiliários e imóveis.
FUNDO IMOBILIÁRIO - Fundo de investimento constituído sob a forma de condomínio fechado, cujo patrimônio é destinado a aplicações em empreendimentos mobiliários. As quotas desses fundos, que não podem ser resgatadas são registradas na CVM, podendo ser negociadas em bolsa de valores ou no mercado de balcão.
FUNDO MÚTUO DE AÇÕES - Conjunto de recursos administrados por uma distribuidora de valores, sociedades corretoras, banco de investimento, ou banco múltiplo com carteira de investimento, que os aplica em uma carteira diversificada de ações, distribuindo os resultados aos quotistas, proporcionalmente ao número de quotas possuídas.
FUNDO MÚTUO DE AÇÕES CARTEIRA LIVRE - Constituído sob a forma de condomínio aberto ou fechado, é uma comunhão de recursos destinados à aplicação em carteira diversificada de títulos e valores mobiliários. Deverá manter, diariamente, no mínimo, 51% de seu patrimônio aplicado em ações de emissão das companhias abertas, opções de ações, índices de ações e opções sobre índices de ações.
FUNDO MÚTUO DE INVESTIMENTO EM EMPRESAS EMERGENTES - Constituído sob a forma de condomínio fechado, é uma comunhão de recursos destinados a aplicação em carteira diversificada de valores mobiliários de emissão de empresas emergentes. Entende-se, como empresa emergente, a companhia que satisfaça os seguintes parâmetros: tenha faturamento líquido anual consolidado inferior a R$ 60 milhões; não seja integrante de grupo de sociedades com patrimônio líquido superior a R$ 120 milhões.
HOLDING (EMPRESA) - Aquela que possui como atividade principal, participação acionária em uma ou mais empresas.
HEDGE – Sentido de Proteção. É uma operação que o investidor abre para proteger-se de um risco financeiro por ele percebido.
HOME BROKER – É um moderno canal de relacionamento entre investidores e as sociedades corretoras, que torna mais ágil e simples as negociações no mercado acionário, permitindo o envio de ordens de compra e venda de ações pela internet, além de possibilitar às cotações, o acompanhamento de carteiras de ações, entre vários outros recursos.
ÍNDICE BOVESPA (IBOVESPA) - Índice de Bolsa de Valores de São Paulo, que mede o comportamento das ações mais negociadas na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE - Relação entre o capital atual e o inicial de uma aplicação.
ÍNDICE PREÇO/LUCRO-P/L - Quociente da divisão do preço de uma ação no mercado, em um instante, pelo lucro líquido anual dessa ação. Assim, o P/L é o número de anos que se levaria para reaver o capital aplicado na compra de uma ação, pelo recebimento do lucro gerado por uma empresa. Para tanto, torna-se necessário que se condicione essa interpretação à hipótese de que o lucro por ação se manterá constante e serão distribuídos todos os anos.
INFLAÇÃO – Processo de elevação generalizada e persistente de preço.
INSIDER - Investidor que tem acesso privilegiado a determinadas informações, antes que estas se tornem conhecidas no mercado.
INSTITUCIONAL (INVESTIDOR) - Instituição que dispõe de vultosos recursos mantidos em certa estabilidade e destinados à reserva de risco ou à renda patrimonial e que investe parte destes mesmos no mercado de capitais.
INVESTIMENTO - Emprego da poupança em atividade produtiva, objetivando ganhos a médio ou longo prazo. É utilizado, também, para designar a aplicação de recursos em algum tipo de ativo financeiro.
LANÇADOR - No mercado de opções, aquele que vende uma opção, assumindo a obrigação de, se o titular exercer, vender ou comprar o lote de ações objeto a que se refere.
LANÇAMENTO DE OPÇÕES - Operação de venda que dá origem às opções de compra ou de venda.
LANCE - Preço oferecido em pregão para a compra ou venda de um lote de títulos, pelos representantes das sociedades corretoras.
LEILÃO ESPECIAL - Sessão de negociação em pregão, em dia e hora determinados pela bolsa de valores em que se realizará a operação.
LETRA DE CÂMBIO - Título de crédito, emitido por sociedades de crédito, financiamento e investimento, utilizado para o financiamento de crédito direto ao consumidor.
LETRA IMOBILIÁRIA - Título emitido por sociedades de crédito imobiliário, destinado à captação de recursos para o financiamento de construtores e adquirentes de imóveis.
LIQUIDEZ - Maior ou menor facilidade de se negociar um título, convertendo-o em dinheiro.
LOTE - Quantidade de títulos de característica idêntica.
LOTE FRACIONÁRIO - Quantidade de ações inferior ao lote-padrão.
LOTE-PADRÃO - Lote de títulos de características idênticas e em quantidade prefixada pelas bolsas de valores.
LOTE REDONDO - Lote totalizando um número inteiro de lotes-padrões.
LUCRATIVIDADE - Ganho líquido total propiciado por um título. Em bolsa, o lucro líquido proporcionado por uma ação, resultante de sua valorização em pregão em determinado período e do recebimento de proventos dividendos, bonificações e/ou direitos de subscrição distribuídos pela empresa emissora, no mesmo intervalo de tempo.
LUCRATIVIDADE MÉDIA - Média das várias lucratividades alcançada por um título em diversos períodos.
LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO - Ganho por ação obtido durante um determinado período de tempo, calculado por meio da divisão do lucro líquido de uma empresa pelo número existente de ações.
MARGEM - Montante, fixado pelas bolsas de valores, a ser depositado em dinheiro, títulos ou valores mobiliários, pelo cliente que efetua uma compra ou venda a termo ou a futuro, ou um lançamento a descoberto de opções.
MEGA BOLSA - Novo sistema de negociação da BOVESPA, que engloba o pregão viva voz e os terminais remotos, e visa ampliar a capacidade de registro de ofertas e realização de negócios em um ambiente tecnologicamente avançado.
MERCADO ABERTO – OPEN MARKET – Mercado secundário do qual participam as instituições financeiras do mercado e, eventualmente, o Banco Central, para negociar a compra e venda de títulos, reservas e outros contratos. As transações geralmente são feitas por telefones e ou por meios eletrônicos.
MERCADO A TERMO - Mercado no qual se processam as operações para a liquidação diferida, em geral, após trinta, sessenta ou noventa dias da data de realização do negócio.
MERCADO A VISTA - Mercado no qual a liquidação física (entrega dos títulos pelo vendedor) processa-se no 2º dia útil após a realização do negócio em pregão, e a liquidação financeira (pagamento dos títulos pelo comprador) se dá no 3º dia útil posterior à negociação, somente mediante a efetiva liquidação física.
MERCADO DE AÇÕES - Segmento do mercado de capitais, que compreende a colocação primária em mercado de ações novas emitidas pelas empresas e a negociação secundária (em bolsas de valores e no mercado de balcão) das ações já colocadas em circulação.
MERCADO DE BALCÃO - Mercado de títulos sem lugar físico determinado para as transações, as quais são realizadas por telefone entre instituições financeiras. São negociadas ações de empresas não-registradas em bolsas de valores e outras espécies de títulos.
MERCADO DE BALCÃO ORGANIZADO - Sistema organizado de negociação de títulos e valores mobiliários de renda variável pela Comissão de Valores Mobiliários- CVM.
MERCADO DE CAPITAIS - Conjunto de operações de transferência de recursos financeiros de prazo médio, longo ou indefinido, efetuadas entre agentes poupadores e investidores, por meio de intermediários financeiros.
MERCADO DE OPÇÕES - Mercado no qual são negociados direitos de compra ou venda de um lote de valores mobiliários, com preços e prazos de exercício preestabelecidos contratualmente. Por esses direitos, o titular de uma opção de compra paga um prêmio, podendo exercê-los até a data de vencimento desta ou revendê-los no mercado. O titular de uma opção de venda paga um prêmio e pode exercer sua opção apenas na data do vencimento, ou pode revendê-la no mercado durante o período de validade da opção.
MERCADO FINANCEIRO - É o mercado voltado para a transferência de recursos entre os agentes econômicos. No mercado financeiro, são efetuadas transações com títulos de prazos médio, longo e indeterminado, geralmente dirigidas ao financiamento dos capitais de giro e fixo.
MERCADO FUTURO - Mercado no qual são realizadas operações, envolvendo lotes padronizados de commodities ou ativos financeiros, para liquidação em datas prefixadas.
MERCADO PRIMÁRIO - É nele que ocorre a colocação de ações ou outros títulos, provenientes de novas emissões. As empresas recorrem ao mercado primário para completar os recursos de que necessitam, visando ao financiamento de seus projetos de expansão ou o seu emprego em outras atividades.
MERCADO SECUNDÁRIO - Mercado no qual ocorre a negociação dos títulos adquiridos no mercado primário, proporcionando a liquidez necessária.
META - Segmento de negociação eletrônica da BOVESPA, apoiado no estabelecimento de preço base de negociação uma vez ao dia (fixing) e na atuação do Promotor de Negócios, que é uma pessoa jurídica, indicada pela empresa. Este, assume o compromisso de registrar diariamente ofertas firmes de compra e venda para o papel no qual se registrou, de acordo com normas regulamentares determinadas pela BOVESPA.
NEGOCIAÇÃO COMUM - Aquela realizada em pregão, entre dois representantes de diferentes sociedades corretoras, a um preço ajustado entre ambos.
NEGOCIAÇÃO DIRETA - Aquela sob normas especiais por um mesmo representante de sociedade corretora para comitentes diversos. Os interessados nessa operação devem preencher o cartão de negociação ou digitar um comando específico, no caso de negociação eletrônica, indicando que estão atuando como comprador e vendedor ao mesmo tempo.
NEGOCIAÇÃO POR TERMINAIS - Pregão eletrônico
NOTA DE CORRETAGEM - Documento que a sociedade corretora apresenta ao seu cliente, registrando a operação realizada, com indicação da espécie, da quantidade de títulos, do preço, da data do pregão, do valor da negociação, da corretagem cobrada e dos emolumentos devidos.
OFERTA DE DIREITOS - Oferta feita por uma empresa a seus acionistas, dando-lhes a oportunidade de comprar novas ações por um preço determinado, em geral, abaixo do preço corrente do mercado, e dentro de um prazo relativamente curto.
OFERTA PÚBLICA DE COMPRA - Proposta de aquisição, por um determinado preço, de um lote específico de ações, em operação sujeita a interferência.
OFERTA PÚBLICA DE VENDA - Proposta de colocação, para o público, de um determinado número de ações de uma empresa.
OPÇÃO - Contrato que envolve o estabelecimento de direitos e obrigações sobre determinados títulos, com prazo e condições preestabelecidos.
OPÇÃO COBERTA - Quando há o depósito, em bolsa de valores, das ações-objetos de uma opção.
OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES - Direito outorgado ao titular de uma opção de, se desejar, adquirir do lançador um lote-padrão de determinada ação, por um preço previamente estipulado, durante o prazo de vigência da opção.
OPÇÃO DE VENDA DE AÇÕES - Direito outorgado ao titular de uma opção de, se o desejar, vender ao lançador um lote-padrão de determinada ação, por um preço previamente estipulado, na data de vencimento da opção.
OPÇÕES SOBRE O ÍNDICE BOVESPA - OIB - Proporcionam a seus possuidores o direito de comprar ou vender um índice Bovespa até (ou em) determinada data. Tanto o Prêmio como o preço de exercício dessas opções são expressos em pontos do índice, cujo valor econômico é determinado pela BOVESPA (atualmente R$ 1,00).
OPEN MARKET - No sentido amplo, é qualquer mercado sem local físico determinado e com livre acesso à negociação. No Brasil, porém, tal denominação se aplica ao conjunto de transações realizadas com títulos de renda fixa, de emissão pública ou privadas.
OPERAÇÃO CAIXA - Operação pela qual um investidor vende, à vista, um lote possuído de ações e o recompra, no mesmo pregão, em um dos mercados a prazo; o custo do financiamento é dado pela diferença entre os preços de compra e de venda.
OPERAÇÃO DE FINANCIAMENTO - Consiste na compra a vista de um lote de ações e sua venda imediata em um dos mercados a prazo; a diferença entre os dois preços é a remuneração da aplicação pelo prazo do financiamento.
OPERADOR DE PREGÃO - Representante de uma sociedade corretora, que executa ordens de compra e de venda de ações no pregão de uma bolsa de valores.
OPERADOR DO SISTEMA ELETRÔNICO - Representante de uma sociedade corretora, que executa ordens de compra e de venda de ações e/ou opções, pelo sistema de pregão eletrônico da Bovespa.
ORDEM - Instrução dada por um cliente a uma sociedade corretora, para a execução de compra ou venda de valores mobiliários.
ORDEM A MERCADO - Quando só há a especificação da quantidade e das características de um valor mobiliário. Devem ser efetuadas desde o momento de seu recebimento no pregão.
ORDEM ADMINISTRADA - O investidor especifica somente a quantidade e as características dos valores mobiliários ou os direitos que deseja comprar ou vender. A execução da ordem ficará a critério da corretora.
ORDEM CASADA - Composta por uma ordem de compra e uma outra de venda de um determinado valor mobiliário. Sua efetivação só se dará quando ambas puderem ser executadas.
ORDEM DE FINANCIAMENTO - Constituída por uma ordem de compra (ou venda) de um valor mobiliário em um tipo de mercado e uma outra concomitante de venda (ou compra) de igual valor mobiliário no mesmo ou em outro mercado, com prazos de vencimento distintos.
ORDEM DISCRICIONÁRIA - Pessoa física ou jurídica que administra carteira de títulos e valores mobiliários ou um representante de mais de um cliente estabelecem as condições de execução da ordem. Após executada, o ordenante indicará: o nome do investidor (ou investidores); a quantidade de títulos e/ou os valores mobiliários a serem atribuídos a cada um deles; preço.
ORDEM LIMITADA - Aquela que deve ser executada por um preço igual ou melhor do que o especificado pelo comitente.
ORDEM ON-STOP - O investidor determina o preço mínimo pelo qual a ordem deve ser executada. Ordem on-stop de compra Será executada quando, em uma alta de preços, ocorrer um negócio a preço igual ou maior que o preço determinado; ordem on-stop de venda será executada quando, em uma baixa de preços, ocorrer um negócio a um preço igual ou menor que o preço determinado.
OSCILAÇÃO - Variação (positiva ou negativa) verificada no preço de um mesmo ativo em um determinado período de tempo.
OVERNIGHT - Operações realizadas no open market por prazo mínimo de um dia, restritas às instituições financeiras.
PATRIMÔNIO - Os recursos captados pelo fundo são aplicados de acordo com a política de investimento e a composição básica da sua carteira, conforme definido em seu regulamento. O cálculo do valor diário desse patrimônio é obtido através da contabilização dos preços de mercado dos ativos financeiros em carteira (marcação a mercado) e da dedução das despesas previstas em regulamento (taxa de administração, taxa de performance, provisões para divulgação de balanços, realização de assembléias e outras citadas no regulamento).
P/L - Preço/Lucro.
PERMISSIONÁRIA - Sociedade corretora especialmente admitida no pregão de uma bolsa de valores, da qual não possui título patrimonial.
POLÍTICA DE INVESTIMENTO - A escolha da relação "risco X retorno" pretendida pela instituição financeira administradora do fundo, de acordo com sua composição de carteira, é que vai determinar a personalidade de cada fundo para atender aos vários perfis de investidores.
PORTFÓLIO – É um conjunto de títulos e valores mantido por um fundo mútuo ou por um investidor.
POSIÇÃO EM ABERTO - Saldo de posições mantidas pelo investidor em mercados futuros e de opções.
POUPANÇA - Parcela da renda não-utilizada para consumo.
PRAZO DE SUBSCRIÇÃO - Prazo fixado por uma sociedade anônima para que o acionista exerça seu direito de preferência na subscrição de ações de sua emissão.
PREÇO DE EXERCÍCIO DA OPÇÃO - Preço por ação pelo qual um titular terá direito de comprar ou vender a totalidade das ações-objeto da opção.
PREGÃO - Sessão durante a qual se efetuam negócios com papéis registrados em uma bolsa de valores, diretamente na sala de negociações e/ou pelo sistema de negociação eletrônica da BOVESPA.
PREGÃO ELETRÔNICO - Sistema eletrônico de negociação por terminais, que permite a realização de negócios, por operadores e corretoras credenciados, nos mercados a vista, a termo e de opções, com papéis e horários definidos pela BOVESPA.
PRÊMIO - Preço de negociação, por ação-objeto, de uma opção de compra ou venda.
PROVENTOS - Benefícios.
PUT - Opção de venda de ações.
PTAX – Taxa média do dólar norte-americano, praticado no mercado de câmbio, tomando por base as operações realizadas no mercado interbancário. Divulgado pelo Banco Central.
QUADRO DE COTAÇÕES - Local no recinto de negociações das bolsas de valores onde os diversos preços e quantidades de ações negociadas são apresentados.
QUIROGRAFÁRIO – Credor sem privilégio ou preferencial.
QUOTAS - Corresponde a uma fração ideal do fundo. Seu valor é igual ao patrimônio líquido do fundo dividido pelo número de quotas.
QUOTA (DE FUNDO OU CLUBE DE INVESTIMENTO) - Parte ideal de um fundo ou clube de investimento, cujo valor é igual à divisão de seu patrimônio líquido pelo número existente de quotas.
QUOTISTA - Ao aplicar em um Fundo de Investimento, sua empresa torna-se quotista desse fundo, ou seja, é acionista da carteira de investimento que escolheu para investir seu capital. Seus recursos são transformados em quotas, dividindo-se o valor da aplicação pelo valor da quota do dia, previsto para conversão em quotas, segundo o regulamento do fundo.
RDB - Recibo de Depósito Bancário.
RECIBO DE SUBSCRIÇÃO - Documento que comprova o exercício do direito de subscrição, passível de ser negociado em bolsas de valores.
REGISTRO EM BOLSA - Condição para que uma empresa tenha suas ações admitidas à cotação em uma bolsa de valores, desde que satisfaça as normas estabelecidas pela Bolsa.
REGULAMENTO - Cada fundo tem um regulamento, registrado em cartório, que contém todas as informações sobre o seu funcionamento e é determinado a partir de regras estabelecidas pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários.
RENTABILIDADE – Medida do ganho financeiro nominal sobre o total do investimento, expressa em termos percentuais.
SALA DE NEGOCIAÇÃO - Local adequado ao encontro dos representantes de corretoras de valores e à realização, entre eles, de transações de compra e venda de ações/opções, em mercado livre e aberto.
SÉRIE DE OPÇÕES - Opções do mesmo tipo, sobre a mesma ação-objeto, com o mesmo mês de vencimento e o mesmo preço de exercício.
SOBRAS DE SUBSCRIÇÃO - Direitos referentes ao não-exercício de preferência em uma subscrição.
SOCIEDADE ANÔNIMA - Empresa que tem o capital dividido em ações, com a responsabilidade de seus acionistas limitada proporcionalmente ao valor de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
SOCIEDADE CORRETORA - Instituição auxiliar do sistema financeiro, que opera no mercado de capitais com títulos e valores mobiliários, em especial no mercado de ações. É a intermediária entre os investidores nas transações em bolsas de valores. Administra carteiras de ações, fundos mútuos e clubes de investimentos, entre outras atribuições.
SOCIEDADE DISTRIBUIDORA - Instituição auxiliar do sistema financeiro que participa do sistema de intermediação de ações e outros títulos no mercado primário, colocando-os à venda para o público.
SPLIT - Elevação do número de ações representantes do capital de uma empresa pelo desdobramento, com a correspondente redução de seu valor nominal.
SPREAD - Diferencial.
SUPERÁVIT PÚBLICO – Aumento nas contas públicas, resultado em despesa menor do que a arrecadação.
STRADDLE - Compra ou venda, por um mesmo investidor de igual número de opções de compra e de venda sobre a mesma ação-objeto, com idênticos preços de exercício e idênticas datas de vencimento.
SUBSCRIÇÃO - Lançamento de novas ações, por uma sociedade anônima, com a finalidade de obter os recursos necessários para investimento.
TAXA DE ADMINISTRAÇÃO - É a remuneração do administrador do fundo pela administração de recursos de terceiros, cobrada sobre o patrimônio do fundo, provisionada diariamente e cobrada em base mensal. As quotas divulgadas diariamente já se apresentam líquidas da taxa de administração.
TAXA DE PERFORMANCE - Alguns fundos podem aplicar a cobrança de uma taxa de performance, situação em que se estabelece um parâmetro como objetivo. Sempre que esse objetivo for ultrapassado, será aplicada a cobrança de uma taxa sobre o excedente, de acordo com o que for especificado no regulamento.
TAXA REFERENCIAL – Medida pela taxa média dos CDBs paga pelos 20 ou 30 maiores bancos comerciais e de investimentos do mercado, descontada de um redutor definido pelo Banco Central do Brasil. A TR é calculada diariamente e divulgada.
TAXA SELIC – É o juro primário da economia, formada pela média das trocas de reservas bancárias lastreadas em títulos públicos federais, nas operações de um dia. Seu patamar é definido periodicamente nas reuniões do COPOM.
TITULAR DE OPÇÃO - Aquele que tem o direito de exercer ou negociar uma opção.
TÍTULO PATRIMONIAL DA BOLSA - Desde que autorizada pelo Banco Central do Brasil, no qual deverá previamente se registrar, a sociedade corretora deverá adquirir um título patrimonial da bolsa de valores em que desejar ingressar como membro.
TRADING POST - Sistema de negociações contínuas realizadas por meio de postos de negociações, tendo como objetivo dar homogeneidade aos trabalhos, em função da quantidade de negócios, permitindo, assim, distribuir uniformemente o fluxo de operações pelo recinto (sala de negociações).
UNDERWRITERS - Instituições financeiras especializadas em operações de lançamento de ações no mercado primário. No Brasil, tais instituições são, em geral, bancos múltiplos ou bancos de investimento, sociedades distribuidoras e corretoras que mantêm equipes formadas por analistas e técnicos capazes de orientar os empresários, indicando-lhes as condições e a melhor oportunidade para que uma empresa abra seu capital ao público investidor, por meio de operações de lançamento.
UNDERWRITING - Esquema de lançamento de ações mediante subscrição pública, para o qual uma empresa encarrega um intermediário financeiro, que será responsável por sua colocação no mercado.
VALOR AGREGADO – Diferença de valor que se adicionou a um produto, em nova etapa de produção.
VALOR DA QUOTA – Resultado da divisão do patrimônio líquido do fundo ou do clube de investimento pelo número de quotas emitidas.
VALOR DA QUOTA - É apurado diariamente através da relação entre o patrimônio líquido (rentabilidade dos ativos financeiros - despesas) pelo número de quotas do fundo.
VALOR DE EXERCÍCIO DA OPÇÃO - Preço de exercício por ação, multiplicado pelo número de ações que compõem o lote-padrão de uma opção.
VALOR DE MARCADO – Valor de Cotação representa o valor com que determinado produto pode ser comercializado atualmente, de acordo com a lei de oferta e procura.
VALOR DE RESGATE – Valor da obrigação na data de vencimento.
VALOR DE FACE – Valor principal de uma obrigação, valor impresso no título, valor certo de resgate de um título de crédito.
VALOR INTRÍNSECO DA OPÇÃO - Diferença, quando positiva, entre o preço a vista de uma ação objeto e o preço de exercício da opção, no caso de uma opção de compra, e entre o preço de exercício e o preço a vista, no caso de uma opção de venda.
VALOR MOBILIÁRIO – Todo investimento em dinheiro ou em bens suscetíveis de avaliação monetária, realizado pelo investidor em razão de uma captação pública de recursos, de modo a fornecer capital de risco a um empreendimento em que ele, o investidor, não tem ingerência (intervenção ou influência) direta, mas do qual espera obter ganho ou beneficio futuro.
VALOR NOMINAL DA AÇÃO - Valor mencionado no estatuto social de uma empresa e atribuído a uma ação representativa de seu capital.
VALOR PATRIMONIAL DA AÇÃO - Resultado da divisão entre o patrimônio líquido e o número de ações da empresa.
VALOR PRESENTE – Valor de uma série de fluxos de caixa futuros descontados pela taxa de juros.
VALOR UNITÁRIO DA AÇÃO-VUA - Quociente entre o valor do capital social realizado de uma empresa e o número de ações emitidas.
VARIAÇÃO - Diferença entre os preços de um determinado título em dois instantes considerados.
VENDA EM MARGEM - Venda a vista, de ações obtidas por empréstimo, pelo investidor, em uma sociedade corretora que opere em bolsa. É uma modalidade de operações da Conta Margem.
VENDA CASADA – Operação de compra e venda de ativos, títulos e valores mobiliários, ou operações financeiras, vinculada a uma outra operação, normalmente de sentido contrário, ou que faça parte de metas de vendas de instituições financeiras. Não confundir com reciprocidade bancária.
VIÉS – Nas reuniões do COPOM – COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA DO BANCO CENTRAL, a divulgação periódica da taxa SELIC pode conter decisões sobre um eventual viés de alta ou de baixa. Nesse caso, o CUPOM poderá alterar a taxa SELIC antes da próxima reunião, para mais ou para menos.
VOLATILIDADE - Indica o grau médio de variação das cotações de um título em um determinado período.
VOTO - Direito que tem o proprietário de ações ordinárias (ou preferenciais não destituídas dessa faculdade) de participar das deliberações nas assembléias gerais.
ZERO CUPOM – Obrigação sem cupom de juros. Negociada com deságio em relação ao valor de face. Existem várias modalidades de títulos e valores mobiliários zero cupom, especialmente nos mercados dos Estados Unidos.

ÉTICA NO MERCADO FINANCEIRO

PRINCÍPIO DE INTEGRIDADE

O profissional financeiro deve oferecer e proporcionar serviços profissionais com integridade e deve ser considerado por seus clientes como merecedor de total confiança. Integridade pressupõe honestidade e sinceridade. Nenhuma recomendação a clientes deve estar subordinado a ganhos e vantagens pessoais.

REGRAS RELACIONADAS AO PRINCIPIO DE INTEGRIDADE

O profissional financeiro não deve influenciar seus clientes através de comunicações ou propagandas falsas ou enganosas.
O profissional não deve se envolver em conduta que implique desonestidade, fraude, dolo ou declaração falsa a um cliente, empregador, empregado, colega profissional, corporação, representante governamental ou qualquer pessoa ou entidade.

PRINCÍPIOS DE COMPETÊNCIA

O profissional financeiro deve prestar serviços aos clientes de maneira competente e manter os necessários conhecimentos e habilidade para continuar a fazê-lo nas áreas em que estiver envolvido. Competência inclui a sabedoria para reconhecer as limitações deste conhecimento e as situações em que a consulta ou o encaminhamento a um outro profissional financeiro é apropriada.

O profissional financeiro deve manter-se informado sobre os desenvolvimentos no campo de produtos financeiros e participar de educação continuada durante toda a sua carreira profissional para melhorar a competência profissional em todas as áreas em que esteja envolvido.

PRINCÍPIO DE CONFIABILIDADE

O profissional financeiro não deve revelar nenhuma informação confidencial do cliente sem o seu específico consentimento, a menos que em resposta a procedimento judicial, para se defender contra acusação de má-prática por parte do profissional financeiro ou em relação a uma disputa civil entre profissional financeiro e o cliente. Para prestar os serviços eficientemente e proteger a privacidade do cliente, o profissional financeiro deve salvaguardar a confiabilidade das informações.

REGRAS RELACIONADAS AO PRINCÍPIO DE CONFIABILIDADE

O profissional financeiro não deve revelar, ou usar para seu próprio beneficio, sem o consentimento do cliente, qualquer informação pessoalmente identificável concernente ao relacionamento do cliente ou aos negócios do cliente, exceto e na medida em que as informações, ou o seu uso, sejam razoavelmente necessários.

PRINCÍPIOS DE PROFISSIONALISMO

“A conduta de um profissional financeiro, em todas as questões, deve refletir zelo e crença na profissão. Devido à importância dos serviços profissionais prestados pelos profissionais financeiros, há responsabilidades concomitantes de se comportar com dignidade e cortesia com todos aqueles que usam os serviços, profissionais colegas, e aqueles de profissões relacionadas. Um profissional financeiro também tem obrigação de cooperar com outros profissionais financeiros para melhorar e manter a imagem pública da profissão e trabalhar em conjunto com outros profissionais financeiros para melhorar a qualidade dos serviços. Somente através dos esforços combinados de todos os profissionais financeiros em cooperação com outros profissionais, este objetivo poderá ser alcançado.” ASSAF NETO, Alexandre.Mercado Financeiro. Editora Atlas S/A, São Paulo, 5ª Edição, 2003. Capítulo 6. BODIE et all, FUNDAMENTOS DE INVESTIMENTOS, Ed. Bookman, Porto alegre, 2000. FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro - Produtos e Serviços. Qualitymark Editora, Rio de Janeiro, 15ª Edição, 2002. Capítulo 6 (até pg. 227). www.econ.puc-rio.br.

Professor Dr. Wagner Luiz Marques
Rua Fernão Dias, 1994 – Cianorte – Paraná
CEP – 87200-000
Telefone- 0(**)44-3629-5578
Celular- 0(**)44-9977-6604
ANO - 2009
wlmcne@hotmail.com
wlmcne@bol.com.br
wagnercne1@gmail.com

Um comentário:

AIB FUNDING. disse...

Agora possuo um negócio próprio com a ajuda de Elegantloanfirm com um empréstimo de US $ 900.000,00. com taxas de 2%, no começo, eu ensinei com tudo isso era uma piada até que meu pedido de empréstimo fosse processado em cinco dias úteis e meus fundos solicitados fossem transferidos para mim. agora sou um orgulhoso proprietário de uma grande empresa com 15 equipes trabalhando sob mim. Tudo graças ao agente de empréstimos Russ Harry, ele é um Deus enviado, você pode contatá-los para melhorar seus negócios em .. email-- Elegantloanfirm@hotmail.com.