quinta-feira, 6 de agosto de 2009

5- ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO - A EXISTÊNCIA DO EMPREENDEDOR


Fundação Biblioteca Nacional. Certificado de Registro de Averbação.
WAGNER LUIZ MARQUES
REGISTRO DA OBRA DIÁRIO DE UM EMPREENDEDOR A REAL INFORMAÇÃO PARA OS GESTORES DE SUCESSO
Nº do Registro: 454.039 Livro: 853 Folha: 199

INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

Administração da produção é uma área da administração geral, porque nela trabalha-se previsão, planejamento, organização, coordenação e controle, mas a função particular desta área é desenvolver o sistema produtivo da organização, estudar a origem e objetivos que cada empresa possui, dar suporte para entender a maneira perfeita de se controlar um meio de produção empresarial.

Este momento da administração difundiu-se com o surgimento da revolução industrial, quando saímos da manufatura e entramos propriamente dito na produção de transformação, mas, com o passar dos tempos, a administração foi ganhando formas inovadoras, utilizando como base as teorias de Taylor, Fayol, Ford e muitos outros criadores de sistemas fundamentais da administração. Com isso, os estudiosos evoluíram cada vez mais e, com a tecnologia avançada, com a globalização no nosso meio, podemos falar que produção é transformação mas, também, é serviço; cada organização com seus sistemas tem uma administração da produção.

Temos que separar, claramente, administração da produção e administração na produção; cada qual tem seu significado específico, cada qual tem sua origem de desenvolvimento profissional, mas a administração na produção faz parte integrante da administração da produção.

A administração na produção transforma matérias em produtos acabados, tendo como controle, análise de custo, análise de tempo, análise de pessoal, análise de qualidade. Em síntese, é um organismo direto da administração da produção.

A administração da produção é o trabalho realizado dentro deste sistema organizacional e muitos outros sistemas, sendo que aglomera-se a administração do serviço, aquela que pega este produto acabado e transforma em produção de vendas, produção de atendimento etc.

A união de todos os sistemas de produção até administração da produção.

COMO DESENVOLVER INICIALMENTE A ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO?

Inicialmente a eficácia da administração da produção é tornar o profissional conhecedor de tudo o que se manobra dentro de uma empresa.

Nas primícias, a empresa deve buscar:

Variedade de produtos: um estoque pequeno de unidades com muita quantidade de produtos variados.
Espírito forte e realista: Negociar o preço do produto na sua realidade sem querer explorar seu cliente, pois, na grande maioria, é melhor atribuir uma margem de lucro menor do que perder cliente pela vida inteira na existência da empresa.
Lucro nos proporciona recursos: Forçar-nos a desenvolver produtos de maneira mais econômica, comprar melhor, reduzir custos, sendo uma das melhores formas de conseguir o sucesso esperado para a empresa.
Alcançar bons resultados por meios simples: Freqüentemente, as soluções caras são sinal de mediocridade.
A simplicidade é uma virtude: Regras complicadas paralisam. Planejamento exagerado pode ser fatal. Simplificação é tradição de honra.
Utilizar sempre maneiras diferentes: Ao ousar sermos diferentes, encontramos novas maneiras para atingirmos o sucesso de nossa empresa.
Assumir responsabilidade: Um privilégio. Quanto mais responsáveis as pessoas, menos burocracia. O temor de cometer erros é a origem da burocracia e o inimigo da avaliação.

Assim, uma empresa está preparada para sobreviver e prosperar? Certamente, ela mantém controle rigoroso de seus custos e, também, conhece seu mercado e como pode atender às necessidades de seus consumidores.

A administração da produção é um todo e muito mais do que as funções já citadas, pois, cada funcionário de uma empresa tem a responsabilidade de prestar conta em seu departamento, assim, todos estão engajados na administração da produção.

Todas as empresas prósperas demonstram, como fluxo de eficácia de sua administração de produção, assim relacionados:

Fácil fluxo de consumidores;
Ambiente limpo e bem projetado;
Bens suficientes para satisfazer a demanda;
Funcionários suficientes para atender aos consumidores e repor os estoques;
Qualidade apropriada de serviços;
Fluxo contínuo de idéias para melhorar o desempenho de cada departamento ou setor;
Um controle eficaz nas finanças;
Estratégia de Marketing.

AS FUNÇÕES ADMINISTRAÇÃO E PRODUÇÃO

A função produção na organização representa a reunião de recursos destinados à produção de seus bens e serviços. Sendo que qualquer organização empresarial possui a função produção, porque todas elas produzem algum tipo de bem e ou serviço.

Gerentes de produção são os funcionários da organização empresarial que exercem responsabilidade particular em administrar algum ou todos os recursos envolvidos pela função produção. Em algumas organizações, o gerente de produção recebe diversas outras denominações, como: gerente administrativo em um hospital, gerente de loja em um supermercado, mas, em resumo ele é um gerente de produção, ou seja, é um administrador da produção, pois sua decisão é realizada em todos os arcabouços existentes na determinada empresa.

ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO ALCANÇA RESULTADOS FAVORÁVEIS

Para uma empresa alcançar o resultado favorável, necessita que a função produção seja eficaz, devendo usar recursos eficientemente que satisfaçam ao seu consumidor no produto que a devida organização exerça na produção do seu bem e serviço. Além disso, ela deve ser critica, inovadora e vigorosa para introduzir formas novas e melhoradas de produzir bens e serviços. Se a produção puder fazer isto, a sobrevivência da empresa será a longo prazo, porque dá a ela uma vantagem competitiva sobre seus rivais comerciais ou prestadores de serviços.

PRODUÇÃO NA EMPRESA

A função produção é central, porque produz os bens e serviços, mas não é a única necessariamente, pois, necessita de apoio para conseguir o êxito desejado.

As funções que colaboram diretamente com a produção são:

A função de Marketing;
A função contábil-financeira;
A função de recursos humanos;
A função de compras;
A função engenharia/suporte técnico.

Estas funções servem de apoio para o bom andamento da produção geral da empresa.

MODELO DE TRANSFORMAÇÃO

Qualquer operação produz bens e serviços e, com isso, desempenha um processo de transformação.

Desta forma, qualquer atividade de produção pode ser vista conforme modelo de transformação de recursos que são modelos de INPUT-transformação-OUTPUT.

Esta transformação nos demonstra que input é o inicio e movimentação da transformação do trabalho administrativo da produção e o output é a fase final da transformação do processo de produção.

Pegando, como exemplo, o fluxograma da transformação do processo administrativo para atendimento da clientela desejada:

Operação- a área de atuação da administração da produção;
Input- os funcionários e todo trabalho administrativo;
Processo- transformação do bem e serviço para satisfação do cliente;
Output- fase final, satisfação ou insatisfação do cliente,
Este processo nos demonstra a formação de qualquer ramo de atividade, desde uma indústria ou uma empresa prestadora de serviço.

Pegando, como exemplo, um hospital:

Operação, hospital - busca na atenção primordial do cliente;
Input, funcionários e demais produtos utilizados para satisfazer as necessidades do cliente;
Processo, buscar o bem estar do cliente;
Output, satisfação ou insatisfação do cliente.

Em resumo o Input é o recurso de transformação da produção e o Output são recursos de atendimento final para satisfação do sistema desejado.

PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO (INPUT)

É todo processo que leva a uma finalidade eficaz de atender um objetivo desejado em relação a um processo de produção.

PROCESSAMENTO DE MATERIAIS: é a transformação da propriedade física, é a ocorrência da transformação da manufatura em produto industrializado, ou mudanças de localização da propriedade dos materiais. Exemplos: Uma indústria transformadora da matéria prima em produtos acabados, empresa de transporte que realiza as mudanças dos bens para uma localidade especificada.

PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES : As operações que processam informações e podem transformar suas propriedades informativas, como por exemplo, os serviços de contabilidade, assessoramento, finanças etc.

PROCESSAMENTO DE CONSUMIDORES: São aquelas operações que transformam o próprio consumidor em qualidade desejada. Exemplo: os cabeleireiros, os cirurgiões plásticos etc.

PROCESSAMENTO DE CONSUMIDORES EM ESTOCAGEM E LOCOMOÇÃO: São aquelas operações em que o consumidor serve diretamente como produto de estoque e locomoção. Exemplo; hotéis, linhas aéreas, ônibus etc.

PROCESSO DE ATENDIMENTO (OUTPUTS)

TANGIBILIDADE: são os bens tangíveis; são os bens transformados, finalmente, para atender os consumidores finais, ou seja, aqueles bens que podem ser tocados. Exemplo, uma roupa para comercializar, ela pode ser sentida pelo seu consumidor final. Obs. Na maioria das vezes os serviços são intangíveis, eles não podem ser tocados mas, atendem às necessidades do consumidor. Exemplo, serviços de consultoria.

ESTOCABILIDADE: são os bens que podem ser estocados para futura utilização ou comercialização.

TRANSPORTABILIDADE: são serviços que servem como transportes de bens. Exemplo: móveis, máquinas etc. Agora, os serviços intangíveis são intransportáveis, como por exemplo, serviço de saúde etc.

SIMULTANEIDADE: Os bens são, quase sempre, produzidos antes do consumidor recebê-los, mas, existe algum serviço que trabalha em momentos de igual teor com a necessidade do cliente, como os serviços de saúde, onde o cliente recebe o atendimento na ordem da sua necessidade.

CONTATO COM O CONSUMIDOR: na maioria das vezes o consumidor adquiriu produto sem ter contato com a produção do bem, diferente, também, com o tratamento de saúde, pois, o consumidor está e deve ter contato diretamente com o atendente para ter a satisfação exata das necessidades do tratamento.

QUALIDADE: em razão de os consumidores não verem, em geral, a produção dos bens, julgarão a qualidade da operação com base nos próprios bens. Exemplo, na compra de um par de sapatos, você pode ficar totalmente satisfeito por ele estar estocado e ser-lhe prontamente vendido. Entretanto, se o vendedor for descortês ou não confiável você não considerará o serviço como de alta qualidade.

RELACIONAMENTO ENTRE CONSUMIDORES E FORNECEDORES INTERNOS

Dentro de uma empresa existe o input e output, pois, quando um departamento presta serviço para outro, está fazendo, ao mesmo tempo, um processo de transformação no atendimento internamente.

Este fator é de suma importância, pois, para uma empresa desempenhar o papel de qualidade, um dos fatores primordiais que podem existir para o consumidor externo é o relacionamento interno, porque há possibilidade de se comunicarem, um colega de serviço passar os conhecimentos para o outro e, com isso, quem ganha é a empresa, pois terá união do grupo de trabalho e o consumidor que terá um diálogo de igual valor de um vendedor e, caso em uma próxima vez, o mesmo atendimento de um outro vendedor. Isto ocorrendo na produção de transformação de produtos, faz com que o trabalho harmonioso leve à diminuição na perda de matéria prima e uma rápida e eficaz transformação do bem.

PROTEÇÃO DA PRODUÇÃO

A proteção da produção é a junção do produto tangível e intangível pois, para satisfação dos consumidores e as empresas galgarem recursos positivos, ela deve estar atenta a tudo o que possa acontecer:

PROTEÇÃO FÍSICA, manter estoque de recursos em um local de bom acesso e ótima ventilação para não haver perda do produto em elaboração ou acabados.

PROTEÇÃO ORGANIZACIONAL: alocar as responsabilidades das várias funções da empresa, de modo que a função produção seja protegida do ambiente externo. Isto é o relacionamento do funcionário em levar a imagem da empresa fora do ambiente de trabalho, pois o grupo de empregados deve saber se impor perante a sociedade, porque o nome que está em jogo fora da instituição não é só o seu nome de registro civil, mas também, o nome de sua empresa que presta serviço.

TIPOS DE OPERAÇÃO DE PRODUÇÃO

A transformação de bens e serviços ocorre de maneira rápida e temos que corrigir, rapidamente, todos e quaisquer problemas que vão ou possam acontecer. Desta forma, temos que estar alertas para corrigir qualquer fator que aflija negativamente o desempenho de nossa empresa.

Volume no atendimento: o gerente de produção deve estar atento à maneira que estão sendo realizadas as vendas no seu estabelecimento. Por exemplo, pode ser que seus vendedores estejam atendendo rapidamente os seus clientes, mas de maneira ineficaz, ou também, atendendo lento demais, com isso, pode perder os clientes. Temos que instruir nossos funcionários a buscar conhecer os seus clientes, reconhecerem como tratá-los, saber, antecipadamente, do que necessitam.

Variedade dos produtos: atender aos clientes com produtos de várias qualidades, que possam satisfazer as suas necessidades. Nunca se esquecendo da estocagem, pois, temos que ter cuidado com o número de produtos que compramos pois, passando a moda, perde-se toda a produção.

Variação da demanda: analisar épocas de picos, como evitar perdas. Exemplo hotéis em época de temporada.

Grau de contato com o consumidor envolvido na produção: desenvolver um trabalho de marketing fazendo com que demonstre para seu cliente que ele é a pessoa mais importante para sua empresa, independente do momento e do que possa acontecer.

ATIVIDADE DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

Os gerentes de produção possuem alguma responsabilidade por todas as atividades da empresa que contribuem para a produção efetiva de bens e serviços.

Responsabilidade indireta por algumas atividades, são setores que contribuem com a produção da empresa, mas não afetam diretamente a produção, são os departamentos de serviços. Exemplo, em uma loja de roupas, a produção é vender artigos de vestuários , mas dependem indiretamente do departamento de contabilidade, de recursos humanos, financeiros etc.

Responsabilidade direta por outras atividades; são os setores que contribuem diretamente para com a produção dos bens e serviços e afeta diretamente a produção. Exemplo, a loja de roupas, a produção é vender artigos de vestuário e o departamento primordial é o de vendas.

ORGANIZAÇÃO E DIREÇÃO

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
As empresas não são amorfas (sem forma definida). Nem estáticas. Elas têm uma constituição, um organismo que vive e palpita, que cresce e se desenvolve, e que precisa ser organizado e estruturado para funcionar melhor.

Normalmente, em nossos lares, temos cada coisa no seu devido lugar, seja na sala, na cozinha, em cada quarto: tudo é organizado de uma maneira lógica e racional. Também nas empresas, as pessoas, os equipamentos, enfim, todos os recursos empresariais são alocados e arranjados de acordo com as suas funções, de uma maneira lógica e racional. O papel da organização administrativa é exatamente alocar, arranjar, agrupar, reunir, dividir o trabalho, especializar, para que as atividades sejam executadas da melhor maneira possível.

OBJETIVO DA ORGANIZAÇÃO

A organização administrativa serve para agrupar e estruturar todos os recursos da empresa, pessoas e equipamentos, para permitir o alcance dos objetivos almejados da melhor forma possível. Assim, o objetivo da organização é agrupar as pessoas para que estas trabalhem melhor em conjunto. A organização existe porque o trabalho empresarial a ser realizado não é possível para uma só pessoa. Daí, a necessidade de muitas pessoas em conjunto executando atividades diferentes, o que conduz a um novo problema: o da coordenação entre as pessoas.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO

a) Principio da especialização:

A organização deve fundamentar-se na divisão do trabalho que provoca a especialização das pessoas em determinadas atividades. A especialização produz um incremento da quantidade e qualidade do trabalho executado.

b) Principio da definição funcional:

O trabalho de cada pessoa, a atividade de cada órgão e as relações de autoridade e responsabilidade são aspectos que devem ser claramente definidos por escrito. As empresas, geralmente, utilizam o organograma, a descrição do cargo ou o manual de organização para atender ao principio da definição funcional. O importante é deixar clara a posição de cada pessoa ou órgão na estrutura organizacional da empresa.

c) Principio da paridade da autoridade e responsabilidade:

Autoridade como sendo o poder de dar ordens e exigir obediência ao subordinado e a responsabilidade como dever de prestar contas ao superior. O principio de paridade salienta que deve haver uma correspondência entre o volume de autoridade e de responsabilidade atribuída a cada pessoa ou órgão. Essa equivalência é necessária para evitar que certas pessoas ou órgãos tenham excessiva responsabilidade sem a necessária autoridade. Ou, caso contrário, demasiada autoridade para pouca responsabilidade.

O enunciado deste princípio é: a responsabilidade deve corresponder uma autoridade que permita realizá-la e, a cada autoridade, deve corresponder uma responsabilidade equivalente.

d) Principio escalar:

É decorrente do principio anterior, cada pessoa deve saber exatamente a quem prestar contas e sobre quem possui autoridade. Refere-se à cadeia de relações diretas de autoridade de um superior para um subordinado em toda a organização, desde a sua base até a cúpula, onde, geralmente, está o responsável principal como autoridade máxima.

e) Principio das funções de linha e de staff:

Deve se definir da maneira mais clara possível, não só a quantidade de autoridade atribuída a cada pessoa ou órgão mas, também, a natureza dessa autoridade. Este principio leva à distinção entre autoridade de linha e autoridade de staff, ou, melhor dizendo, entre as funções de linha e de staff dentro da empresa.

As funções de linha são aquelas diretamente ligadas aos objetivos principais da empresa, enquanto as funções de staff são aquelas que não se encontram diretamente ligadas àqueles objetivos. O critério da distinção é o relacionamento direto ou indireto com os objetivos empresariais e não o grau de importância de uma atividade sobre a outra.
ORGANOGRAMA

Como o próprio nome indica, organograma é o gráfico que representa a organização formal de uma empresa, ou seja, a sua estrutura organizacional.

O organograma é composto de retângulos (que representam os cargos ou órgãos) que são ligados entre si por linhas (que representam as relações de comunicação). Quando as linhas são horizontais, elas representam relações laterais de comunicação. Quando são verticais, representam relações de autoridade (do superior sobre o subordinado) ou relações de responsabilidade (do subordinado em relação ao superior). O que não está ligado por linha nenhuma não tem relação entre si.

PROJETOS DE PROCESSOS NA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

Esta parte aborda o projeto de produtos e serviços bem como o projeto dos processos que as empresas os produzem.

A nível de estratégia administrativa, o projeto de processo significa projetar a rede de operações produtiva que faz o produtos e serviços desenvolver com qualidade e boa aceitação para o consumidor.

Já, em nível mais operacional, projetos de processo significam o arranjo físico das instalações, tecnologia e pessoal de produção.

PAPEL ESTRATÉGICO E OBJETIVO DA PRODUÇÃO

OBJETIVOS DA PRODUÇÃO

Todas as partes de qualquer empresa têm seus próprios papéis a desempenhar para se chegar ao sucesso. No nível mais simples, o papel de cada função está refletido em seu nome. A função marketing posiciona os produtos ou serviços da empresa no mercado.

A função finanças monitora e controla os recursos financeiros da empresa. A função produção produz os serviços e bens demandados pelos consumidores. Entretanto, usamos aqui a expressão papel da função produção para designar algo além de suas responsabilidades e tarefas óbvias na empresa. Usamos a expressão para designar a razão básica da função, a principal razão de sua existência.

Por que qualquer empresa precisa preocupar-se com uma função produção? A maioria das empresas e organizações tem a opção de contratar fora a produção de seus serviços e bens. Podem, simplesmente, pagar a alguma outra empresa para fornecer o que sua função produção faz. Assim, isso levanta outra questão: "O que a função produção precisa fazer para justificar sua existência na empresa?" É esse papel que estamos considerando.

Para qualquer empresa que deseja ser bem-sucedida a longo prazo, a contribuição de sua função produção é vital. Ela dá à empresa uma vantagem baseada em produção.
Para atingirmos os objetivos da produção analisamos:

QUALIDADE

Qualidade significa "fazer certo as coisas", mas, as coisas que a produção precisa variarão de acordo com o tipo de operação. Por exemplo, na produção administrativa de um hospital, qualidade pode significar assegurar que os pacientes obtenham o tratamento apropriado, sejam adequadamente medicados, bem informados sobre o que está acontecendo e, também, que sejam consultados se houver formas alternativas de tratamento. Também incluiria coisas como assegurar a limpeza e a higiene hospitalar os funcionários fossem bem informados e corteses em relação aos pacientes.

QUALIDADE REDUZ CUSTO

Por exemplo, se o depósito regional de um supermercado enviar produtos erra­dos a uma loja, isso significará desperdício de tempo de funcionários e, em decorrên­cia, custo para corrigir o problema.

QUALIDADE AUMENTA A CONFIABILIDADE

Entretanto, custo crescente não é a única conseqüência da má qualidade. No supermercado, pode também significar bens fora das prateleiras, resultando em perda de faturamento e irritação dos consumidores. Lidar com esse problema pode distrair a atenção da administração do supermercado que deixa de cuidar de outras partes de operação da loja. Isso pode significar o cometimento de mais erros.

Aqui, o ponto importante é que o objetivo de desempenho de qualidade envolve um aspecto externo que lida com a satisfação do consumidor e um aspecto interno que lida com a estabilidade e a eficiência da organização.

RAPIDEZ

Rapidez significa quanto tempo os consumidores precisam esperar para receber seus produtos ou serviços. Para a fábrica de automóveis, rapidez significa que o tempo entre o pedido de um carro específico solicitado por um revendedor e sua entrega ao consumidor é o mais curto possível.

RAPIDEZ DA OPERAÇÃO INTERNA

A rapidez da operação interna também é importante. A resposta rápida aos con­sumidores externos é auxiliada, sobretudo, pela rapidez da tomada de decisão, movi­mentação de materiais e das informações internas da operação. Entretanto, a rapidez interna pode ter benefícios complementares.

RAPIDEZ REDUZ ESTOQUES

Citamos como exemplo a fábrica de automóveis. O aço usado para fabricar as portas dos veículos é primeiramente entregue na estamparia onde é prensado e confor­mado. Depois, elas são transportadas para a área de pintura onde recebem tinta e proteção. Após isso, são encaminhadas à linha de montagem onde são fixadas aos automóveis. Esse é um processo simples de três estágios, mas, na prática, as portas não fluem suavemente de um estágio para o seguinte. Se você acompanhar um produto no decorrer do processo, seu tempo de percurso pode ser surpreendentemente longo.

O percurso das portas pela fábrica é mais longo do que o tempo necessário para, realmente, moldá-las, pintá-las e ajustá-las aos veículos.

CONFIABILIDADE

Confiabilidade significa cumprir com as obrigações propostas, demonstrar respaldo em qualquer área de atuação, dar confiança naquilo que está produzindo e, sobretudo, demonstrar zelo e eficácia na produção que se colocou a fazer.

Os consumidores apenas podem julgar a confiabilidade de uma operação após o produto ou serviço ter sido entregue. Por exemplo, um consumidor, provavelmente, decidiria tomar um ônibus, considerando, inicialmente, os critérios de velocidade e custo. Somente após fazer o trajeto é que poderá conhecer o grau de confiabilidade do serviço.

CONFIABILIDADE NA OPERAÇÃO INTERNA

A confiabilidade na operação interna tem efeito similar. Os clientes internos julgarão o desempenho uns dos outros, analisando o nível de confiabilidade entre as microoperações na entrega pontual de materiais e informações.

CONFIABILIDADE ECONOMIZA TEMPO

Por exemplo, tomemos a oficina de manutenção e consertos da empresa de ônibus urbanos. O gerente terá sempre um plano das atividades da oficina para o dia seguinte. Provavelmente, esse plano foi preparado para manter as instalações da oficina plenamente utilizadas e, ao mesmo tempo, para assegurar que a frota estará sempre limpa e pronta para atender à demanda em qualquer momento. Um dia, se faltarem à oficina algumas peças de reposição cruciais para consertar dois ônibus parados, o gerente precisará gastar tempo tentando obtê-las dentro de poucos dias. É improvável que os recursos reservados para atender aos ônibus possam ser usados tão produtivamente quanto previsto com essa perturbação.

CONFIABILIDADE ECONOMIZA DINHEIRO

A maior parte desse uso ineficaz de tempo será transformada em custo operacional extra. Por exemplo, as peças de reposição podem custar mais para ser entregues em prazo curto. Os funcionários de manutenção receberão mesmo quando não houver ônibus para trabalhar similarmente, os custos fixos de operações, como iluminação e aluguel, não serão reduzidos em função de os ônibus ficarem parados. A interrupção do serviço também terá conseqüências financeiras.

A perturbação causada nas operações pela falta de confiabilidade vai além de tempo e custo. A falta de confiabilidade afeta a "qualidade" do tempo da operação. Se tudo em uma operação for perfeitamente confiável, e assim permanecer por algum tempo, haverá um nível de confiança entre as diferentes partes da operação. Não haverá "surpresas" e tudo será perfeito. Sob tais circunstâncias, cada parte da operação pode concentrar-se em sua atividade, sem ter sua atenção desviada pela falta de serviços confiáveis de partes da operação.

FLEXIBILIDADE

Flexibilidade significa ser capaz de mudar a operação de alguma forma.

FLEXIBILIDADE MAXIMIZA TEMPO

Em muitas partes do hospital, os funcionários precisam atender a uma ampla variedade de problemas. Pacientes com fraturas, cortes etc. Cada paciente é um indivíduo com necessidades exclusivas. Os funcionários do hospital não podem levar tempo para entrar no ritmo no tratamento de um problema específico, devem ter flexibilidade para, rapidamente, se adaptarem à situação. Devem ter também instalações e equipamentos suficientemente flexíveis para não perderem tempo, esperando no atendimento de um paciente. O tempo de utilização dos recursos do hospital está sendo economizado porque há flexibilidade de os mesmos na troca de uma tarefa para outra.

FLEXIBILIDADE MANTÉM CONFIABILIDADE

A flexibilidade interna também pode ajudar a manter a operação dentro do programado, quando eventos imprevistos perturbam os planos. Por exemplo, se um fluxo repentino de pacientes também resultar na necessidade de cirurgias de emergência, esses pacientes, certamente, serão atendidos antes de outras operações rotineiras. Os pacientes submetidos a operações de rotina já terão sido internados e, provavelmente, estarão preparados para suas operações. Provavelmente, cancelar suas operações causaria aflição e considerável inconveniência. Um hospital flexível pode estar preparado para minimizar a perturbação, possivelmente, reservando salas de cirurgia para atender às emergências e convocando funcionários e médicos que estivessem de sobreaviso.

FLEXIBILIDADE MANTÉM CLIENTES

A administração de uma empresa não pode seguir à risca tudo o que foi designado pelas ordens expressas da diretoria central, pois, dependendo do cliente, pode ser flexível no pedido, ou até no ato de acontecimento. Por exemplo, um cliente que freqüenta a empresa há anos, realiza ótimos negócios, cumpre exatamente tudo o que está expresso nas leis da empresa, certo dia pede um prazo a mais na devida compra, o administrador trabalha flexivelmente em dar um prazo maior, com isso ele vai manter o seu cliente pela flexibilidade; se este administrador praticasse o inverso, com certeza, perderia um excelente cliente.

CUSTO

Custo é o último objetivo a ser coberto. Não porque seja o menos importante, mas, pelo contrário, por ser o mais importante. Para as empresas que concorrem diretamente em preço, o custo será seu principal objetivo de produção. Quanto menor o custo de produzir seus bens e serviços, menor pode ser o preço a seus consumidores. Mesmo aquelas empresas que concorrem em outros aspectos que não preço estarão interessadas em manter seus custos baixos. Cada centavo retirado do custo de uma operação é acrescido aos seus lucros. Não surpreende que o custo baixo seja um objetivo universalmente atraente.

A forma de o gerente de produção influenciar os custos dependerá, largamente, de onde estes são incorridos. Em palavras simples, a produção gastará dinheiro em:

Custos de funcionários, dinheiro gasto com o pessoal empregado;
Custos de instalações, tecnologia e equipamentos, dinheiro gasto em compra, conservação, operação e substituição de hardware de produção;
Custos de materiais, dinheiro gasto nos materiais consumidos ou transformados na produção.

O CUSTO É AFETADO POR OUTROS OBJETIVOS DE DESEMPENHO

Anteriormente, descrevemos os significados e os efeitos de qualidade, rapidez, confiabilidade e flexibilidade para a função produção. Fazendo isso, identificamos o valor de cada objetivo de desempenho dos consumidores externos e, dentro da operação, dos clientes internos. Cada um dos objetivos de desempenho possui vários efeitos externos, afetando, todos eles, os custos.

Operações de alta qualidade não desperdiçam tempo ou esforço de trabalho nem seus clientes internos são incomodados por serviços imperfeitos. Em outras palavras, alta qualidade pode significar custos baixos.

Operações rápidas reduzem o nível de estoque em processo, entre a micro operação, bem como diminuem os custos administrativos indiretos. Ambos efeitos podem reduzir o custo global da operação.

Operações confiáveis não causam qualquer surpresa desagradável aos clientes internos. Pode-se confiar que suas entregas serão exatamente como planejadas. Isso elimina o prejuízo de interrupção e permite que as outras operações trabalhem eficientemente.

Operações flexíveis adaptam-se rapidamente às circunstâncias mutantes e não interrompem o restante da operação global. As operações microflexíveis também trocam rapidamente entre as tarefas, sem desperdiçar tempo, reduzindo novamente os custos.

PAPEL ESTRATÉGICO

O que é estratégia?

Antes de abordar o tema estratégia de produção é necessário considerar o que entendemos pelo termo estratégia. Algo que assumimos quando uma organização articula sua "estratégia" é que ela fará um conjunto de coisas em vez de outro; que ela tomou decisões que comprometem a empresa com um conjunto específico de ações. A primeira coisa sobre estratégia, portanto, é que ela é um compromisso com a ação. Os gerentes tomam decisões o tempo todo, o que, presumivelmente, os comprometerá a fazer alguma coisa mas, nem todas são decisões estratégicas.

Pelo termo estratégico, em geral, entendemos as decisões que:

Têm efeito abrangente e, por isso, são significativas na parte da organização à qual a estratégia se refere;
Definem a posição da organização relativamente a seu ambiente;
Aproximam a organização de seus objetivos de longo prazo.
Logo, uma "estratégia" é o padrão global de decisões e ações que posicionam a organização em seu ambiente e têm o objetivo de fazê-la atingir seus objetivos de longo prazo.

O termo estratégia, como definimos, depende parcialmente do que entendemos por "a organização". Se "a organização" é uma corporação de porte e diversificada, sua estratégia a posicionará em seu ambiente global, econômico, político e social e consistirá em decisões sobre quais tipos de negócio o grupo quer conduzir, em quais partes do mundo deseja operar, quais negócios adquirirem e de quais desfazer-se, como locar seu dinheiro entre os vários negócios e assim por diante. Decisões como essas formam a estratégia corporativa da organização, elas orientam e conduzem a corporação em seu ambiente global, econômico, social e político. Cada unidade de negócio na corporação precisará elaborar sua própria estratégia de negócio, que estabelece sua missão e objetivos individuais, bem como definir como pretende competir em seus mercados. Esta estratégia orienta o negociador em um ambiente que consiste em seus consumidores, mercados e concorrentes mas, também, inclui a corporação da qual faz parte.

Resumidamente, podemos entender como papel estratégico, a efetivação na tomada de decisão, possibilitando criar mecanismo que facilite o trabalho da equipe em relação ao objetivo traçado em realizar o sucesso desejado.

Exemplo disto é um time de futebol, o técnico do time terá que criar uma forma que consiga eliminar a marcação dos seus jogadores e conseguir passar na defesa do time adversário, possibilitando, assim, vencer a partida.

O mesmo efeito deste pode ser utilizado em uma empresa com finalidade de lucros: temos que criar sistemas que possam superar os nossos concorrentes e, com isso, chamarmos a atenção de nossos clientes.

Para conseguir esse resultado, não há receita mágica, mas sim, criatividade da equipe de administração de produção, pois deve-se analisar todos os pontos positivos que a empresa tem e ser drástico em aceitar os pontos negativos, desta forma chegará a um resultado mediano para a tomada de decisão.

Formas estas que podemos enumerar através de nosso conhecimento:

Ser estrategista na qualidade do serviço prestado, no produto que será vendido, na higiene da empresa;
Layout da empresa;
Formas que se diferenciam da concorrente;
Marketing que atrai o cliente;
Equipe de funcionários inovadores e unidos pela mesma causa;
Muitas outras formas que vão depender de cada pessoa e do momento que estiver ocorrendo a necessidade da organização empresarial.

CONTEÚDO E PROCESSO DA ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO

Quando as operações, em qualquer ponto da hierarquia, desenvolvem suas estratégias de produção, elas devem considerar dois conjuntos separados de questões, mas que se sobrepõem. Algumas questões são relativas ao que é conhecido como o conteúdo da estratégia de produção. Estas são questões que determinarão as estratégias específicas que governam a tomada de decisões cotidianas na operação. O outro conjunto de questões é relativo ao processo real de determinação dessas estratégias na organização.

CONTEÚDO DA ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO

O conteúdo da estratégia de operações é o conjunto de políticas, planos e comportamentos que a produção escolhe para seguir.

OBJETIVOS DE DESEMPENHO

Objetivos qualificadores e ganhadores de pedidos.

Uma forma especialmente útil de determinar a importância relativa dos fatores competitivos.

Critérios ganhadores de pedidos são os que, direta e significativamente, contribuem para a realização de um negócio, para conseguir um pedido. São considerados pelos consumidores como razões chaves para comprar o produto ou serviço. São, portanto, os aspectos mais importantes da forma como uma empresa define sua posição competitiva. Aumentar o desempenho em um critério ganhador de pedidos e, com isso, resultar em mais pedidos ou melhorar a probabilidade de ganhar mais.

Critérios qualificadores podem não ser os principais determinantes do sucesso competitivo, mas são importantes de outra forma. São aqueles aspectos da competitividade nos quais o desempenho da produção deve estar acima de um nível determinado, para ser considerado pelo cliente. Abaixo deste nível "qualificador" de desempenho, a empresa, provavelmente, nem mesmo será considerada como fornecedor potencial por muitos consumidores.

Os clientes têm, claramente, uma influência importante na prioridade dos objetivos desempenhados de uma operação produtiva, mas não são os únicos. Em alguns pontos, a produção também é influenciada pelas atividades dos concorrentes.

Suas prioridades podem deslocar-se de velocidade para desenvolvimento de flexibilidade, para oferecer uma gama suficientemente ampla de produtos, com o objetivo de igualar-se a seu concorrente.

Isso não significa que uma empresa sempre procurará igualar os movimentos de seus concorrentes, mas sim, buscar alternativas que venham mudar e melhorar a sistemática de concorrência.

O principal ponto aqui é que, mesmo sem qualquer mudança direta nas preferências de seus consumidores, uma empresa pode ter que mudar a forma como compete e, portanto, mudar a prioridade dos objetivos de desempenho que espera de sua produção. Alternativamente, uma empresa pode escolher competir de uma forma diferente da de seus rivais para distinguir-se em sua posição competitiva.

INFLUÊNCIA DO CICLO DE VIDA DO PRODUTO / SERVIÇOS NOS OBJETIVOS DE DESEMPENHO

Uma forma de generalizar o comportamento de clientes e concorrentes é associá-lo com o ciclo de vida dos produtos ou serviços que a operação está produzindo. Momento em que é introduzido por uma empresa ao ponto em que os clientes estão mais interessados em comprá-lo, um produto ou serviço passa através de diversas etapas distintas. Em cada etapa, a empresa experimentará desafios diferentes, tanto: na venda como na produção do produto ou serviço. A forma exata das curvas de ciclo de vida do produto / serviço variará, mas, geralmente, é mostrado como a variação do volume de vendas ao longo dos quatro estágios: introdução, crescimento, maturidade e declínio.

1. Os produtos (ou serviços) têm vida limitada.
2. As vendas do produto (ou serviço) passam por quatro estágios distintos, cada um colocando diferentes desafios ao vendedor (e produtor).
3. Os lucros aumentam e diminuem nos diferentes estágios do ciclo de vida do produto.
4. Os produtos (e serviços) exigem diferentes estratégias de marketing, de finanças, de manufatura (ou de produção), de compras e de pessoal em cada etapa do ciclo de vida.

O último ponto, que é especialmente importante para todos os gerentes de produção, implica que as formas, como as operações, devem ser administradas e os objetivos, definidos.

ÁREAS DE DECISÃO ESTRATÉGICA DE OPERAÇÕES

Além de determinar quais são os objetivos de desempenho mais significativos, a outra característica de uma estratégia de operações é que ela estabelece a direção geral para cada uma das principais áreas de decisão da produção.

ESTRATÉGIAS ESTRUTURAIS E INFRA-ESTRUTURAIS

Uma distinção comum em estratégia de produção é que ela se divide em decisões estratégicas que determinam a estrutura da produção e decisões estratégicas que de­terminam sua infra-estrutura. As áreas de estratégia estrutural de uma operação pro­dutiva são as que influenciam, principalmente, as atividades de projeto, enquanto as áreas de estratégia infra-estrutural são as que influenciam as atividades de plane­jamento, controle e melhoria. Esta distinção em estratégia de operações foi comparada àquela entre hardware e software em um sistema de computadores: o hardware de um computador estabelece limites para o que ele pode fazer. Alguns computadores, devido a sua tecnologia e arquitetura, são capazes de desempenho melhor do que outros embora esses computadores, com alto desempenho, em geral, sejam mais caros. De for­ma similar, investir em tecnologia avançada ou construir mais ou melhores instalações pode aumentar a capacitação potencial de qualquer tipo de operação. Dentro dos limi­tes das capacitações impostas pelo hardware de um computador, o software determina, na prática, o grau de eficácia real do computador. O computador mais potente somente pode funcionar com todo seu potencial se seu software for capaz de explorar o poten­cial existente em seu hardware. O mesmo princípio aplica-se às operações. As melhores e mais caras instalações e tecnologia somente serão eficazes se a produção também possuir uma infra-estrutura adequada que governa a forma como a produção funciona­rá no dia-a-dia.

ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO INFLUENCIA AS ATIVIDADES DA GESTÃO DE PRODUÇÃO

A estratégia influencia completamente, pois, uma atividade mal traçada e realizada sem estratégia para combater a concorrência leva a diminuir a produção ou até mesmo a deixar de existir o sistema producional de uma empresa.

Por isso toda a administração de produção terá que constituir ideal estratégico para conseguir superar as barreiras e, sobretudo, escalar morros mais altos para chegar ao local desejado que é sucesso, em possuir clientes que possa atender com capacidade plena, fornecedores que sejam confiáveis na parceria de execução producional, e superador de desafios para com seus concorrentes, tudo isso, se resume em estratégia de administração da produção.

PROJETOS NO GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO

Esta parte afeta gradativamente toda influência no processo produtivo de bens e serviços, ou seja, é no gerenciamento que se busca a melhor maneira de designar do processo produtivo.

Pegando como forma de explicação detalhada, podemos entender no momento em que um gerente busca a renovação das máquinas de produção ele está fazendo a reformulação do designe do processo produtivo, e até mesmo, buscando a redução de custo, pois as máquinas, atualizadas e novas, têm uma redução na manutenção, dá-se mais condições de análise nas peças produzidas, uma melhor qualidade na produção e muitas vezes, até um enxugamento nos gastos derivados em recursos humanos.

Cada vez que uma máquina ou equipamento é movido ou um método é melhorado, o aspecto de responsabilidade do pessoal é alterado, o projeto de operação produtivo é modificado.

Para explanar melhor o objetivo central do gerenciamento de projeto da produção, vamos inicialmente identificar o que são projetos, ou seja, é a busca de fazer com que possamos conduzir adequadamente os trabalhos para o desempenho adequado que satisfaça as necessidades da clientela envolvida diretamente ou indiretamente pois, o processo de atender aos objetivos traçados ou a meta desejada estará na fonte final deste modelo traçado para tomadas de decisões.

Projeto é traçar metas que queira atingir para a busca do sucesso esperado. Como exemplo de fácil entendimento, seria o nosso projeto de vida, cada ser humano tem um projeto de vida traçado para si mesmo, desde que nasce até a sua evolução, com isso, cada qual coloca em prática o que lhe foi educado e, a partir daí, inicia a sua evolução pessoal, uns conseguem atingir o projeto de vida desejado, outros não; até existem aqueles que conseguem mais do que o desejado, desta forma, acontece dentro de uma empresa, com o trabalho dos proprietários, gerentes em si, na mão de quem administra qualquer área que lhe foi destinada.

Com esta explanação, podemos centralizar os nossos pensamentos para uma empresa propriamente dita, onde os objetivos traçados são:

Satisfazer as necessidades dos consumidores;
Estar sempre atuando em atividades de projetos na transformação do processo produtivo da empresa que atua;
Montar projetos que satisfaçam, tanto o processo produtivo de transformação, como de serviços;
Ter em mente que o projeto deve ser analisado, se o objetivo traçado foi positivo ou negativo.

Pegando como base central para exemplificação dos objetivos de uma empresa em montar um projeto de gerenciamento, é analisarmos uma empresa de confecção, em seu processo produtivo, pois o processo comercial não muda muito, apenas aumenta, talvez, alguns fatores na satisfação do consumidor, porque o consumidor está presente no ato da formação do gerenciamento do processo produtivo.

Um gerente que administra uma indústria de confecção deve projetar em sua mente, ou seja, colocar em um cronograma a sua meta desejada para o momento.

1) Satisfazer as necessidades dos consumidores;

O gerente de produção deve estar ciente de como está a repercussão da moda que deve atender o seu público alvo;
O gerente deve se ater às particularidades de como conquistar o seu público alvo, com a qualidade do produto realizado.

2) Estar sempre atuando em atividades de projetos na transformação do processo produtivo da empresa que atua;

O gerente de produção deve buscar melhoria nas máquinas ou equipamentos de produção;
O gerente de produção deve estar atento ao desperdício dos produtos, pois isto atribui em gastos;
O gerente de produção deve se ater nos mínimos detalhes que possam acontecer no processo produtivo.

3) Montar projetos que satisfaçam, tanto o processo produtivo de transformação, como o de serviços;

O gerente deve buscar aperfeiçoamento para sua equipe de trabalho, para estar sempre desenvolvendo com qualidade os serviços que lhe foram atribuídos;
Ser um gerente motivador para com sua equipe, demonstrando que sua liderança é a força para sua equipe;
Formar grupo de trabalho harmonioso.

4) Ter em mente que o projeto deve ser analisado: se o objetivo traçado foi positivo ou negativo.

O gerente de produção deve saber, em cada final de processo produtivo, se atingiu o que lhe foi proposto;
O gerente de produção deve ser realista na análise final, se não alcançou a meta desejada, deve rever seu trabalho, pois sua falha pode ter sido, no atendimento do cliente, na satisfação da transformação do seu processo produtivo, ou mesmo, no contato que participou com sua equipe de trabalho.

Se a meta traçada alcançou objetivos positivos, não se acomodar para o próximo processo, pois, é deste que melhora ainda mais os próximos processos de formação gerencial.

Estes objetivos traçados para criar um projeto de produção podem ser utilizados para qualquer tipo de área de produção, independentemente, se é serviço ou transformação de manufatura.

Quando se cria um projeto em mente, em um cronograma ou, mesmo, em um documento interno da empresa, a vulnerabilidade de opções desejadas pode ocorrer; desta forma, o gerente deve se preparar e preparar seus superiores, pois recursos financeiros vão ser dispostos para concretização do projeto, tempo também será utilizado, e muitos outros erros podem acontecer, provocando assim, uma desmotivação total naquilo que, talvez, custasse anos de pesquisa, anos de trabalho e não vai atingir objetivo algum.

Desta forma, todo grupo que se envolve em um projeto, deve se preparar e estar consciente na falha que pode ocorrer e, isto, não é apenas para o gerente, mas sim, para toda a equipe e, principalmente, o proprietário do investimento que está dando condições de desenvolver o fator primordial para a conquista do sucesso esperado para a empresa.

Para se desenvolver um bom projeto, toda equipe deve conter, pelo menos, quatro aspectos primordiais para alcançar o sucesso, sendo eles:

Criatividade: o responsável pelo projeto, juntamente com sua equipe, deve estar com a mente exclusivamente pensando e trabalhando nas idéias montadas para o desenvolvimento do projeto, colocando as condições favoráveis e problemáticas que possam acontecer e, sempre aceitando idéias criativas de todos que estão engajados, direta e indiretamente e, talvez, até quem não participe do projeto, porque criar é a melhor forma do sucesso de um projeto e a criatividade é uma conseqüência do fator criar.

Complexidade: um projeto envolve uma gama de dificuldades, com isso, a complexidade está presente a todo momento, e a equipe deve estar a postos para resolver.

Compromisso: Todos que se envolverem no trabalho de processo para o andamento do projeto devem se comprometer para atingir o objetivo desejado, que é ver a conclusão do serviço e alcançar o êxito
.
Escolha: deve se pensar muito em qual o projeto que irá colocar em prática, pois, depois de iniciado o trabalho, qualquer problema pode levar água a baixo todos os sonhos e, talvez, até os recursos aplicados para que a empresa saia dos seus problemas, ou cresça mais do que já está no presente.

Para criar-se um projeto bem definido e alcançar os objetivos e métodos desejados, os formadores e trabalhadores nos projetos devem conter as devidas formas no seu desempenho trabalhistico, sendo:

A) Qualidade
A qualidade do trabalho apresentado, tanto na visão, na comunicação ou mesmo na audição, as pessoas que forem recepcionar o trabalho devem vê-lo de forma bonita e bem apresentada, pois, a primeira vista, é o que se marca e, uma empresa má representada, ou serviço mal feito, marca o resto da vida e o devido acontecimento.

A padronização do trabalho também entra em questão pois, um trabalho, para alcançar a qualidade, deve seguir uma regularidade constante, um padrão incomparável. Com isso, pode-se dizer que a qualidade existe no fator apresentado e, um projeto, não fica atrás. Como exemplo de um projeto na aparência é a maquete de um edifício: como querem vender os apartamentos, se não apresentarem o projeto arquitetônico bem feito e bonito? Pois o cliente, neste caso, está comprando o que está vendo, para, futuramente, ser construído.

B) Rapidez

A rapidez também deve fazer parte de um projeto pois, seguindo a linha de pensamento do exemplo citado na qualidade, um projeto arquitetônico deve ser feito com rapidez, para serem colocadas à venda as devidas unidades e, logo, iniciar a construção, pois, muitos consumidores deste sistema de negócio não podem esperar, porque a espera custa muitos recursos financeiros e, também, quando se envolve inflação, quanto mais baixo comprar a matéria prima utilizada, maior será o lucro alcançado por parte da construtora.

C) Confiabilidade

Esta palavra deve estar em todos os tipos de trabalho e, especialmente, no sistema projeto, pois, para conseguir clientes, todos devem receber credibilidade e esta forma só ganha respaldo quando o cliente reconhece a confiança por parte de seu fornecedor e, um projeto para ser colocado em prática, as pessoas que o idealizaram, devem ser de confiança e, sobretudo, responsáveis por aquilo que será desenvolvido e trabalhado.

D) Flexibilidade

Um projeto tem que conter formas de flexibilidade, pois, para atingir a sua totalidade na execução, podem ocorrer diversos problemas e estes problemas devem ser sanados no devido tempo, e não, quando foi idealizado o projeto. Com isso, o responsável da execução do devido projeto, tem que estar preparado para alterá-lo, se necessário, e não ser radical naquilo que está escrito e aprovado.

Desta forma todos e quaisquer projetos podem conter falhas, e estas falhas devem ser reparadas no devido tempo. Exemplo disto é o cronograma do projeto: quase sempre, não se consegue cumprir, sendo assim, o executor não pode condenar aquilo que esta idealizado, porque, quando foi projetado não sabia das dificuldades que poderiam acontecer.

E) Custo

Ao montar o custo de um projeto, estima-se o momento que ele está sendo colocado no papel. Agora, a execução do mesmo depende da flexibilidade utilizada, depende do mercado financeiro, ou seja, depende de muitos outros fatores que também podem ocorrer. Com isso, também deve-se utilizar a flexibilidade nos valores monetários, mas pelo menos, deve-se conter uma previsão de gastos, para, no mínimo, dar condições da empresa se preparar para sua futura execução.

Em si, esta parte do projeto se relaciona diretamente com o Sistema de Informação Gerencial (SIG)

Sistema de informação gerencial é o conjunto de recursos humanos e materiais dentro de uma organização, o qual é responsável pela coleta e pelo processamento de dados para produzir informações que sejam úteis a todos os níveis da gerência, no planejamento e controle das atividades da organização.

A gestão da empresa pode ser entendida como um conjunto de decisões, a fim de estabelecer um equilíbrio entre objetivos, meios e atividades empresariais. Tal definição põe em relevo a estrutura do Sistema Empresa e, ao mesmo tempo, sua natureza dinâmica, que permite assegurar contínua correlação entre metas apontadas, recursos disponíveis e operações desenvolvidas. Em cada momento da vida empresarial são requeridas decisões políticas, objetivos e programas que não representam, senão, uma hierarquia de decisões sobre aspectos cada vez mais detalhados das atividades que o sistema deve desenvolver.

Também devem ser tomadas decisões em nível operativo, quer na fase de execução das operações (utilização dos recursos disponíveis), quer na fase de controle do desenvolvimento das várias atividades, para fazer correções no andamento da gestão empresarial, em que não se atingiram as metas prefixadas.

As correções são baseadas em um fluxo de informações que permite com­parar os resultados das operações desenvolvidas com os programas prees­tabelecidos.

As decisões corretivas com influência a longo prazo devem ser baseadas, também, na avaliação da evolução do ambiente externo em que a empresa opera e levar em conta uma série de fatores (mercado, tecnologia, situação social, política e econômica etc.).

Em cada centro de decisão, a ação decisória aparece articulada ao input e output do processo. Decisões tomadas em nível de alta administração têm caráter programático de fixação de políticas gerais, com perspectivas para períodos de médio e longo prazo.

Entretanto, decisões tomadas em nível operativo têm conteúdos mais específicos e limitados à imediata realização das operações, previstas nos planos de gestões empresariais.

Nas inter-relações entre centros de decisões desses níveis hierárquicos, nota-se que as informações em "saídas" do nível superior constituem as informa­ções de "entrada" do nível inferior, determinando, às vezes, decisões de tipo operativo, como utilização de recursos para a realização das decisões de ordem mais elevada. Junto com as informações relativas às decisões de ordem superior a serem aplicadas. É neces­sário fornecer informações adequadas sobre a situação (geral, empresarial ou particular) que, direta ou indiretamente, influencia o funcionamento da parte do sistema (subsistema) gerido pelo centro de decisões.

Síntese de informações requeridas para acompanhar cada aspecto:

Informações referentes ao ambiente externo:

a. situação geral da área econômico-geográfica na qual opera a empresa;
b. situação do setor particular no qual a empresa está inserta.

Informações sobre os recursos do sistema empresarial (estrutura do sistema):

c. Meios financeiros;
d. Armazéns e estoques;
e. Disponibilidade imobiliária e outras;
f. Pessoal.

Informações sobre o funcionamento do sistema, levando-se em conta as influências do ambiente externo:

g. Situação econômica - custos e ingressos e o resultado econômico;
h. Situação comercial - encomendas recebidas, executadas e pendentes, tendências das vendas;
i. Sistema operativo - fluxo de produção, eficiência da produção, utilização das instalações.

PROJETOS EM PRODUÇÃO DE EMPRESAS DE SERVIÇOS

O sistema de projetos utilizados em uma empresa de produção de serviços, praticamente são os mesmos, pois uma empresa de produção de serviços pode identificar-se como sendo, uma loja de comércio de roupas, material de construção, um escritório de consultoria e, até mesmo, um hospital, pois, a função produção depende da maneira que atua o ramo de negócio. Tudo é produção, independente se transforma uma matéria prima em produtos ou presta serviço para a coletividade. Até mesmo um serviço doméstico pode ser considerado como um processo de produção.

Pegando como exemplo uma empresa que pratica o seu trabalho no ramo de hospital, a sua função principal é trabalhar diretamente com o cliente, na verdade, ele é a matéria prima da empresa, tudo deve ser feito para manter o seu cliente bem sucedido e feliz.

Todo projeto do administrador de produção de uma empresa hospitalar deve ter em mente que, um erro geral coloca em risco toda sua evolução e trabalhos de anos, pré-determinados e alcançado com muito esforço e dedicação.
Para não acontecer isto, o administrador deve manter seu trabalho constantemente ligado ao projeto que deu inicio o seu desempenho na devida empresa e, também, seguindo todos os passos necessários que um projeto necessita para alcançar o sucesso, que sempre deseja alcançar o que é a perfeição máxima e a felicidade da clientela alvo.
Em se tratando de cliente envolvido em hospital, deparamos com pessoas extremamente debilitadas, desde a que busca a cura de sua doença como o responsável que está encaminhando o paciente, desta forma, o projeto em uma unidade organizacional deste tipo, deve partir, primeiramente, de sua equipe humana de trabalho.

A empresa deve estar com seu grupo unido, comungando o mesmo ideal, fazer tudo de certo para que seu cliente seja bem atendido e saia satisfeito dos problemas que tanto lhe afetavam.

Vendo nesta óptica, a empresa deve Ter, constantemente, um trabalho de aperfeiçoamento com a equipe central e idealizada do bom andamento dos serviços, que são os enfermeiros: eles devem ser bem treinados, tanto na óptica dos conhecimentos de saúde, como também, nos conhecimentos psicológicos. Também deve ter uma equipe honrada e dedicada no atendimento inicial do cliente, que é a portaria: este deve ser atencioso, cuidadoso, prestativo e, sobretudo, calmo para receber as diversas formas de pessoas que chegam nas portas de um hospital.

Ter uma equipe de médicos qualificada em diversas áreas de patologia existente, pois o carro chefe de um hospital é o médico, e este, desqualificado, coloca todo o projeto desenvolvido por água abaixo.

Possuir a aparência adequada, pois, a confiança do cliente neste tipo de serviço e muitos outros, é extremamente exigente com relação a limpeza, higiene e, também, não se esquecendo que as fiscalizações públicas estão em constante trabalho, e isto, também pode acarretar muitos prejuízos.

Os produtos utilizados também fazem parte do bom andamento do processo de produção, porque o centro da atenção é um ser humano e ele deve ser tratado com muito zelo e os produtos, como medicamentos, devem ser bem cuidados e controlados pelo responsável deste setor.

Os custos devem ser bem controlados, pois este fator é primordial na manutenção do projeto.

O tempo de atendimento é outra exigência do cliente, porque nenhuma doença avisa que vai chegar e tão pouco avisa como vai atingir ao paciente. Desta forma, a empresa que se propõe a trabalhar neste ramo de negócio, deve estar atenta, constantemente para atender o cliente que chega e logo deve ser colocado no centro das atenções dos serviços prestados pelo responsável.

O projeto, neste tipo de empresa, exige muito do administrador, pois ele não pode estar desatento a nada, e sobretudo, a mão de obra humana é a causa do sucesso do projeto.

Mas, um projeto em hospital não pára por aí: deve se ater em muitas outras formas para o bom andamento dos serviços. É o que veremos a seguir.

PROJETOS EM REDE DE PRODUÇÃO PRODUTIVA

Neste mundo ninguém vive sozinho, todos necessitam de, pelo menos, um ao seu lado, e a empresa também não é diferente, ela necessita de um inter-relacionamento com outras empresas, pois, todo sucesso a alcançar necessita de fornecedores de produtos, trabalhos de assessoramento, marketing, etc. Desta forma, monta-se uma rede de informações e colaboradores para o sucesso do objetivo desejado, o sucesso pessoal e empresarial.

Continuando com o exemplo nos dois tipos de empresas citadas, vamos iniciar falando na indústria de confecção: o seu ramo de negócio é transformação de uma matéria em produtos acabados. Desta forma, as empresas deste ramo, como qualquer outro ramo de transformação, devem se inter-relacionar com outras empresas, pois ela necessitará de fornecimento de matérias primas, fornecimento de apoio financeiro, necessitará de tecnologia avançada e empresas ou pessoas especializadas em dar treinamento para sua equipe de trabalho.

Vemos que qualquer ramo de produção necessita de uma gama de união, pois a força é a chave inicial do sucesso e a união é a conclusão do sucesso esperado.

Continuando com a linha de raciocínio, as empresas prestadoras de serviços também trabalham ligadas a uma rede de outras empresas e talvez, seja muito mais a união, pois um hospital necessita estar unido com empresas de laboratórios, fornecedores, governo quando acontece fiscalização, assessores, ou seja, é o mesmo trabalho feito em qualquer tipo de empresa.

Será que podemos dar como encerada a montagem de um projeto e, com isso, alcançaremos o sucesso? Claro que não! Temos que avaliar a tecnologia, com todos os avanços do mercado que acontecem, todas as pessoas e, sobretudo, as empresas devem estar ligadas a uma tecnologia de ponta, e isto ocorre quando o administrador de produção aceita mudanças e deve possuir uma ótima pedagogia para instruir o proprietário da empresa e seus subordinados, diretos e indiretos, em aceitar o avanço que acontece minutos, ou até mesmo, em segundos no mundo todo na tecnologia em todos os tipos de ramos de negócios.

PROJETOS NO PROCESSO TECNOLÓGICO

Todas as operações usam algum tipo de tecnologia de processo, seja a sua tecnologia humilde, ou a mais complexa e sofisticada, depende do tipo de empresa que se administra.

Para alcançar, ou mesmo, igualar-se com a concorrência, temos que nos inovar, aceitar mudanças em todos os cantos existentes em nossa empresa, desta forma podemos pensar em conseguir atingir o ponto crucial do sucesso.

A tecnologia de processo são diversas coisas, como por exemplo, máquinas que possibilitem qualidade no serviço, redução nos desperdícios e facilitação nas informações para os consumidores.

Quando um empresário quer que sua empresa concorra de igual para igual com seu concorrente, a empresa deve aceitar a inovação da tecnologia, pois, isto facilitará muito em todos os processos de produção da empresa.

Podemos citar alguns fatores que colaboram com o processo de produção:

Consumidor: este é o primeiro a ver as mudanças ocorridas na empresa, pois terá o seu produto desejado com um padrão de qualidade, economizará tempo e, sobretudo, possuirá confiança e credibilidade com a empresa que lhe oferece os serviços desejados;
Fornecedor: este ganhará tempo na confecção dos pedidos, pois, os controles de estoques estarão adequados e até controlados para saber os pedidos que serão feitos para posterior entrega;
Governo: facilitará tanto para a empresa como para o governo, pois, uma empresa controlada, na forma de contabilidade gerencial, não necessita de sonegação, pois, com um controle bem feito, é mais fácil atingir os lucros e não ter dor de cabeça nas fiscalizações governamentais;
Custo: na implantação pode até atingir um gasto significante, mas não se esquecendo que implantação de tecnologia não é gasto para a empresa e, sim, investimento. Desta forma, a redução do custo será inevitável em pouco tempo, porque com a precisão das máquinas, economiza com gastos de matérias primas e aproveita muito mais os produtos, com desperdício mínimo.
Qualidade: consegue-se um padrão na produção, no diálogo, ou seja, facilita, de forma arrasadora, qualquer problema que possa acontecer em reclamação do cliente.
Tempo: a administração ganha tempo e confiabilidade nos serviços prestados, pois, o equipamento bem trabalhado e operado só traz informações adequadas e precisas. A operacionalidade dos produtos é rápida e consegue-se atender com facilidade o prazo expedido pelos clientes.

Mas, com a tecnologia avança, com a introdução da robótica no mercado econômico (robótica, um manipulador automático multifunção reprogramável que tem diversos graus de liberdade, capaz de manusear materiais, peças, ferramentas ou dispositivos especializados através de movimentos programados variáveis, para desempenho de uma variedade de tarefas, freqüentemente tem aparência de um ou diversos braços, terminando em um pulso. Sua unidade de controle usa um elemento de memória e, algumas vezes, podem usar sensores e dispositivos de adaptação, que levam em conta o ambiente e as circunstâncias. Essas máquinas de múltiplos propósitos são, geralmente, projetadas para executar funções repetitivas e podem ser adaptadas a outras funções sem alterações permanentes do equipamento). Com este esclarecimento, notamos que vem a prejudicar o serviço do ser humano, pois a redução é inevitável. Pode ser que, na implantação de um sistema, pode ser que contrate mais funcionários no departamento de produção mas, com o passar do tempo, a evolução vem dando certo e a produção, alcançado, em larga escala, o mesmo padrão de produção, os cortes dos seres humanos acontecem de forma arrasadora. Percebemos que é um dos problemas com a tecnologia avançada, mas, para o empresário que tem condição de investir , deve faze-lo, pois seu concorrente já está se movimentando em fazer o avanço tecnológico, e ele não pode pensar exclusivamente na sua equipe, mas sim, na atuação da qualidade desejada e atendimento bem feito para seu cliente.

Em relação ao funcionário, ele também deve buscar uma atualização pessoal, investindo em si, nos seus conhecimentos, na sua tecnologia pessoal, na verdade, fazendo a mesma coisa que o seu patrão está fazendo, pois, o excelente profissional não ficará fora do mercado de trabalho por si, só aquele acomodado que parar no tempo.

PROJETO NO PROCESSO ORGANIZACIONAL DO TRABALHO
Esta parte do projeto é de suma importância para alcançar o desejo da prosperidade trabalhista, e alcançar o bom desempenho do projeto. Pois, os recursos humanos devem ser bem evoluídos e bem conduzidos pela liderança, porque um grupo unido jamais será vencido e, com a entrada da tecnologia citada no item anterior, deve ser bem trabalhada para poder dar mais ênfase e entusiasmo às pessoas que trabalham na empresa.

Desta forma, devemos conhecer, primeiramente, como é ser um líder e, depois, conhecer o trabalhador, não se esquecendo que o líder também deve trabalhar.

Anos atrás diziam que um líder não podia ser formado, mas, sim, nascia líder; hoje, não podemos mais falar a mesma coisa, porque a mente do ser humano possui uma capacidade imensa em armazenar informações e transmitir para execução, com isso, podemos dar dicas de como ser um bom líder e conquistar sua equipe de trabalho e, a partir deste momento, conduzir bem o objetivo desejado.

Como podemos entender gerenciar?

É o sinônimo de administrar um local, uma empresa, fazer existir um local organizado e bem conduzido.

O que é motivação humana?

Para compreender o comportamento humano, é fundamental o conhecimento da motivação humana. O conceito de motivação tem sido utilizado com diferentes sentidos. De um modo genérico, motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma. Esse impulso à ação pode ser provocado por um estimulo externo ou, pode ser gerado internamente, nos processos de raciocínio do individuo. Em resumo, motivação está ligada diretamente ao psíquico do ser humano.

O ser humano busca, a todo o momento, hierarquizar as suas necessidades de motivação, segundo as quais, as necessidades humanas estão organizadas em uma hierarquia de necessidade, sendo elas:

DIREÇÃO ADMINISTRATIVA

Para que uma empresa funcione adequadamente ela precisa ser dirigida. Em outros termos, ela precisa ser governada e orientada para os objetivos pretendidos. Sem a direção, a empresa fica à deriva, sem rumo certo. A direção se relaciona diretamente com a maneira pela qual o objetivo deve ser alcançado, através das atividades que devem ser realizadas. Estabelecidos os objetivos, definido o planejamento, organizados os trabalhos, cabe à direção fazer executar as coisas. Todo trabalho deve ser dirigido para o alcance dos objetivos. Se as pessoas que trabalham em uma empresa não conhecem os objetivos que elas devem alcançar, os seus esforços serão feitos ao acaso. A administração se baseia no trabalho de muitas pessoas em conjunto e torna-se necessário orientar o comportamento dessas várias pessoas, integra-los e dirigi-los rumo aos objetivos empresariais.

A direção constituiu a terceira etapa do processo administrativo, depois do planejamento e da organização. Enquanto o planejamento e a organização são etapas anteriores à execução dos trabalhos, a direção é a etapa concomitante ou simultânea a ela. Direção é a função administrativa que conduz e coordena o pessoal na execução das atividades planejadas e organizadas. Significa orientar e coordenar o trabalho dos subordinados. No fundo, dirigir significa interpretar os objetivos e os planos para os outros e dar as instruções sobre como executá-los. Trata-se de atuar diretamente sobre pessoas para conseguir que executem as suas atividades.

A importância da direção está em que de nada adianta um bom planejamento e uma boa organização se as pessoas trabalham sem uma orientação e coordenação adequadas. Daí, a direção ser considerada a mais importante das funções administrativas, a essência do trabalho do bom administrador.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE DIREÇÃO

a) Princípio da unidade de comando:

Cada subordinado deve subordinar-se a um e, a apenas um, superior. A recíproca deste principio é a de que deve haver uma autoridade única sobre cada pessoa na empresa, para evitar a duplicidade de ordens.

b) Principio da delegação:

É preciso que todas as atividades necessárias à realização dos objetivos empresariais sejam delegadas a um nível que possa executá-las adequadamente. A delegação significa a designação de tarefas, a transferência de autoridade e a exigência de responsabilidade pela execução daquelas tarefas.

c) Principio da amplitude de controle:

Também chamado principio de âmbito de controle, refere-se ao número ideal de subordinados que cada chefe pode supervisionar diretamente. Seu enunciado é o seguinte: cada chefe deve ter um número adequado de subordinados para poder supervisioná-los adequadamente.

d) Principio da coordenação:

Também chamado principio das relações funcionais. Diz ele: todas as atividades devem ser coordenadas e integradas, tendo em vista, um objetivo comum.

Para dirigir os subordinados, o administrador deve dar ordens ou instruções, para que estes saibam o que devem fazer e quando fazer. Tanto a ordem quanto a instrução servem para fazer iniciar, modificar e cessar uma tarefa ou atividade. Porém, a ordem se refere ao que fazer quando, enquanto a instrução se refere ao como fazer alguma tarefa ou atividade.

Mas, estas ordens e instruções deve-se saber como dá-las, porque, muitas vezes, podem perder produção, fazer serviços errados, ou até mesmo, provocar acidentes, por motivos de rispidez e falta de educação.

Quando tratamos com pessoas, lembremo-nos sempre que não estamos tratando com criaturas de lógicas. Estamos tratando com criaturas emotivas, criaturas suscetíveis às observações norteadas pelo orgulho e pela vaidade.

DIREÇÃO DEMOCRÁTICA

Há hierarquia e nível de decisão bem definidos em toda organi­zação. Conviver com eles, estabelecendo relações interpessoais harmônicas, é função de todos, cada um em seu nível de atua­ção.

Entende-se, hoje, que não é papel específico de um elemento, ­seja ele identificado como líder, chefe, diretor ou supervisor ­responder pela liderança ou administração das relações pessoais no trabalho, direcionando esforços para a consecução dos objeti­vos da organização.

Numa instituição de caráter educativo, isto é ainda mais eviden­te. A decisão, a socialização de informações (comunicação), o controle e a integração, entre outras funções, são muito mais um processo de interação no grupo de trabalho, do que o papel de alguém que exerça cargo ou função tidos como de liderança.

A liderança define-se melhor como um processo de estimulação mútua, em que está presente a tentativa de exercer influência e a aceitação dessa influência para um fim determinado.

Assim sendo, vamos encontrá-la em todas e em cada uma das etapas do trabalho da organização, que são de responsabilidade de diferentes pessoas e, por isso, é necessário estar preparado para exercê-la.

Algumas condições, se forem bem atendidas, podem contribuir para o êxito das tarefas que se desenvolvem em grupos:

Conhecer bem o que o grupo deseja ou necessita alcançar;
Estar a ele integrado, participando, contribuindo mais que qualquer outro elemento, para que o grupo alcance seus obje­tivos;
Atender aos imperativos da situação, isto é, conhecer as ca­racterísticas. do grupo, o meio em que o grupo vive, as condi­ções que tem para cumprir a tarefa, e a própria tarefa que de­ve ser realizada;
Manter o grupo em boas condições de trabalho, coordenando­ democraticamente, isto é:
Promovendo a participação efetiva de todos, sem impor pontos de vista como se fossem os únicos verdadeiros;
Conduzindo sem paternalismo ou benevolência excessiva, para não criar dependência e acomodação dos membros do grupo;
Apoiando, informando, mas também regulando as ações, para evitar que o grupo descambe para um nada fazer;
Buscando soluções cooperativas, equilibrando as exigências dos problemas e as necessidades das pessoas, criando no grupo a consciência de que sempre que houver uma função a ser preenchida, deve existir uma pessoa entre elas para preenchê-la. Todos têm, portanto, que estar dispostos a exercer uma liderança emergencialmente.

Isto se estende a todas as pessoas na organização, desde aquelas que se encontram nos níveis mais altos da direção, pas­sando pelas funções de supervisão, chefias intermediárias, es­calões administrativos diversos.

À direção cabe exercer sua função de comando, mantendo uma atmosfera de confiança, onde todos possam colocar em prática suas capacidades e administrando as situações de maneira reta e justa.

A direção democrática é, sem dúvida, a mais adequada a uma organização de caráter educativo.

Tendo, entre outras características, a preocupação de não fazer uso de autoridade que lhe dá sua posição, para tomar decisões ou estabelecer normas sem consultar ou ouvir as pessoas envol­vidas, a direção democrática busca, ainda:

Garantir a participação consciente do pessoal, valorizando a contribuição de cada um;
Manter o grupo coeso, cuidando para que sua saúde psicoló­gica seja preservada;
Manter um diálogo construtivo, sem intimidações, ameaças ou humilhações, com base na verdade, mas com cordialidade e boas maneiras;
Posicionar-se com serenidade e autocontrole nas situações mais difíceis, a fim de evitar que as reações emocionais obs­cureçam a visão da realidade;
Estimular o crescimento do grupo, reforçando sua auto-estima;
Reconhecer direitos quando existirem e não os ocultar ou es­camotear para tirar partido pessoal, ou mesmo, para a organi­zação.

Esta seria a direção ideal, necessária e almejada. Infelizmente, não é a que se encontra com mais freqüência.
Ao ingressar em um novo ambiente de trabalho, é recomendável procurar identificar o estilo de direção que aí se exerce. A partir desse conhecimento, apoiar-se nos aspectos positivos encontra­dos e tentar influir de maneira construtiva, participando, sugerin­do, apoiando, para que se produzam mudanças graduais no rela­cionamento e se obtenha um ambiente realmente adequado ao trabalho educativo.

MOTIVAÇÃO

Vimos que, para dirigir os subordinados, o administrador deve dar ordens e instruções, comunicar e motivar. A motivação é um poderoso instrumento de direção. Um motivo é qualquer coisa que leva uma pessoa a praticar uma ação: um motivo é a causa, a razão de algum comportamento. Como as pessoas são diferentes entre si e reagem individualmente a uma mesma situação, a direção deve levar em conta essas diferenças individuais e tratar as pessoas adequadamente. Motivar, portanto, significa despertar o interesse e o entusiasmo por alguma coisa. O estudo da motivação parte do estudo dos motivos ou necessidades humanos, sendo elas:

a) Necessidade vegetativa (ou fisiológica): é a necessidade vital relacionada com a sobrevivência da pessoa. Ex.: alimentação, água, sono, exercício físico, agasalho etc.
b) Necessidades de segurança: são as necessidades relacionadas com a proteção contra os perigos reais ou imaginários. Ex.: fuga ao perigo, desejo de estabilidade na empresa, desejo de proteção etc.
c) Necessidade Social: relacionadas com a vida associativa com outras pessoas. Ex.: desejo de amor, de afeição, de participação no grupo, relações de amizade etc.
d) Necessidades de Estima: relacionadas com o amor-próprio e com a auto-avaliação da pessoa. Ex.: desejo de autoconfiança, reputação, reconhecimento, prestigio, status etc.
e) Necessidades de realização: relacionadas com o autodesenvolvimento da pessoa. Ex.: auto-realização, auto-satisfação etc.

LÍDER E LIDERANÇA

Líder e liderança são palavras muito usadas, atualmente. Mas, o que vem a ser liderança? O que é ser um líder? A pessoa já nasce com as qualidades de líder? Que qualidades são essas?

Pesquisadores apresentam mais de cem traços de personalidade para classificar um líder. Verificou-se que líderes, por melhores condições pessoais que apresentem, não trabalham sozinhos. Precisam interagir com os dirigidos, subordinados, seguidores. Passou-se, então, a pensar, não apenas nos líderes mas, também, nos liderados.

Entretanto, não apenas a interação entre líder e liderados está presente na liderança, pois ela acontece dentro de um determi­nado contexto que nós denominamos situação. Em razão disto, a liderança começou a ser avaliada em função de três fatores: lí­der, liderados e situação:

O ambiente das instituições educacionais é educativo não só pelas instalações, equipamentos, recursos materiais e arranjos curriculares, mas, principalmente, pela organização humana, pela influência construtiva do "povo" que o compõe.

É mais educadora a organização, quando mostra sua face huma­na, ao estabelecer normas e princípios gerais de convivência, prevendo a participação e a discussão por aqueles que irão cumpri-los, trabalhar e viver dentro dessa, "cultura".

Mas, para que se possa respirar esse ar de liberdade responsá­vel, é necessário que as pessoas sejam capazes de disciplina consciente ou auto disciplinar, traço básico do comportamento maduro.

As características e habilidades exigidas de um líder são deter­minadas pela situação em que ele deve agir. O líder mais eficaz é aquele que melhor satisfaz as necessidades dos liderados.

Mas, devemos analisar a situação de um líder. Muitas vezes, uma pessoa é um excelente líder em uma sala de aula, mas ao ser contratado de uma empresa para dirigir um grupo de funcionários, ele não desempenha a função da mesma forma, pois, sua qualidade de liderança é no local que se sente bem. Isto também pode ser considerado com em líder político etc.

Ao estudar liderança, devemos, portanto, estar atentos para três fatores importantes:

O líder e seus traços de personalidade;
Os liderados, com seus problemas, necessidades e compor­tamentos;
A situação do grupo em que líder e liderados se relacionam entre si.

Poderíamos, então, definir liderança como sendo a influência in­terpessoal exercida numa situação, por intermédio do processo de comunicação, para que seja atingida uma meta.

Há influência interpessoal, quando alguém tenta afetar o com­portamento de outro. Num relacionamento, o papel de quem in­fluencia, de quem lidera, pode passar de uma pessoa para outra, variando segundo a situação.

Não podemos, entretanto, confundir liderança com "poder". Quando alguém emprega sua força física, pressão social, coação moral, pressão de lei ou pressão de autoridade para mudar, está usando o "poder", mas não está exercendo a liderança.

Qualquer grupo constituído sofre mudanças de situação em di­versos momentos de sua vida. As alterações que afetam um gru­po exigem sempre reformulação no comportamento do líder. É a transformação da atmosfera psicológica do grupo o principal fa­tor a exigir a capacidade de adaptação do líder.

É através do processo de comunicação que o líder eficaz envia mensagens aos liderados, levando-os à ação para que alcancem os objetivos, as metas previstas.

O líder "é o indivíduo no grupo, a quem é dada a tarefa de dirigir ou coordenar tarefas relevantes nas iniciativas grupais, ou quem, na ausência do líder designado, assume a principal responsabilidade de desempenhar tais funções no grupo".

Isto não quer dizer que o líder assume tal papel durante o tempo todo. Há momentos em que ele atua de forma mais diretiva e, ou­tros, em que sua abordagem apresenta menor interferência pessoal.

Sempre, porém, que o grupo sentir necessidade de um referen­cial ou de alguma revisão de orientação de suas atividades, de­verá poder contar com o apoio do líder a quem está acostumado a seguir.

O verdadeiro líder deve levar o grupo a produzir frente aos obje­tivos que precisam ser atingidos. Uma vez que isso aconteça, é importante que o grupo participe da satisfação de constatar os resultados alcançados.

Também é responsabilidade de um líder garantir a moral dos membros do grupo. Essa moral deve retratar a satisfação de ca­da membro em particular. Isto implica uma atitude, por parte do líder, de sensibilidade para favorecer o ajustamento de cada pessoa, dentro do contexto grupal em que se encontra inserida.

Deve-se, ainda, levar em consideração o fato de que um grupo não subsiste isoladamente, independente de outros grupos e de outros constituintes do seu meio.

Cabe ao líder, portanto, a sensibilidade de perceber e diagnosti­car as variáveis ambientais, para estar habilitado a, junto com o grupo, imprimir diferentes orientações ao seu futuro destino.

Liderança não é exclusividade de alguns:

Há diferentes necessidades, momentos diferentes que com­portam diversos tipos de liderança, ou seja, liderança múltipla, diversificada.

Ninguém nasce líder:

Se assim fosse, estaríamos decretando a incapacidade de uma pessoa, antes que ela pudesse se conhecer.

Estaríamos, também, encorajando situações de dinâmica autocrítica, de dominação, de dependência, com a promoção de caciques supremos e únicos.

Qualquer um pode ser líder:

Qualquer potencialidade das pessoas pode ser transformada em força para a liderança. Pessoas que, inicialmente parecem não ter expressão no grupo, à medida que criam confiança em si, libertando-se de inibições, timidez, insegurança, podem passar a exercer muita liderança.

A melhor atitude seria conquistar o subgrupo para aceitar a par­ticipação de novos elementos, em função das diferentes tarefas a serem realizadas.

Há liderança que não aparece:

Certas formas de liderança, como a das idéias - a liderança intelectual - podem não aparecer muito, mas podem ser mais profundas e decisivas do que outra forma de liderança.

Liderança pode ser aprendida:

Cabe ao Instrutor, professor, chefe, supervisor ou dirigente ­perceber capacidades nas pessoas e proporcionar-lhes situa­ções para que estas capacidades se revelem e se desenvolvam. Promove-se, assim, o aparecimento de novas lideranças, a serviço do grupo.

O líder, frente às "panelinhas", deve estar atento para evitar atitudes opostas:

Organizar atividades grupais somente a partir da formação espontânea e natural dos grupos (esta atitude limita e empobrece o grupo);
Ver os subgrupos como elementos negativos e "desmanchar as panelinhas". Esta atitude também empobrece o grupo, pois pode ser motivo de tensões e desagregação do grupo.

A melhor atitude seria conquistar o subgrupo para aceitar a participação de novos elementos, em função das diferentes tarefas a serem realizadas.

LIDERANÇA

Para dirigir as pessoas, não basta apenas dar ordens e instrução, comunicar e motivar. É preciso, ainda, liderar. E aí está outro desafio para o administrador. Liderança é a capacidade de influenciar as pessoas. Para dirigir pessoas, deve-se influenciar os seus comportamentos. Durante muito tempo, achava-se que a liderança era uma qualidade pessoal determinada por características de personalidade. Atualmente, aceita-se a existência de três fatores de liderança, isto é, três fatores na capacidade de liderar pessoas:

a) Posição hierárquica: decorrente da autoridade em relação aos subordinados. Quanto mais alta a posição hierárquica, maior a força de liderança oferecida pela estrutura organizacional ao administrador.
b) Competência Profissional: é resultante dos conhecimentos gerais (cultura geral) e específicos (cultura técnica) que o administrador possui. Quanto maior a competência profissional, maior a força de liderança que o próprio administrador possui.
c) Personalidade: decorrente das qualidades pessoais do administrador, como seu temperamento, caráter, relacionamento humano, inteligência, compreensão etc. A personalidade constitui uma base importante para a liderança. Se não houver facilidade no tratamento com as pessoas, de nada valem a posição hierárquica e a competência profissional. Convém lembrar que liderar é influenciar o comportamento das pessoas.
Três tipos de lideres:

a) Autocrático: sua principal característica é a de que o líder é quem toma decisão e impõe as ordens aos subordinados, sem sequer explicá-las ou justificá-las. Os subordinados não têm liberdade de atuação, pois, o líder autocrático controla rigidamente a sua atividade e não lhes explica o objetivo de seu trabalho.
b) Liberal: o líder se omite e não se impõe, enquanto os subordinados se tornam os donos da situação. Há uma completa e total liberdade de atuação para os subordinados. Nenhum controle sobre o seu trabalho. Todavia, os objetivos do trabalho não são explicados.
c) Democrático: é o tipo de liderança que fica no meio-termo entre a autocrática e a liberal, evitando as desvantagens de ambos. O trabalho é apresentado pelo líder aos subordinados, que lhes dá as diversas alternativas de execução e os objetivos que devem ser alcançados. O assunto é debatido com os subordinados que fazem sugestões, as quais, se viáveis, são aceitas pelo líder.

SUPERVISÃO

Ver a supervisão como auxílio e apoio em lugar de encará-la como inspeção ou fiscalização, nem sempre é uma questão pací­fica.

As razões que se tem encontrado para a distorção no julga­mento da função supervisora apontam, geralmente, em duas grandes direções:

A postura dos próprios supervisores, (orientadores, coordena­dores ou que outros nomes tenham os que exercem função de supervisão), ao enfatizar mais os aspectos corretivos do que os preventivos e de apoio de seu trabalho;
A postura dos supervisores, de sua competência técnica algumas vezes, e outras vezes, por não estarem muito seguros dela, procuram dificultar ou impedir a supervisão, na pressuposição de que o acompanhamento de seu trabalho é indício de falta de confiança.

A questão, evidentemente, não se resolve pelo confronto, mas pelo diálogo. Se a supervisão optar pelo uso do poder no desen­volvimento de seu trabalho, terá pouca possibilidade de obter confiança e cooperação e, se os supervisionados optarem pela rejeição, terá se instalado o impasse.

A supervisão pode escolher o caminho de ajuda competente, apoiando os encarregados na análise das situações-problema e na seleção de alternativas para resolvê-las, estimulando iniciativas criativas e a adoção de novas formas de abordar os problemas que vão se apresentando. Pode optar por um trabalho com o encarregado, ao invés de decidir por ele ou independentemente dele.

Por sua vez, os supervisionados podem optar por uma visão mais abrangente de aprendizagem, em que não só domínio do conteúdo específico é importante mas, todo um con­junto de ações pedagógicas se torna necessário para maior efi­cácia nos resultados. Podem adotar um posicionamento mais cooperador e racional, no sentido de somar à sua competência profissionais, outros elementos das ações pedagógicas que o su­pervisor detém por força de sua formação.

Esse encontro razoável de interesses será possível na medida em que sejam capazes, uns e outros, de estabelecerem relações profissionais mutuamente satisfatórias e complementares, em que o encarregado veja na supervisão a possibilidade de ajuda es­clarecida e a supervisão reconheça no encarregado a possibilidade de um trabalho competente e consciente.

A supervisão não é conferência de objetivos ou um balancete en­tre "previstos" e "realizados". Ela é muito mais. E, eis aí uma boa tarefa para Supervisor e Encarregado realizarem juntos: desco­brir esse “muito mais” que a supervisão significa.

Em resumo, os objetivos do projeto do trabalho são conhecer todo comportamento do ser humano e adotar várias opções para que o trabalhador alcance, juntamente com a empresa, o sucesso do projeto.

Temos que analisar este objetivo de várias formas na produção, pois, o trabalho (funcionário atendente do cliente) é a essência da conduta do projeto, pois, não adianta desenvolver produtos com qualidade, marketing bem divulgado, beleza na estrutura empresarial, se não tivermos um grupo de pessoas que atenda bem a coletividade que, propriamente, são os consumidores: a alma do negócio. Com isso, temos que possuir funcionários desempenhando suas habilidades de forma adequada e precisa, seguindo algumas regras, tendo apoio primordial da equipe responsável pela empresa, porque, não adianta cobrar regras dos funcionários se a empresa não dá condições de trabalho. As regras mais importantes são:

1) Qualidade:

Dar treinamentos para a equipe de trabalho que possa desenvolver o projeto desejado com eficácia e determinação, oferecendo-lhes cursos profissionalizantes, especializações e dando condições de trabalharem em equipamentos tecnológicos.
Não adianta cobrar da equipe de trabalho eficiência em equipamentos tecnológicos, se não há equipamentos suficientes para todos desenvolverem com precisão o projeto desejado.

2) Rapidez:

Algumas vezes, a velocidade de resposta é o objetivo dominante a ser atingido no projeto do trabalho. Por exemplo, a forma pela qual o trabalho do pessoal de serviços de atendimento de emergência é organizado, a gama de tarefas para as quais eles são treinados, a seqüência de atividades em seus procedimentos, a autonomia que eles têm para decidir sobre uma ação adequada e, assim por diante, será importante na determinação de sua capacidade de responder prontamente a emergências e, talvez, salvar vidas.

3) Confiabilidade:

A confiabilidade do fornecimento de bens e serviços é, usualmente, influenciada pelo projeto do trabalho. Por exemplo, dar condições para que o cliente conheça o fornecedor de bens e serviços, dando-lhe identificação, como crachá, uma roupa que identifica o trabalho e, sobretudo, a divulgação que a empresa fará em torno do determinado serviço realizado na área estipulada, isto, são formas para se confiar na empresa e no serviço prestado.

4) Flexibilidade:

É tornar o projeto fácil para ser desenvolvido, não fazendo com que cada departamento seja realizado por um único funcionário. Deve diversificar, tornar o grupo de trabalho polivalente, com todos conhecendo um pouco de cada departamento, torna-se possível a não parada da produção, pois, se um dos funcionários não puder vir para o trabalho, teremos um outro com condições de substitui-lo imediatamente.
Isto torna flexível toda evolução do projeto designado pela equipe produtiva.

5) Custo:

Cobrar condições de trabalho para sua equipe, mas não recusar que existam gastos no desenvolvimento do projeto, pois, para alcançar as necessidades transcritas em um projeto, necessita-se despender valores monetários e, quando se entra para fazer bem feito um serviço e cativar a clientela alvo, não se pode pensar em funcionários desqualificados, pois uma equipe de qualidade é cara, mas eficiente.
Exemplo: se um condomínio quiser dar segurança para seus moradores, não adianta colocar equipamentos tecnológicos de última geração, se não tiver funcionários competentes para manuseá-los.

6) Saúde e segurança:

O que quer que seja que o projeto do trabalho alcance, não pode pôr em perigo o bem-estar das pessoas que fazem o trabalho, de outras pessoas da operação, dos consumidores, que podem estar presentes na operação, ou daqueles que usam algum produto feito pela operação.
Isto ocorre muito: colocar segurança na empresa, mas não treina-los suficientemente para agir e, como agir, no momento preciso.

7) Qualidade de vida no trabalho:

O projeto de qualquer trabalho deve levar em conta seus efeitos sobre a segurança, a variedade, as oportunidades para desenvolvimento, o nível de estresse e o comportamento das pessoas que desempenham o trabalho. Desta forma, a empresa deve se preocupar com o bem estar de seu funcionário, internamente e externamente da empresa, pois, muitas vezes, possui um ótimo funcionário dentro da empresa, mas que é um problema em sua casa. Com isso, afeta-se, drasticamente, o desempenho do funcionário no seu dia-a-dia. Sendo assim, a empresa deve dar condições de vida, tanto para seus funcionários, como para as famílias dos mesmos.

8) Qualidade no comportamento da liderança:

Colocar pessoas qualificadas para atender internamente a equipe de trabalho, pois a harmonia é chave central para a condução dos trabalhos.

Não podemos colocar, em hipótese alguma, um funcionário em recursos humanos que seja revoltado consigo mesmo, pois desta forma, revoltará todo o grupo e tornará sem entusiasmo todos os componentes do projeto de trabalho.

ERGONOMIA

A ergonomia preocupa-se, primariamente, com os aspectos fisiológicos do projeto do trabalho, isto é, com o corpo humano e como ele se ajusta ao ambiente. Isso envolve dois aspectos:

Primeiro, a ergonomia preocupa-se em como a pessoa se confronta com os aspectos físicos de seu local de trabalho, onde "local de trabalho" inclui mesas, cadeiras, escrivaninhas, máquinas, computadores e, assim por diante.
Segundo, envolve como uma pessoa relaciona-se com as condições ambien­tais de sua área de trabalho imediata. Com isso, queremos dizer as condições ambien­tais nas quais a pessoa trabalha, por exemplo, a temperatura, a iluminação, o barulho ambiente etc.

Ergonomia é o termo usualmente adotado na maior parte do mundo; entretanto, é algumas vezes referido como "engenharia de fatores humanos", ou sim­plesmente "fatores humanos".
Ambos esses aspectos estão ligados por duas idéias comuns que permeiam a abor­dagem ergonômica do projeto do trabalho.

A primeira idéia é que deve haver uma adequação entre pessoas e o trabalho que elas fazem. Para atingir essa adequação há somente duas alternativas. Ou o trabalho pode ser adequado às pessoas que os fazem ou, alternativa­mente, as pessoas podem ser adequadas ao trabalho. A ergonomia direciona para a primeira alternativa.
O segundo tema que vem com a ergonomia é a coleta de dados. Ela realmente tenta tomar uma abordagem "cien­tífica" ao projeto do trabalho, de modo que coleciona dados para indicar como as pessoas reagem sob diferentes condições de projeto de trabalho e tenta encontrar o melhor conjunto de condições de conforto e desempenho.

PROJETO ERGONÔMICO DO LOCAL DE TRABALHO

Dentro do local de trabalho de grande variedade de operações produtivas, novas demandas, tecnologia e métodos de trabalho reconcentraram atenção na necessidade de considerar a forma como as pessoas se ligam às partes físicas de seus trabalhos. Isto é especialmente verificado nos trabalhos de escritórios e relacionado com informação devido à predominância de “interfaces” com computador, teclado e telas.

Entender como os locais de trabalho afetam o desempenho, a fadiga, o desgaste e os danos físicos é parte da abordagem ergonômica do projeto do trabalho.

PROJETO ERGONÔMICO DO AMBIENTE

O ambiente imediato, no qual o trabalho acontece, pode influenciar a forma como ele é executado. As condições de trabalho muito quentes, ou muito frias, insu­ficientemente iluminadas, ou excessivamente claras, barulhentas ou irritantemente silenciosas, todas vão influenciar a forma como o trabalho é levado avante. Todo este trabalho faz parte da legislação de saúde ocupacional e segurança do trabalho. Desta forma, devemos estar atentos na lei da saúde e segurança no trabalho, para não termos problemas com a fiscalização e, muito menos, com nossos funcionários que fazem parte da equipe producional.
Um completo entendimento deste aspecto de ergonomia é necessário para trabalhar dentro das linhas mestras dessa legislação.

PLANEJAMENTO E CONTROLE

PLANEJAMENTO ADMINISTRATIVO

Planejamento é a primeira etapa do processo administrativo que vem antes da execução de qualquer atividade. Planejamento é a função administrativa que determina, antecipadamente, quais os objetivos almejados e o que deve ser feito para atingi-los de maneira adequada. No fundo, o planejamento é a diferença entre uma situação atual e uma situação almejada como objetivo.
Está voltado para a continuidade da empresa e focaliza o futuro. Sua importância reside nisso: sem o planejamento, a empresa fica perdida no caos. O planejamento é vital para as demais funções administrativas, isto é, sem o planejamento, organização, direção e controle, perdem todo o seu efeito.

Planejamento é a função administrativa que, partindo da fixação dos objetivos a serem alcançados, determina, a priori, o que se deve fazer, quando fazer, quem deve fazê-lo e de que maneira. Para isso, o planejamento é feito a base de planos.

Plano é um esquema que estabelece, antecipadamente, aquilo que deve ser feito.
Existem vários tipos de planos, a saber:

a) Programas: são planos abrangentes que reúnem, em si, o conjunto integrado de planos relacionados com assuntos diferentes entre si. Uma programação é um tipo de plano que estabelece as vinculações entre planos diferentes. É o caso da programação de produção que envolve os planos de suprimentos (compras e almoxarifado), de manutenção (disponibilidade de máquinas e equipamentos), de mão-de-obra (disponibilidade de pessoal) etc.
b) Procedimentos: são planos que prescrevem a seqüência cronológica das tarefas a serem executadas. Os procedimentos são mais utilizados em trabalhos repetitivos e ciclos para mostrar a seqüência das rotinas. É o caso do procedimento de requisição de materiais no almoxarifado, envolvendo uma rotina, cuja seqüência é: emissão e preenchimento do formulário, assinatura do emitente, rubrica da chefia, envio para o almoxarifado, verificação dos dados, separação do material requisitado, carimbo de expedição no formulário e remessa do material requisitado para o órgão requisitante.
c) Métodos: são planos que detalham como uma atividade deve ser executada em seus mínimos detalhes. Sua amplitude é mais restrita que o procedimento. É o caso do método de montagem de uma peça de máquina, onde se detalha, em pormenores, todas as tarefas a serem realizadas pelo operário.
d) Normas: são regras ou regulamentos que servem para definir o que deve ser feito e o que não deve ser feito. São guias para dar uniformidade de ação, mas não estabelecem seqüência, como os procedimentos, nem detalha as atividades, como os métodos. É o caso da proibição de fumar em certos lugares, a concessão de descontos para certas compras, a exigência de crachás de identificação nas portarias etc.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO

a) Princípio da definição do Objetivo:

Seu enunciado é o seguinte: o objetivo deve ser definido de forma clara e concisa, para que o planejamento seja adequado. O planejamento é feito em função do objetivo que se pretende atingir. A finalidade do planejamento é determinar como o objetivo deverá ser alcançado. Se o objetivo não for claramente definido, o planejamento será muito vago e dispersivo.

b) Princípio da flexibilidade do planejamento:

É enunciado da seguinte maneira: o planejamento deve ser flexível e elástico a fim de poder se adaptar a situações imprevistas. Como o planejamento se refere ao futuro, a sua execução deve permitir certa flexibilidade a situações que podem sofrer alterações imprevistas.

Planejamento e controle é um trabalho relacionado dentro da administração da produção pois, para um gerente desenvolver um plano estratégico para alcançar os efeitos desejados, ele deve manter um controle especifico na sua meta desejada.

Desta forma, se planejamento e controle é o processo de conciliar demanda e oferta então, a natureza das decisões tomadas para planejar e controlar uma operação produtiva dependerá, tanto da natureza da demanda, como da natureza da oferta nessa operação.

A administração da produção deve ter planos estratégicos a todos os momentos para poder suprir a lei da oferta e da demanda (procura), porque, no momento em que realizar um trabalho de marketing ofertando o seu produto e demonstrando a qualidade dos valores da devida empresa, a procura será imediata e, com isso, deve-se Ter, imediatamente, o produto à disposição do cliente.

Pois, se ofertar e não fornecer aquilo que estava especificando, a empresa não perderá apenas um cliente, mas sim, uma gama de clientes, sendo que um falará para o outro e, com isso, temos um corrente de má fama.

Quando o administrador traça um plano, antes de lançá-lo, deve haver o controle geral, para saber das condições especificas da empresa.

Pegando como exemplo, uma empresa que comercializa eletro eletrônico: coloca em evidência que estará fornecendo todos os tipos de equipamentos das lojas com garantia de dois anos, mas, antes de fazer a propaganda, o administrador desta promoção deve ter contatado com os fornecedores de eletro eletrônico, sabendo que eles darão estas condições, porque, depois de realizada a promoção, a empresa deve manter o combinado, pois a credibilidade é a alma do negócio e, a confiança do cliente, é o melhor marketing que pode acontecer para a empresa, tanto no lado positivo como negativo.

Isto ocorre em todas as áreas de atuação de produção, claro que, cada uma com suas particularidades, mas o planejamento e o controle devem andar juntos para a boa execução dos trabalhos empresariais.

O propósito do planejamento e controle é garantir que a operação corra eficazmente e produza produtos e serviços como deve produzir.

A incerteza, a nenhum momento, pode haver por parte do cliente em relação à empresa, porque isto afetará a complexidade das tarefas de planejamento e controle.

CONTROLE ADMINISTRATIVO

Controle é a função administrativa que consiste em medir e corrigir o desempenho dos subordinados para assegurar que os objetivos da empresa sejam atingidos. A tarefa de controle é verificar se tudo está sendo feito em conformidade com o que foi planejado e organizado, de acordo com as ordens dadas, para identificar os erros ou desvios, a fim de corrigi-los e evitar sua repetição.

OBJETIVO E IMPORTÂNCIA

a) Correção das falhas ou erros: o controle serve para detectar falhas ou erros, seja no planejamento, na organização ou na direção e apontar as medidas corretivas.
b) Prevenção de novas falhas ou erros: Ao corrigirem falhas ou erros, o controle aponta meios de evitá-los no futuro.

PROCESSO DE CONTROLE

a) Estabelecimento de padrões: a primeira etapa do controle é a fixação dos padrões a serem obedecidos. Um padrão é um resultado desejado, uma norma para se estabelecer o que se deverá fazer, uma bitola previamente fixada, e que servirá de marco para comparar o desempenho futuro.

Tipos de padrões:

1. Padrões de quantidade
2. Padrões de qualidade
3. Padrões de tempo
4. Padrões de custo

b) Avaliações do desempenho: a segunda etapa do controle consiste em avaliar ou mensurar o que está sendo feito.

c) Comparação do desempenho com o padrão estabelecido: é a terceira etapa do controle. Consiste em comparar o que está sendo feito com o padrão estabelecido para verificar se há diferença, variação, erro ou falha.

d) Ação corretiva: é a ultima etapa do controle. Consiste na correção da variação, do erro ou falha. Se o desempenho foi de acordo com o padrão, não há ação corretiva. O objetivo do controle é identificar quando, quanto, onde, e corrigir.

CAPACIDADE DE ATENDIMENTO

Promover a capacidade de satisfazer a demanda atual e futura é uma responsabilidade fundamental da administração da produção. Um equilíbrio adequado entre a capacidade e demanda pode gerar altos lucros e clientes satisfeitos, enquanto o equilíbrio errado, pode ser potencialmente desastroso. Embora planejar e controlar a capacidade sejam uma das principais responsabilidades dos gerentes de produção, também deveriam envolver outros gerentes funcionais e, até mesmo, os responsáveis de cada departamento, para dirimir de acordo as informações necessárias.

Ao envolver a todos para dirimir de acordo com as informações, as decisões de capacidade têm impacto em toda a empresa. Todas as outras funções fornecem entradas vitais para o processo de planejamento. Cada função, desenvolvendo este trabalho, facilita o planejamento e controle do fator desejado e, com isso, absorve todo o desenvolvimento da função de produção principal que a empresa executa.

A capacidade de atendimento é também conhecida como planejamento e controle agregados, porque todo processo sofre interligação de um setor para com o outro. Com isso, desenvolve um trabalho positivo e efetivo na atuação empresarial.

O planejamento e controle de capacidade é a tarefa de determinar a capacidade efetiva da operação produtiva, de forma que ela possa responder à demanda. Isso normalmente significa decidir como a operação deve reagir à flutuação na demanda.

O potencial da empresa, quem sabe exclusivamente, é a gerência de produção, Sendo assim, a nenhum momento, pode-se ofertar algo que não poderá cumprir.

E, em nosso meio, o que mais acontece são empresários querendo abraçar o mundo com seus braços e, depois, não conseguem cumprir com os pedidos efetivamente preenchidos. Com o passar do tempo, a empresa entra em crise e se obriga a fechar as portas e, o empresário, fica se perguntando “por que isto com minha empresa?”, mas ele não reconhece que faltou planejamento estrutural e controle adequado na sua capacidade e deixou seus clientes insatisfeitos e, com o passar do tempo, perdeu a credibilidade e a confiança e seus maus hábitos se espalharam por toda a comunidade a qual estava envolvido.

Este termo, capacidade produtiva, tem que estar bem claro nas mãos do administrador de produção pois, a credibilidade geral da empresa está neste ponto: cumprir com aquilo que foi especificado, no prazo, com qualidade e presteza.

MÉTODOS PARA AJUSTAR A CAPACIDADE

Existem diversos métodos depende da circunstância e da empresa que está executando o projeto pré-determinado, sendo assim iremos dar alguns métodos mais usados:

Horas extras: para conseguir atender a clientela e seus pedidos efetivamente realizados, algumas vezes teremos que despender custos através de pagamento de horas extras para nosso funcionários e os mesmos poderem concretizar a produção desejada. Temos que estar atento na ociosidade, pois existem muitas pessoas que não cumprem com a produção no horário efetivamente regular, para poder realizar horas extras e Ter um ganho maior, isto deve ficar alerta o encarregado do departamento e estar a todo o momento cobrando de sua equipe de trabalho produção adequada.

Variar o tamanho da força de trabalho: A empresa aumenta sua capacidade de produção e, muitas vezes, só o aumento de horas extras não é essencial. Com isso, necessita aumentar o quadro de funcionários; desta maneira, deve analisar se é uma constante produção ou é sazonalidade. Desta forma, precisa-se verificar o método de contratação que fará com o aumento da força de trabalho. Pegando como exemplo prático, ocorre muito em supermercados, em época de festas, ou mesmo, início de meses: a empresa precisa fazer contratações de prestadores de serviço para atender com qualidade a seus clientes e, ao mesmo tempo, estará gerando emprego em época sazonal.

Usar pessoal em tempo parcial: é recrutar pessoal em tempo parcial, para trabalhar menos do que o normal. Desta forma, pode-se atender às expectativas necessárias da empresa e, ao mesmo tempo, economizar com valores mais baixos.

Subcontratação: Seria um complemento de identificação no tipo de empresa sazonal, ou seja, em épocas de picos, de maior demanda, faz-se contratação de funcionários para atender o período necessário, com isso, economiza-se com horas extras, gera-se emprego para a coletividade e atende-se, com qualidade, a todos os clientes.

PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUE

Estoque é definido como sendo a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação. Estoque também é usado para descrever quaisquer recursos armazenados.

Na realidade, todos os tipos de empresas, independentemente do ramo de atuação, todas as empresas possuem sistema de estoque, até mesmo aquelas prestadoras de serviços.

Como por exemplo, um banco tem estoque de caixas, estoque de numerários e outros tipos de estoque e, tudo isso, precisa sofrer controles e adequações.

Como citado acima, todas as empresas operacionais possuem estoques e seus controles, sendo:

Hotel; Alimentos, toalete, materiais de limpeza etc.
Hospital: Gaze, instrumentos, sangue, alimentos, remédios, materiais de limpeza etc.
Loja de Varejo: Bens para serem vendidos, material de embalagem, material de escritório, de limpeza etc.
Armazém: Bens armazenados, materiais de limpeza, material de embalagem etc.
Autopeças: Bens de materiais para ser vendidos etc.
Manufatura de Televisor: Componentes, matéria-prima, televisor acabados etc.
Indústria: Matéria-prima, material secundário, material de limpeza etc.

Todo este controle tem a finalidade de buscar reduzir custos, para galgar maiores lucros e resultados positivos no encerramento do exercício de cada empresa.

O controle de estoque deve seguir formas rígidas para controles porque, é a partir dele, que se consegue uma das formas de atender a capacidade de cada ramo e negócios.

Os gerentes de produção devem estar muito atentos neste setor, pois, o planejamento adequado e controle de estoque levam à redução de custos ou perdas demasiadas de investimentos.

Este setor é um dos valores em que a empresa investe mais quantidade de capital, porque, é a partir deste momento que o cliente estará procurando suas necessidades e divulgando o trabalho que a empresa desenvolve.

A empresa, para ofertar seu produto, deve ter um controle adequado em seu estoque, pois, a demanda só ocorre quando existem produtos para serem vendidos. E isto acontece quando existe um controle adequado na capacidade de valores e controle de seus custos, tanto no armazenamento como nos valores adequados de aquisição.

CONTROLES UTILIZADOS PARA O ESTOQUE DE MERCADORIAS

Tendo em vista que a empresa poderá adquirir um mesmo tipo de mercadoria em datas diferentes, pagando por ela preços variados, para determinarmos o custo das mercadorias estocadas, há necessidades de adotarmos alguns critérios.

Os critérios são:

a) Preço especifico: o critério de avaliação do preço especifico consiste em atribuir a cada unidade do estoque o preço efetivamente pago por ela, é um critério que só pode ser utilizado para mercadorias de fácil identificação física, como por exemplo, imóveis para revenda, veículos usados etc.
b) PEPS: significa primeiro que entra, primeiro que sai. Adotando este critério para valoração dos estoques, a empresa atribuirá às mercadorias estocadas os custos mais recentes.
c) UEPS: significa último que entra, primeiro que sai. Adotando este critério para valoração dos seus estoques, a empresa sempre atribuirá às suas mercadorias em estoque os custo mais antigos, guardadas as devidas proteções com as mercadorias que entraram e saíram do estabelecimento.
d) Custo Médio: Adotado este critério, as mercadorias estocadas serão sempre valoradas pela média dos custos de aquisição, sendo estes, atualizados a cada compra efetuada.

FINALIDADE DE ESTOCAGEM

Cada ramo de negócios possui a sua finalidade especifica de estocagem, claro que, todas são para atender o resultado positivo e a realização dos lucros e acúmulos de resultados.

O sistema de estocagem serve:

Primeiro: atender a capacidade que a empresa possui para atender o cliente alvo;
Segundo: controlar os custos para alcançar resultados favoráveis;
Terceiro: manter o produto guardado para maturação e realização da fabricação com qualidade para satisfação da clientela;
Quarto: adquirir produtos em grande quantidade não perecíveis, ganhando assim, economia na aquisição do produto.

O sistema de informação serve:

Para controlar esta estocagem tanto em grandes empresas como em pequenas. É o gerenciamento por computadores, devido ao grande número de cálculos que são necessários fazer e prestar diversas informações, o mais condizente sistema de gerenciamento é o computacional.

Deste modo, o resumo geral de finalidades de estocagem é, propriamente, gerar informações precisas para a gerência de produção.

MÉTODOS DE ESTOQUES

Existem diversos meios de estocagem, todos dependem do produto ou serviços utilizados, pegando como exemplo:

Empresas que industrializam produtos alimentícios, medicamentos etc. necessitam de estocagem em câmaras frias ou locais secos onde não ocorre luminosidade;
Empresas que industrializam produtos derivados de papel, tecidos etc. necessitam estocar os bens em locais secos, que não possua umidade.
Grãos e seus derivados, estocagem dos produtos em silos etc.

Cada sistema de produtos precisa ser bem avaliado para não perder o devido bem, pois, ele é o capital que a empresa possui investido para angariar recursos de lucros e atingir o resultado positivo para a empresa prosperar.

PLANEJAMENTO DE ESTOQUE

Esta execução de trabalho é realizada pelo responsável do planejamento de compras, onde ele fará verificações constantes no determinado estoque para realizar os devidos pedidos no prazo suficiente para não haver falhas ou falta de mercadorias, para não afetar a produção e os serviços prestados.

Este planejamento envolve previsão de gastos, controle de custo, pesquisa de preço, resume-se com trabalhos internos e externos, pois, este desenvolvimento de produção, é de suma importância nas tomadas de decisões gerenciais.

DECISÕES DE ESTOQUE

Em cada ponto no sistema de estoque os gerentes de produção precisam gerir as tarefas do dia-a-­dia dos sistemas. Pedidos de itens de estoque serão recebidos dos consumidores inter­nos e externos; os itens serão despachados e a demanda vai gradualmente exaurir o estoque. Serão necessárias colocações de pedidos para reposição de estoques, entregas vão chegar e requerer armazenamento. No gerenciamento do sistema, os gerentes de produção estão envolvidos em três principais tipos de decisões:

Quanto pedir: nesta decisão, também conhecida como de volume, o reabastecimento deve ser visto pela gerencia de produção, porque o produto tem que sofrer um abastecimento compatível com a venda ou com a utilização do mesmo. Exemplo: produtos que estão na moda ou sazonalidade, estes devem ser adquiridos o mínimo possível, para não haver sobras de volumes, pois, isto acarreta prejuízo.
Quando pedir: esta decisão, chamada de momento de reposição, deve ser bem tomada, porque a chegada do produto deve ser na época determinada para o consumo ocorrer no período pré-determinado.
Como controlar o sistema: utilizar procedimento e rotinas que irão ajudar a implantação da tomada de decisões, isto pode ser através de tecnologia, ou funcionários que desenvolvem o controle do estoque, ou mesmo, os dois fatores; também analisar que tipo de produto será adquirido, tamanhos, modelos, ou seja, fazer uma pesquisa de mercado ou uma pesquisa interna para saber o que precisa ou, o que irá comercializar; e para finalizar, neste sistema de controle, seria o armazenamento o fator importante, pois não se pode perder nada, pois tudo custa e, este custo, deve ser também ponderado.

CUSTOS DE ESTOQUES

Exatamente os mesmos princípios da situação doméstica, aplicam-se às decisões de pedidos comerciais. Na tomada de decisão de quanto comprar, os gerentes de produção, primeiro tentam identificar os custos que serão afetados por sua decisão. Alguns custos são relevantes. Sendo eles:

1) Custo de colocação do pedido: Cada vez que um pedido é colocado para reabastecer estoque, são necessárias algumas transações que incorrem em custos para a empresa. Essas, incluem as tarefas de escritório, de preparo do pedido e de toda a documentação associada a isso, o arranjo para que se faça a entrega, o arranjo de pagar o fornecedor pela entrega e os custos gerais de manter todas as informações para fazer a devida aquisição.
2) Custos de desconto de preços. Em muitas indústrias, os fornecedores oferecem descontos sobre o preço normal de compra para grandes quantidades; alternativamen­te, eles podem impor custos extras para pequenos pedidos.
3) Custos de falta de estoque. Se errarmos na decisão de quantidade de pedido e ficarmos sem estoque, haverá custos incorridos por nós, pela falha no fornecimento a nossos consumidores.
4) Custos de capital de giro. Logo que colocamos um pedido de reabastecimento, os fornecedores vão demandar pagamento por seus bens. Quando fornecermos para nossos próprios consumidores, vamos, por nossa vez, demandar pagamento. Todavia, haverá, provavelmente, um lapso de tempo entre pagar nossos fornecedores e receber pagamento de nossos consumidores. Durante esse tempo, temos que ter os fundos para os custos de manter os estoques. Isso é chamado capital de giro, de que precisamos para girar o estoque. Os custos associados a ele são os juros, que pagamos ao banco por empréstimos, ou os custos de oportunidade, de não reinvestirmos em outros lugares.
5) Custos de armazenagem. Estes são os custos associados à armazenagem física dos bens. Locação, climatização e iluminação do armazém podem ser caros, especial­mente, quando são requeridas condições especiais, como baixa temperatura ou armaze­nagem de alta segurança.
6) Custos de obsolescência. Se escolhemos uma política de pedidos que envolva pedidos de quantidades muito grandes, o que significará que os itens estocados perma­necerão longo tempo armazenados, existe o risco de que esses itens possam tornar-se obsoletos (no caso de uma mudança na moda, por exemplo) ou deteriorar-se com a idade (no caso da maioria dos alimentos).
7) Custos de Estocagem. Pode ocorrer uma grande quantidade de produção e, com isso, não termos lugares suficientes para armazenamento do produto, tornando, assim, necessário alugarmos lugares para a guarda de nossos produtos.

IMPORTÂNCIA DOS ESTOQUES

Normalmente, os estoques representam um dos investimentos mais elevados nas contas que compõem a estrutura de capital de giro nas empresas simplificadas. Essas contas são representadas pelas aplicações em caixa, contas a receber e estoques. Em função desse alto investimento, o item estoque tem grande importância no contexto da empresa. Portanto, quando o empresário for realizar compras para suprir as necessidades de sua empresa, deve analisar, para evitar que o entusiasmo do presente se transforme em problemas para o futuro.

Pensando assim, o empresário deve procurar trabalhar com estoques que se enquadrem a padrões mínimos e máximos, ditados pela segurança e pelo bom senso. A classificação básica que as empresas fazem, quanto aos estoques, geralmente, são os seguintes: Empresas Comerciais: Mercadorias e Empresas Industriais: Matéria-prima, Produtos em processo e Produtos Acabados.

NÍVEL DE ESTOQUES

Em função da importância dos estoques e para garantir a rentabilidade do capital aplicado, é ideal que o empresário estabeleça níveis de estoques para cada item, visando, principalmente, reduzir o investimento desnecessário e possibilitar o fluxo normal de produção/vendas de forma contínua e uniforme, evitando possíveis interrupções.

ESTOQUES MÍNIMOS

É a quantidade mínima de uma mercadoria e/ou matéria-prima que a empresa deve manter em estoque para atender às suas necessidades por determinado período.

PLANEJAMENTO E CONTROLE DAS REDES DE SUPRIMENTO

A gestão da rede de suprimento está relacionada à gestão do fluxo de materiais e informações entre as unidades produtivas que formam os ramos ou cadeias de uma rede de suprimento.

Rede de suprimento é uma expressão usada para designar todas as unidades produtivas que estavam ligadas para prover suprimentos de bens e serviços para uma empresa e para gerar a demanda por esses bens e serviços até os clientes finais.

Suprimento é abastecimento de produtos e serviços.

Alguns dos termos utilizados para descrever a gestão de diferentes partes da cadeia de suprimento.
Gestão de compras e suprimentos, para designar a função que lida com a interface da unidade produtiva e seus mercados fornecedores.

Gestão da distribuição física, operação de fornecimento aos clientes imediatos.

Logística, é uma extensão da gestão da distribuição física e, normalmente, refere-se à gestão do fluxo de materiais e informações a partir de uma empresa, até os clientes finais, através de um canal de distribuição. Gestão de materiais refere-se à gestão do fluxo de materiais e informações através da cadeia de suprimentos imediata. O conceito tem incluído as funções de compras, gestão de estoques, gestão de armazenagem, planejamento e controle da produção e gestão da distribuição física.

Gestão da cadeia de suprimentos é um conceito desenvolvido com uma abrangência bem maior e com um enfoque holistico, que gerencia, além das fronteiras da empresa. Reconhece-se que há benefícios significativos a serem ganhos ao tentar dirigir, estrategicamente, toda uma cadeia em direção à satisfação dos clientes finais.

Uma cadeia de suprimentos como um todo pode ser vista como o fluxo de água num rio: organizações localizadas mais perto da fonte original do suprimento são des­critas como estando "à jusante", enquanto aquelas localizadas mais próximo dos clien­tes finais estão "à montante" (entretanto, o fato de uma empresa ser considerada como estando à jusante ou à montante, depende da exata posição de sua unidade produtiva dentro do fluxo).

Os termos definidos indicam grau crescente de integração - conside­rando o fluxo de todo o rio. Compras e suprimentos, assim como distribuição física, referem-se a apenas uma parte da cadeia de suprimentos, à jusante e à montante, respectivamente.

Logística e gestão de materiais tomam partes maiores da cadeia de suprimentos, enquanto a gestão da cadeia de suprimentos engloba a cadeia toda.

Em resumo, podemos definir como gestão da cadeia de suprimento de matérias primas, manufatura, montagem e distribuição ao consumidor final.

Podemos concluir que rede de suprimento é o trabalho executado na união de todos os setores, trabalhando com o mesmo ideal: tornar a empresa próspera e, com isso, a gerência de produção recebe ajuda, dos departamentos de finanças, contábil, produção, estoques, ou seja, a empresa é um trabalho de união grupal, tendo como finalidade, um único propósito de atingir o resultado necessário para sobrevivência e crescimento da empresa.

Com o trabalho feito em união, há o suprimento de idéias, tornando-se assim, chamado rede de suprimento. Com isso, dá-se condições de planejar, adequadamente, toda a empresa em um único momento.

Assim, todos dando idéias inovadoras, há a possibilidade de reduzir custos, conquistar mais mercado e até atingir novos horizontes de produção.

Pegando como exemplo, existem várias empresas que efetuavam as vendas com equipes de vendedores. Com a entrada da rede mundial de computadores, a internet, o departamento de vendas expandiu sua rede de computadores, treinou seus vendedores internos e, com isso, efetua suas vendas de mercadorias sem ter vendedores externos, economizando, assim, os custos de viagens, número de funcionários, ou mesmo, terceirização e aplicando com qualidade a venda para os seus clientes.

A desvantagem desse suprimento acarretou a falta de contato humano, mas para as empresas, as vendas se mantiveram. Há casos em que aumentaram e, com isso, reduziram-se custos drasticamente.

Este tipo de rede de suprimento está sendo muito utilizado nas redes de ensinos, onde aulas estão sendo ministradas via internet, tornando, assim, contratação de menos mão de obra, que são os professores, e havendo mais parcerias com escolas e universidades de maior respaldo e nomes perante o ministério de educação.

É por isso que se chama suprimento, suprimir gastos, atingir qualidades e conseguir resultados mais rápidos e positivos.

PLANEJAMENTO E CONTROLE DO TEMPO (JUST IN TIME)

O tempo é idealizador da marca da vida, pois temos horas para produzir, temos horas para estocar, temos horas para vender e temos horas para analisar. Com isso, o tempo idealiza a vida da empresa, é através dele que a empresa pode crescer ou fechar. Um sistema de produção mal realizado pode decretar a falência exata da devida empresa.

Assim, o sistema de produção deve avaliar a hora certa da estratégia para tomar o rumo perfeito de trabalho, verificar o tempo que o projeto levará para ficar pronto e colocar na prática, saber planejar e controlar na hora correta a equipe de trabalho, o estoque, a capacidade da empresa. Em síntese, o tempo faz parte, de igual valor, a tudo que se discute na administração da produção pois, foi dele que surgiu, um dia, a devida empresa administrada.

O just in time é uma abordagem do tempo, que visa aprimorar a produtividade global e eliminar os desperdícios. Ele possibilita a produção eficaz em termos de custo, assim como o fornecimento apenas da quantidade necessária de componentes, na qualidade correta, no momento e locais corretos, utilizando o mínimo de instalações, equipamentos, materiais de recursos humanos. A função principal deste sistema é o trabalho em grupo.

O objetivo de se trabalhar com o tempo é reduzir todas as funções produtivas de uma empresa, é satisfazer o cronograma da produção em um espaço de quantidade e tempo suficiente para o resultado positivo que a empresa deseja alcançar, tendo como, por exemplo:

Manufatura de fluxo contínua, trabalhar com produção em grande escala em um período de tempo ininterrupto para chegar ao final do lote no prazo pré-fixado.

Manufatura de alto valor agregado, trabalhar com a transformação de matéria-prima de vários produtos, com a mesma linha de produção, ou seja, com a mesma equipe, tornando os mesmos, polivalentes em toda área de trabalho.

Produção sem estoque, realizar o casamento das vendas, sendo que a empresa vendedora realiza a efetivação do pedido sem que o produto passe pela empresa, ou seja, a venda é realizada pela empresa intermediária, mas a entrega sai diretamente da indústria produtora do referido produto. Exemplo, nas vendas pela internet, a empresa vendedora realiza o destaque dos pedidos, encaminha para a indústria e já está efetivada a entrega para o caminho desejado.

Produção com pouco estoque, empresas que trabalham exclusivamente com produtos sazonais, necessitam, exclusivamente, trabalhar com estoque mínimo, pois a moda acaba e o cliente não mais adquirirá o devido produto, ou mesmo, produtos perecíveis que podem estragar e não serem vendidos na época de seu vencimento. Isto ocorre constantemente com remédios, alimentos etc.

Manufatura veloz realiza a transformação do produto em um período de tempo mínimo, utilizando todos os recursos necessários, contratando funcionário por contrato de obra certa, pagando horas extras e etc., mas realizar uma planilha de custo antecipado para verificar se compensa produzir velozmente o produto ou rever o pedido, porque muitas vezes não compensa realizar a produção, o prejuízo é inevitável e o retorno do cliente não serão por muito tempo, devido alguns motivos.

Manufatura de tempo de ciclo reduzido, esta produção é trabalhar com produtos perecíveis, onde pode acarretar o vencimento do produto e a produção não se realizar na época determinada do seu vencimento.

NÃO IMPLANTAR O SISTEMA DE TEMPO ACARRETA DESPERDIÇO

Na Superprodução, produzir desordenadamente uma produção, sem haver controle e planejamento no estoque, sem haver planejamento no sistema de consumo, ou seja, produzir em grande escala, não tendo consumidor suficiente para adquirir.

No Tempo de espera, possuir uma linha de produção, e produzir dois ou mais produtos, tudo para economizar com aperfeiçoamento dos funcionários ou investimento em tecnologia. Deixar para fazer pedido em cima da hora, quando já esta acabando o seu estoque, e haver produção de vendas e não ter mercadorias para realizar a distribuição para seus clientes, isto não só acarreta prejuízo como perca de clientela.

No transporte, este sistema colabora de forma desejada a economia e ganho com o transporte da produção, este exemplo pode pegar de empresa que transporta cargas pesadas, e saindo do destino com mais cargas e menos combustível e abastece na viagem, talvez com a quantidade levada proporcione mais lucros do que se sair do destino com menos cargas mais abastecidos.

No Processo, pode haver fontes de desperdício, mas algumas operações podem ser eliminadas em função de projeto ruim em relação a componentes ou mesmo muita utilização de manutenção.
No Estoque, onde acarreta mais desperdícios, devido falta de planejamento, controles, sistema de informações, provocam com isso percas, sobras e prejuízo.

Movimentação, a implantação de um sistema tecnológico sofisticado, ganhando tempo na produção e proporcionando qualidade no produto, tornam-se ganhos e com isso reduz desperdício.

Em Produtos defeituosos, acarreta produção de bens defeituosos devido funcionários desqualificados na empresa, tudo para ganhar tempo, em relação a horas e tempo em relação a numerários, com isso a empresa não investe em aperfeiçoamento humano e muito menos em sistema tecnológico.

MELHORIAS

Na administração da produção, não podemos exclusivamente conhecer a administração, temos que saber melhorar e incrementar todas as inovações que venham a ocorrer. Desta forma, temos que estar ligados, diretamente, em aceitar mudanças, verificar formas de melhorias e, até mesmo, nos qualificar mais do que já somos.

Assim, a gerência de produção, não só deve melhorar o seu intelectual, como mudar e melhorar a sua equipe de trabalho e seus equipamentos tecnológicos.

Para efetuar melhorias na produção deve-se seguir rigorosamente todas as fases necessárias, sendo:
Desenvolver e traçar Objetivos e estratégias adequadas, modificando para melhor a já existente dentro da empresa.

Rever os projetos e corrigir as falhas e cobrar aquilo que não foi executado, pois, pode ser a falha de não estar alcançado o efeito desejado de sucesso da empresa.

Se necessário, planejar todas as fases de mudanças, para não se perder no momento da readministração que será traçada nos âmbitos profissionais da empresa.

PRIORIDADE DE MELHORAMENTOS

Trabalhar e rever as necessidades e preferências de consumidores, pois, eles são o alvo da existência organizacional. Sem eles não teria sentido de existir a empresa e, tão pouco, conseguir resgatar recursos financeiros e alcançar os objetivos desejados que são lucros e divisas.

Trabalhar melhor as estratégicas de marketing, qualidade, eficiência para combater o desempenho e as atividades dos concorrentes, pois, eles são as barreiras que temos que superar. É através deles que somos obrigados a vencer nossos limites e nossos próprios conhecimentos, ou seja, superarmos a nós mesmos.

O melhoramento da organização deve estar ligado diretamente ao contínuo, pois devemos estar constantemente nos reciclando e verificando as falhas para não nos surpreendermos com nossos concorrentes e muito menos, perdermos os clientes, que são o alvo da existência da organização.

PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE FALHAS

FALHA DO SISTEMA

Sempre há uma probabilidade de que, ao fabricar um produto ou prestar um serviço, as coisas possam sair erradas. Erros são inevitáveis e parte intrínseca da vida; nada é perfeito. Aceitar que ocorrerão falhas não é, entretanto, a mesma coisa que ignorá-las. Também não implica que a produção não possa ou não deva tentar minimizar falhas, e ainda, nem todas as falhas são igualmente sérias. Algumas falhas são incidentais e podem não ser percebidas. No final de um concerto, um violinista pode tocar uma nota errada e o efeito tem pouca probabilidade de ter grande impacto. Se ele ou ela está executando um solo, entretanto, o erro pode estragar toda a execu­ção. Um concerto, como todos os sistemas, pode ser mais tolerante com relação a al­guns tipos e alguns níveis de falhas do que com relação a outros.

As organizações, portanto, precisam discriminar as diferentes falhas e prestar atenção especial àquelas que são críticas por si só, ou porque podem prejudicar o resto da produção. Para fazer isso, precisamos entender por que alguma coisa falha e sermos capazes de medir o impacto da falha.

As falhas podem existir devido a diversos problemas, sendo eles:
Quebra de máquinas;
Solicitação de pedidos de clientes inesperados que a produção não consegue atender;
O material do fornecedor pode estar defeituoso;
Falhas no projeto;
Falhas na instalação, edifício etc.;
Falhas do pessoal, funcionários ou da empresa terceirizada;
Falhas no tempo, realizar tarefas que não estão ao alcance da produção.
E demais outras falhas que podem vir a acontecer, onde a empresa e a gerência de produção devem estar atentos para não causar reflexo no fator final, que é o cliente.
Para isso a empresa deve ter condições de prevenir estas falhas, ou fazer com que elas aconteçam de formas mínimas, que não afetem toda a evolução produtiva da empresa. Para conseguir isto, a administração da produção deve:

Analisar periodicamente todas as instalações;
Reciclar os funcionários;
Reavaliar os projetos e as metas desejadas;
Verificar os produtos vindos dos fornecedores;
Não deixar acontecer de aceitar pedidos fora da capacidade de cumprir no tempo específico.
A confiabilidade do cliente está, especificamente, dentro deste assunto, pois, uma falha, dependente da produção, pode acarretar a vida de um cliente.

LOGÍSTICA

CONCEITO E A EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA E O PERFIL DO PROFISSIONAL

Logística – A Melhor Maneira de Diminuir Custos, Tempo, e Espaço Físico, Visando Maior Lucro, Confiança e Satisfação de seus Clientes.

Embora o termo e atividade logísticos estejam se expandindo agora no mercado com maior intensidade, grandes empresas que adotam o sistema logístico, ao seu modo, obtiveram grandes resultados, diminuindo custos, tempo, espaço físico (Matéria–Prima), produção, estocagem, transporte etc.), adquirindo maiores lucros, confiança e satisfação de seus clientes.

Ao contrário do que muitos pensam, não definimos Logística como “transporte” pura e simplesmente.
Para entender como a administração logística é empregada em uma empresa, devemos dar importância aos seguintes pontos:

Custo e tempo de produção: levando-se em conta treinamento de pessoal, redução em produtos com defeitos, melhor aproveitamento do tempo, visando mais produção com menos custo e tempo.

Custo na compra da matéria–prima: valor a ser pago, prazo, tempo de estocagem, rentabilidade na produção etc.

Estocagem e espaço físico: determinados cuidados para diferentes tipos de produtos acabados, ou semi-acabados, visando usufruir ao máximo o espaço físico disponível, tempo permitido de estoque, tipos de embalagem e vários outros fatores.

Marketing e segurança garantida ao cliente ou futuro cliente: são estudados estilos de propaganda com baixo custo, por onde a marca fixe-se no mercado e atinja, direta e principalmente, a cabeça do consumidor, provocando uma real necessidade de consumo.

Transporte: definindo o transporte a ser usado, e estudando o percurso a ser feito, reduzindo tempo e custo, dando grande importância à segurança da carga e satisfação do cliente ao recebê-la.

Tendo estes como pontos básicos para se ter uma pequena noção sobre o que vem a ser Logística, devemos considerar que logística nada mais é do que uma administração geral e bem detalhada de uma empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte.

Além das empresas que possuem o seu ciclo logístico próprio, há outras que preferem contratar serviços terceirizados, mais comumente, os serviços de empresas logísticas especializadas em transporte.

Espero que, com nosso trabalho, possa ter aprendido um pouco mais sobre o que vem a ser logística, e que essas informações possam lhe ser úteis no futuro, como profissional, cliente, consumidor, assim como para nós.

Evolução da Logística no Brasil

Com a economia, as empresas acordaram e começaram a vê-la como uma ferramenta necessária à competitividade e à sobrevivência do negócio. Os empresários começaram a olhar seus custos mais detalhadamente e encontrar respostas para perguntas do tipo: as minhas fabricas estão bem localizadas e preparadas para atender rapidamente às necessidades dos meus clientes?.

De forma resumida, podemos dizer que LOGÍSTICA é a arte de gerenciar, de forma global e otimizada, o fluxo de movimentos e informações da origem ao ponto final do processo, atendendo, satisfatoriamente, ao cliente final com um produto com alto nível de qualidade e competitividade e com custos adequados.

Neste primeiro momento, as empresas já estão preocupadas com alguns custos de cadeia, especialmente, os de transporte, distribuição e armazenamento de seus produtos. Portanto, grande parte das mesmas já sabem exatamente, pelo menos o custo de uma das partes do processo.

Neste contexto, outra forte tendência, que está ganhando espaço rapidamente, é a de terceirização destas atividades operacionais. Isto tem provocado o aparecimento dos chamados “operadores logísticos”. Outra realidade decorrente deste movimento é a carência e, ao mesmo tempo, a procura por profissionais especializados na área. Este binômio tem provocado uma forte migração de recursos humanos de outras áreas para a área de logística, evidenciando o assunto.

Até a década de 40 o mundo empresarial era caracterizado por:

Alta produção;
Baixa capacidade de distribuição;
Despreocupação com custos;
Inexistência do conceito de logística empresarial.

De l950 a l965 surge o conceito de logística empresarial, motivado por:

Uma nova atitude do consumidor ;
Pelo desenvolvimento da análise de custo total;
Pelo início da preocupação com os serviços ao cliente e de maior atenção com os canais de distribuição.

De l965 a l980:

Consolidação de conceitos;
Colaboração decisiva da logística no esforço para aumentar a produtividade da energia, visando compensar o aumento da produção industrial;
Crise do petróleo;
Crescimento dos custos da mão-de-obra;
Crescimento dos juros internacionais.

Após l980:

Desenvolvimento revolucionário da logística decorrente das demandas ocasionais:

Pela globalização;
Pelas alterações estruturais na economia mundial;
Pelo desenvolvimento tecnológico.

O Perfil do Profissional de Logística

Na busca pela melhoria contínua da produtividade e da qualidade, as empresas estão buscando profissionais especializados na administração dos processos logísticos.

Hoje, já é senso comum dizer que entrega e distribuição é tão importante quanto produzir e vender. Prova disso, é a necessidade que o profissional de logística conheça a estrutura global da empresa, desde a compra da matéria-prima, até a distribuição, que entende e desenvolve formas da parceria, o atendimento ao cliente e toda a cadeia de distribuição, ou seja, conhecimento sistêmico.

Apesar do longo caminho que resta percorrer, a crescente procura por profissionais de logística, tem estimulado as universidades a criar cursos na área.

Para isso, os profissionais na busca de adquirir conhecimentos mais especiais na área, buscam cursos específicos na área, buscam cursos específicos e especializados no exterior, além de buscar bibliografia americana para aprofundar tal enfoque.

Estudar ou trabalhar em outros países oferece uma visão global de mercado, característica importante no mundo competitivo de hoje.
Na busca pela qualidade da formação profissional de logística. Áreas de Atuação Profissional.

As principais áreas de atuação profissional na logística empresarial incluem a gestão de :

Planejamento
Materiais
Distribuição
Armazéns
Estoques
Transportes
Informações
Qualificação Básica do Profissional de Logística

A qualificação Básica para um profissional de logística de nível gerencial deve incluir:

Conhecimento conceitual abrangente sobre logística empresarial e cadeia de abastecimento (Supply Chain) e a administração correspondente;
Visão de mercado e entendimento da importância do bom atendimento ao cliente;
Discernimento, vontade e coragem para introduzir mudanças;
Criatividade;
Vivência;
Ter conhecimentos em vários tipos de transportes.
Dominar inglês (idioma).

LOGÍSTICA EMPRESARIAL

INTRODUÇÃO

A logística trata da administração do fluxo de bens e serviços em organizações orientadas ou não para o lucro. É um assunto vital e freqüentemente absorve parte substancial do orçamento operacional de uma organização. Suas atividades típicas incluem, entre outras: transportes, gestão de estoques, processamento de pedidos, compras, armazenagem, manuseio de materiais, embalagem e programação da produção.

A seguir, procuramos dar uma visão geral da administração em organização com atividades logísticas voltadas para deixar os produtos e serviços disponíveis aos clientes no momento, local e condições desejadas.

O QUE É LOGÍSTICA EMPRESARIAL?

A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor o nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controles efetivos para atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. Ela trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável.

O DESAFIO DA LOGÍSTICA

O problema enfrentado pela logística é diminuir o intervalo entre a produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na condição física que desejarem.

Vencer tempo e distância na movimentação de bens ou na entrega de serviços de forma eficaz e eficiente é a tarefa do profissional de logística, ou seja, sua missão é colocar as mercadorias ou serviços certos no lugar e no instante corretos e na condição desejada, ao menor custo possível.

ATIVIDADES PRIMÁRIAS

As atividades primárias são primordiais para atingir os objetivos logísticos de custo e nível de serviços, já que, ou elas contribuem com a maior parcela do custo total da logística, ou elas são essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa logística.

Transportes: Atividade muito importante, pois absorve de um a dois terços dos custos logísticos. É essencial, pois nenhuma firma moderna pode operar sem providenciar a movimentação de suas matérias-primas ou de seus produtos acabados de alguma forma. Adiciona valor de lugar ao produto.

Manutenção de Estoques: Para se atingir um grau razoável de disponibilidade de produto, é necessário manter estoques, que agem como reguladores entre a oferta e a demanda. Responsável por, aproximadamente, um a dois terços dos custos logísticos. Agrega valor de tempo ao produto.

Processamento de Pedidos: Sua importância deriva do fato de ser um elemento crítico em termos de tempo necessário para levar bens e serviços ao cliente.

ATIVIDADES DE APOIO

Apesar de transportes, manutenção de estoques e processamento de pedidos serem os principais elementos que contribuem para a disponibilidade e a condição física de bens e serviços, há uma série de atividades adicionais que apoiam estas atividades primárias. Elas são:

Armazenagem: Refere-se à administração do espaço necessário para manter estoques. Envolve problemas como: localização, dimensionamento da área, arranjo físico, configuração do armazém.
Manuseio de Materiais: Está associada com a armazenagem e também apóia a manutenção de estoques. Está relacionada à movimentação do produto no local de estocagem.

Embalagem de Proteção: Seu objetivo é movimentar bens sem danificá-los além do economicamente razoável.

Obtenção: É a atividade que deixa o produto disponível para o sistema logístico. Trata da seleção das fontes de suprimento, das quantidades a serem adquiridas, da programação de compras e da forma pela qual o produto é comprado. Não deve ser confundida com a função de compras, pois esta envolve detalhes de procedimento, tais como a negociação de preços e avaliação de vendedores, que não são relacionados com a tarefa logística.

Programação do Produto: Enquanto a obtenção trata do suprimento (fluxo de entrada), a programação do produto lida com a distribuição (fluxo de saída). Refere-se, primariamente, às quantidades agregadas que devem ser produzidas, quando e onde devem ser fabricadas.

Manutenção de Informação: Nenhuma função logística dentro de uma firma poderia operar eficientemente sem as necessárias informações de custo e desempenho. Manter uma base de dados com informações importantes - por exemplo: localização dos clientes, volumes de vendas, padrões de entregas e níveis de estoques - apóia a administração eficiente e efetiva das atividades primárias e de apoio.

LOGÍSTICA INTEGRADA

Hoje, a logística é entendida como a integração, tanto da administração de materiais, como a distribuição física. Entretanto, esta integração leva as ligações muito mais estreitas com a função de produção/operação em muitas firmas, de modo que, pode-se esperar que produção e logística se aproximarão muito mais em conceito e prática.

O LUGAR DA LOGÍSTICA NA FIRMA

Empresas vêm executando funções logísticas há muitos anos. Uma visão moderna das atividades existentes na firma de modo que o bom gerenciamento seja facilitado. Isto significa que algumas atividades são consideradas como responsabilidade única da produção e do marketing.

DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

A distribuição física preocupa-se, principalmente, com bens acabados ou semi-acabados, ou seja, com mercadorias que a companhia oferece para vender e que não planeja executar processamentos posteriores. Desde o instante em que a produção é finalizada até o momento no qual o comprador toma posse dela, as mercadorias são responsabilidade da logística, que deve mantê-las no depósito da fábrica e transportá-la até depósitos locais ou diretamente ao cliente. O profissional da logística deve preocupar-se em garantir a disponibilidade dos produtos requeridos pelos clientes à medida que eles desejem e, se isto, pode ser feito a um custo razoável.
A COMPENSAÇÃO DE CUSTOS

O conceito de compensação de custos é fundamental para a administração da distribuição física. Sem ele, esta administração provavelmente não seria praticada tal qual ela é hoje. Ele reconhece que os modelos de custos das várias atividades na firma, por vezes, exibem características que colocam essas atividades em conflito econômico entre si. À medida que o número de depósitos aumenta, o custo de transporte diminui. Isto acontece porque carregamentos volumosos podem ser feitos a fretes menores. Além disso, a distância percorrida pelas entregas de menor volume do armazém para o cliente se reduz, diminuindo o custo do transporte de ponta. Portanto, a combinação dos custos de transporte de e para os armazéns mostra um perfil que declina com o aumento da quantidade de depósitos.

O CONCEITO DO CUSTO TOTAL

Os conceitos de custo total e compensação de custos caminham lado a lado. O conceito do custo total reconhece que os custos individuais exibem comportamentos conflitantes, devendo ser balanceados no ótimo. O custo total para determinado número de armazéns é a soma dos três custos, formando a curva do custo total.

Reconheceu-se que administrar transportes, estoques e processamentos de pedidos conjuntamente poderia levar às substanciais reduções no custo quando comparado com a administração destas atividades em separado.

A idéia do custo total foi importante para decidir quais as atividades da firma deveriam ser agrupadas conjuntamente e chamadas de distribuição física.

O CONCEITO DO SISTEMA TOTAL

O terceiro princípio é o conceito de sistema total. Este é uma extensão do conceito de custo total e é, provavelmente, um dos termos mais utilizados e mal definidos da administração de empresas hoje. Representa uma filosofia para gerenciamento da distribuição que considera todos os fatores afetados de alguma forma pelos efeitos da decisão tomada. Por exemplo, ao escolher um modo de transporte, o conceito do custo total pode encorajar-nos a levar em conta o impacto da decisão nos estoques da empresa. Por outro lado, o conceito do sistema total nos levaria a considerar, também, o impacto nos estoques do comprador.

NÍVEL DE SERVIÇO LOGÍSTICO

Nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciado. É o resultado líquido de todos os esforços logísticos da firma. É o desempenho oferecido pelos fornecedores aos seus clientes no atendimento de pedidos. O nível de serviço logístico é o fator - chave do conjunto de valores logísticos que as empresas oferecem aos seus clientes para assegurar sua fidelidade. Como o nível de serviço logístico está associado aos custos de prover esse serviço, o planejamento da movimentação de bens e serviços deve iniciar-se com as necessidades de desempenho dos clientes no atendimento de seus pedidos.

A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO LOGÍSTICO

Em uma visão moderna, se reconhece que a escolha do cliente é influenciada pelos vários níveis de serviços logísticos oferecidos. Pode ser um elemento promocional tão importante quanto desconto de preço, propaganda ou vendas personalizadas. Transporte especial, maior disponibilidade de estoque, processamento mais rápido de pedidos e menor perda ou dano de transporte, geralmente, afetam positivamente aos clientes e, logo, às vendas.

O PRODUTO

Toda a logística gira em torno do produto. Suas características freqüentemente moldam a estratégia logística necessária para deixar o produto disponível para o cliente. Compreender a natureza do produto pode ser valioso para o projeto do sistema logístico mais apropriado. O produto também é elemento sobre o qual a logística exerce controle apenas parcial. Por isso mesmo, é importante compreender sua natureza.
O QUE É O PRODUTO LOGÍSTICO?

O que uma firma oferece ao cliente com seu produto é satisfação. Se o produto for algum tipo de serviço, ele será composto de intangíveis como conveniência, distinção e qualidade. Entretanto, se o produto for um bem físico, ele também tem atributos físicos, tais como peso, volume e forma, os quais têm influência no custo logístico.

PRODUTOS TÊM CICLO DE VIDA

Produtos não geram seu volume máximo de vendas imediatamente após sua introdução , nem mantêm seus picos de venda indefinidamente. Eles seguem uma função de vendas por tempo do tipo mostrado no gráfico seguinte.

O fenômeno do ciclo de vida do produto influencia a estratégia de distribuição. O especialista em logística deve estar continuamente ciente do estágio atual do ciclo de vida do produto, de modo que os padrões de distribuição possam estar sempre ajustados na eficiência máxima daquela fase. O conhecimento do conceito do conceito de ciclo de vida permite antecipar as necessidades de distribuição e planejar com larga antecedência.

ALGUNS TERMOS UTILIZADOS NA LOGÍSTICA

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

Agrupamento de funções gerenciais que apóiam todo o ciclo de fluxo de materiais de aquisição e controle interno de materiais da produção ao planejamento e controle de material em processo para o armazém, expedição e distribuição do produto acabado.

ANÁLISE DO CICLO DE VIDA

Técnica quantitativa de previsão que se baseia na aplicação de padrões antigos dos dados da demanda de produtos similares para a nova família de produtos, cobrindo as fases de lançamento, crescimento, maturidade, saturação e declive.

ANÁLISE DO FLUXO DE MATERIAIS

Utilização dos dados coletados para se fazer o cálculo do fluxo de materiais entre cada unidade de processamento.

ANÁLISE DOS GERADORES DE CUSTO

Exame, quantificação e discussão dos efeitos dos geradores de custos. A administração emprega com freqüência os resultados da análise dos geradores de custos em programas de melhoria contínua, para auxiliar na reprodução do tempo de processamento, aprimorar a qualidade e reduzir custos.

ARMAZÉM

Local destinado à guarda temporária de materiais/produtos.

ARMAZENAGEM

É a denominação genérica e ampla que inclui todas as atividades em um local destinado à guarda temporária e à distribuição de materiais (depósitos, almoxarifados, centros de distribuição, etc.).

CADEIA DE ABASTECIMENTO

Envolve as atividades logística interna e externa à empresa, desde os fornecedores e subfornecedores até o cliente final, considerando todas as diferenças de estratégias e metas de cada uma destas empresas, permanecendo, contudo uma missão crítica para o sucesso destas: focalização no cliente final. Otimizar a cadeia de abastecimento para o cliente significa que atuaremos sobre: projeto do produto, aquisição das matérias-primas e componentes, manufatura e distribuição dos produtos acabados pelo canal de distribuição até o cliente final. A cadeia de abastecimento envolve as questões de logística reversa.

CARGA

Produtos transportados ou a serem transportados.

CONTÊINER

Grande caixa de dimensões e outras características padronizadas, para acondicionamento da carga geral a transportar, com a finalidade de facilitar o seu embarque, desembarque e transbordo entre diferentes meios de transportes.

CONTROLE DA QUALIDADE TOTAL

Controle de todos os fatores que podem influenciar a satisfação do cliente/usuário. Os objetivos do controle da qualidade total estão interligados: o objetivo operacional é manter o hábito de melhoria da qualidade, enquanto a meta é a perfeição.

CROSS DOCKING

Um sistema de distribuição no qual a mercadoria recebida no armazém ou em um centro de distribuição não é estocada, mas, sim, imediatamente preparada para ser transportada para os varejistas. Uma sincronia perfeita do que entra e do que sai é crucial. Quando se trata de paletes, estes são recebidos do vendedor e transferidos diretamente para os caminhões, sem que haja um manuseio adicional.

DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

O total de atividades que objetivam assegurar a eficiência da movimentação dos produtos acabados desde o final da linha de produção até o consumidor final. Estas atividades incluem o fretamento do transporte, armazenagem, movimentação de materiais, empacotamento de proteção e controle de estoque.

DISTRIBUIÇÃO REVERSA

Processo pelo qual uma empresa coleta seus produtos usados, danificados ou ultrapassados e/ou embalagens de usuários finais. Também conhecida como logística reversa.

ESTOCAGEM

É uma das atividades do fluxo de materiais no armazém e o local destinado à locação estática dos materiais. Dentro de um armazém podem existir vários locais de estocagem. O estoque é uma parte da armazenagem.

GERENCIAMENTO DA CADEIA DE ABASTECIMENTO

Abordagem integral que envolve questões fundamentais relacionadas à cadeia de abastecimento, como estratégias funcionais, estrutura organizacional, tomada de decisão, administração de recursos, funções de apoio, sistemas e procedimentos. Integra as funções da logística clássica de distribuição física e o gerenciamento de materiais com a compra de matérias-primas e/ou componentes, tecnologia de informações e funções de planejamento estratégico.

GESTÃO DE ESTOQUE

O processo assegura a disponibilidade de produtos através da atividade de administração do inventário, como planejamento, posicionamento do estoque e monitoramento do tempo dos produtos.

GIRO DE ESTOQUE

O número de vezes que o estoque é vendido durante um período, geralmente medido em turnos por ano.

INTERMODALIDADE

Sistema pelo quais as mercadorias são transportadas por dois ou mais modos, por diferentes operadores, que são responsáveis, cada qual, pelo seu trecho de transporte.

JUST-IN-TIME

Filosofia de manufatura baseada na eliminação de toda e qualquer perda e na melhoria contínua da produtividade. Envolve a execução com sucesso de todas as atividades de manufatura necessárias para gerar um produto final, desde o projeto até a entrega. Os elementos principais do Just-in-Time são: ter somente o estoque necessário, quando necessário; melhorar a qualidade tendendo a zero defeito; redução de tempo e tamanhos de lotes da produção; revisar as operações e realizar tudo isto a um custo mínimo. De forma ampla, aplica-se a todas as formas de manufatura, seções de trabalho e processos, bem como as atividades repetitivas.
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KANBAN

Técnica japonesa de gestão de materiais e de produção no momento exato, ambas (gestão e produção) controladas por meio visual e/ou auditivo. Trata-se de um sistema de “puxar” no qual, os centros de trabalho sinalizam com um cartão.

LEAD TIME TOTAL

É o tempo para que um serviço seja totalmente executado, desde sua solicitação até sua entrega,

LOGÍSTICA INTEGRADA

É um amplo sistema de visão gerencial da cadeia de abastecimento, desde o fornecimento de matérias-primas e insumos, até a distribuição do produto acabado ao cliente final (consumidor). Pode, ainda, ser considerado o retorno de resíduos oriundos do produto, como embalagens e o produto propriamente dito para reciclagem.

MULTIMODALIDADE

Sistemas pelos quais as mercadorias são transportadas, por diversos modos de transporte, sob a responsabilidade de um único operador (legal e contratual).

PONTO DE EQUILÍBRIO

Nível da produção ou volume de vendas para o qual as operações nem geram lucro, nem prejuízo. É o ponto representado pela intersecção entre as curvas de custos totais e a rentabilidade.

PONTO DE ESTOQUE

Ponto na cadeia de abastecimento destinado a manter os produtos disponíveis.

PONTO DE PEDIDO

Nível de controle frente ao qual a quantidade de estoque e pedidos é monitorada. Quando a quantidade em estoque diminui, chegando ao limite ou abaixo dele, adota-se ação para reabastecimento. O ponto de pedido geralmente é calculado com uma previsão durante o lead time de reabastecimento mais estoque de segurança.

PROCESSO

Uma série sistemática de atividades ou ações logicamente relacionadas, desempenhadas para atingir um resultado definido.

PRODUTO

Termo geral que indica o que é gerado por um processo, podendo ser um bem tangível ou um serviço.

MODAIS, INTERMODAIS E MULTIMODAIS

MODAIS

É o Sistema pelo qual a carga é transportada, mantendo sua integridade, e obedecendo certas metas como tempo , custo etc.

INTERMODAL

Visão sistêmica que engloba todas as atividades envolvidas na cadeia logística, visando reduzir e, onde possível, eliminar as resistências ao movimento contínuo de bens e equipamentos de transporte desde a origem até o destino.

MULTIMODAL

É o conceito institucional que envolve a movimentação de bens por dois ou mais modos de transporte, sob um único conhecimento de transporte, o qual é emitido por um OPERADOR DE TRANSPORTE MULTIMODAL que assume, frente ao embarcador, total responsabilidade pela operação desde a origem até o destino, como um transportador principal e não como um agente.
A decisão de qual estilo de modal se utilizará, para este transporte, irá depender de várias análises como, por exemplo: praticidade, custo, tempo, perecimento da carga, acidentes geográficos no trajeto, disponibilidade local do meio a ser utilizado etc.

São análises e cálculos que sempre procuram preservar a carga e a satisfação do cliente.

No Brasil temos todo tipo de problema. Não podemos esquecer que estamos em um país continente, onde há predominância do transporte rodoviário, mas existem regiões com sérios problemas nas estradas onde o rio pode ser a melhor escolha, ou ainda, o mar, que tal o avião que, embora mais caro, é o mais rápido e um dos mais seguros? E, assim por diante.

No Brasil não temos uma malha ferroviária desenvolvida e perdemos parte deste Modal, tão utilizado em outros países, por ser de baixo custo e seguro, embora peque na demora do translado da carga.

E, assim, tudo tem que ser considerado, a carga pode ir até certo ponto por um meio, depois passar a outro, de acordo com a necessidade

EXTENSÕES FERROVIÁRIAS

Estados Unidos 182.348 Km.
Rússia 87.500 Km.
Índia 62.486 Km.
Canadá 77.447 Km.
China 53.566 Km.
Argentina 34.059 Km.
Brasil 28.188 Km.
México 20.425 Km.
Chile 6.916 Km.

TRANSPOTE FLUVIAL

MODAL
Rodoviário
Ferroviário
Fluvial
BRASIL
70%
29%
1%
EUA
25%
50%
25%
Alemanha
18%
53%
29%

A LOGÍSTICA E O COMÉRCIO ELETRÔNICO

O que é comércio eletrônico?

Uma definição possível para comércio eletrônico seria dizer que é qualquer forma de transação de negócio onde as partes envolvidas interagem eletronicamente, ao invés de compras físicas ou contato direto entre as partes.

Categorias do comércio na Internet.

Basicamente, o comércio eletrônico pode ser dividido em 4 tipos:

Negócio-consumidor: Ocorre quando uma empresa usa uma rede para fazer solicitações aos seus fornecedores. Este tipo de comércio eletrônico já é usado há muitos anos, através do EDI.

Negócio-consumidor: Essa categoria equivale, em grande parte, ao varejo eletrônico. Essa categoria tem tido um crescimento enorme com o advento WWW. Existem shoppings por toda a internet oferecendo de tudo, desde bolos e vinhos a computadores e até carros.

Negócio-administração: Cobre todas as transações entre companhias e organizações governamentais. Esta categoria está na infância, mas pode expandir-se rapidamente, à medida que os governos usarem suas próprias operações para despertar a atenção e o crescimento do comércio eletrônico.

Consumidor-Administração: Essa categoria também está em crescimento. No Brasil, temos exemplos bastante saudáveis para mencionar: a Receita Federal, Detran, Ministério do trabalho, Correios entre outros. Sempre no sentido de atender ao cidadão comum. Entretanto, pouco tem sido feito no sentido de atender aos fornecedores.

Comércio eletrônico e Logístico.

A operação de venda no e-commerce é quase instantânea, leva apenas alguns minutos e meia-dúzia de cliques do mouse.

Este processo de venda envolve muito mais etapas do que a maioria dos internautas tem conhecimento, pois é preciso enfrentar situações nada virtuais para processar e entregar os pedidos.

Ter um estoque adequado, que garanta que não haja falta, nem excesso de produtos armazenados, são fatores importantes que as empresas precisam estar atentas.

Uma empresa que possui um Centro de Distribuição organizado, que tenha condições de realizar as operações típicas de Gestão de estoque, de maneira rápida, está, com certeza, no caminho certo para atender seus clientes.

A informática e a automação também são muito importantes, pois, a rapidez nos serviços permite que o produto chegue logo até a casa do cliente.

Para garantir que todas as fases da venda sejam realizadas com sucesso, as empresas que atuam no comércio eletrônico estão implantando a Logística, pois ela se propõe a acompanhar todo o processo na empresa, que vai, desde a aquisição da matéria prima, até a entrega do produto final, reduzindo os custos.

Para entregar os produtos, muitas empresas estão adotando softwares de roteirização que permitem ao motorista fazer a melhor escolha de rota na hora da entrega. Mesmo quando há algum evento isolado na cidade o motorista é avisado pelo sistema qual é a melhor rota a seguir.

Quem quer agradar ao internauta, que tem pressa, precisa buscar alternativas. A saída é investir nas chamadas entregas expressas, realizadas em, no máximo, 24 horas; recorrer ao motoboy pode ser uma alternativa viável para empresas que trabalham com pequenos volumes e operam suas entregas numa cidade movimentada como São Paulo.

Todo e qualquer investimento que as empresas se propõem a fazer deve seguir uma regra básica mas que, nem por isso, é menos importante: a redução de custos.

Gastar capital de maneira acertada, onde realmente é preciso, aumenta o poder de competição da empresa, pois não adianta investir em softwares avançados de controle de estoque e roteirização, nem em sistemas de código de barras e de automação, se a empresa não estiver atenta para essa realidade.

FORMA DE SE MONTAR UM PROJETO

Existem diversas formas para se montar um projeto. Depende do que se vai fazer, até mesmo, pode ser um projeto em mente e não registrá-lo em nenhum documento, mas as formas bases para se fazer um projeto é:

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título do Projeto – identificar um nome que se enquadre com facilidade e de fácil interpretação para a conduta do projeto e, de preferência, simples e conciso.
Proponente – Colocar quem está propondo o projeto:
Departamento:
Coordenador do Projeto:
Telefone e e-mail para contato:
Tipo de projeto - identificar se ele será desenvolvido na semana, no mês, no ano e total da carga horária pré-determinada.
Período de realização - identificar o início e o fim do projeto, podendo ser uma previsão.
Local de Realização – identificar qual é o local que será influenciado o projeto, podendo ser um departamento ou toda a empresa.
Participantes – pessoa envolvida na organização e execução do projeto.
Clientela envolvida - identificar qual é o cliente que será alvo para este projeto.
Diversos:
Podendo constar, ministrante, se for um curso para os funcionários da empresa.
Podendo constar, inscrições, caso seja número limitado de pessoas participantes do evento,
Identificar onde, como, quando e quanto será o evento.

PROJETO

Fundamentação Teórica – identificar os problemas que ocorrem neste tipo de projeto, e explicar o motivo de estar desempenhando o mesmo.
Justificativa – identificar uma justificativa, falar o porquê está desenvolvendo o devido projeto.
Objetivos – identificar qual é o objetivo desejado, a meta que deseja alcançar, isto se divide em:
Objetivo Geral - a meta geral que pretende alcançar;
Objetivo Específico - A meta especifica que deseja alcançar.
Metodologia - identificar o método de trabalho que será desenvolvido no devido projeto.
Resultado esperado - identificar o que alcançará com o devido projeto.
Cronograma - Identificar as fases do projeto e o período que será realizado o trabalho.
Resumo - Fazer uma explanação geral de trabalho de marketing que deseja fazer, para atingir o público alvo do projeto.

Referência Bibliográfica: caso haja pesquisa para desempenhar o projeto.

PREVISÃO DE RECURSOS

Despesas com Recursos Humanos - identificar os gastos com os funcionários que trabalharão no projeto, podendo ser uma previsão.
Despesas com materiais permanentes - identificar os bens permanentes utilizados no projeto, podendo ser uma previsão de gastos.
Outras Despesas - Identificar todos os gastos que não se enquadrarem nos itens anteriores.
Receitas – Identificar, em uma previsão, qual será o retorno financeiro da implantação do projeto transcrito.

Assinatura do coordenador do projeto.

PARECER DO PROJETO PARA APROVAÇÃO

Assinatura do responsável pela empresa
Se desejar, fazer uma explanação do projeto.

Professor Dr. Wagner Luiz Marques
Rua Fernão Dias, 1994 – Cianorte – Paraná
CEP – 87200-000
Telefone- 0(**)44-3629-5578
Celular- 0(**)44-9977-6604
ANO - 2009
wlmcne@hotmail.com
wlmcne@bol.com.br
wagnercne1@gmail.com

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